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estudando o evangelho - a casa do espiritismo

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10<br />

Contentar-se<br />

Ten<strong>do</strong> sustento e com que nos vestir, estejamos<br />

contentes.<br />

Depois de chamar a atenção de Tímóteo para os perigos da riqueza, e<br />

acentuar que <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> “coisa alguma podemos levar”, traça o apóstolo da<br />

gentilidade para o seu jovem discípulo um sistema de vida capaz de prepará-lo<br />

convenientemente para o Reino <strong>do</strong> Evangelho.<br />

Assim, exorta-o com humildade: “Ten<strong>do</strong> sustento e com que nos vestir,<br />

estejamos contentes.”<br />

A imensa maioria <strong>do</strong>s homens vive inquieta, lutan<strong>do</strong> por acumular bens<br />

materiais, guardan<strong>do</strong>-os avidamente; porfian<strong>do</strong> por aumentar patrimônios<br />

terrestres, sem a imprescindível conversão a favor <strong>do</strong> progresso geral, e<br />

pelejan<strong>do</strong> por capitalizar recursos, na triste e enganosa ilusão de que a paz<br />

espiritual está condicionada aos tesouros perecíveis.<br />

O mun<strong>do</strong> está repleto de criaturas que não <strong>do</strong>rmem bem, avassaladas por<br />

terríveis pesadelos.<br />

Conservam a mente voltada para os registros <strong>do</strong> caixa e da contabilidade,<br />

que lhes balanceiam os vultosos negócios, as fabulosas transações.<br />

Ganhar e guardar — eis o programa dessas criaturas...<br />

São, realmente, almas equivocadas, que merecem piedade.<br />

Cristalizadas no egoísmo e na avareza, confinam ao bolso e ao cofre, à<br />

conta bancária e ao lucro, as próprias aspirações.<br />

Sonham com a multimilionaridade <strong>do</strong>s bens transitórios, que as traças<br />

consomem e os ladrões roubam, indiferentes a que suas almas eternas<br />

permaneçam mendigas <strong>do</strong>s tesouros da imortalidade.<br />

Para tais companheiros, as noites são mal <strong>do</strong>rmidas, as madrugadas<br />

excessivamente penosas, cada novo dia um motivo de inquietação íntima.<br />

Os valores monetários, traduzi<strong>do</strong>s pelos talões de cheque e pelas<br />

cintilantes moedas, bailam em suas imaginações sobreexcitadas, noites a<br />

dentro, executan<strong>do</strong>, ao compasso de estranha orquestração, a obsidente<br />

dança <strong>do</strong>s cifrões.<br />

Buscam uma felicidade que, realmente, inexiste. Uma despreocupação que<br />

nunca chega.<br />

A legítima felicidade — a felicidade indestrutível —não é filha da riqueza,<br />

mas da paz de consciência.<br />

A quietude interior e a despreocupação não são filhas da fortuna<br />

imobilizada, embora a fortuna em movimento, cristãmente elaborada e<br />

fraternalmente aplicada, seja sempre instrumento de alegria e prosperidade.<br />

Alegria e prosperidade não só para os que a possuem, mas também para<br />

os lares onde há carência de pão e roupa.<br />

A riqueza, escondida no cofre de alguns, significa falta de trabalho para<br />

muitos.<br />

Sem dúvida, dentro <strong>do</strong> clima utilitarista em que vive e respira o homem<br />

comum, não se pode exigir que o conselho de Paulo encontre ressonância, nos<br />

dias da atualidade.<br />

Enquanto o homem espiritual se sente feliz “ten<strong>do</strong> o sustento e a veste”,<br />

adquiri<strong>do</strong>s no trabalho digno, o homem material abre a máscara fisionômica,<br />

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