Janeiro-Fevereiro 2007.p65 - Arquidiocese de Florianópolis
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IMPRESSO<br />
Canasvieiras: <strong>de</strong>safio do turismo<br />
A Paróquia Nossa Senhora <strong>de</strong> Guadalupe, em Canasvieiras,<br />
está situada no principal baneário turístico <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>.<br />
E tem que lidar com o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a comunida<strong>de</strong> local<br />
e os turistas que aumentam a cada ano. 08<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -<br />
AMAZÔNIA É O TEMA DA CF-2007<br />
Pe. Rogério Groh é<br />
o novo coor<strong>de</strong>nador<br />
<strong>de</strong> Pastoral. 05<br />
Pe. Vilson celebra<br />
jubileu <strong>de</strong> prata<br />
sacerdotal. 09<br />
Retrospectiva<br />
relembra principais<br />
fatos <strong>de</strong> 2007. 12<br />
<strong>Arquidiocese</strong> ganha<br />
Associação que<br />
recupera moradores<br />
<strong>de</strong> rua. 16<br />
Catedral reabre as<br />
portas aos fiéis<br />
Após ficar fechada por<br />
22 dois meses para reformas,<br />
a Catedral reabriu<br />
suas portas. A reabertura,<br />
realizada no dia 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
foi marcada pela<br />
celebração do jubileu <strong>de</strong> 50<br />
anos <strong>de</strong> vida presbiteral do<br />
Pe. Luiz Bertotti, vigário<br />
paroquial. 03<br />
LOUVOR DE VERÃO<br />
O enorme Ginásio <strong>de</strong> Esportes <strong>de</strong> Camboriú foi pequeno para acolher as mais <strong>de</strong> 12 mil pessoas que<br />
participaram do “Louvor <strong>de</strong> Verão”. Em sua 16ª edição, o evento <strong>de</strong>ste ano celebrou os 40 anos <strong>de</strong><br />
criação da Renovação Carismática Católica no mundo. O evento contou com pregações <strong>de</strong> Ironi<br />
Spuldaro, membro da RCC nacional, e com a animação da Banda Bom Pastor, do Rio <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. 08<br />
Seminaristas serão or<strong>de</strong>nados<br />
diáconos na Catedral. 05<br />
www.arquifloripa.org.br<br />
FLORIANÓPOLIS - SC<br />
Nº 120 - ANO XI Comunicação a Serviço da Vida e da Esperança<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> <strong>de</strong> 2007<br />
Irmãs carmelitas fazem<br />
seus Votos Perpétuos<br />
Duas irmãs do Carmelo Santa Teresa,<br />
da Irmãs Carmelitas <strong>de</strong> Itajaí, pronunciaram<br />
o seu “sim” <strong>de</strong>finitivo para a vida com<br />
Jesus Cristo. A celebração, presidida pelo<br />
nosso bispo auxiliar, Dom José Negri, foi<br />
realizada no dia 03 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, na capela<br />
do Carmelo. 16<br />
Com o tema<br />
“Fraternida<strong>de</strong> e<br />
Amazônia”, e<br />
lema “Vida e<br />
Missão neste<br />
chão”, a CF será<br />
lançada no dia<br />
21 <strong>de</strong> fevereiro,<br />
em uma celebração<br />
às 18h15min, na Catedral,<br />
presidida pelo nosso Arcebispo<br />
Dom Murilo Krieger, a CF-2007.<br />
Na <strong>Arquidiocese</strong>, serão realizados<br />
seminários <strong>de</strong> prepação para as li<strong>de</strong>ranças.<br />
Eles vão acontecer nos dias<br />
24 e 25 <strong>de</strong> fevereiro, e no dia 03 <strong>de</strong><br />
março, em sete pontos diferentes da<br />
<strong>Arquidiocese</strong>. O objetivo <strong>de</strong>sses Seminários<br />
<strong>de</strong>scentralizados é favorecer<br />
a participação <strong>de</strong> mais li<strong>de</strong>ranças. 03<br />
RELIGIÃO:<br />
Experiência <strong>de</strong> Deus<br />
Religião é tudo aquilo que nos<br />
ajuda a re-escolher Deus como o<br />
i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> nossa vida. Como foi para<br />
Jesus <strong>de</strong> Nazaré, Deus-Pai é o centro,<br />
o norte, a bússola, o eixo <strong>de</strong><br />
nossa existência pessoal e social.<br />
Tudo vem <strong>de</strong>le, tudo converge para<br />
ele. Por isso, é preciso que a todo<br />
instante, refaçamos a opção por<br />
Deus. Esse é o sentido do primeiro<br />
mandamento: “Ame ao Senhor seu<br />
Deus com todo o seu coração, com<br />
toda a sua alma, e com todo o seu<br />
entendimento. Esse é o maior e o<br />
primeiro mandamento”. A partir da<br />
experiência fundamental <strong>de</strong> Deus,<br />
enten<strong>de</strong>-se o amor ao próximo: “O<br />
segundo é semelhante a esse:<br />
Ame ao seu próximo como a si<br />
mesmo” (Mc 22,37-39). A escolha<br />
<strong>de</strong> Deus como o essencial <strong>de</strong> nossa<br />
existência: eis o sentido e a fonte<br />
da verda<strong>de</strong>ira religião! 04
2<br />
- <strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
OPINÃO<br />
Santo não é Shopping Center<br />
No dia 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro próximo passado, o Papa Bento XVI reconheceu<br />
um milagre do Beato Frei Galvão e o martírio dos Servos <strong>de</strong><br />
Deus Pe. Manoel Gomez Gonzalez e do coroinha <strong>de</strong> 15 anos Adílio<br />
Daronch em Feijão Miúdo, RS (1924); da Serva <strong>de</strong> Deus, a catarinense<br />
Albertina Berckenbrock aos 12 anos em São Luís, Imaruí, SC (1931); e da<br />
Serva <strong>de</strong> Deus Irmã Lindinalva Justo <strong>de</strong> Oliveira em Salvador da Bahia (1993).<br />
O Pe. Manoel era espanhol. Os outros são brasileiros. Os mártires do<br />
Rio Gran<strong>de</strong> do Sul foram vítimas da violência política na guerra entre<br />
chimangos e maragatos; Albertina e Irmã Lindinalva foram mártires em<br />
<strong>de</strong>fesa da virginda<strong>de</strong>, da sacralida<strong>de</strong> do corpo templo do Espírito Santo.<br />
Irmã Lindinalva, vicentina, recebeu 44 facadas <strong>de</strong> um asilado do qual cuidava<br />
e queria seduzi-la. Recebeu as facadas após celebrar a Via Sacra,<br />
numa sexta-feira santa.<br />
O reconhecimento do martírio já os torna bem-aventurados. A Celebração<br />
oficial acontecerá durante o ano. Com Albertina, nosso Estado terá a<br />
segunda beatificação, <strong>de</strong>pois da primeira, <strong>de</strong> Santa Paulina.<br />
A Igreja coloca os Santos como nossos “mo<strong>de</strong>los e intercessores”.<br />
Mo<strong>de</strong>los e intercessores no caminho da vida cristã. Gostamos muito dos<br />
Santos: um pouco menos apreciamos imitá-los. Conta a história que os<br />
fra<strong>de</strong>s franciscanos estavam muito felizes porque alguns <strong>de</strong>les tinham merecido<br />
o martírio no Marrocos. São Francisco não per<strong>de</strong>u tempo: proibiu que<br />
se cantasse o martírio dos fra<strong>de</strong>s porque isso era fácil, e se esqueciam <strong>de</strong><br />
serem eles mesmos mártires.<br />
Os Santos não são Shopping. O Prefeito <strong>de</strong> Guaratinguetá, terra do<br />
Beato Frei Galvão, espera que a canonização dê um impulso à economia<br />
da região. Preten<strong>de</strong> criar um “corredor espiritual” que fomente o turismo e<br />
os negócios. Nova Trento torcia para que Santa Paulina <strong>de</strong>sse um impulso<br />
à economia do Município, promovendo o turismo religioso, a hotelaria,<br />
<strong>de</strong>gustação <strong>de</strong> queijos e vinhos da região. Em São Luís do Imaruí também<br />
se espera que Albertina Berckenbrock estimule as peregrinações, a construção<br />
<strong>de</strong> estradas e santuário. Em <strong>Florianópolis</strong>, a Fundação Catarinense<br />
<strong>de</strong> Cultura-FCC tombou como bem imaterial a Procissão do Senhor dos<br />
Passos: agora, quem participa da<br />
procissão está sendo personagem<br />
<strong>de</strong> um espetáculo tombado e que<br />
não po<strong>de</strong> ser alterado. A mudança<br />
<strong>de</strong> roteiro <strong>de</strong>ve ser submetida<br />
à FCC. Falta tombar a procissão<br />
<strong>de</strong> Corpus Christi, a ren<strong>de</strong>ira, o<br />
peixe com pirão, pois a Bahia já<br />
tombou o acarajé.<br />
Um horror! Uma vergonha<br />
servir-se dos Santos para propósitos comerciais ou culturais. Isso é simonia,<br />
o pior dos pecados: enriquecer às custas da graça divina concedida aos<br />
Santos. A própria expressão “turismo religioso” é <strong>de</strong> uma infelicida<strong>de</strong> total.<br />
Na sua sabedoria, a Igreja sempre se serve <strong>de</strong> duas palavras para a visita<br />
a lugares sagrados: romaria e peregrinação. Turismo é turismo, peregrinação<br />
é peregrinação. O turista até reza nos Santuários, mas sua finalida<strong>de</strong><br />
é turismo. Já o peregrino reza e vai para rezar, aceitando sacrifícios e<br />
privações para realizar seu caminho cristão.<br />
Certamente assistiremos logo ao <strong>de</strong>primente espetáculo da valorização<br />
das terras no entorno do local do martírio, o mesmo que aconteceu em<br />
Vígolo. Muita gente querendo um pedaço <strong>de</strong> terra para estabelecer sua<br />
“banca <strong>de</strong> câmbio e comércio <strong>de</strong> pombos”, como no templo <strong>de</strong> Jerusalém.<br />
Vão ser comprados a peso <strong>de</strong> outro os terrenos on<strong>de</strong> nossos mártires<br />
<strong>de</strong>rramaram seu sangue pela pureza e pela paz, por causa da fé. O sangue<br />
dos mártires fecunda a terra para o nascimento <strong>de</strong> novos mártires e<br />
não <strong>de</strong> negócios.<br />
Outro problema sério é transformar os Mártires e Santos em milagreiros,<br />
medi-los pelo número <strong>de</strong> graças. As graças po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser pedidas. A<br />
maior graça, porém, é pedirmos o mesmo heroísmo dos que <strong>de</strong>ram a vida<br />
para testemunhar seu amor pelo Senhor e pelo Evangelho. Um Hino litúrgico<br />
fala em “Sagrado Comércio”: ele se refere a Deus que assume nossa<br />
humanida<strong>de</strong> em Cristo e a nós que assumimos a divinda<strong>de</strong> também em<br />
Cristo. O Brasil precisa <strong>de</strong> Santos: cada um <strong>de</strong> nós é o candidato obrigatório<br />
ao posto. A vocação cristã é a vocação à santida<strong>de</strong>.<br />
Pe. José Artulino Besen<br />
www.arquifloripa.org.br/jornal<br />
e-mail: jornal@arquifloripa.org.br<br />
“O reconhecimento do martírio já<br />
os torna bem-aventurados. A<br />
Celebração oficial acontecerá<br />
durante o ano. Com Albertina,<br />
nosso Estado terá a segunda<br />
beatificação, <strong>de</strong>pois da primeira,<br />
<strong>de</strong> Santa Paulina”<br />
OPINIÃO<br />
PALAVRA DO BISPO<br />
Fraternida<strong>de</strong> e Amazônia<br />
Quando ouve ou lê a palavra<br />
“Amazônia”, em que<br />
você pensa? Num vasto<br />
tapete ver<strong>de</strong>, ao Norte do Brasil,<br />
que abriga 34% das reservas<br />
mundiais <strong>de</strong> florestas?<br />
Numa região on<strong>de</strong> se encontra<br />
80% da água disponível do território<br />
brasileiro? Numa imensa<br />
parte <strong>de</strong> nosso país – 60% - que<br />
abriga 34% das reservas mundiais<br />
<strong>de</strong> florestas e uma gigantesca reserva <strong>de</strong> minérios?<br />
Num imenso “parque”, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser encontrados<br />
30% <strong>de</strong> todas as espécies <strong>de</strong> fauna e flora do<br />
mundo? A Amazônia é tudo isso e muito mais. Formada<br />
por nove Estados brasileiros,<br />
tudo ali é grandioso: tem, <strong>de</strong> fron-<br />
teiras internacionais, 11.248 km; <strong>de</strong><br />
costa atlântica: 1.482 km; seus rios<br />
navegáveis compreen<strong>de</strong>m 22 mil<br />
km; sua população é <strong>de</strong> 23 milhões<br />
<strong>de</strong> habitantes, <strong>de</strong>ntre os quais 163<br />
povos indígenas, que totalizam 208<br />
mil pessoas – ou seja: 60% da população<br />
indígena brasileira.<br />
Por que motivos essa região,<br />
que a maioria dos brasileiros nunca visitou, tornouse<br />
tema <strong>de</strong> uma Campanha da Fraternida<strong>de</strong> – Campanha<br />
que interessa a todo o Brasil? É que a Igreja<br />
Católica no Brasil ouviu os clamores vindos dos<br />
povos da Amazônia. Eles querem ser conhecidos e<br />
respeitados, e não admitem que sua região seja<br />
vista apenas como uma terra <strong>de</strong> exploração e <strong>de</strong><br />
enriquecimento rápido para uma minoria. A Campanha<br />
da Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2007, que tem como lema:<br />
“Vida e missão neste chão” é, pois, um convite para<br />
PALAVRA DO PAPA<br />
Periodicida<strong>de</strong> mensal - 22.000 exemplares<br />
Rua Esteves Júnior, 447<br />
88015-130 - <strong>Florianópolis</strong> - SC<br />
Fone/Fax: (48) 3224-4799<br />
Diretor e Revisor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Dom José<br />
Negri, Pe. Carlos Rogério Groh, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi,<br />
Cleber <strong>de</strong> Oliveira Rodrigues, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável:<br />
Zulmar Faustino - SC 01224 JP - Departamento <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>: Pe. Francisco Rohling - Editoração<br />
e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul<br />
“Por que motivos essa região,<br />
que a maioria dos brasileiros<br />
nunca visitou, tornou-se tema<br />
<strong>de</strong> uma Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />
– Campanha que<br />
interessa a todo o Brasil?”<br />
Paulo, a centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus Cristo<br />
Olhando para Paulo, po<strong>de</strong>ríamos formular assim<br />
a pergunta fundamental: como acontece o encontro<br />
<strong>de</strong> um ser humano com Cristo? (...) Paulo ajuda-nos<br />
a compreen<strong>de</strong>r o valor absolutamente<br />
fundante e insubstituível da fé. Eis<br />
quanto escreve na Carta aos Romanos:<br />
“Pois estamos convencidos<br />
<strong>de</strong> que é pela fé que o homem<br />
é justificado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
das obras da lei” (3, 28).<br />
E também na Carta aos Gálatas:<br />
“O homem não é justificado pelas<br />
obras da Lei, mas unicamente pela fé em Jesus<br />
Cristo; por isso, também nós acreditamos em<br />
Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em<br />
Cristo e não pelas obras da Lei; porque pelas obras<br />
da Lei nenhuma criatura será justificada” (2, 16).<br />
“Ser justificados” significa ser tornados justos, isto<br />
é, ser acolhidos pela justiça misericordiosa <strong>de</strong> Deus,<br />
e entrar em comunhão com Ele e, por conseguinte,<br />
po<strong>de</strong>r estabelecer uma relação muito mais autêntica<br />
