estudando o evangelho - a casa do espiritismo
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próprias obras — “Lei de Causa e Efeito” —, não iria ele insinuar a absurda, a<br />
inconsequente idéia de que a Lei aplica sanções e corretivos a pessoas sem<br />
culpa.<br />
Como o cego de nascença...<br />
“As obras de Deus” se exprimem no Amor, que é, também, Justiça<br />
Imanente.<br />
E na Justiça — que é também Amor.<br />
Aquele homem não havia peca<strong>do</strong>, mas a sua Alma, o seu Espírito, sim, em<br />
existências passadas.<br />
“Quem com ferro fere, com ferro será feri<strong>do</strong>” —ensina a sabe<strong>do</strong>ria popular.<br />
Aquele Espírito, ali reencarna<strong>do</strong>, ferira antes de nascer; ali estava, portanto,<br />
inocente na aparência, para resgatar o seu débito, para saldar a sua<br />
promissória.<br />
Ali estava, “feri<strong>do</strong> nos olhos”.<br />
Nascera cego...<br />
O débito era antigo, mas nem por isso deixara de existir.<br />
A Lei registrara o remoto delito.<br />
A Lei cobrava, a seu tempo, o que lhe era devi<strong>do</strong>.<br />
* * *<br />
Nascer cego ou paralítico, demente ou sur<strong>do</strong>-mu<strong>do</strong>, ou com propensão a<br />
moléstia grave, ou incurável, que se manifestará mais tarde, é bênção que nem<br />
sempre o indivíduo sabe agradecer.<br />
É bênção — porque estará resgatan<strong>do</strong> dívida.<br />
E com Amor, porque a Lei é cre<strong>do</strong>ra compassiva, que permite amortizações<br />
parceladas.<br />
É bênção — porque estará sen<strong>do</strong> reabilita<strong>do</strong>.<br />
E com Amor, porque a própria recordação da dívida não é conservada.<br />
É bênção — porque se estará libertan<strong>do</strong>.<br />
E com Amor, porque a libertação lhe conduzirá o Espírito redimi<strong>do</strong> pelos<br />
caminhos de luz da Espiritualidade Superior.<br />
Diante <strong>do</strong> cego ou <strong>do</strong> paralítico, <strong>do</strong> sur<strong>do</strong>-mu<strong>do</strong> ou <strong>do</strong> psicopata, o homem<br />
comum interrogará: — “Porque esta criatura nasceu assim ?“<br />
A maioria levantará os ombros, na impossibilidade de uma resposta que<br />
não ofenda a magnanimidade divina...<br />
Mas os reencarnacionistas — e entre eles os Espíritas, toman<strong>do</strong> a palavra,<br />
responderão, em nome <strong>do</strong> Evangelho e <strong>do</strong> Espiritismo: — “Esta criatura nasceu<br />
assim porque o seu Espírito pecou noutras existências.<br />
A Reencarnação explica, à luz da lógica, o problema <strong>do</strong>s resgates.<br />
Põe no justo lugar a Justiça Divina. Esclarece o problema <strong>do</strong>s resgates<br />
<strong>do</strong>lorosos, semelhantes ao <strong>do</strong> “cego de nascença” da época <strong>do</strong> Cristo e <strong>do</strong><br />
nosso tempo.<br />
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