SUSPEITA DE CANCRO AFASTA DANNY DA SELEÇÃO ... - Lux - Iol
SUSPEITA DE CANCRO AFASTA DANNY DA SELEÇÃO ... - Lux - Iol
SUSPEITA DE CANCRO AFASTA DANNY DA SELEÇÃO ... - Lux - Iol
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
João Cabral<br />
saúde<br />
Paulo Oom<br />
Pediatra<br />
Clínica Gerações<br />
Tel. 21 3583910<br />
paulo.oom@geracoes.net<br />
“Quando uma briga entre irmãos começa<br />
no carro, fi camos encurralados. Em casa<br />
é muito mais fácil terminar uma discussão,<br />
colocando os fi lhos de castigo„<br />
ESTÃO SEMPRE A DISCUTIR NO CARRO!<br />
Parece um pesadelo, não é? Quando uma briga<br />
entre irmãos começa no carro, fi camos encurralados.<br />
Em casa é muito mais fácil terminar uma<br />
discussão, colocando os fi lhos de castigo, cada<br />
um no seu quarto. Mas naquele espaço pequeno,<br />
e sem acesso direto às crianças, muitas<br />
vezes não conseguimos impor a nossa vontade<br />
e terminar a contenda e limitamo-nos a aguentar<br />
até chegar a casa.<br />
Vamos voltar ao básico. É essencial dar atenção e<br />
divertirmo-nos com os nossos fi lhos quando eles<br />
estão bem, para que não tenham qualquer necessidade<br />
de chamar a atenção em outras ocasiões,<br />
inclusive através de discussões com os irmãos.<br />
E devemos ensinar-lhes as regras básicas de saber<br />
ouvir, saber falar e saber agir, de que já falei<br />
noutras crónicas. Desta forma, as crianças terão<br />
todas as ferramentas necessárias para poderem<br />
resolver os seus problemas (e as discussões com<br />
os irmãos) sem necessidade de gritos, palmadas<br />
ou choros. E sem a muleta dos pais.<br />
Especifi camente no carro, e porque é um espaço<br />
pequeno e atreito a confl itos, algumas atividades<br />
como jogos, ouvir música, ver um fi lme ou<br />
ler um livro podem distrair as crianças e evitar<br />
que se envolvam em qualquer disputa.<br />
Por fi m, não nos podemos esquecer de elogiar<br />
o comportamento das crianças quando se<br />
portam bem, mesmo que achemos que essa<br />
é a sua obrigação. Se após uma viagem de<br />
carro, principalmente se mais demorada, todas<br />
se portaram bem, devemos dizer-lhes isso mesmo<br />
como sinal do nosso apreço. Elas vão gostar de<br />
ouvir e vão querer repetir na próxima vez.<br />
Mas quando as coisas correm mal temos de ter<br />
outro tipo de atitude. Para pequenas quezílias,<br />
sempre frequentes, o melhor é não dar atenção.<br />
Reparar em todas as implicações e comentários<br />
que as crianças fazem umas às outras é alimentar<br />
a discussão que deixa de ser a dois para passar<br />
a ser a três. Por isso, o silêncio é muitas vezes<br />
de ouro e a melhor atitude a tomar.<br />
Mas quando a cena toma outras proporções, a<br />
nossa atitude deve ser outra. Uma opção é utilizar<br />
a técnica de contar até três como forma de<br />
terminar a discussão. Assim que for atingido o<br />
“três”, deve surgir a consequência, como por<br />
exemplo a necessidade de ir em silêncio até<br />
casa. Esta atitude é geralmente mais efi caz do<br />
que “quando chegarmos a casa fi cam de castigo”<br />
pois aí já terá decorrido algum tempo entre<br />
a discussão e o castigo, perdendo este a sua<br />
força. Para além disso, poderia permitir que as<br />
crianças continuassem a discutir até ao momento<br />
do castigo, isto é, até chegarem a casa. Cortar<br />
o mal pela raiz é o melhor remédio.<br />
Outra alternativa, ao chegar ao “três”, seria<br />
retirar um privilégio, como ver televisão, ir ao<br />
computador ou usar o telemóvel. Todas as<br />
hipóteses seriam aceitáveis, dependendo<br />
daquilo a que as crianças dão mais valor.