com todos os nossos irmãos: e isto com base<br />
“Paulo ajuda-nos a compreen<strong>de</strong>r<br />
o valor absolutamente<br />
fundante e insubstituível da<br />
fé, da fé em Jesus Cristo.”<br />
RESTAURAÇÕES:<br />
Ostensório, Sacrário,<br />
Cálice, Cibório, etc...<br />
que conheçamos, apreciemos e respeitemos toda<br />
a vida que a Amazônia guarda: seus povos, sua<br />
biodiversida<strong>de</strong>, sua beleza.<br />
A CF 2007 quer nos lembrar que a natureza saiu<br />
das mãos <strong>de</strong> Deus. Pensando em seus filhos e filhas,<br />
ele preparou um imenso jardim, que <strong>de</strong>ve ser cultivado<br />
por nós. A Amazônia é parte integrante <strong>de</strong>sse jardim<br />
e, se <strong>de</strong>le cuidarmos bem (“Dominai a terra!” – Gn<br />
1,28), inúmeros benefícios nascerão não só para nosso<br />
País, mas para toda a humanida<strong>de</strong>. Ao mesmo<br />
tempo em que se preocupa com as agressões à vida,<br />
aos povos e ao ambiente da Amazônia, a Igreja, consciente<br />
<strong>de</strong> sua missão evangelizadora, quer multiplicar<br />
iniciativas missionárias e <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social. A<br />
Igreja que está na Amazônia interpela a Igreja que<br />
está em outras regiões do Brasil.<br />
É como se nos perguntasse: “O que<br />
vocês estão fazendo por nós?”<br />
Conhecer a realida<strong>de</strong> da Amazônia,<br />
sua história, as expressões<br />
<strong>de</strong> sua cultura, os <strong>de</strong>safios vividos<br />
pela Igreja que lá está, a difícil vida<br />
<strong>de</strong> seus missionários – muitos<br />
<strong>de</strong>les, estrangeiros – é um pequeno<br />
e humil<strong>de</strong> passo. Mas po<strong>de</strong> ser<br />
um primeiro passo para “aproximar”<br />
a Amazônia <strong>de</strong> todos nós. Não nos esqueçamos:<br />
“Cristo aponta para a Amazônia!” (Paulo VI).<br />
Por isso, nosso pedido na Quaresma <strong>de</strong> 2007: “Que<br />
a Amazônia, berço acolhedor <strong>de</strong> tanta vida, seja também<br />
o chão da partilha fraterna, a Pátria solidária <strong>de</strong><br />
povos e culturas, a Casa <strong>de</strong> muitos irmãos e irmãs”<br />
(Oração da CF 2007).<br />
Dom Murilo S.R. Krieger, scj<br />
Arcebispo <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />
num perdão total dos nossos pecados. Pois bem,<br />
Paulo diz com muita clareza que esta condição <strong>de</strong><br />
vida não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossas eventuais boas obras,<br />
mas <strong>de</strong> uma mera graça <strong>de</strong> Deus (cf. Rm 3, 24).<br />
Com estas palavras São Pau-<br />
lo expressa o conteúdo fundamental<br />
da sua conversão, o novo rumo<br />
da sua vida que resultou do seu<br />
encontro com Cristo ressuscitado.<br />
Paulo, antes da conversão, não<br />
tinha sido um homem afastado <strong>de</strong><br />
Deus e da sua Lei. Ao contrário,<br />
era um obser-vante, com uma observância fiel até<br />
ao fanatismo. Mas à luz do encontro com Cristo<br />
compreen<strong>de</strong>u que com isso tinha procurado edificarse<br />
a si mesmo. (...) Compreen<strong>de</strong>u que era absolutamente<br />
necessária uma nova orientação da sua<br />
vida. E encontramos expressa em suas palavras<br />
esta nova orientação: “E a vida que agora tenho na<br />
carne, vivo-a na fé do Filho <strong>de</strong> Deus que me amou e<br />
se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2, 20).<br />
(08.11.06)<br />
Carlos Cruz<br />
REPRESENTANTE COMERCIAL<br />
“A serviço da Igreja Católica”<br />
Fone<br />
Fax:(48) 3257-8263<br />
9983-4592<br />
<strong>Florianópolis</strong> - SC - cruzartesacra@yahoo.com.br
Celebração jubilar marcou<br />
reabertura da Catedral<br />
O<br />
badalar dos cinco sinos da<br />
catedral, às 9h da manhã<br />
do dia 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
anunciava a reabertura da Catedral<br />
<strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>. Após ficar<br />
fechada por 22 meses para os<br />
trabalhos <strong>de</strong> restauração, as<br />
portas foram abertas pelo Pe.<br />
Francisco <strong>de</strong> Assis Wloch, o<br />
pároco, para um gran<strong>de</strong> número<br />
<strong>de</strong> pessoas que aguardavam.<br />
A reabertura foi marcada pela<br />
celebração do jubileu <strong>de</strong> 50<br />
anos <strong>de</strong> vida presbiteral do Pe.<br />
Luiz Bertotti, vigário da Catedral,<br />
que contou com a participação<br />
do nosso arcebispo Dom Murilo,<br />
do clero arquidiocesano, autorida<strong>de</strong>s<br />
políticas e civis, e fiéis.<br />
A Catedral teve <strong>de</strong> ser fechada<br />
em 25 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2005,<br />
após vistoria realizada pelo Escritório<br />
Piloto <strong>de</strong> Engenharia Civil<br />
(Epec) da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina (UFSC),<br />
que constatou várias <strong>de</strong>ficiências<br />
na estrutura, sobretudo no<br />
telhado, que colocavam em risco<br />
a segurança dos fiéis.<br />
INVESTIMENTOS<br />
Apenas o vão central e a ab-<br />
si<strong>de</strong> estão abertos à visitação. As<br />
naves laterais estão interditadas<br />
para os trabalhos <strong>de</strong> restauração,<br />
que prosseguem. Sobre os<br />
tapumes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, que bloqueiam<br />
a passagem, foram colocados<br />
painéis que mostram os trabalhos<br />
já realizados. "Como a<br />
maior parte do trabalho foi feita<br />
na estrutura da cobertura, não<br />
tendo visibilida<strong>de</strong>, os painéis dão<br />
uma idéia do trabalho realizado",<br />
disse Roberto Bentes <strong>de</strong> Sá, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Comissão <strong>de</strong> Obras.<br />
Até o momento já foram investidos<br />
R$ 2,3 milhões na obras. Os<br />
recursos vieram do Governo do<br />
Estado, da Prefeitura <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />
e <strong>de</strong> campanhas realizadas<br />
pela paróquia da Catedral.<br />
Estima-se que ainda serão<br />
necessários mais cerca <strong>de</strong> R$ 8<br />
milhões. O dinheiro será utilizado<br />
também para a recuperação <strong>de</strong><br />
todo o complexo da Catedral, que<br />
envolve as salas <strong>de</strong> encontro e a<br />
residência paroquial, o salão Dom<br />
Joaquim, e os antigos Cine Rox e<br />
Cine Ritz. "O objetivo é recuperar<br />
todas as estruturas para melhor<br />
aten<strong>de</strong>r os fiéis", disse Pe. Chico,<br />
maior entusiasta do projeto.<br />
Reabertura foi marcada pela celebração jubilar do Pe. Luiz Bertotti<br />
Pastoral Carcerária capacita agentes<br />
No dia 03 <strong>de</strong> março, na paróquia<br />
São João Evangelista, Biguaçu,<br />
começará o Curso <strong>de</strong> formação<br />
para voluntários e interessados<br />
na Pastoral Carcerária. O Curso<br />
será <strong>de</strong>senvolvido em nível<br />
arquidiocesano com a participação<br />
da EMAR, e se <strong>de</strong>stina às<br />
li<strong>de</strong>ranças comunitárias, leigos/<br />
as, religiosos/as, universitários/as,<br />
seminaristas, padres e diáconos,<br />
tendo em vista a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> 4000 presos nas penitenciárias,<br />
presídios e ca<strong>de</strong>ias da <strong>Arquidiocese</strong>:<br />
os presos, com suas famílias,<br />
não po<strong>de</strong>m ficar à margem<br />
da nossa ação pastoral.<br />
Com um total <strong>de</strong> 40 horas/aula,<br />
o Curso se <strong>de</strong>senvolverá em cinco<br />
sábados (dias 3-3, 17-3, 28-4, 19-<br />
5, 16-6), das 8.30 às 17.00h. Em<br />
tempo se fará chegar, às comarcas,<br />
um Fol<strong>de</strong>r com informações mais<br />
<strong>de</strong>talhadas. As inscrições <strong>de</strong>verão<br />
ser feitas nas paróquias, e encaminhadas<br />
à EMAR, até 23-2.<br />
Informações: com a Coor<strong>de</strong>nação<br />
<strong>de</strong> Pastoral (48) 3224-4799<br />
email: emar@arquifloripa.<br />
org.br ou com a Pastoral Carcerária<br />
(48) 2107.2323 email:<br />
estampalivre@yahoo.com.br<br />
ou Pe. Ney (48) 3234.0400<br />
email: ney.brasil@itesc.org.br<br />
Foto JA<br />
CF-2007<br />
No dia 21 <strong>de</strong> fevereiro, às<br />
18h15min, será realizado o<br />
lançamento oficial da Campanha<br />
da Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2007,<br />
que este ano terá como tema<br />
“Fraternida<strong>de</strong> e Amazônia”, e<br />
lema “Vida e Missão neste<br />
chão”. O evento será realizado<br />
na Catedral <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong> durante<br />
a celebração presidida pelo<br />
nosso Arcebispo Dom Murilo<br />
Krieger. No mesmo dia, às<br />
14h30min, Dom Murilo conce<strong>de</strong><br />
entrevista coletiva à imprensa no<br />
auditório da Cúria Metropolitana.<br />
A proposta da Campanha<br />
<strong>de</strong>ste ano é promover a solidarieda<strong>de</strong><br />
com as populações<br />
amazônicas, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo a vida<br />
e o meio-ambiente. A CF-2007<br />
proporcionará um momento <strong>de</strong><br />
reflexão sobre a Amazônia,<br />
mostrando a região como patrimônio<br />
<strong>de</strong> todos os brasileiros,<br />
e suscitando iniciativas <strong>de</strong> proteção<br />
do patrimônio geográfico,<br />
biológico e cultural daquela região.<br />
Mas espera que também<br />
os outros biomas do Brasil sejam<br />
valorizados.<br />
A Floresta Amazônica é um<br />
dos seis biomas brasileiros. Os<br />
outros são Caatinga; Serrado;<br />
Pantanal; Mata Atlântica; Campos<br />
(ou Pampas). Desses, a<br />
Amazônia é o maior, ocupando<br />
58% do território nacional. E,<br />
apesar <strong>de</strong> sofrer sucessivas<br />
agressões pelo homem, é ainda<br />
o bioma menos afetado.<br />
FONTE DE VIDA<br />
Uma das metas da CF-2007,<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -3<br />
Amazônia é o tema da CF-2007<br />
Para dinamizar a Campanha<br />
da Fraternida<strong>de</strong> na Arquidio-cese,<br />
serão realizados sete seminários<br />
<strong>de</strong> preparação nas comarcas da<br />
<strong>Arquidiocese</strong>. As 17 pessoas da<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, que participaram do<br />
Seminário em Lages, foram divididas<br />
em grupos para ministrar<br />
palestras às li<strong>de</strong>ranças.<br />
Os encontros iniciam no dia<br />
24 <strong>de</strong> fevereiro, em que às 14h<br />
haverá o Seminário na Paróquia<br />
São João Batista, em Itajaí, e na<br />
Paróquia Senhor Bom Jesus <strong>de</strong><br />
Nazaré, em Palhoça. No dia seguinte,<br />
o Seminário será realizado,<br />
pela manhã, a partir das 8h,<br />
na Paróquia Santo Antônio, em<br />
além <strong>de</strong> alertar para a situação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>vastação que vem sofrendo,<br />
é fazer com que a Amazônia<br />
seja conhecida a partir <strong>de</strong> seus<br />
povos. Hoje há 208 mil indígenas<br />
na floresta e cerca <strong>de</strong> 61 mil<br />
nas cida<strong>de</strong>s. Há 500 anos, porém,<br />
eram mais <strong>de</strong> três milhões.<br />
São pessoas que vivem da Floresta<br />
e sabem aproveitar o que<br />
ela tem <strong>de</strong> melhor sem provocarem<br />
a sua <strong>de</strong>struição.<br />
“É fundamental que a Amazônia<br />
seja reconhecida e amada<br />
como um bioma, um berço<br />
<strong>de</strong> vida único, com potencialida<strong>de</strong>s<br />
e limites para se viver<br />
nele”, disse Ivo Poleto, assessor<br />
nacional da Campanha da<br />
Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
2007, o qual há 30<br />
anos estuda a Amazônia<br />
e que foi um<br />
dos responsáveis<br />
pela elaboração do<br />
Texto-Base.<br />
Ele assessorou o<br />
Seminário Regional,<br />
realizado <strong>de</strong> 13 a 15<br />
<strong>de</strong> outubro, em Lages,<br />
que contou com<br />
a participação <strong>de</strong> 70<br />
li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong> nove<br />
dio-ceses. A partir do<br />
reconhecimento da<br />
Amazônia como um<br />
bioma a ser preservado,<br />
se alimentará a<br />
solidarieda<strong>de</strong> aos povos<br />
indígenas e a todos<br />
os que lá vivem,<br />
e se elaborarão estratégias<br />
para a preservação<br />
da Amazônia a partir<br />
<strong>de</strong>les", disse Ivo.<br />
Subsídios: Para se aprofundar<br />
sobre o tema da CF-2007,<br />
a CNBB lança todos os anos<br />
um Texto-Base, que é o fundamento<br />
teórico para a Campanha<br />
da Fraternida<strong>de</strong>. Os interessados<br />
po<strong>de</strong>m adquiri-lo através<br />
da Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Pastoral,<br />
pelo fone (48) 3224-4799.<br />
A Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Catequese<br />
também elaborou, para esta<br />
CF, um subsídio catequético,<br />
que reúne informações sobre a<br />
Campanha e sugere dinâmicas<br />
<strong>de</strong> grupo. O material também<br />
po<strong>de</strong> ser adquirido na Cúria.<br />
Seminários preparam li<strong>de</strong>ranças para a CF-2007<br />
<strong>Florianópolis</strong>, e Santo Amaro.<br />
Já no dia 03 <strong>de</strong> março, a paróquia<br />
Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus,<br />
em Leoberto Leal, receberá<br />
uma equipe especial para ministrar<br />
a preparação. No mesmo<br />
dia, a partir das 14h, a Paróquia<br />
São Luiz Gonzaga, em Brusque,<br />
e a Paróquia São Sebastião, em<br />
Tijucas, também receberão a visita<br />
<strong>de</strong> uma equipe.<br />
"O nosso objetivo é realizar<br />
Seminários em pontos que possam<br />
reunir o maior número <strong>de</strong><br />
comunida<strong>de</strong>s para favorecer a<br />
participação <strong>de</strong> mais li<strong>de</strong>ranças",<br />
disse A<strong>de</strong>lir da Silva<br />
Raupp, coor<strong>de</strong>nadora da CF-<br />
2007 na <strong>Arquidiocese</strong>. Nos outros<br />
anos, os seminários aconteciam<br />
em apenas duas regiões.<br />
Celebração no Parque<br />
Como forma <strong>de</strong> valorizar o<br />
bioma existente em nossa região,<br />
a equipe <strong>de</strong> animação da CF-2007<br />
na <strong>Arquidiocese</strong> está organizando<br />
uma celebração no Parque Florestal<br />
da Serra do Tabuleiro. O<br />
objetivo é reunir o maior número<br />
<strong>de</strong> pessoas na manhã do dia 18<br />
<strong>de</strong> março, para uma celebração e<br />
uma caminhada. Localizado em<br />
Palhoça, o Parque possui 90 mil<br />
ha. do pouco que restou da Floresta<br />
Atlântica.
