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SUSPEITA DE CANCRO AFASTA DANNY DA SELEÇÃO ... - Lux - Iol

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Em cima, um momento de carinho entre Amanda e Raffaele, o seu namorado<br />

na altura, pouco depois do crime. Esta imagem levou a que fosse acusada<br />

de “pervertida sexual”. Em baixo, a casa em Perugia onde ocorreu o crime<br />

Juiz que decidiu absolver Amanda admitiu<br />

que houve um “contexto político” na sua<br />

condenação em 2009, por ela ser americana<br />

Rudy Guédé. Este último, trafi cante de droga<br />

marfi nense, foi condenado inicialmente<br />

a 30 anos, ao fi car provada a sua presença<br />

no local do crime. Acabou por ver a pena<br />

ser-lhe reduzida para os 16 anos, sob justifi<br />

cação de ter sido o único a mostrar arrependimento<br />

à família da vítima. Os outros<br />

dois arguidos nunca admitiram a culpa. Lutaram<br />

para provar a sua inocência e acabaram<br />

por vencer. Ambos foram absolvidos<br />

no passado dia 3, após 11 horas de deliberação<br />

do júri, composto por seis cidadãos<br />

e dois juízes. Um deles, Claudio Pratillo Hellman,<br />

de 68 anos, falou ao Daily Mail sobre<br />

a decisão. “Foi um caso difícil, controverso,<br />

mas fi zemos o que mandou a nossa consciência”,<br />

afi rmou, adiantando que “o que<br />

motivou a sentença” será conhecido nos<br />

próximos três meses”, mas não teve pudor<br />

em admitir que houve um “contexto político”<br />

associado à sentença inicial. “Muitos<br />

queriam a Amanda na prisão porque ela é<br />

americana”, acusou. Quanto à possibilidade<br />

de a procuradoria recorrer para o<br />

Supremo Tribunal, Hellman garantiu: “Fui<br />

para a cama sereno.” As declarações do<br />

magistrado deixaram no ar a suspeição<br />

quanto à forma como todo o processo foi<br />

conduzido. Amanda pode, neste ponto,<br />

processar o Estado italiano pelo tempo<br />

que esteve presa. E, a avaliar pela sua intervenção<br />

emocionada, não lhe faltarão<br />

falhas para apontar ao caso. “Eu não matei,<br />

eu não violei, eu não roubei. Eu não<br />

estava lá”, começou por dizer num italiano<br />

perfeito, que aprendeu durante o seu<br />

tempo de reclusa. “Eu estava na casa do<br />

Raffaele”, continuou. Segundo afi rmou<br />

desde o início, passou a noite do crime em<br />

casa do então namorado. Só no dia seguinte,<br />

quando foi a sua casa tomar banho, se<br />

deparou com a amiga morta. Foi chamar<br />

Raffaele e ambos telefonaram para a polícia.<br />

“Eu tinha um sentido de dever com a<br />

Justiça, as autoridades em que confi ei. Eles<br />

estavam lá para encontrar o culpado e proteger-nos”,<br />

disse, lamentando que isso não<br />

tenha acontecido. De acordo com as primeiras<br />

perícias forenses, o principal elemento<br />

de prova foi uma faca com ADN de<br />

Meredith na lâmina e de Amanda no cabo<br />

apreendida em casa de Raffaele. Referiram<br />

também um soutien da vítima, que continha<br />

ADN do italiano. A defesa sempre contestou<br />

estas provas e o tribunal acabou por<br />

pedir uma segunda investigação independente,<br />

que entregou a dois peritos da Universidade<br />

de Roma La Sapienza. As conclusões<br />

arrasaram os resultados da perícia<br />

inicial. Ao todo, encontraram mais de 50<br />

falhas no tratamento do material em questão.<br />

O uso de luvas contaminadas, ou a ausência<br />

destas, e a insufi ciente quantidade

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