estudando o evangelho - a casa do espiritismo
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Céu<br />
Não vem o Reino de Deus com visível aparência.<br />
117<br />
São inconciliáveis os conceitos <strong>do</strong>utrinários de Céu, aceitos e esposa<strong>do</strong>s<br />
pelo Espiritismo, com os prega<strong>do</strong>s e afirma<strong>do</strong>s por algumas religiõeS.<br />
Para essas religiões, o Céu é, também, à maneira <strong>do</strong> inferno, um lugar<br />
determina<strong>do</strong>, circunscrito, delimita<strong>do</strong>.<br />
Uma zona geográfica, na Espiritualidade, onde a beatitude e a<br />
contemplação nos falam de um Deus comodista, para não dizer preguiçoso.<br />
Tal conceito teológico de Céu, como se vê, é tão absur<strong>do</strong> e inaceitável<br />
quanto o de inferno.<br />
Entidades angélicas, ao som de harpas <strong>do</strong>lentes, distrain<strong>do</strong> aqueles que<br />
tiveram meios e recursos para receber na Terra, de mãos nem sempre puras,<br />
um passaporte para as regiões imaculadas <strong>do</strong> Infinito...<br />
Realmente não se pode dizer que tal ambiente, com anjos, música e<br />
claridades, seja desagradável; mas ninguém lhe pode negar, também, a<br />
monotonia, a sonolência, a algidez, a prejudicialidade.<br />
É tão impossível, no presente século, crer no sofrimento eterno, nas<br />
labaredas que se não extinguem, como crer na felicidade inoperante, sem<br />
dinamismo e sem fim, num Céu onde não haja trabalho e renovação.<br />
O Espiritismo aceita e prega uma definição ativa <strong>do</strong> Céu, compatível, aliás,<br />
com a lei evolutiva que rege to<strong>do</strong>s os fenômenos da Vida.<br />
O Céu, para os Espíritas, é também um esta<strong>do</strong> consciencial.<br />
Um esta<strong>do</strong> consciencial superior, refletin<strong>do</strong> o clima psíquico, a realidade<br />
mental de quem passou pelo mun<strong>do</strong> fazen<strong>do</strong> o bem.<br />
Não seria justo, nem lógico, nem racional, que o indivíduo que se<br />
moralizou, se dignificou no trabalho, se engrandeceu, moral e espiritualmente,<br />
tenha como prêmio, depois da morte <strong>do</strong> corpo, a pior coisa <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o mais<br />
triste castigo que se pode infligir a um ser humano: NÃO FAZER NADA!<br />
Ouvir, simplesmente, suavidades musicais...<br />
Deleitar-se, apenas, com a beatífica visão de um Céu para<strong>do</strong>, sem luta e<br />
sem esforço, de um Céu sem realização e sem trabalho.<br />
O Espiritismo ensina que há incontáveis regiões no Universo inteiro — e<br />
não apenas em certos pontos geográficos — onde almas elevadíssimas se<br />
congregam pela harmonia de sentimentos, construin<strong>do</strong> assim, elas mesmas,<br />
transcendentes mun<strong>do</strong>s de transcendente felicidade, verdadeiros céus, zonas<br />
inacessíveis às almas impuras (até que se aperfeiçoem), onde a Vontade de<br />
Deus, através de Jesus, distribui missões grandiosas, visan<strong>do</strong> ao progresso<br />
das Humanidades.<br />
“Rezam as tradições <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> espiritual que na direção de to<strong>do</strong>s os<br />
fenômenos, <strong>do</strong> nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e<br />
Eleitos pelo Senhor Supremo <strong>do</strong> Universo, em cujas mãos se conservam as<br />
rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias” — escreve<br />
Emmanuel, em “A Caminho da Luz.”<br />
Essas zonas não se destinam a “A, B ou C”, mas a todas as criaturas de<br />
Deus — espíritas, católicos ou protestantes — desde que se redimam, que se<br />
afeiçoem, em definitivo, ao Cristo, desde que se integrem no programa<br />
evangélico da virtude e <strong>do</strong> conhecimento, da renovação e <strong>do</strong> trabalho.