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Gradação Histológica de tumores - medicina | celular

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<strong>Gradação</strong> <strong>Histológica</strong> <strong>de</strong> <strong>tumores</strong><br />

• A gradação histológica é uma avaliação<br />

morfológica da diferenciação <strong>celular</strong> <strong>de</strong><br />

cada tumor.<br />

– Baseada geralmente em 03-04 níveis <strong>de</strong> acordo<br />

com o tecido específico do tumor.<br />

– Não necessariamente relacionada com a<br />

disseminação do tumor mas relacionada à<br />

eficiência da terapia.


<strong>Gradação</strong> <strong>Histológica</strong> <strong>de</strong> <strong>tumores</strong><br />

• A gradação histológica é baseada em<br />

critérios morfológicos como:<br />

– Alterações nucleares – Anaplasia <strong>celular</strong><br />

• No. <strong>de</strong> mitoses encontrados<br />

• No. <strong>de</strong> mitoses aberrantes<br />

• Presença <strong>de</strong> células gigantes<br />

• Relação núcleo-citoplasma muito variável<br />

• Picnose nuclear


A anaplasia é caracterizada pela alteração da célula<br />

neoplásica, em tamanho, relação nucleo-citoplasma e<br />

afinida<strong>de</strong> tintorial.<br />

Veja ao lado a<br />

intensa<br />

anaplasia<br />

<strong>de</strong>ste tumor,<br />

mostrando<br />

tamanhos<br />

<strong>celular</strong>es<br />

variáveis e<br />

presença <strong>de</strong><br />

picnose<br />

nuclear e<br />

atipia intensa.


As mitoses <strong>de</strong> células tumorais são menos eficientes,<br />

pelo <strong>de</strong>sbalanço cromossômico frequente em células<br />

tumorais.<br />

tumorais


As alterações nucleares po<strong>de</strong>m ser fáceis <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar,<br />

• Mitoses anormais, com<br />

multiplos fusos e<br />

<strong>de</strong>sarranjo cromossômico<br />

não são infrequentes<br />

Veja as atipias <strong>celular</strong>es na maioria das células


<strong>Gradação</strong> <strong>Histológica</strong> <strong>de</strong> <strong>tumores</strong><br />

• A gradação histológica é baseada em<br />

critérios morfológicos como:<br />

– Produção <strong>de</strong> estruturas características do órgão<br />

e sua quantida<strong>de</strong>.<br />

• Produtos finais do órgão, i.e queratina em <strong>tumores</strong><br />

epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong>s ou mucina em a<strong>de</strong>nocarcinomas<br />

• Relações <strong>celular</strong>es <strong>de</strong> diferenciação, como junções<br />

<strong>celular</strong>es<br />

• Esboços <strong>de</strong> estrutura supra<strong>celular</strong> normal, como<br />

ácinos em tecidos glandulares.


Depen<strong>de</strong>ndo da origem do tumor, alguns critérios são<br />

importantes, como a manutenção <strong>de</strong> estrutura existentes no<br />

tecido normal, como junções <strong>celular</strong>es


<strong>Gradação</strong> <strong>Histológica</strong> <strong>de</strong> <strong>tumores</strong><br />

• Exemplos epiteliais – O carcinoma epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong>.<br />

– Tipo I – Simula bem o epitélio queratinizado,<br />

apresentando sempre porções estratificadas, produtoras<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> queratina, formando pérolas<br />

córneas<br />

– Tipo II e III – estágios intermediários<br />

– Tipo IV – mais indiferenciado, lembrando<br />

ocasionalmente o epitélio, e com a queratina<br />

i<strong>de</strong>ntificada por imunohistoquímica, raramente<br />

apresentando pérolas córneas


Carcinoma epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> grau I, bem<br />

diferenciado


Carcinoma epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> grau II-III II III<br />

M<br />

M


M<br />

Carcinoma epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> grau IV, pouco<br />

diferenciado<br />

Esboço <strong>de</strong><br />

queratinização<br />

M<br />

M<br />

M


<strong>Gradação</strong> <strong>Histológica</strong> <strong>de</strong> <strong>tumores</strong><br />

• Os a<strong>de</strong>nocarcinomas<br />

– Os a<strong>de</strong>nocarcinomas simulam glândulas,<br />

frequentemente formando ácinos e por vezes<br />

apresentando mucina no interior <strong>de</strong>stes.<br />

– Sua gradação histológica vai do mais diferenciado(grau<br />

I) ao mais indiferenciado (grau V)<br />

– Exemplo: A<strong>de</strong>nocarcinoma <strong>de</strong> prostata.<br />

• Classificação baseado em escores – Gleason.<br />

– O sistema utiliza a comparação entre as prevalências dos padrões<br />

glandulares no tecido, resultando em um escore <strong>de</strong> agressivida<strong>de</strong>,<br />

quanto menor, melhor para o paciente.