4-<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
No início do século XX, um grupo<br />
<strong>de</strong> filósofos e estudiosos da cultura<br />
oci<strong>de</strong>ntal dizia que a religião<br />
iria se acabar em menos <strong>de</strong> cem<br />
anos. O progresso da humanida<strong>de</strong>,<br />
através da ciência e da técnica, iria<br />
colocar a religião no museu, relegada<br />
a coisa do passado, da ida<strong>de</strong> infantil<br />
da história. O que vemos hoje, exatamente<br />
cem anos após essas previsões,<br />
é um pulular <strong>de</strong> seitas e <strong>de</strong><br />
novos movimentos religiosos, uma<br />
fragmentação generalizada <strong>de</strong> todo<br />
tipo <strong>de</strong> religião. Um fenômeno que se<br />
tornou fascinante e atraente. A religião<br />
entrou no mercado, um objeto<br />
<strong>de</strong> compra e venda. Tem gente que<br />
gasta horrores com religião. Tem<br />
gente que se enriquece com a religião.<br />
O tempo, porém, vai revelando<br />
que as pessoas não se encontram<br />
consigo mesmas. Pulam <strong>de</strong>sta para<br />
aquela religião, experimentam isso e<br />
aquilo, em busca <strong>de</strong> uma felicida<strong>de</strong><br />
que não encontram. Na verda<strong>de</strong>, fogem<br />
<strong>de</strong> si mesmas, fogem do encontro<br />
com seu eu mais profundo,<br />
fogem do encontro com Deus, que<br />
habita a profundida<strong>de</strong> do coração<br />
humano. São Tiago escreveu em<br />
sua carta: “A religião pura e sem<br />
mancha diante <strong>de</strong> Deus, nosso Pai,<br />
é esta: socorrer os órfãos e as viúvas<br />
em aflição, e manter-se livre da<br />
corrupção do mundo” (Tg 1,27).<br />
RELIGIÃO COMO IDOLATRIA<br />
Há pessoas que fazem da religião<br />
um meio <strong>de</strong> manipular a Deus, <strong>de</strong><br />
usá-lo em função dos próprios interesses.<br />
Querem os milagres <strong>de</strong><br />
Deus, mas não o Deus dos milagres.<br />
Não querem compromisso com<br />
Deus. Compromisso implica aliança,<br />
relação, fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. Hoje as pessoas<br />
querem viver sem compromissos. Individualismo<br />
e imediatismo, que são<br />
as marcas <strong>de</strong> todo pecado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
pecado das origens, entraram também<br />
no campo da religião. Muita gente<br />
peca exatamente na religião, pois<br />
abusa <strong>de</strong> Deus, preten<strong>de</strong> comprar as<br />
graças <strong>de</strong> Deus, engana a Deus. Vivem<br />
<strong>de</strong> tal maneira na superfície da<br />
verda<strong>de</strong>ira religião que nem sequer<br />
percebem que se enganam a si mesmas.<br />
A respeito <strong>de</strong>ssa geração que<br />
usa a religião com fins egoístas e interesseiros,<br />
disse Jesus: “Uma geração<br />
má e adúltera busca um sinal,<br />
mas nenhum sinal lhe será dado, a<br />
não ser o sinal do profeta Jonas” (Mt<br />
12,39). O sinal <strong>de</strong> Jonas é a morte <strong>de</strong><br />
Jesus, seu caminho <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
pobreza e <strong>de</strong> simplicida<strong>de</strong> até a cruz.<br />
Enquanto o Filho <strong>de</strong> Deus faz um<br />
movimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida, vindo ao nosso<br />
encontro na materialida<strong>de</strong> da existência<br />
humana, muita gente só pensa<br />
em subir na vida, com a preten-<br />
TEMA DO MÊS<br />
RELIGIÃO<br />
EXPERIÊNCIA DE DEUS<br />
Deus como o essencial <strong>de</strong> nossa existência:<br />
eis o sentido da verda<strong>de</strong>ira religião!<br />
são <strong>de</strong> ter mais e ganhar mais, na<br />
ilusão da idolatria do <strong>de</strong>us-dinheiro,<br />
da <strong>de</strong>usa-moda e, por que não, da<br />
<strong>de</strong>usa-saú<strong>de</strong>. Até a religião entra no<br />
jogo para satisfazer essas ilusões.<br />
Isso, sim, é idolatria, como <strong>de</strong>nunciavam<br />
os profetas do Antigo Testamento.<br />
A idolatria é manipulação da<br />
religião para fins egoístas e puramente<br />
mundanos! Quem vive a religião<br />
<strong>de</strong>ssa maneira nunca será feliz, pois<br />
nunca se encontrará com Deus, a<br />
única realida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> realmente<br />
satisfazer todos os nossos anseios.<br />
RELIGIÃO COMO SERVIÇO<br />
Santo Agostinho, citado no Catecismo<br />
da Igreja Católica (n. 556), comenta<br />
o mistério da Transfiguração<br />
do Senhor, mostrando como o próprio<br />
Jesus <strong>de</strong> Nazaré, Deus feito homem,<br />
vive a verda<strong>de</strong>ira religião na<br />
aproximação da realida<strong>de</strong> concreta<br />
e pobre da humanida<strong>de</strong>: “A Vida <strong>de</strong>sce<br />
para se fazer matar; o Pão <strong>de</strong>sce<br />
para passar fome; o Caminho <strong>de</strong>sce<br />
para se cansar na caminhada; a<br />
Fonte <strong>de</strong>sce para ter se<strong>de</strong>”. Ele ter-<br />
mina essa bela reflexão sobre a <strong>de</strong>scida<br />
<strong>de</strong> Deus até nós, no sofrimento<br />
e na pobreza, fazendo-nos a pergunta:<br />
“E tu, recusas-te a sofrer?”<br />
Toda a vida <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> Nazaré<br />
po<strong>de</strong> ser resumida na frase <strong>de</strong> São<br />
Tiago: “socorrer os órfãos e as viúvas<br />
em aflição, e manter-se livre da<br />
corrupção do mundo”. Os órfãos e as<br />
viúvas, que se encontravam entre as<br />
pessoas mais carentes na época,<br />
representam todos aqueles a quem<br />
Jesus fez o bem. Manter-se livre da<br />
corrupção do mundo é síntese <strong>de</strong> toda<br />
a vida santa <strong>de</strong> Jesus, que em tudo<br />
foi obediente ao Pai e amoroso com<br />
os necessitados. Na sua catequese,<br />
conforme nos relatam os Atos dos<br />
Apóstolos, o apóstolo Pedro, ao referir-se<br />
a Jesus <strong>de</strong> Nazaré, faz questão<br />
<strong>de</strong> dizer: “Deus o ungiu com o Espírito<br />
Santo e com po<strong>de</strong>r. E Jesus<br />
andou por toda parte, fazendo o bem<br />
e curando todos os que estavam dominados<br />
pelo diabo; porque Deus<br />
estava com Jesus” (At 10,38). Sua<br />
religião consistia em viver numa verda<strong>de</strong>ira<br />
aliança com o Pai, a tal ponto<br />
Divulgação/JA<br />
que ele e o Pai eram uma coisa só<br />
(cf. Jo 17,21). Sua religião consistia<br />
em “fazer o bem sem olhar a quem”,<br />
como diz o ditado popular. Sua religião<br />
foi aliança e serviço. Aliança com<br />
o Pai, serviço ao próximo.<br />
RELIGIÃO COMO<br />
EXPERIÊNCIA DE DEUS<br />
Os estudiosos ensinam que a religião<br />
po<strong>de</strong> ter três significados, a partir<br />
<strong>de</strong> três possíveis origens da palavra.<br />
Um primeiro significado aponta para<br />
o verbo ligar (do latim: re-ligare). Religião<br />
seria todo o conjunto <strong>de</strong> crenças<br />
e atitu<strong>de</strong>s que levam o ser humano<br />
a se religar com o fundamento<br />
<strong>de</strong> sua existência, isto é, com Deus.<br />
Por causa do pecado, nós nos afastamos,<br />
não apenas uns dos outros,<br />
mas nos afastamos <strong>de</strong> nós mesmos<br />
e, sobretudo, do sentido mais profundo<br />
<strong>de</strong> nossa vida: Deus. A religião nos<br />
ajuda a re-encontrar Deus e, assim,<br />
refazer todo o tecido <strong>de</strong> nossas relações:<br />
com os irmãos, com a natureza<br />
e conosco mesmos.<br />
Um segundo significado viria do<br />
verbo ler (do latim: re-legere). Religião<br />
seria toda forma cultural que nos<br />
ajuda a reler, isto é, a interpretar todas<br />
as coisas na luz <strong>de</strong> Deus. Todas<br />
as coisas, as que estão contidas<br />
nos livros da criação e da vida,<br />
ou nos livros da ciência e da história,<br />
tudo, enfim, <strong>de</strong>ve ser interpretado<br />
<strong>de</strong>ntro do plano <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> sua<br />
vonta<strong>de</strong> e <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>sígnios. Toda a<br />
vida, seja no campo pessoal, seja no<br />
campo coletivo, <strong>de</strong>ve ser lida segundo<br />
a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />
Um terceiro significado vem do<br />
verbo eleger ou escolher (do latim:<br />
re-eligere). Religião seria tudo aquilo<br />
que nos ajuda a re-escolher Deus<br />
como o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> nossa vida. Como<br />
foi para Jesus <strong>de</strong> Nazaré, Deus-Pai<br />
é o centro, o norte, a bússola, o eixo<br />
<strong>de</strong> nossa existência pessoal e social.<br />
Tudo vem <strong>de</strong>le, tudo converge<br />
para ele. Por isso, é preciso que a<br />
todo instante, refaçamos a opção por<br />
Deus. Esse é o sentido do primeiro<br />
mandamento: “Ame ao Senhor seu<br />
Deus com todo o seu coração, com<br />
toda a sua alma, e com todo o seu<br />
entendimento. Esse é o maior e o<br />
primeiro mandamento”. A partir da<br />
experiência fundamental <strong>de</strong> Deus,<br />
enten<strong>de</strong>-se o amor ao próximo: “O<br />
segundo é semelhante a esse: Ame<br />
ao seu próximo como a si mesmo”<br />
(Mc 22,37-39). A escolha <strong>de</strong> Deus<br />
como o essencial <strong>de</strong> nossa existência:<br />
eis o sentido e a fonte da verda<strong>de</strong>ira<br />
religião!<br />
Pe. Vitor Galdino Feller<br />
Professor <strong>de</strong> Teologia e Diretor do ITESC<br />
Email: vitorfeller@arquifloripa.org.br
Novas Missões do presbitério Arquidiocesano<br />
Neste ano, vários padres<br />
da nossa <strong>Arquidiocese</strong><br />
estão assumindo novas<br />
missões pastorais.<br />
Confira aqui, quais as co-<br />
munida<strong>de</strong>s que terão novos<br />
padres, também quem<br />
são e quem serão os novos<br />
integrantes do clero<br />
arquidiocesano.<br />
<strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong> - Transferências 2007<br />
I – Novos Formadores<br />
Pe. Alvino Introvini Milani:<br />
Reitor do Seminário Propedêutico,<br />
em Azambuja, Brusque.<br />
II – Coor<strong>de</strong>nador Arquidiocesano<br />
<strong>de</strong> Pastoral<br />
Pe. Carlos Rogério Groh:<br />
Coor<strong>de</strong>nador Arquidiocesano<br />
<strong>de</strong> Pastoral, residindo no Convívio<br />
Emaús, e acumulando as<br />
funções <strong>de</strong> Prof. no ITESC,<br />
Diretor Espiritual do Movimento<br />
Emaús e ajudará nos finais<br />
<strong>de</strong> semana em Biguaçu.<br />
III – Párocos e Administradores<br />
Paroquiais<br />
Pe. Antônio Luiz Schmitt:<br />
pároco da Par. São Vicente <strong>de</strong><br />
Paulo, em São Vicente, Itajaí.<br />
Pe. David Antônio Coelho:<br />
pároco da Par. São Cristóvão,<br />
em Cor<strong>de</strong>iros, Itajaí.<br />
Pe. Josino do Amaral:<br />
pároco da Par. São Sebastião,<br />
em Balneário Camboriú.<br />
Pe. Nildo Dubiella: pároco<br />
do Santuário Nossa Senhora<br />
<strong>de</strong> Fátima, no Estreito,<br />
<strong>Florianópolis</strong><br />
Pe. Sérgio Giacomelli:<br />
pároco da Par. São José e<br />
Santa Rita <strong>de</strong> Cássia, no Jardim<br />
Atlântico, <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Pe. José Osni Kuhnen:<br />
administrador paroquial da Par.<br />
Nossa Senhora da Glória, no Balneário<br />
