18.04.2013 Views

Capítulo 2 O Realismo Científico - Unicamp

Capítulo 2 O Realismo Científico - Unicamp

Capítulo 2 O Realismo Científico - Unicamp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

20<br />

Aspectos da Descrição Física da Realidade<br />

constitui evidência para nós.<br />

Os argumentos realistas negativos que consideramos<br />

mais importantes e que causam problemas mesmo para o<br />

empirismo construtivo de van Fraassen são aqueles a que<br />

denominaremos argumento da redução ao ceticismo sobre o<br />

não-observado e argumento da redução ao fenomenalismo.<br />

Esses argumentos procuram mostrar que as razões que o<br />

anti-realista invoca contra o seu adversário aplicam-se<br />

também a ele, ou, em outros termos, que se ele for<br />

imparcial e coerente terá de reconhecer que seus critérios<br />

de conhecimento são demasiadamente restritivos,<br />

conduzindo ou ao ceticismo quanto à proposições acerca<br />

de coisas e eventos não-observados ou ao fenomenalismo.<br />

(Assume-se aqui que estas posições filosóficas são<br />

consideradas inaceitáveis pelo anti-realista “empirista” de<br />

hoje em dia, o que de fato parece lícito assumir-se.)<br />

O primeiro desses argumentos tem sido usado por<br />

vários realistas científicos contemporâneos em réplica a<br />

van Fraassen; bons exemplos são Paul Churchland (1985)<br />

e Alan Musgrave (1985). O argumento da redução ao<br />

fenomenalismo foi exposto de forma clara porém sumária<br />

no livro Between Science and Philosophy, de J.J.C. Smart,<br />

publicado em 1968 (ver cap. 5, pp.153-4). Mais<br />

recentemente, foi desenvolvido de modo interessante no<br />

artigo de Churchland a que acabamos de aludir.<br />

Consideremos o seguinte esquema:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!