O escore <strong>de</strong> Gleason é a soma dos achados da forma<br />

histológica predominante no tumor, por comparação com o<br />

esquema abaixo, somado aos achados das outras formas<br />

histológicas <strong>de</strong> menor predominância encontradas,<br />

Grau histológico<br />

Daí, o mais diferenciado glandular tem escore <strong>de</strong> 2 e o mais indiferenciado escore <strong>de</strong> 10. A forma<br />

mais prevalente também é importante, sendo freqüente o patologista referir como fez a soma.<br />

Gleason <strong>de</strong> 5( 2+3) ou Gleason 5 (4+1) são completamente diferentes quanto ao prognóstico e tratamento.


Este é um padrão <strong>de</strong> a<strong>de</strong>nocarcinoma <strong>de</strong> prostata bem<br />

diferenciado(Gleason 1)<br />

• Note a gran<strong>de</strong> diferenciação das glândulas e a ausência do padrão cribiforme. A<br />

única forma predominante tem aspecto glandular próximo do normal.


Neste outro caso, no entanto,<br />

as estruturas glandulares estão<br />

preservadas na maior parte do<br />

tumor, mas com aspecto mais<br />

cribiforme, com indice 3<br />

Mas outras áreas apresentam<br />

estrutura muito mais<br />

indiferenciadas, bem anormais<br />

com indice 5.<br />

Total: Gleason 8(3+5)


Para cada tipo <strong>de</strong> tumor e sua célula <strong>de</strong> origem, vai haver uma<br />

classificação especifica, que é adquirida através <strong>de</strong> consenso entre<br />

patologistas. O exemplo dos sarcomas.<br />

Formas pouco<br />

diferenciadas <strong>de</strong> grau III-<br />

IV, apresentando maior<br />

basofilia, com aumento da<br />

relação núcleo<br />

citoplasmas e abundantes<br />

mitoses, como este<br />

osteossarcoma<br />

Alguns <strong>tumores</strong>, como este fibrossarcoma, são<br />

bem diferenciados, com semelhanças com a<br />

estrutura normal e poucas mitoses<br />

Formas intermediárias<br />

guardam semelhança com a<br />

estrutura normal, mas<br />

apresentam maior numero<br />

<strong>de</strong> mitoses, com citoplasma<br />

mais basófilo indicando<br />

maior reprodução <strong>celular</strong>


Estadiamento <strong>de</strong> <strong>tumores</strong><br />

• É uma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a disseminação do tumor,<br />

– Depen<strong>de</strong> do tipo histológico do tumor<br />

– Cada tumor tem um comportamento <strong>de</strong> disseminação<br />

– Depen<strong>de</strong> do órgão afetado<br />

– Cada orgão tem condições anatômicas específicas,<br />

principalmente quanto a drenagem linfática e vascular.<br />

– Depen<strong>de</strong> do acúmulo <strong>de</strong> informação médica<br />

• Geralmente feita por reuniões <strong>de</strong> grupos médicos envolvidos.<br />

no tratamento, reunindo informações(meta-análise).<br />

• Finalida<strong>de</strong> eminentemente clínica, para permitir a<br />

<strong>de</strong>finição do tipo <strong>de</strong> tratamento e prognóstico do<br />

paciente.