do Estreito, <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Pe. Leandro José Rech:<br />
administrador paroquial da Par.<br />
Santa Cruz, São José.<br />
Pe. Silvano Val<strong>de</strong>miro <strong>de</strong><br />
Oliveira: administrador paroquial<br />
da Par. Sagrado Coração<br />
<strong>de</strong> Jesus, Antônio Carlos.<br />
Pe. Pedro Arnoldo da Silva<br />
(da Diocese <strong>de</strong> Coxim –<br />
MS): administrador paroquial da<br />
Par. São Pedro <strong>de</strong> Alcântara.<br />
Frei Tarcísio Schuch: administrador<br />
paroquial da Par.<br />
São Bonifácio.*<br />
IV – Vigários Paroquiais<br />
Pe. Darcísio Schappo:<br />
vigário paroquial da Par. Santa<br />
Cruz, São José.<br />
Pe. Isaltino Dias: vigário<br />
paroquial da Par. Senhor Bom<br />
Jesus dos Aflitos, Porto Belo.<br />
Pe. João Cardoso: vigário<br />
paroquial do Santuário <strong>de</strong> Fátima,<br />
no Estreito, <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Pe. Júlio César da Rosa:<br />
vigário paroquial da Par. Santíssimo<br />
Sacramento, Itajaí.<br />
Pe. William Barbosa<br />
Vianna: vigário paroquial da<br />
Par. Nossa Senhora <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s<br />
e São Luiz, na Agronômica,<br />
<strong>Florianópolis</strong>.<br />
Pe. Edinei da Rosa Cândido:<br />
ajudará nos finais <strong>de</strong> semana<br />
na Paróquia São Francisco<br />
<strong>de</strong> Assis, em Aririú, Palhoça.<br />
Pe. Norberto Debortoli: ajudará<br />
nos finais <strong>de</strong> semana na Paróquia<br />
São Francisco Xavier, no<br />
Monte Ver<strong>de</strong>, <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Pe. Vitor Galdino Feller:<br />
ajudará nos finais <strong>de</strong> semana<br />
no Santuário Imaculada Conceição<br />
da Lagoa, na Lagoa da<br />
Conceição, em <strong>Florianópolis</strong>.<br />
V – Novo Missionário<br />
Pe. Valdir Staehelin: em<br />
nome da <strong>Arquidiocese</strong> trabalhará<br />
como missionário, na Diocese<br />
<strong>de</strong> Coxim, como pároco da Paróquia<br />
Santo Antônio, em Costa<br />
Rica, no Mato Grosso do Sul.<br />
VI – Seminarista em<br />
paróquia<br />
Seminarista Carlos André<br />
Paixão: Paróquia São João<br />
Evangelista, em Biguaçu.<br />
VII – Afastamento<br />
Pe. Mário Sérgio Silva<br />
Baptistim: em tratamento <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>. Residirá na Associação<br />
Padre Augusto Zucco - APAZ,<br />
em Barreiros, São José. Estará<br />
disponível para ajudar nas paróquias.<br />
Notas:<br />
* Frei Tarcísio Schuch fará<br />
uma experiência em nossa<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, com as <strong>de</strong>vidas<br />
licenças da Or<strong>de</strong>m Franciscana.<br />
A Paróquia Divino Espírito<br />
Santo, <strong>de</strong> Camboriú, preparará<br />
a criação da futura paróquia em<br />
Monte Alegre. Pe. Flávio Feler<br />
estará à frente <strong>de</strong>ssa preparação.<br />
<strong>Florianópolis</strong>, 8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 2006.<br />
Dom Murilo S.R. Krieger, scj<br />
Arcebispo <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />
Des<strong>de</strong> o dia primeiro <strong>de</strong> ja<br />
neiro, o Pe. Carlos Rogério<br />
Groh é o nosso novo coor<strong>de</strong>nador<br />
<strong>de</strong> Pastoral. Ele<br />
retorna à <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
ficar afastado por quatro anos, período<br />
em que doutorou-se em Teologia<br />
Pastoral, em Roma, com<br />
o tema “O Ministério Presbiteral”.<br />
Natural <strong>de</strong> Busque, on<strong>de</strong> nasceu<br />
em 20 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1971.<br />
Foi or<strong>de</strong>nado padre no dia 19 <strong>de</strong><br />
outubro <strong>de</strong> 1996. Trabalhou<br />
como formador no Seminário<br />
<strong>de</strong> Azambuja, e nas paróquias<br />
São Vicente, em Itajaí, Sagrados<br />
Corações, em Barreiros,<br />
São José, e São Judas Ta<strong>de</strong>u,<br />
em Ponte do Imaruim, Palhoça.<br />
Pe Rogério assume a Coor<strong>de</strong>nação<br />
<strong>de</strong> Pastoral contando com<br />
o auxílio <strong>de</strong> Leda Vendrúscolo<br />
Cassol. O diácono José Antônio<br />
Schweitzer, que há dois anos fazia<br />
parte da equipe, solicitou o seu<br />
afastamento por motivos pessoais.<br />
Pe. Rogério substitui o Pe.<br />
João Francisco Salm, o qual <strong>de</strong>ixa<br />
a Coor<strong>de</strong>nação Arquidiocesana<br />
para se <strong>de</strong>dicar à coor<strong>de</strong>nação<br />
arquidiocesana da Pastoral Vocacional<br />
e a coor<strong>de</strong>nação do Seminário<br />
Teológico Convívio Emaús.<br />
“Foi uma ótima experiência. Envolvi-me<br />
em situações da <strong>Arquidiocese</strong><br />
que me fizeram crescer”,<br />
disse Pe. Salm.<br />
Na entrevista que segue, Pe.<br />
Rogério fala dos <strong>de</strong>safios da<br />
nova função, das priorida<strong>de</strong>s<br />
pastorais e <strong>de</strong> como preten<strong>de</strong><br />
conciliar esta nova ativida<strong>de</strong> com<br />
outras que também vai assumir.<br />
Jornal da <strong>Arquidiocese</strong> - O<br />
senhor concluiu recentemente seu<br />
doutorado em Teologia Pastoral,<br />
em Roma. Fale-nos um pouco<br />
<strong>de</strong>ssa sua especialização.<br />
Pe. Carlos Rogério Groh -<br />
Em primeiro lugar é necessário<br />
lembrar que teologia pastoral e<br />
pastoral são duas realida<strong>de</strong>s diversas,<br />
mesmo que sempre integradas<br />
e jamais separadas. Em<br />
Roma tive a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar<br />
a fé realizada, concretizada na<br />
ação eclesial. O específico da teologia<br />
pastoral é pensar, na fé e<br />
com fé, a ação da Igreja. Mesmo<br />
que a prática pastoral esteja sempre<br />
ligada a esse tipo <strong>de</strong> reflexão,<br />
a pastoral é outra realida<strong>de</strong>, que<br />
não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> unicamente da reflexão<br />
teológica. Porém, é certo<br />
que uma boa reflexão teológicopastoral<br />
po<strong>de</strong> muito contribuir na<br />
ação eclesial. Na verda<strong>de</strong> não<br />
existe nenhuma ação eclesial que<br />
não possua (mesmo que implicitamente)<br />
uma teologia-pastoral <strong>de</strong><br />
fundo. Cabe ao teólogo-pastoralista<br />
e ao pastoralista agir <strong>de</strong> maneira<br />
tal que essa teologia seja<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -5<br />
<strong>Arquidiocese</strong> ganha novo Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Pastoral<br />
Pe. Rogério (esq.) recebe a nova missão substituindo Pe. Salm<br />
explícita, pensada e concretizada<br />
na ação pastoral.<br />
JA - Que projetos o senhor tem<br />
para a Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Pastoral?<br />
Pe. Rogério - Como coor<strong>de</strong>nador<br />
<strong>de</strong> pastoral, meu projeto é<br />
o projeto da <strong>Arquidiocese</strong>. É minha<br />
missão ir acompanhando tudo<br />
aquilo que já se faz e contribuir,<br />
<strong>de</strong>ntro das minhas possibilida<strong>de</strong>s,<br />
para que o processo <strong>de</strong> evangelização<br />
continue acontecendo.<br />
JA - Preten<strong>de</strong> priorizar algum<br />
trabalho pastoral realizado hoje<br />
na <strong>Arquidiocese</strong>?<br />
Pe. Rogério - A minha gran<strong>de</strong><br />
preocupação inicial é ir me<br />
inteirando dos trabalhos, das<br />
pastorais, do dinamismo da vida<br />
eclesial <strong>de</strong> nossa <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
a fim <strong>de</strong> que possa aos pouco ir<br />
contribuindo mais diretamente.<br />
JA - Como o senhor se sente<br />
assumindo este <strong>de</strong>safio?<br />
Pe. Rogério - Por um lado,<br />
me sinto confiante, porque creio<br />
numa ação pastoral que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
somente <strong>de</strong> alguns, mas<br />
que é assumida <strong>de</strong> maneira sempre<br />
mais eclesial, <strong>de</strong>ntro do dinamismo<br />
da eclesiologia <strong>de</strong> comunhão.<br />
Nesse sentido, se o sujeito<br />
da ação pastoral é a comunida<strong>de</strong><br />
cristã, o gran<strong>de</strong> agente é Deus. É<br />
somente nele que posso colocar<br />
minha confiança. Por outro lado,<br />
me sinto limitado. É uma experiência<br />
nova, que certamente se fará<br />
exigente. Também é um <strong>de</strong>safio,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estar quatro anos fora<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>, inteirar-me <strong>de</strong><br />
toda a caminhada realizada nesse<br />
tempo. Por isso mesmo, meu<br />
gran<strong>de</strong> objetivo nesse início <strong>de</strong> trabalho<br />
é não tanto trazer coisas<br />
novas, mas procurar animar e dinamizar<br />
o trabalho evangelizador<br />
que já vem acontecendo. Isso só<br />
será possível graças à contribui-<br />
Foto JA<br />
ção <strong>de</strong> todas as pastorais, serviços,<br />
grupos, etc. e com a colaboração<br />
<strong>de</strong> cada um.<br />
JA - Como o senhor avalia o<br />
atual momento pastoral da<br />
arquidiocese?<br />
Pe. Rogério - A impressão que<br />
tenho, já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Roma, é que o<br />
Pe. João Francisco Salm realizou<br />
um belo trabalho nesse ano em<br />
que esteve à frente da coor<strong>de</strong>nação.<br />
Penso que temos uma arquidiocese<br />
que caminha. Como igreja<br />
peregrina, tantas são nossas<br />
qualida<strong>de</strong>s, mas também tantos<br />
aspectos temos a melhorar. Torço<br />
e rezo para que a minha presença<br />
na coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> pastoral<br />
possa <strong>de</strong> alguma forma contribuir<br />
para que tudo isso aconteça.<br />
Sinto-me feliz em pertencer a esta<br />
<strong>Arquidiocese</strong> e fazer parte <strong>de</strong>ste<br />
caminho evangelizador.<br />
JA - Além <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nador<br />
<strong>de</strong> Pastoral, o senhor também<br />
estará assumindo funções no<br />
ITESC, acompanhando o movimento<br />
<strong>de</strong> Emaús <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />
e colaborará - por algum<br />
tempo - com as celebrações na<br />
paróquia <strong>de</strong> Biguaçu. Como preten<strong>de</strong><br />
conciliar essas três ativida<strong>de</strong>s?<br />
Pe. Rogério - Eis um <strong>de</strong>safio<br />
para ser avaliado <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns<br />
meses. Minha ativida<strong>de</strong> principal<br />
será a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> pastoral.<br />
No ITESC <strong>de</strong>vo coor<strong>de</strong>nar o Departamento<br />
Pastoral e dar alguns<br />
cursos na área da reflexão e supervisão<br />
pastoral. Quanto ao<br />
Emáus, estarei – <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> minhas<br />
possibilida<strong>de</strong>s – acompanhando o<br />
movimento. Quanto a Biguaçu, tratar-se-á<br />
<strong>de</strong> uma colaboração nas<br />
celebrações dos finais <strong>de</strong> semana,<br />
<strong>de</strong>ntro das possibilida<strong>de</strong>s que<br />
a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> pastoral permitir.<br />
Acredito que será possível conciliar<br />
essas diversas ativida<strong>de</strong>s.
