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Actual e ex-mulher de NICOLAU BREYNER juntas em ... - Lux - Iol

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E quando assim é, as coisas são<br />

s<strong>em</strong>pre mais fáceis. E é uma gran<strong>de</strong><br />

sorte encontrar uma pessoa<br />

assim como ele”, r<strong>em</strong>atou, visivelmente<br />

apaixonada. Casados<br />

há cerca <strong>de</strong> quatro anos, Nicolau<br />

e Mafalda são o <strong>ex</strong><strong>em</strong>plo perfeito<br />

da felicida<strong>de</strong>. Tal como o actor<br />

confessou <strong>em</strong> <strong>ex</strong>clusivo à <strong>Lux</strong>,<br />

horas antes da estreia da peça,<br />

ela é a <strong>mulher</strong> que o completa.<br />

“Nós t<strong>em</strong>os uma relação muito<br />

sólida, muito consistente, baseada<br />

<strong>em</strong> amor, na parte carnal<br />

e numa gran<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>. Casar<br />

com uma melhor amiga é<br />

muito bom. Quando tudo isso<br />

é acompanhado <strong>de</strong> outras coisas,<br />

é muito confortável. E a Mafalda<br />

completa-me. Com ela atingi o<br />

equilíbrio que s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong>sejei.”<br />

Por isso mesmo, foi fundamental<br />

para o actor tê-la a apoiá-lo na<br />

estreia. “Quando assim é, tenho<br />

a sensação <strong>de</strong> que estou a fazer<br />

as coisas para a família. E isso<br />

é aconchegante”, afi rmou. S<strong>em</strong><br />

ter<strong>em</strong> visto a peça previamente,<br />

Mafalda e os cinco fi lhos –<br />

À esquerda, Nicolau Breyner com Mafalda<br />

Bessa. Em cima, Magda Cardoso e Francisco<br />

Nicholson. À direita, Mafalda Men<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Almeida e Helmano Margarido<br />

“O Nicolau é uma pessoa<br />

cheia <strong>de</strong> talento e <strong>de</strong><br />

brilhantismo. Dele espera-se<br />

tudo„ Francisco Nicholson<br />

entre os seus e os do actor –<br />

estavam ansiosos por o ver subir<br />

ao palco. Porém, os nervos que<br />

assolavam a <strong>mulher</strong> <strong>de</strong> Nicolau<br />

Breyner não conseguiram suplantar<br />

todo o orgulho que sentia<br />

naquele momento. “Eu estava<br />

mais nervosa do que ele, certamente.<br />

Mas agora já me sinto<br />

calminha. Os nervos passaram<br />

quando ele entrou <strong>em</strong> palco.<br />

O Nicolau é o máximo. É com<br />

orgulho que vejo qualquer coisa<br />

<strong>de</strong>le”, confessou, com um sorriso<br />

rasgado, no fi nal. Para Nicolau<br />

Breyner, que se revelou num<br />

espectáculo intimista ao jeito da<br />

stand-up comedy, esta foi uma<br />

estreia muito especial. Ao longo<br />

da noite, o actor abordou vários<br />

t<strong>em</strong>as da actualida<strong>de</strong> nacional,<br />

que completou com algumas<br />

canções interpretadas por si e rel<strong>em</strong>brou<br />

histórias que faz<strong>em</strong> parte<br />

da sua própria vida enquanto<br />

actor. “Está a dar-me imenso<br />

prazer fazer este espectáculo. Já<br />

há muito t<strong>em</strong>po que não tinha<br />

assim tanto gozo, porque é di-<br />

ferente, posso fazer o que quero.<br />

Eu sou um anarquista convicto”,<br />

confessou. Com 50 anos <strong>de</strong> carreira<br />

e 69 <strong>de</strong> vida, Nicolau Breyner assume-se<br />

um hom<strong>em</strong> <strong>de</strong> convicções.<br />

Apesar <strong>de</strong> não gostar <strong>de</strong> fazer balanços,<br />

conversou com a <strong>Lux</strong> sobre<br />

todos estes anos <strong>de</strong>dicados à profi<br />

ssão e sobre como t<strong>em</strong> sido a<br />

sua vida. “Eu não faço balanços.<br />

Mas tenho vivido como soube,<br />

como quis e como pu<strong>de</strong>. B<strong>em</strong>,<br />

n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre como quis. Tive momentos<br />

bons e momentos maus,<br />

como toda a gente. Felizmente<br />

os bons predominaram. Conheci<br />

gente espantosa que me<br />

<strong>de</strong>u o sentido da vida e conheci<br />

muito pouca gente má. Não tenho<br />

ressentimentos, o que é óptimo.<br />

Talvez só um. Acho que nas minhas<br />

orações eu já perdoei toda a<br />

gente. O perdoar é uma questão<br />

puramente egoísta porque nos dá<br />

uma paz tr<strong>em</strong>enda. Para além <strong>de</strong><br />

tudo isso, continuo com uma certa<br />

ingenuida<strong>de</strong> que s<strong>em</strong>pre tive,<br />

o que também é bom”, assumiu.<br />

S<strong>em</strong> papas na língua n<strong>em</strong> falsas<br />

modéstias, Nicolau trouxe para<br />

o seu espectáculo um t<strong>em</strong>a que<br />

talvez pu<strong>de</strong>sse ser mais melindroso,<br />

mas que o actor aborda com<br />

um sentido <strong>de</strong> humor acutilante:<br />

o cancro na próstata que lhe foi<br />

diagnosticado no ano passado.<br />

“A partir daí, comecei a relativizar<br />

certas coisas, ainda mais do que já<br />

fazia, mas ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>u-<br />

-me uma enorme pressa para fazer<br />

uma série <strong>de</strong> coisas porque tive<br />

medo <strong>de</strong> não ter t<strong>em</strong>po para as<br />

iniciar. E ainda hoje isso me acontece.<br />

Já vivi muito e ainda hei-<strong>de</strong><br />

viver muitos anos, se Deus quiser,<br />

mas tudo t<strong>em</strong> um fi m. Um fi m<br />

terreno, apenas, porque eu sou<br />

católico. Portanto, para mim, não<br />

é um fi m, é uma passag<strong>em</strong> para<br />

outro estado. Mas, <strong>de</strong> qualquer<br />

das formas, não t<strong>em</strong>o a morte.<br />

Tenho é pena <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> viver<br />

porque gosto muito da vida”, salientou,<br />

com um sorriso muito próprio,<br />

na entrevista que conce<strong>de</strong>u à <strong>Lux</strong><br />

no dia <strong>de</strong>sta estreia. ■<br />

t<strong>ex</strong>to Vanessa Bento (vcbento@lux.iol.pt)<br />

fotos Salvador Esteves

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