O estadiamento também é<br />

histopatológico<br />

• No estadiamento histopatológico, a invasida<strong>de</strong> do<br />

tumor a nível local é avaliada.<br />

– Relação com a membrana basal do epitélio, quando for<br />

o caso<br />

• Carcinoma intra epitelial<br />

• Carcinoma invasivo<br />

– Relação com o estroma subjacente<br />

• Vascularização e angiogênese<br />

– Presença <strong>de</strong> células anaplásicas ectópicas, mostrando<br />

disseminação local


O estadiamento é geralmente baseado em<br />

critérios simples.<br />

• O tumor e sua disseminação local(T)<br />

– Sua relação com a estrutura do órgão<br />

• Tamanho<br />

• Invasão <strong>de</strong> planos profundos<br />

• Invasão <strong>de</strong> estruturas não correlatas<br />

• A disseminação regional do tumor por via linfática(N)<br />

– Sua disseminação linfática por contiguida<strong>de</strong><br />

• Gânglios satélites<br />

• Gânglios regionais<br />

• Gânglios distantes<br />

• Sua disseminação a distância (M)<br />

– Sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lançar metástases<br />

• Geralmente só critérios <strong>de</strong> existência da metástase<br />

• Algumas vezes, pela disseminação local, as contíguas ou outras distantes


Exemplo 1<br />

• Paciente <strong>de</strong> 74 a, com pneumonias persistentes em lobo inferior direito, com<br />

<strong>de</strong>rrame pleural. Exame citológico negativo do lavado bronquico. Foi feita uma<br />

tomografia e uma broncoscopia. Foi feita biópsia <strong>de</strong> um linfonodo supraclavicular.


Foi feita uma biópsia da lesão e do gânglio, com os seguintes<br />

achados similares.<br />

• No aumento menor, é possível i<strong>de</strong>ntificar<br />

a lesão tumoral com áreas <strong>de</strong> material<br />

eosinófilo(queratina)<br />

No maior aumento, po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar as estruturas queratinizadas, alem <strong>de</strong> áreas<br />

apresentando menor relação nucleo-citoplasma com presença <strong>de</strong> células gigantes e<br />

com mitoses aberrantes. Carcinoma epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> grau II/III.


O tumor po<strong>de</strong> ser classificado<br />

como T2 N3 M0<br />

• Estadiamento dos <strong>tumores</strong> <strong>de</strong> pulmão<br />

– T0 – sem tumor<br />

– TX – Células alteradas a citologia sem tumor visível<br />

– TIS – Carcinoma in situ, não ultrapassando a MB<br />

– T1- Tumor < 3 cm, sem invasão <strong>de</strong> bronquios maiores<br />

– T2 – Tumor > 3cm, envolvendo bronquios e pleura visceral, causando<br />

atelectasia que chega ao hilo, mas distante pelo menos 2 cm da carina<br />

– T3 – Tumor <strong>de</strong> qualquer tamanho, com invasão para a pare<strong>de</strong> torácica,<br />

pleura parietal e pericárdio, mas sem afetar gran<strong>de</strong>s vasos, traqueia,<br />

vertebras ou coração, próximo mas sem envolver a carina.<br />

– T4 – Tumor <strong>de</strong> qualquer tamanho afetando a carina, corações, gran<strong>de</strong>s<br />

vasos, traqueia, corpos vertebrais ou mediastino, ou ainda aqueles que<br />

produzem liquido pleural com citopatologia positiva.


O tumor po<strong>de</strong> ser classificado<br />

como T2 N3 M0<br />

• Estadiamento dos linfonodos em <strong>tumores</strong> <strong>de</strong> pulmão<br />

– N0 – sem metastases i<strong>de</strong>ntificadas em linfonodos hilares<br />

– N1– Metastases para linfonodos peribronquicos ou hilares<br />

ipsilaterais ou por contiguida<strong>de</strong> local<br />

– N2 –Metastases para linfonodos subcarinais ou mediastinais<br />

ipsilaterais<br />

– N3 – Metastase para linfonodos contralaterais da carina,<br />

mediastino ou hilo, afetando ou não os linfonodos no escaleno e na<br />

região supraclavicular.<br />

• Estadiamento <strong>de</strong> metástases em <strong>tumores</strong> <strong>de</strong> pulmão<br />

– M0 – Sem mestastase extra linfonodais i<strong>de</strong>ntificadas,<br />

– M1 – Com metastases extra linfonodais i<strong>de</strong>ntificadas(especificar<br />

orgãos)


Exemplo 2<br />

• Uma paciente <strong>de</strong> 62 a vem com alteração<br />

radiológica, sem outros sintomas


A lesão foi retirada cirurgicamente, com a histopatologia mostrando um tumor<br />

localizado, com formações glandulares,<br />

classificado como tipo IV, pela pouca diferenciação, no entanto clínicamente o<br />

estadiamento foi T1 N0 M0, com sucesso cirurgico.<br />

A maior parte das áreas do tumor não<br />

apresentava i<strong>de</strong>ntificação clara <strong>de</strong><br />

estrutura que só foi vista<br />

ocasionalmente em alguns campos.

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