6<br />
- <strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
Conhecendo as cartas católicas (2)<br />
Carta <strong>de</strong> Tiago (Tg 3-5): Os Perigos da Língua<br />
Um dos problemas que mais nos <strong>de</strong><br />
safiam, em qualquer grupo humano,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a família, é a comunicação.<br />
Hoje, e também na Igreja primitiva. Não<br />
foi diferente com os <strong>de</strong>stinatários da carta<br />
<strong>de</strong> Tiago, o qual aborda sob vários ângulos<br />
o assunto. Assim, já no capítulo<br />
1º, ele fala da necessida<strong>de</strong> do auto-controle<br />
da língua: que cada um seja pronto<br />
para ouvir, mas lento para falar e lento<br />
para se irritar (1,19). E argumenta: Se<br />
alguém julga ser religioso, mas não refreia<br />
a sua língua, engana-se a si mesmo<br />
e sua religião é vã (1,26). No capítulo<br />
4º, ele reprova a fofoca, o falar mal dos<br />
outros, dizendo que falar mal do irmão é<br />
falar mal da Lei e julgar a própria Lei<br />
(4,11). E isto porque, se o centro da Lei é<br />
o amor fraterno, criticar o irmão equivale<br />
a sobrepor-se à própria Lei e arvorar-se<br />
em seu juiz. Mas tu, pergunta Tiago,<br />
quem és, para julgares o teu próximo?<br />
(4,12) Esse questionamento retoma a<br />
palavra <strong>de</strong> Jesus em Mt 7,1: Não julgueis,<br />
e não sereis julgados. Outra palavra do<br />
Senhor retomada pelo Apóstolo é a proibição<br />
do juramento, pelo fato <strong>de</strong> que,<br />
entre cristãos, as afirmações <strong>de</strong>vem<br />
correspon<strong>de</strong>r à verda<strong>de</strong>, sem terem <strong>de</strong><br />
se apoiar em fórmulas <strong>de</strong> juramento: Sobretudo,<br />
irmãos, não jureis... O vosso sim<br />
seja sim, e o vosso não, não (5,12).<br />
Dominar a língua<br />
Certamente sem querer abafar as autênticas<br />
li<strong>de</strong>ranças, Tiago aconselha seus<br />
<strong>de</strong>stinatários a não quererem, afoitamente,<br />
tornar-se mestres, por causa da responsabilida<strong>de</strong><br />
e do perigo maior <strong>de</strong> quem ensina:<br />
Estamos sujeitos, diz ele, a julgamento<br />
mais severo, e todos tropeçamos<br />
em muitas coisas (3,1-2). E continua:<br />
Quem não peca no uso da língua é uma<br />
pessoa perfeita, capaz <strong>de</strong> dominar o corpo<br />
inteiro (3,2). A seguir, usando duas imagens<br />
expressivas, o freio na boca dos cavalos<br />
e o leme nas embarcações, alerta<br />
para a necessida<strong>de</strong> do controle da língua,<br />
esse membro tão pequeno, mas capaz<br />
<strong>de</strong> tantas coisas! (3,3-5) Outra imagem<br />
impactante é a da pequena fagulha, que<br />
acaba incendiando a floresta inteira. Assim<br />
a língua, capaz <strong>de</strong> pôr em chamas a<br />
roda da vida! Mais. Se as feras po<strong>de</strong>m<br />
ser domadas pela espécie humana, ninguém<br />
po<strong>de</strong> domar a própria língua (3,7-8).<br />
Tanto assim, que as pessoas não se dão<br />
conta da terrível incoerência que está no<br />
uso ambíguo da mesma língua: Com ela<br />
bendizemos a Deus e com ela amaldiçoamos<br />
os que Ele criou à sua imagem e<br />
semelhança (3,9). Ora, conclui o Apóstolo,<br />
não convém que seja assim! (3,10).<br />
A verda<strong>de</strong>ira sabedoria<br />
A sabedoria, que não é mera erudição,<br />
mas conhecimento que leva à prática da<br />
justiça, é dom <strong>de</strong> Deus. Se é dom, <strong>de</strong>ve<br />
ser pedido (1,5) e vem do alto, do Pai das<br />
luzes (1,17). Como, porém, saber que alguém<br />
a possui? Tiago respon<strong>de</strong>: Que ele<br />
mostre, com seu bom procedimento, que<br />
age com mansidão (3,13). A pedra <strong>de</strong> toque,<br />
então, da verda<strong>de</strong>ira sabedoria, é a<br />
humilda<strong>de</strong>. Sabedoria humil<strong>de</strong>, portanto,<br />
BÍBLIA<br />
grata pelo dom <strong>de</strong> Deus e disponível à<br />
partilha com todos os que a buscam. No<br />
entanto, existe a falsa sabedoria, dos falsos<br />
mestres, uma sabedoria terrena, egoísta,<br />
diabólica, fomentadora <strong>de</strong> ciúmes e<br />
rivalida<strong>de</strong>s (3,15-16), e o autor da carta<br />
<strong>de</strong>ve ter tido a dolorosa experiência <strong>de</strong> tudo<br />
isso. Por isso mesmo, sua advertência é<br />
tão severa. A severida<strong>de</strong>, porém, não o impe<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> estimular à sabedoria que vem<br />
do alto, que é pacífica, conciliadora, e que<br />
semeia o fruto da justiça na paz para aqueles<br />
que promovem a paz (3,18).<br />
Conflitos e competições<br />
O contrário da sabedoria é a cobiça,<br />
responsável por verda<strong>de</strong>iras guerras e brigas<br />
na própria comunida<strong>de</strong> (4,1-2). Nesse<br />
ponto, Tiago chega a chamar seus <strong>de</strong>stinatários<br />
<strong>de</strong> adúlteros, por causa da sua<br />
amiza<strong>de</strong> com o mundo, porque a amiza<strong>de</strong><br />
com o mundo é inimiza<strong>de</strong> com Deus (4,4).<br />
É o que também lemos na primeira carta<br />
<strong>de</strong> João: Não ameis o mundo, nem o que<br />
há no mundo (1Jo 2,15). De que “mundo”<br />
se trata? É o “sistema”, a socieda<strong>de</strong><br />
construída na injustiça, socieda<strong>de</strong> no meio<br />
da qual vivemos mas com a qual não po<strong>de</strong>mos<br />
compactuar. Tanto assim que ser<br />
amigo do mundo é tornar-se inimigo <strong>de</strong><br />
Deus (4,4) e, até, excitar o “ciúme” do seu<br />
Espírito, que habita em nós (4,5).<br />
Conversão para a humilda<strong>de</strong><br />
Qual o remédio, qual a saída? Uma<br />
vez que Deus resiste aos soberbos, mas<br />
dá sua graça aos humil<strong>de</strong>s (4,6), é preciso<br />
submeter-se a Ele (4,7). E isto, não<br />
apequenando-se doentiamente, mas reconhecendo<br />
que Deus é Deus e o ser<br />
humano não é Deus. Quem usurpa o lugar<br />
<strong>de</strong> Deus só produz injustiça. Quanto<br />
a Deus, Ele não <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> elevar o ser<br />
humano quando este reconhece os próprios<br />
limites e domina a cobiça, e se<br />
empenha pela fraternida<strong>de</strong>. Essa é a conversão<br />
para a humilda<strong>de</strong>, e Tiago a sintetiza<br />
com estes apelos: Resisti ao diabo,<br />
e ele fugirá <strong>de</strong> vós. Aproximai-vos <strong>de</strong><br />
Deus, e Ele se aproximará <strong>de</strong> vós (4,7-<br />
8). Humilhai-vos diante do Senhor, e Ele<br />
vos exaltará (4,10)<br />
Advertências aos ricos<br />
Depois <strong>de</strong> ter alertado gravemente contra<br />
o <strong>de</strong>srespeito aos pobres (2,1-13), Tiago<br />
dirige-se agora diretamente aos ricos, fazendo-lhes<br />
duas <strong>de</strong>núncias: a primeira,<br />
contra a sua auto-suficiência (4,13-17), e<br />
a segunda, contra a sua prepotência e exploração<br />
(5,1-6). De que ricos se trata?<br />
Se cristãos, como explicar que mereçam<br />
tais censuras? E que sentido têm estas<br />
advertências para nós? A primeira <strong>de</strong>núncia<br />
(4,13-17), <strong>de</strong> auto-suficiência, alerta<br />
para o fato <strong>de</strong> que ninguém, por mais po<strong>de</strong>roso<br />
ou rico que seja, po<strong>de</strong> dispor do<br />
dia <strong>de</strong> amanhã (cf 4,13-14). Alerta igualmente<br />
contra a arrogância (4,16) e a omissão:<br />
Quem sabe, ou po<strong>de</strong>, fazer o bem,<br />
e não o faz, é réu <strong>de</strong> pecado (4,17). A segunda<br />
<strong>de</strong>núncia (5,1-6), acusa os ricos <strong>de</strong><br />
reterem o salário dos trabalhadores (5,4),<br />
<strong>de</strong> acumularem egoisticamente as riquezas<br />
(5,2-3), e <strong>de</strong> con<strong>de</strong>narem injustamen-<br />
te os pobres (5,6). Por isso, o Apóstolo<br />
não titubeia em fazer-lhes tremendas ameaças:<br />
Chorai e gemei, por causa das <strong>de</strong>sgraças<br />
que estão para cair sobre vós.<br />
Vossa riqueza está podre... (5,1-2) e estais<br />
engordando a vós mesmos para o dia da<br />
matança! (5,6)<br />
Paciência e perseverança<br />
Sem transição, após a violenta censura<br />
aos ricos, Tiago toca agora num assunto<br />
muito importante para os cristãos daquele<br />
tempo, e importante igualmente para<br />
nós. É o modo como <strong>de</strong>vemos aguardar a<br />
Parusia, ou seja, a volta gloriosa do Senhor<br />
Jesus. A atitu<strong>de</strong> aconselhada é a da<br />
paciência perseverante, isto é, uma paciência<br />
ativa, semelhante à do agricultor.<br />
Este, “espera” o fruto do seu trabalho, mas<br />
só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> lavrar a terra, semear, podar,<br />
irrigar o terreno. Assim também é a nossa<br />
“espera” da vinda do Senhor: uma “espera”<br />
ativa, sem queixas uns dos outros, para<br />
não sermos julgados (5,9), uma “espera”<br />
paciente como a dos profetas (5,10) e<br />
como a <strong>de</strong> Jó (5,11). Nesse meio tempo,<br />
enquanto não acontece a Parusia final,<br />
Jesus quer manifestar-se e se manifesta<br />
entre nós, na medida em que anunciamos<br />
e vivemos seu Evangelho.<br />
Oração e unção dos enfermos<br />
Já chegando ao final <strong>de</strong> sua carta,<br />
1) Diante do que São Tiago expõe,<br />
você está convencido <strong>de</strong> que a língua<br />
é, mesmo, perigosa? Como se faz<br />
para dominá-la, e educá-la? 2) Em que<br />
consiste a verda<strong>de</strong>ira sabedoria, e qual<br />
a sua pedra <strong>de</strong> toque? 3) Por que é<br />
Para refletir:<br />
Divulgação/JA<br />
Tiago exorta à confiança na oração, retomando<br />
e concretizando o que já dissera<br />
no início, quando falara na eficácia da<br />
oração feita com fé. O orante, porém, não<br />
<strong>de</strong>ve duvidar daquilo que pe<strong>de</strong>, pois aquele<br />
que duvida é semelhante a uma onda<br />
do mar, impelida e agitada pelo vento<br />
(1,6). Por isso, a exortação final do Apóstolo:<br />
Se alguém está sofrendo, recorra à<br />
oração; se alguém está alegre, entoe hinos<br />
(5,13). Se alguém está doente, man<strong>de</strong><br />
chamar os presbíteros da Igreja, para<br />
que orem sobre ele, ungindo-o com óleo<br />
em nome do Senhor (5,14). Esta unção,<br />
que alguns ainda continuam a chamar,<br />
impropriamente, <strong>de</strong> “extrema unção”, é<br />
reconhecida pela Igreja como o sacramento<br />
dos enfermos. Junto com o recurso aos<br />
médicos, não falte este recurso à fé, tão<br />
característico do ministério <strong>de</strong> cura confiado,<br />
por Jesus, a seus discípulos (cf<br />
Mc 6,13). Tiago fala ainda da confissão<br />
mútua, para o perdão dos pecados, e da<br />
oração <strong>de</strong> intercessão, pois a oração fervorosa<br />
do justo tem gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r (5,16).<br />
Confirmando esta última afirmação, ele<br />
recorda o exemplo da oração po<strong>de</strong>rosa<br />
<strong>de</strong> Elias, um homem semelhante a nós,<br />
mas que orou com insistência e foi ouvido<br />
(5,17-18).<br />
Pe. Ney Brasil Pereira<br />
Professor <strong>de</strong> Exegese Bíblica no ITESC<br />
necessário converter-se para a humilda<strong>de</strong>?<br />
4) Quais as duas graves <strong>de</strong>núncias<br />
que São Tiago faz aos ricos? Elas<br />
valem para nós? 5) Como <strong>de</strong>ve ser a<br />
nossa “espera” da vinda do Senhor? E<br />
a nossa oração?<br />
Faça como o Movimento Jovem Santo Antônio, <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>, escreva<br />
para o Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>, responda as questões <strong>de</strong>sta página e participe do<br />
sorteio <strong>de</strong> uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livros e Objetos Religiosos<br />
Católicos (48-9983-4592). Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>: rua Esteves Júnior, 447 -<br />
Centro - <strong>Florianópolis</strong>-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: jornal@arquifloripa.org.br
Cleber é o novo secretário da PJ<br />
A Assembléia Arquidiocesana<br />
da Pastoral da Juventu<strong>de</strong>,<br />
realizada nos dias 24, 25 e 26<br />
<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2006, aprovou<br />
o nome <strong>de</strong> Cleber <strong>de</strong> Oliveira<br />
Rodrigues como novo secretário<br />
liberado da Pastoral da Juventu<strong>de</strong><br />
da <strong>Arquidiocese</strong>. Natural<br />
da Paróquia Sagrados Corações,<br />
em Barreiros, São José,<br />
Cleber tem 28 anos.<br />
Ele teve formação evangélica,<br />
mas se converteu ao catolicismo.<br />
Foi batizado em 2001, e<br />
em 2002 fez sua primeira comunhão<br />
e crisma. Em agosto<br />
<strong>de</strong> 2005, acompanhou a equipe<br />
da <strong>Arquidiocese</strong> que foi a Colônia,<br />
na Alemanha, participar da<br />
XX Jornada Mundial da Juventu<strong>de</strong>.<br />
Atualmente é coor<strong>de</strong>nador<br />
paroquial <strong>de</strong> Catequese, secretário<br />
do setor da juventu<strong>de</strong> e<br />
cursa a 8ª fase do curso <strong>de</strong><br />
Biblioteconomia da UFSC.<br />
Nos próximos dois anos,<br />
Cleber terá a missão <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar<br />
e organizar os vários eventos<br />
promovidos pela PJ em nível<br />
arquidiocesano e comarcal, e<br />
auxiliar a pastoral nas paróquias.<br />
Na entrevista, que segue, ele<br />
fala dos <strong>de</strong>safios que terá que<br />
assumir.<br />
JA - Quais as propostas<br />
para os dois anos em que será<br />
secretário da PJ?<br />
Cleber <strong>de</strong> Oliveira Rodrigues<br />
- Trabalho sério, dialogando<br />
com o Arcebispo, com a coor<strong>de</strong>nação<br />
<strong>de</strong> Pastoral, com os<br />
padres e as li<strong>de</strong>ranças jovens<br />
das paróquias. Aprimorar o trabalho<br />
que a PJ <strong>de</strong>senvolve na<br />
<strong>Arquidiocese</strong>, dando ênfase aos<br />
cursos e encontros que já temos.<br />
Ir ao encontro e colocar-se à disposição<br />
dos jovens. É importante<br />
frisar que a PJ não se concentra<br />
no secretário. Temos uma<br />
organização e uma história. Vimos<br />
que as dificulda<strong>de</strong>s se tornam<br />
pesadas quando há falta <strong>de</strong><br />
diálogo e má distribuição do trabalho<br />
pastoral. Creio que um trabalho<br />
planejado, buscando apoio<br />
dos padres nas paróquias, <strong>de</strong>ve<br />
começar junto à catequese <strong>de</strong><br />
crisma. Queremos envolver os jovens<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> suas comunida<strong>de</strong>s,<br />
para que se sintam parte efetiva<br />
e afetiva da PJ. Por isso estaremos<br />
agendando visitas, para valorizar<br />
e apoiar os jovens e todos<br />
aqueles que estiverem dispostos<br />
a contribuir.<br />
JA - Como avalia o trabalho<br />
da PJ na <strong>Arquidiocese</strong>?<br />
Cleber - A PJ tem sua história<br />
na <strong>Arquidiocese</strong>, construída<br />
por aqueles que passaram ou<br />
ainda estão na caminhada. Estruturalmente<br />
conquistamos espaço,<br />
um espaço que <strong>de</strong> certa<br />
forma ainda não foi bastante explorado.<br />
Isso se expressa lá nas<br />
Paróquias e Comunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong><br />
estão os grupos <strong>de</strong> jovens, que<br />
são a vida da PJ. Grupos que<br />
nem sempre têm uma visão da<br />
organização e dimensão eclesial<br />
na qual estão inseridos.<br />
JA - A <strong>Arquidiocese</strong> está<br />
organizando o Setor da Juventu<strong>de</strong>.<br />
Qual a importância <strong>de</strong>sse<br />
trabalho?<br />
Cleber - Esse trabalho é importante,<br />
na medida em que<br />
serve <strong>de</strong> aglutinador, on<strong>de</strong> as<br />
experiências buscam, juntas,<br />
partilhar <strong>de</strong> seus trabalhos, procurando<br />
atingir cada vez mais<br />
os jovens a partir <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>,<br />
sua metodologia <strong>de</strong> trabalho<br />
e principalmente a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cada um.<br />
JA - Nos últimos anos, a PJ<br />
tem investido na formação <strong>de</strong><br />
assessores e li<strong>de</strong>ranças jovens.<br />
Como será esse trabalho<br />
durante a sua gestão?<br />
Cleber - Sou <strong>de</strong> uma Paróquia<br />
on<strong>de</strong> os jovens são a diferença.<br />
Há mais <strong>de</strong> 20 anos se<br />
trabalha a partir da catequese<br />
<strong>de</strong> Crisma, formando grupos,<br />
envolvendo os jovens na comunida<strong>de</strong>,<br />
em todas as ativida<strong>de</strong>s<br />
paroquiais. Nossos párocos<br />
sempre nos <strong>de</strong>ram apoio. Entretanto,<br />
permanecemos muito<br />
tempo isolados dos trabalhos<br />
em nível comarcal e diocesano.<br />
Em 2002, alguns jovens da Paróquia<br />
começaram a se envolver,<br />
participando <strong>de</strong> encontros<br />
e formações organizados pela<br />
PJ Arquidiocesana. Pela importância<br />
e pelo resultado que têm<br />
alcançado, os trabalhos <strong>de</strong> formação<br />
