SUSPEITA DE CANCRO AFASTA DANNY DA SELEÇÃO ... - Lux - Iol

“Nunca duvidei, por
um momento sequer,
da inocência dela„
Curt Knox, pai de Amanda,
à Lux em maio passado
de vestígios de ADN para análise foram
alguns dos erros mais graves, que contribuíram
para a descredibilização da Justiça
italiana. No seu apelo, Amanda foi ainda
mais longe e desconstruiu o método a que
foi sujeita no interrogatório, no qual esteve
sem advogado: “Mostrei-me disponível para
colaborar com eles naquela altura, mas fui
traída. Na noite de 5 para 6 de novembro,
fui pressionada, manipulada.” No decurso
dessa noite, acabou por dizer que, afi nal,
estava em casa na altura do crime. Estava
na sala a tapar os ouvidos, enquanto Patrick
Lumumba, um congolês proprietário de
um bar de Perugia, assassinava a colega,
explicou. Lumumba, de 38 anos, foi detido
dias depois do casal, à frente da mulher e
do fi lho. Acabou por ser libertado após
duas semanas. Tem agora direito a uma
indemnização de perto de 22 mil euros de
Amanda, por difamação. A norte-americana
foi mesmo condenada a uma pena de
3 anos de prisão por este crime, que não
terá de cumprir, uma vez que já esteve quatro
anos presa. Ao todo, foram 1427 dias
da sua vida fechada na cadeia sobrelotada
de Capanne, com 600 homens e 90 mulheres.
Inicialmente, Amanda Knox dividiu
uma cela com uma reclusa condenada por
assassinato, e que bombardeou a norte-
-americana com perguntas, acusando-a do
crime. Tal como grande parte dos italianos.
Centenas reuniram-se à porta do tribunal,
no dia do julgamento de recurso, e chamaram-na
de “assassina”. Durante todo o processo,
Amanda foi acusada de ter um comportamento
inadequado. Pouco depois de
o corpo de Meredith ser descoberto, e ainda
antes de ser detida, imagens suas aos
beijos a Raffaele originaram críticas de que
era uma “pervertida sexual”. Mais recentemente,
em tribunal, voltou a ser acusada de
“mentirosa” e “diabinha”. Amanda negou
sempre tais características. E resistiu às pressões
externas. “A minha fi lha descobriu uma
energia interior. Tem tentado sempre ter
pensamento positivo”, afi rmou a mãe, Edda
Em cima, Amanda Knox, quando
soube da absolvição. À direita, o pai,
Curt Knox, e a mãe, Edda Mellas,
que chorou de alívio. Ambos
gastaram mais de 700 mil euros
na defesa da fi lha, disse Curt à Lux