para as li<strong>de</strong>ranças jovens<br />
são e continuarão sendo<br />
uma das nossas priorida<strong>de</strong>s.<br />
Foto/JA<br />
Cleber é fruto do trabalho <strong>de</strong><br />
formação realizado na base da PJ<br />
Evento promovido pela<br />
Renovação Carismática<br />
Católica reuniu mais <strong>de</strong> 12 mil<br />
pessoas em Camboriú<br />
Mais <strong>de</strong> 12 mil pessoas participaram,<br />
no dia 21 <strong>de</strong> janeiro, do<br />
XVI Louvor <strong>de</strong> Verão. Realizado<br />
no Ginásio <strong>de</strong> Esportes <strong>de</strong><br />
Camboriú, o evento celebrou os<br />
40 anos <strong>de</strong> criação da Renovação<br />
Carismática Católica no mundo,<br />
tendo como tema “Quem tiver<br />
se<strong>de</strong> venha a mim e beba”<br />
(João 7,37).<br />
“A participação dos fiéis superou<br />
as nossas expectativas”,<br />
disse Adriano José Men<strong>de</strong>s, coor<strong>de</strong>nador<br />
arquidiocesano da<br />
RCC. Segundo ele, a cada ano<br />
o evento tem leva mais pessoas<br />
a participar. "É uma graça <strong>de</strong><br />
Deus e fruto da estrutura <strong>de</strong> organização<br />
da Renovação na<br />
<strong>Arquidiocese</strong>", disse.<br />
Para este ano, o Louvor <strong>de</strong><br />
Verão contou com a pregação <strong>de</strong><br />
Ironi Spuldaro, membro da Comissão<br />
Nacional da RCC e apresentador<br />
da TV Canção Nova, e<br />
com a animação da Banda Bom<br />
Pastor, do Rio <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>. Durante<br />
o evento, foi prestada homenagem<br />
especial ao Pe. Léo,<br />
falecido no dia quatro <strong>de</strong> janei-<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -7<br />
Louvor <strong>de</strong> Verão celebra 40 anos da RCC<br />
ro, um dos propulsores da RCC<br />
no Brasil e responsável pela sua<br />
organização na <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
"Este é um evento que Deus<br />
tem usado como meio <strong>de</strong> conversão<br />
para muitos jovens", disse<br />
Ironi, que pela segunda vez<br />
participou como pregador. Ele<br />
afirma que o Brasil inteiro <strong>de</strong>ve<br />
seguir nosso exemplo porque no<br />
verão as pessoas estão mais<br />
abertas a serem evangelizadas.<br />
"Devemos utilizar esse evento<br />
para levar o evangelho <strong>de</strong> Jesus,<br />
para que as pessoas, voltando<br />
às suas casas, se comprometam<br />
na comunida<strong>de</strong>", disse Ironi.<br />
Além das pregações e animações,<br />
aconteceu a exposição <strong>de</strong><br />
obras artísticas, feira <strong>de</strong> produtos<br />
religiosos e várias apresentações<br />
<strong>de</strong> dança, música e teatro. Os participantes<br />
também foram convidados<br />
a doar um quilo <strong>de</strong> alimento.<br />
As doações serão repassadas a<br />
instituições cadastradas, especialmente<br />
à Comunida<strong>de</strong> Bethânia,<br />
criada pelo Pe. Léo.<br />
Bispos iniciam visitas pastorais às paróquias<br />
A partir do dia 16 <strong>de</strong> fevereiro e<br />
durante todo o ano, as paróquias<br />
da <strong>Arquidiocese</strong> receberão a visita<br />
do Arcebispo Dom Murilo e do Bispo-auxiliar<br />
Dom José em dias <strong>de</strong>terminados.<br />
Serão as visitas pastorais.<br />
As visitas iniciam com a<br />
Paróquia Senhor Bom Jesus, em<br />
Major Gercino, e terminam em<br />
setembro, com a Paróquia Nossa<br />
Senhora do Perpétuo Socorro, em<br />
Guabiruba. Durante o ano, serão<br />
12 as paróquias visitadas.<br />
A visita pastoral é o encontro<br />
do Bispo com as comunida<strong>de</strong>s<br />
que constituem a diocese. Ela<br />
está prevista no Código <strong>de</strong> Direito<br />
Canônico, nos cânones 375, 396,<br />
397 e 398. Nessas visitas, o Bispo<br />
fica conhecendo a realida<strong>de</strong> da<br />
comunida<strong>de</strong>, são celebrados os<br />
mistérios da Fé, principalmente a<br />
Eucaristia, como sinal <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>,<br />
são esclarecidas dúvidas e são<br />
analisadas as situações. O Bispo<br />
busca também avaliar a eficiência<br />
das estruturas <strong>de</strong>stinadas<br />
ao serviço pastoral e informa-se<br />
Ironi Spuldaro foi o pregador do Louvor <strong>de</strong> Verão, que teve a animação da<br />
Banda Bom Pastor. Suas três pregações tiveram como base o tema <strong>de</strong>ste ano<br />
sobre a administração da igreja<br />
matriz e das capelas. Veja as<br />
paróquias que receberão as visitas<br />
pastorais durante o ano.<br />
Paróquia Dias Bispo<br />
Senhor Bom Jesus, Major Gercino 16, 17, 18, 24 e 25 Dom José<br />
Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus,<br />
Leoberto Leal<br />
09, 10, 11, 17 e 18 Dom José<br />
Santo Antônio, Itapema 13, 15, 20, 21 e 22 Dom Murilo<br />
Santo Amaro da Imperatriz<br />
13, 14, 15, 20, 21, 22,<br />
27, 28 e 29<br />
Dom José<br />
São Vicente <strong>de</strong> Paulo, Itajaí 09, 10 e 17 Dom Murilo<br />
São Joaquim, Garopaba<br />
FEVEREIRO<br />
MARÇO<br />
ABRIL<br />
JUNHO<br />
JUNHO<br />
08, 09, 10, 22, 23, 24,<br />
29, 30 e 1º/07<br />
AGOSTO<br />
Dom José<br />
São José, Botuverá 03, 04, 05, 10, 11 e 12 Dom José<br />
São Sebastião, Tijucas 17, 18, 19, 24, 25 e 26 Dom José<br />
Foto JA<br />
Santíssimo Sacramento, Itajaí 03, 04 e 05 Dom Murilo<br />
São João Batista, Itajaí 10, 11 e 12 Dom Murilo<br />
Nossa Senhora do Perpétuo<br />
Socorro, Guabiruba<br />
25, 26 e 02/09 Dom Murilo
8-<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
Paróquia <strong>de</strong> Canasvieiras: <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> um balneário turístico<br />
Durante a temporada <strong>de</strong> verão,<br />
as praias do norte da<br />
Ilha <strong>de</strong> Santa Catarina são<br />
ocupadas por milhares <strong>de</strong> turistas<br />
que vêm, sobretudo, <strong>de</strong> países<br />
<strong>de</strong> língua castelhana (Argentina,<br />
Uruguai). Mas nos últimos<br />
anos intensificaram-se as visitas<br />
<strong>de</strong> paulistas e gaúchos.<br />
Um dos balneários <strong>de</strong> maior<br />
afluência turística é Canasvieiras,<br />
que com seus pequenos<br />
prédios, pousadas, hotéis e casas,<br />
muitas vezes fechadas nos<br />
outros períodos do ano, multiplica<br />
em muitas vezes a população<br />
nos três meses <strong>de</strong> verão. Há<br />
ainda inúmeros novos projetos<br />
<strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da região, com shoppings<br />
e hotéis.<br />
No centro disso, está a novel<br />
Paróquia Nossa Senhora <strong>de</strong><br />
Guadalupe. Com suas 11 comunida<strong>de</strong>s,<br />
todas localizadas nos<br />
bairros <strong>de</strong> maior movimentação<br />
turística da Ilha, busca alternativas<br />
para acolher os peregrinos e<br />
aten<strong>de</strong>r a comunida<strong>de</strong> local.<br />
Canasvieiras é uma das quatro<br />
paróquias da <strong>Arquidiocese</strong><br />
administradas pelos padres do<br />
Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus. Criada<br />
no dia 07 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2004,<br />
a paróquia é uma das mais novas<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>, e ainda<br />
passa por vários <strong>de</strong>safios.<br />
“A Matriz não possui casa<br />
paroquial e salão <strong>de</strong> eventos, os<br />
quais porém já estão em construção.<br />
E a maioria das comunida<strong>de</strong>s<br />
está em construção ou<br />
precisa <strong>de</strong> manutenção”, disse<br />
Pe. Irmundo Rafael Stein, que ad-<br />
ministra a paróquia com o auxílio<br />
do Pe. Flávio Morelli.<br />
Missões Populares – Pelo<br />
segundo ano consecutivo, a paróquia<br />
realiza Missões Populares.<br />
O trabalho inicia com retiro,<br />
encontros e formação para os participantes.<br />
Depois, são visitadas<br />
as residências da comunida<strong>de</strong>,<br />
informadas <strong>de</strong> que haverá a Missão<br />
e é feito um cadastro dos moradores.<br />
As Missões são iniciadas<br />
após a Páscoa e vão até outubro.<br />
A cada edição, é escolhida<br />
uma comunida<strong>de</strong> diferente para<br />
realizar o trabalho. “Com ele, sentimos<br />
o crescimento do número<br />
<strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças e o maior interesse<br />
da comunida<strong>de</strong> pela Igreja”,<br />
disse Pe. Irmundo.<br />
Pastoral dos Enfermos –<br />
Embora a paróquia não tenha<br />
uma Pastoral dos Enfermos<br />
constituída, o trabalho existe.<br />
Coor<strong>de</strong>nados pelo Pe. Flávio<br />
Morelli, um grupo <strong>de</strong> voluntários,<br />
formados por Ministros da<br />
Eucaristia, realiza a visitas aos<br />
doentes, quando são ministrados<br />
os sacramentos. O trabalho<br />
é realizado o ano inteiro,<br />
com aproximadamente 100 visitas<br />
ao mês, mas intensificase<br />
no advento. Os Ministros da<br />
Eucaristia fazem o cadastro das<br />
pessoas doentes e o padre realiza<br />
a visita.<br />
Terceira Ida<strong>de</strong> – Cerca <strong>de</strong><br />
100 idosos participam dos encontros<br />
quinzenais da pastoral.<br />
PARÓQUIA<br />
Neles, participam <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> lazer, organizam passeios,<br />
recebem palestras sobre temas<br />
variados relacionados à terceira<br />
ida<strong>de</strong> e à Igreja, e recebem dicas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais da<br />
Educação Física.<br />
RCC – A Renovação Carismática<br />
Católica está presente<br />
em cinco das 11 comunida<strong>de</strong>s,<br />
com grupos <strong>de</strong> oração atuantes.<br />
Ela auxilia na preparação dos<br />
eventos da paróquia. Todas as<br />
festas das comunida<strong>de</strong>s são<br />
precedidas por novenas organizadas<br />
pela RCC. Esse trabalho<br />
tem auxiliado a <strong>de</strong>spertar as li<strong>de</strong>ranças.<br />
Pastoral Social – Entre os<br />
trabalhos realizados pela Ação<br />
Social, merecem <strong>de</strong>staque os<br />
cursos <strong>de</strong> formação. São oferecidos<br />
cursos <strong>de</strong> idiomas, <strong>de</strong><br />
informática e <strong>de</strong> manicure para<br />
a comunida<strong>de</strong>. O trabalho iniciou<br />
em 2005. oferecendo vagas para<br />
crianças, jovens e adultos, pela<br />
manhã, tar<strong>de</strong> e noite.<br />
O objetivo dos cursos é proporcionar<br />
inclusão social às pessoas<br />
da comunida<strong>de</strong>, sem distinção<br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Participam dos<br />
cursos pessoas dos 15 aos 60<br />
anos. Além dos conhecimentos<br />
técnicos, os formadores dos<br />
cursos também dão aulas <strong>de</strong><br />
cidadania.<br />
Além disso, a Pastoral ainda<br />
aten<strong>de</strong> pessoas empobrecidas<br />
da comunida<strong>de</strong>,com doação<br />
<strong>de</strong> alimentos. São 50 cestas<br />
básicas doadas mensalmen-<br />
Formação cria novas li<strong>de</strong>ranças para as pastorais<br />
Todos os trabalhos realizados<br />
pela paróquia estão contando<br />
com a participação da comunida<strong>de</strong>.<br />
E o envolvimento da comunida<strong>de</strong><br />
na Igreja é graças ao<br />
investimento em formação. A<br />
Escola da Fé é uma das responsáveis<br />
por isso. Ela iniciou no<br />
segundo semestre <strong>de</strong> 2006 e já<br />
tem bons resultados.<br />
Li<strong>de</strong>ranças participam do retiro <strong>de</strong> formação dos missionários para as Santas Missões<br />
Populares. Trabalho <strong>de</strong> formação tem trazido novas li<strong>de</strong>ranças para a paróquia.<br />
Foto JA<br />
No ano passado, todas as<br />
quintas-feiras, um grupo <strong>de</strong> pessoas<br />
se reuniu para receber formação<br />
sobre o Dízimo. Para<br />
este ano será adotado um novo<br />
tema, <strong>de</strong>finido em pesquisa com<br />
a comunida<strong>de</strong>, e em outro dia.<br />
Em todas as ativida<strong>de</strong>s realizadas,<br />
os participantes recebem<br />
formação específica, o que proporciona<br />
a sua conscientização<br />
e melhor <strong>de</strong>sempenho. As ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> formação são anunciadas<br />
nas celebrações e são abertas<br />
a toda a comunida<strong>de</strong>.<br />
Neste ano, a paróquia dará<br />
<strong>de</strong>staque maior para a formação<br />
catequética. Serão trazidos estudantes<br />
<strong>de</strong> Teologia do ITESC<br />
para a formação em um domingo<br />
do mês sobre um tema específico.<br />
O curso será <strong>de</strong>stinado<br />
aos catequistas, mas estará<br />
aberto a todos os interessados.<br />
Foto JA<br />
No <strong>de</strong>talhe, a antiga Igreja Matriz <strong>de</strong> São Franscisdo <strong>de</strong> Paula, construída por<br />
volta <strong>de</strong> 1800, uma das primeiras paróquias da <strong>Arquidiocese</strong>, criada em 1833. A<br />
nova se<strong>de</strong>, que agrega 12 comunida<strong>de</strong>s, foi inaugurada em 2002 para aten<strong>de</strong>r<br />
aos moradores do principal balneário turístico <strong>de</strong> da Ilha <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />
te para pessoas doentes e sem<br />
condições <strong>de</strong> se manter sozinhas.<br />
Outras 50 cestas são doadas<br />
em situações emergen-<br />
História – O Povoado <strong>de</strong>dicado<br />
a São Francisco <strong>de</strong> Paula<br />
das Canas Vieiras, foi fundado<br />
pelos açorianos em 1754, e<br />
muitos anos mais tar<strong>de</strong>, em<br />
1833, foi elevado à condição <strong>de</strong><br />
paróquia, pela Lei Provincial <strong>de</strong><br />
22 <strong>de</strong> abril daquele ano. Posteriormente,<br />
a paróquia <strong>de</strong>ixou<br />
<strong>de</strong> ter Pároco titular e durante<br />
muitos anos foi anexada a outras<br />
paróquias da Ilha, vindo finalmente<br />
a ressurgir, mas com<br />
outra se<strong>de</strong>, em 2004. Por vários<br />
fatores, entre eles a excelente<br />
qualida<strong>de</strong> das águas, beleza<br />
do local e a tranqüilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> suas ondas, transformou-se<br />
no primeiro balneário do Município<br />
<strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>.<br />
O uso como balneário veio<br />
a partir do início do século XX,<br />
e num rápido crescimento tornou-se,<br />
em nossos dias, um<br />
dos principais pólos turísticos<br />
do Sul do Brasil. Dom Afonso<br />
Niehues, na época em que era<br />
Arcebispo Metropolitano <strong>de</strong><br />
<strong>Florianópolis</strong> (1965-1991), <strong>de</strong>sejava<br />
a construção <strong>de</strong> uma<br />
nova igreja. A comunida<strong>de</strong> que<br />
aí passava suas férias <strong>de</strong> verão,<br />
ansiava por um templo<br />
on<strong>de</strong> fossem rezadas Missas<br />
aos domingos.<br />
Era comum a realização <strong>de</strong><br />
Missas em residências <strong>de</strong> parentes<br />
<strong>de</strong> Padres, por ocasião<br />
dos veraneios. No verão <strong>de</strong> 1994,<br />
um grupo <strong>de</strong> fiéis reunia-se no<br />
ciais. Os alimentos chegam<br />
através <strong>de</strong> doações ou da campanha<br />
do quilo, realizada em um<br />
domingo do mês.<br />
alojamento da Casan, situado no<br />
terreno da atual igreja, para lá celebrarem<br />
as Missas dominicais.<br />
Nessa época, a comunida<strong>de</strong> era<br />
atendida pela Paróquia São Francisco<br />
Xavier, que abrangia todo<br />
o Norte da Ilha.<br />
Em 1996 foi iniciada a<br />
edificação da igreja, por representantes<br />
da comunida<strong>de</strong>.<br />
Nessa ocasião chamava-se<br />
Igreja da Santa Cruz e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o final <strong>de</strong> 1995, passou a pertencer<br />
à nova Paróquia <strong>de</strong> Ingleses.<br />
Em 3 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />
2002, após seis anos <strong>de</strong> incessantes<br />
campanhas para angariar<br />
fundos e constituir comunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fé, foi finalmente inaugurada<br />
a nova igreja, porém<br />
com o nome <strong>de</strong> Igreja <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora <strong>de</strong> Guadalupe.<br />
O motivo principal <strong>de</strong>ssa<br />
mudança <strong>de</strong>veu-se ao fato <strong>de</strong><br />
querer-se homenagear a Padroeira<br />
da América Latina, pois é<br />
gran<strong>de</strong> a <strong>de</strong>voção à Virgem <strong>de</strong><br />
Guadalupe pelos irmãos latinos<br />
que assim a veneram e que são<br />
os mais assíduos freqüentadores<br />
do Balneário <strong>de</strong> Canasvieiras.<br />
Finalmente, em 7 <strong>de</strong> março<br />
<strong>de</strong> 2004, em celebração presidida<br />
pelo arcebispo Dom Murilo<br />
Krieger, foram <strong>de</strong>smembradas<br />
11 comunida<strong>de</strong>s pertencentes à<br />
paróquia dos Ingleses e à <strong>de</strong><br />
Saco Gran<strong>de</strong>, constituindo a<br />
nova paróquia <strong>de</strong> N.Sra. <strong>de</strong><br />
Guadalupe.
Pe. Vilson celebra jubileu sacerdotal<br />
A Comunida<strong>de</strong><br />
do Monte<br />
Serrat, em <strong>Florianópolis</strong>,<br />
foi o local da celebração<br />
jubilar <strong>de</strong> Pe. Vilson<br />
Groh. O evento aconteceu no<br />
dia 09 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, às 19h,<br />
e contou com a presença <strong>de</strong><br />
bispos, padres, diáconos e<br />
familiares, além <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s<br />
e da comunida<strong>de</strong> local,<br />
on<strong>de</strong> Pe. Vilson trabalha <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o início dos 25 anos do<br />
seu ministério presbiteral.<br />
“Seus projetos, que aten<strong>de</strong>m<br />
crianças, jovens, adolescentes,<br />
homens, mulheres e<br />
idosos, têm por objetivo leválos<br />
a buscar cidadania, para<br />
viver com dignida<strong>de</strong> e enten<strong>de</strong>ndo<br />
que a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ve ser conquistada passo<br />
a passo, adquirindo seus espaços<br />
e melhorando a condição<br />
<strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>”,<br />
leu o comentarista no início da celebração.<br />
Centenas <strong>de</strong> pessoas prestigiaram a<br />
celebração, realizada na "Caixa D´Água",<br />
para melhor acolhê-las. Durante a solenida<strong>de</strong>,<br />
representantes das entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que Pe.<br />
Vilson participa lhe fizeram homenagem e o<br />
presentearam. Na homilia, Pe. Vilson agra<strong>de</strong>ceu<br />
a presença <strong>de</strong> todos e falou sobre a<br />
violência que assola as zonas <strong>de</strong> periferia<br />
<strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>. "Em quatro anos, foram 820<br />
Pe. Vilson presidiu a celebração na comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> tem<br />
trabalhado ao longo dos 25 anos <strong>de</strong> sua vida presbiteral<br />
mortes por assassinato. Só em 2004, fiz 80<br />
funerais por morte violenta".<br />
Nesse instante, solicitou que todos os<br />
participantes direcionassem suas mãos<br />
para o altar e fizessem um pacto pela nãoviolência<br />
e pela busca <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> inclusão<br />
para os jovens. "Nós nos comprometemos<br />
a construir uma cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> o<br />
rosto <strong>de</strong> Deus seja o rosto da inclusão e da<br />
dignida<strong>de</strong>", repetiram todos com Pe. Vilson.<br />
Os quase 2 mil participantes da celebração, estimulados pelo Pe. Vilson, ergueram suas<br />
mão assumindo o compromisso <strong>de</strong> trabalhar pela busca <strong>de</strong> alternativa para os jovens.<br />
Dois seminaristas serão<br />
or<strong>de</strong>nados diáconos na Catedral<br />
No dia 24 <strong>de</strong> fevereiro, sábado, às<br />
18h15min, na Catedral, serão or<strong>de</strong>nados<br />
diáconos dois seminaristas da <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
que completaram seus estudos<br />
no ITESC. A or<strong>de</strong>nação será presidida por<br />
nosso Arcebispo, Dom Murilo. Os dois<br />
or<strong>de</strong>nandos ao diaconato são: Cláudio<br />
Zimmermann, da paróquia <strong>de</strong> São Pedro<br />
<strong>de</strong> Alcântara, que durante o ano <strong>de</strong> 2006<br />
auxiliou pastoralmente na paróquia do<br />
Sagrado Coração, <strong>de</strong> Ingleses, e Carlos<br />
André Paixão, da paróquia <strong>de</strong> São Sebastião,<br />
<strong>de</strong> Balneário Camboriú, que está<br />
auxiliando na paróquia <strong>de</strong> São João Evangelista,<br />
<strong>de</strong> Biguaçu. Ambos serão or<strong>de</strong>nados<br />
presbíteros nos próximos meses.<br />
O lema <strong>de</strong> sua or<strong>de</strong>nação diaconal são<br />
as palavras <strong>de</strong> Cristo na carta aos hebreus:<br />
“Eis que eu vim, ó Deus, para fazer a tua<br />
vonta<strong>de</strong>” (Hb 10,9).<br />
Foto JA<br />
Foto JA<br />
CENTENÁRIO<br />
Quem hoje se <strong>de</strong>bruça sobre o mapa<br />
do Estado <strong>de</strong> Santa Catarina e nele procura<br />
encontrar os limites da <strong>Arquidiocese</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>, terá uma surpresa:<br />
dos 95.346,181 km2 <strong>de</strong> sua área, a<br />
<strong>Arquidiocese</strong> ocupa apenas 7.862,1 km².<br />
Dos 293 Municípios, apenas 30 ficam<br />
sob sua jurisdição eclesiástica, com<br />
uma população <strong>de</strong> aproximadamente<br />
1.367.326 hab (IBGE 2004), com uma<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 173,91 hab/km2.<br />
Mas, não foi sempre assim. A história<br />
caminha e opera mudanças, sempre<br />
se adaptando às novas circunstâncias.<br />
Este artigo tem como objetivo dar<br />
uma idéia evolutiva <strong>de</strong> como caminhou<br />
nossa história religiosa até chegar-se<br />
ao atual território da <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Historicamente, nosso território<br />
eclesiástico já pertenceu a Portugal, à<br />
Ilha da Ma<strong>de</strong>ira, à Bahia, ao Rio <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>,<br />
a São Paulo, a Curitiba. Vejamos<br />
como isso se processou, em linhas<br />
muito gerais, ao longo <strong>de</strong> 500 anos <strong>de</strong><br />
história brasileira.<br />
1. Os inícios<br />
Oficialmente o Brasil passou a pertencer<br />
a Portugal em 21 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1500,<br />
quando o Rei D. Manuel se apossou<br />
<strong>de</strong>stas terras, cujos donos eram os índios.<br />
Infelizmente, eles não sabiam escrever<br />
e, por isso, não nos <strong>de</strong>ixaram recordações<br />
do gran<strong>de</strong> roubo que lhes foi<br />
feito, <strong>de</strong> seu extermínio, <strong>de</strong> sua escravidão.<br />
Na escola, a gente apren<strong>de</strong> que<br />
Pedro Álvares Cabral <strong>de</strong>scobriu o Brasil,<br />
mas os índios já o tinham <strong>de</strong>scoberto<br />
e povoado milhares <strong>de</strong> anos antes.<br />
Não fossem eles os donos, já Cristóvão<br />
Colombo teria "<strong>de</strong>scoberto" a América<br />
em 1492, <strong>de</strong>ntro da qual fica nossa terra.<br />
A história é assim mesmo: ela sempre<br />
dá razão para o mais forte, para<br />
aquele que po<strong>de</strong> explicar, mesmo mentindo,<br />
o que está fazendo.<br />
A 1º <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1500, Frei Henrique<br />
<strong>de</strong> Coimbra celebrou aqui a Primeira<br />
Missa, e plantou o Cruzeiro. Chegava<br />
a estas terras o Sinal da Salvação; lançava-se,<br />
aqui, pela primeira vez, a mensagem<br />
<strong>de</strong> um Deus que é Pai <strong>de</strong> todos,<br />
sem distinção <strong>de</strong> raça, côr, sexo,<br />
status. Iniciava-se a missão cristã em<br />
terras brasileiras.<br />
As missões e a organização da Igreja<br />
ficavam a cargo do rei <strong>de</strong> Portugal. E<br />
isso até a in<strong>de</strong>pendência, em 1822.<br />
Depois, a autorida<strong>de</strong> religiosa foi transferida<br />
para o Imperador do Brasil, até a<br />
Proclamação da República, em 15 <strong>de</strong><br />
novembro <strong>de</strong> 1889.<br />
Alguém po<strong>de</strong> perguntar: - Mas, no<br />
que mandava o Rei? Em tudo: ele escolhia<br />
os Bispos (que <strong>de</strong>pois o Papa<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -9<br />
A <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong><br />
Evolução Histórica<br />
aprovava automaticamente), criava<br />
dioceses, nomeava vigários, construía<br />
igrejas, seminários, nomeava os professores,<br />
pagava os padres, controlava<br />
os missionários, e tudo o mais. Quem<br />
recolhia o Dízimo (imposto religioso) era<br />
o Rei, e <strong>de</strong>le fazia o que bem entendia,<br />
dando parte muito pequena para a Igreja.<br />
Exercia como que a função <strong>de</strong><br />
"Papa" entre nós. Nenhum documento<br />
do Papa entrava ou era publicado e<br />
obe<strong>de</strong>cido no Brasil sem aprovação do<br />
rei. Ou do Imperador. E isto, até 1889.<br />
Quer dizer que, efetivamente, o Papa<br />
tem autorida<strong>de</strong> efetiva aqui há pouco<br />
mais <strong>de</strong> 100 anos...<br />
Como isto foi possível?<br />
Havia em Portugal uma Or<strong>de</strong>m religiosa<br />
chamada "Or<strong>de</strong>m da Milícia <strong>de</strong><br />
Jesus Cristo", ou, mais popularmente,<br />
"Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo" (constituída com os<br />
espólios da Or<strong>de</strong>m dos Templários). Foi<br />
aprovada pelo Papa João XXII a 14 <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 1319. Com o tempo, o Rei <strong>de</strong><br />
Portugal tornou-se seu Mestre, dispondo<br />
<strong>de</strong> seus membros e <strong>de</strong> seus bens.<br />
Em 7 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1454, o Rei Dom<br />
Afonso entregou a essa Or<strong>de</strong>m a jurisdição<br />
espiritual nas terras que Portugal<br />
conquistara ou conquistasse. O<br />
Papa Calisto III confirmou esta disposição<br />
a 13 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1455.<br />
Este tipo <strong>de</strong> jurisdição chama-se<br />
"Padroado". Em poucas palavras: a Or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> Cristo era responsável pela vida<br />
religiosa das terras pertencentes a Portugal.<br />
Sendo o Rei seu Grão-Mestre, será<br />
ele o "Papa", se assim po<strong>de</strong> se dizer, da<br />
Igreja nas terras <strong>de</strong> seus domínios.<br />
Quando o Brasil foi conquistado, ficou<br />
sob o governo da Vigararia <strong>de</strong> Tomar,<br />
se<strong>de</strong> da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo. Esta<br />
Vigararia foi suprimida e, a 12 <strong>de</strong> junho<br />
<strong>de</strong> 1514, foi criada a Diocese <strong>de</strong><br />
Funchal, na Ilha da Ma<strong>de</strong>ira. Permaneceu<br />
o Brasil sujeito a essa Diocese<br />
(<strong>Arquidiocese</strong> em 1533) até 25 <strong>de</strong> agosto<br />
<strong>de</strong> 1536, retornando ao Governo da<br />
Vigararia <strong>de</strong> Tomar.<br />
O Rei <strong>de</strong> Portugal, muito esperto,<br />
conseguiu suprimir essa Vigararia, incorporou<br />
a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo à Coroa<br />
Portuguesa e, oficialmente, a 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 1551, o Papa Júlio III entregava<br />
à Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo - o que significa,<br />
ao Rei <strong>de</strong> Portugal - todas as terras<br />
portuguesas. Um pouco antes, o Rei<br />
Dom João III tinha solicitado ao Papa a<br />
criação <strong>de</strong> uma Diocese em terras brasileiras.<br />
Pe. José Artulino Besen<br />
(continua na próxima edição)
10-<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
GBF<br />
Reunião das equipes <strong>de</strong> elaboração e<br />
articulação comarcais dos GBFs<br />
Realizou-se, no domingo, dia<br />
3 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, no salão da<br />
capela São Sebastião, no<br />
Campeche, uma reunião <strong>de</strong> oração,<br />
avaliação, planejamento e<br />
confraternização. Estiveram presentes:<br />
as Coor<strong>de</strong>nações Comarcais<br />
dos Grupos Bíblicos em Família,<br />
a Equipe <strong>de</strong> Redação dos<br />
livretos e a Coor<strong>de</strong>nação Arquidiocesana<br />
<strong>de</strong> Pastoral.<br />
Na espiritualida<strong>de</strong>, Pe Salm<br />
apresentou, para conhecimento<br />
e oportuna reflexão, "as antífonas<br />
do Ó", breves orações dirigidas<br />
a Cristo que con<strong>de</strong>nsam o espírito<br />
do Advento e do Natal.<br />
Seguiu-se a avaliação da caminhada<br />
e o planejamento dos temas<br />
<strong>de</strong> estudo e assessorias para<br />
as reuniões bimestrais <strong>de</strong> articuladores<br />
e articuladoras comarcais,<br />
na paróquia <strong>de</strong> Biguaçu, bem<br />
como para os dois Encontros<br />
Arquidiocesanos que teremos ao<br />
longo do ano, e a confirmação do<br />
cronograma para 2007.<br />
Decidimos estudar e aprofundar<br />
a Eclesiologia dos GBF,<br />
proporcionando aos coor<strong>de</strong>nado-<br />
Equipe <strong>de</strong> elaboração dos livretes se confraternizam após mais um ano <strong>de</strong> caminhada<br />
res e coor<strong>de</strong>nadoras uma melhor<br />
compreensão da "Igreja seguidora<br />
<strong>de</strong> Jesus Cristo", segundo os<br />
documentos <strong>de</strong> nossa Igreja Particular,<br />
a <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Depois do <strong>de</strong>ver, um saboroso<br />
almoço <strong>de</strong> confraternização,<br />
organizado pela Capela <strong>de</strong> São<br />
Sebastião do Campeche, com a<br />
colaboração da Coor<strong>de</strong>nação<br />
arquidiocesana <strong>de</strong> Pastoral,<br />
marcou o encerramento da proveitosa<br />
reunião.<br />
Elísio Marcelo Finato<br />
Membro da equipe <strong>de</strong> redação<br />
Movimento <strong>de</strong> Irmãos<br />
Os Grupos Bíblicos em Família continuam sua missão<br />
Iniciamos um novo ano, 2007,<br />
tempo <strong>de</strong> esperança e <strong>de</strong> refazer<br />
a vida em comunida<strong>de</strong>, em preparação<br />
ao centenário <strong>de</strong> criação<br />
da Diocese <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>. Temos<br />
muito trabalho neste ano,<br />
pois “A messe é gran<strong>de</strong> e poucos,<br />
são os operários” (Mt 9,38).<br />
O objetivo dos Grupos Bíblicos<br />
em Família, GBF, é evangelizar<br />
com ardor; o tema, “A<br />
igreja nas casas”; e o lema, “Eis<br />
que estou à porta e bato” (Ap<br />
3,20). O jeito <strong>de</strong> Evangelizar dos<br />
As celebrações do início e do<br />
encerramento do livreto do Tempo<br />
do Advento/Natal em âmbito<br />
Arquidiocesano foram bem preparadas<br />
e motivadas nas comunida<strong>de</strong>s<br />
e paróquias, conforme suas<br />
realida<strong>de</strong>s: eclesial, cultural e social.<br />
Destacamos a comunida<strong>de</strong><br />
São Sebastião do Campeche.<br />
No dia 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, nesta<br />
comunida<strong>de</strong>, os Grupos Bíblicos<br />
em Família reuniram-se para<br />
celebrar o Natal com algumas famílias<br />
que durante o ano foram visitadas<br />
e acompanhadas. Além<br />
GBF é ir ao encontro das pessoas,<br />
convidando-as a se abrirem<br />
ao diálogo e a refletirem a<br />
Palavra <strong>de</strong> Deus, relacionandoa<br />
com a partilha da experiência<br />
<strong>de</strong> fé e vida e testemunhando-a<br />
na vivência comunitária. Esse<br />
jeito torna-se luz no processo <strong>de</strong><br />
transformação da realida<strong>de</strong> e nos<br />
compromete a serviço da vida em<br />
todas as suas dimensões.<br />
Neste ano, em comunhão<br />
com a caminhada pastoral e com<br />
o centenário da Diocese, quere-<br />
Comunicados: Advento/Natal.<br />
<strong>de</strong>ssas famílias, também estavam<br />
presentes outras pessoas da comunida<strong>de</strong>,<br />
os vários Grupos Bíblicos<br />
em Família, muitas crianças<br />
e alguns turistas, que participaram<br />
da celebração. Em volta do<br />
presépio, com cantos, rezas e<br />
muita fé, foi realizada a celebração<br />
final do Advento, envolvendo<br />
todos os presentes. Ao término da<br />
celebração aconteceu uma gostosa<br />
confraternização, com a participação<br />
e a partilha <strong>de</strong> todos.<br />
Em seguida foram distribuídas<br />
cestas básicas para as famílias e<br />
mos fortalecer a vivência em comunida<strong>de</strong>,<br />
motivando e dinamizando<br />
a participação <strong>de</strong> todos e<br />
todas, sendo testemunhas do<br />
ensinamento <strong>de</strong> Jesus Cristo,<br />
como discípulos e missionários<br />
do Divino Mestre. Agra<strong>de</strong>cemos<br />
o empenho dos animadores e animadoras,<br />
coor<strong>de</strong>nadores e coor<strong>de</strong>nadoras,<br />
párocos, diáconos e<br />
agentes pastorais, que contribuíram<br />
para o bom êxito da caminhada<br />
dos Grupos Bíblicos em<br />
Família no ano <strong>de</strong> 2006.<br />
brinquedos para as crianças. Com<br />
abraços e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> boas festas,<br />
encerramos este momento.<br />
Fica a certeza <strong>de</strong> que é preciso<br />
um maior envolvimento social,<br />
para que assim a vida seja <strong>de</strong><br />
igualda<strong>de</strong> e justiça para todas as<br />
pessoas. Nesse sentido, queremos<br />
em 2007, através dos Grupos<br />
Bíblicos em Família, criar uma<br />
maior consciência da necessida<strong>de</strong><br />
do trabalho pelo próximo.<br />
Animadoras dos GBF da<br />
comunida<strong>de</strong> do Campeche<br />
Divulgação/JA<br />
Para refletir<br />
A caminhada dos GBFs<br />
Numa nova concepção <strong>de</strong><br />
Igreja, queremos ampliar os<br />
horizontes em nosso ver e<br />
como vivê-la.<br />
Concebe-se como Igreja a<br />
família: a pequena Igreja doméstica,<br />
o primeiro agrupamento <strong>de</strong><br />
pessoas que se amam. No lar<br />
se realiza o melhor sonho e projeto<br />
<strong>de</strong> Deus. Ali acontece plenitu<strong>de</strong><br />
do amor humano, sem o<br />
que não haveria a geração <strong>de</strong><br />
novas vidas. No relacionamento<br />
do casal se realiza a intimida<strong>de</strong><br />
mais profunda e sagrada<br />
na vida do homem e da mulher.<br />
Contudo, para que isto aconteça,<br />
ele e ela <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar<br />
que são criaturas <strong>de</strong> Deus e her<strong>de</strong>iros<br />
do seu Reino.<br />
Os encontros nos Grupos<br />
Bíblicos em família, são um segundo<br />
momento, on<strong>de</strong> várias<br />
famílias se reúnem para conhecer-se,<br />
ler e meditar a Sagrada<br />
Escritura e por em prática os<br />
ensinamentos do Senhor.<br />
Num mundo da globalização,<br />
on<strong>de</strong> o egoísmo e o individualismo,<br />
parecem ser a tônica,<br />
isolando as pessoas para que<br />
cada um cui<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua vida, os<br />
grupos procuram ser a resposta<br />
mais a<strong>de</strong>quada para a era da comunicação<br />
e da vivência cristã.<br />
Livrete da Quaresma, Páscoa e<br />
Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />
VIDA E MISSÃO - A<br />
equipe <strong>de</strong> elaboração e revisão<br />
produziu o novo livrete<br />
para ser utilizado no Tempo<br />
da Quaresma/Páscoa.<br />
O livrete foi escrito contemplando<br />
três momentos<br />
- A Quaresma, a Páscoa<br />
da Ressurreição e, como<br />
pano <strong>de</strong> fundo, a Campanha<br />
da Fraternida<strong>de</strong> 2007<br />
- "Vida e Missão neste<br />
chão".<br />
Assim estaremos continuando<br />
os nossos encontros<br />
nas casas, nos apartamentos,<br />
condomínios e<br />
em todos os lugares. Em<br />
fevereiro, estaremos reiniciando<br />
a caminhada, em<br />
sintonia com a <strong>Arquidiocese</strong>,<br />
preparando o seu centenário,<br />
e com toda a Igreja Católica<br />
no Brasil, refletindo o tema<br />
da Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />
sobre a Amazônia.<br />
O livrete estará disponível no<br />
inicio do mês <strong>de</strong> fevereiro. Pedimos<br />
que elaborem, com entusi-<br />
São inúmeras as vantagens<br />
e os dons oferecidos pela<br />
participação nos grupos.<br />
Os pequenos grupos são<br />
chamados para a gran<strong>de</strong> assembléia<br />
do povo <strong>de</strong> Deus, que<br />
se reúnem na comunida<strong>de</strong> e<br />
na paróquia, na alegria da ressurreição<br />
para celebrar todo o<br />
mistério da Re<strong>de</strong>nção.<br />
Se na Páscoa do Senhor<br />
ocorre a alegria, a Vitória, na<br />
exaltação e proclamação do<br />
Reino <strong>de</strong> Deus, não po<strong>de</strong> haver<br />
tristeza, aborrecimento, angústia,<br />
rancor, ódio vingança e sim<br />
contentamento e felicida<strong>de</strong>.<br />
Estimadas famílias, convido-as<br />
a viver o dom <strong>de</strong> Deus<br />
dado a cada um e a cada uma<br />
pelo vínculo familiar. Se reunam<br />
em grupos <strong>de</strong> famílias para rezar<br />
e refletir a Palavra <strong>de</strong> Deus<br />
na Quaresma e no Tempo<br />
pascal, celebrando com ânimo<br />
a alegria, a vitória <strong>de</strong> Jesus Cristo<br />
sobre a morte no Mistério da<br />
re<strong>de</strong>nção, centralizando neste<br />
momento do ano litúrgico a<br />
Ressurreição e o convite que<br />
Ele nos faz a vida nova.<br />
Diácono Pedro Carbonera<br />
Par. Nossa Senhora da Boa<br />
Viagem - Comarca da Ilha<br />
asmo, a celebração inicial do<br />
novo livreto.<br />
Alertamos também para os<br />
Seminários da Campanha da<br />
Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2007, no final<br />
<strong>de</strong> fevereiro e no início <strong>de</strong> março,<br />
os quais se realizarão por<br />
regiões.
Pe. Roberto Wyróbek:<br />
centenário <strong>de</strong> nascimento<br />
No dia 26-01, na igreja matriz<br />
<strong>de</strong> São José, foi celebrada Missa<br />
em memória do Pe. Roberto<br />
Wyrobek, comemorando o centenário<br />
<strong>de</strong> seu nascimento, ocorrido,<br />
na Polônia. A Missa foi presidida<br />
por Dom Augustinho Petri,<br />
bispo auxiliar da <strong>Arquidiocese</strong><br />
Militar do Brasil, que veio especialmente<br />
para a solenida<strong>de</strong>.<br />
Pe. Roberto veio cedo para o<br />
Brasil, tendo-se incardinado em<br />
nossa <strong>Arquidiocese</strong> no tempo <strong>de</strong><br />
Dom Joaquim Domingues <strong>de</strong> Oliveira,<br />
que o mandou concluir seus<br />
estudos em Roma. Aí foi or<strong>de</strong>nado<br />
presbítero em 1935, voltando<br />
logo para a <strong>Arquidiocese</strong>, on<strong>de</strong><br />
Muito se discute: incentivar<br />
o dízimo, ou promover as festas<br />
religiosas. Na verda<strong>de</strong>,<br />
ambas as ativida<strong>de</strong>s não são<br />
exclu<strong>de</strong>ntes. Pelo contrário,<br />
ambas as ativida<strong>de</strong>s são dignas<br />
<strong>de</strong> apoio. Mas, exatamente<br />
como o dízimo não <strong>de</strong>ve ser<br />
uma ativida<strong>de</strong> comercial, mas<br />
sim <strong>de</strong> fé, as festas também<br />
não <strong>de</strong>vem ser uma ativida<strong>de</strong><br />
comercial, mas sim festas religiosas,<br />
on<strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong>ve ser<br />
o centro e não o comércio.<br />
Muitas festas distorcem o<br />
sentido bíblico <strong>de</strong> festa religiosa,<br />
e disseminam a idéia <strong>de</strong><br />
que a igreja é uma empresa <strong>de</strong><br />
fazer dinheiro. Assim, atrapalham<br />
as relações ecumênicas,<br />
uma vez que os membros <strong>de</strong><br />
outras igrejas cristãs nos vêem<br />
como obcecados pelo dinheiro<br />
e promotores <strong>de</strong> vícios.<br />
Festa religiosa é um ato profundamente<br />
bíblico e cristão,<br />
mas não para arrecadar dinheiro,<br />
nem para disseminar o vício.<br />
As festas dos israelitas, e<br />
dos primeiros cristãos, eram<br />
ocasião <strong>de</strong> celebrar a vida, a fé<br />
e a organização do povo, e<br />
primeiro foi Secretário particular<br />
<strong>de</strong> Dom Joaquim.<br />
Em 1941 foi nomeado pároco<br />
<strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong> Alcântara,<br />
on<strong>de</strong> permaneceu por 15 anos.<br />
Foi também pároco <strong>de</strong> Ilhota e,<br />
<strong>de</strong>pois, <strong>de</strong> São José, on<strong>de</strong> permaneceu<br />
residindo e auxiliando,<br />
na paróquia, até seu falecimento<br />
em 13 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1998, aos<br />
91 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />
Uma <strong>de</strong> suas maiores alegrias<br />
foi a <strong>de</strong> ter saudado o papa João<br />
Paulo II, quando da visita papal a<br />
<strong>Florianópolis</strong> em outubro <strong>de</strong> 1991.<br />
Pe. Roberto <strong>de</strong>ixou a imagem <strong>de</strong><br />
um padre zeloso, piedoso, fiel.<br />
Deus seja louvado por sua vida.<br />
Religião, dízimo e festas<br />
eram marcadas pelo espírito da<br />
alegria e da partilha.<br />
Não se po<strong>de</strong> nem se <strong>de</strong>ve<br />
acabar com as festas, mas é<br />
preciso torná-las mais religiosas<br />
e evangelizadoras, divulgando-se<br />
mais sobre o santo<br />
padroeiro, seus feitos, sua<br />
vida, a história da igreja que<br />
leva seu nome, porque se <strong>de</strong>u<br />
o nome <strong>de</strong>ste santo ou santa<br />
a este local, enfim, salientando<br />
mais os motivos religiosos<br />
e culturais da festa e não só<br />
as ativida<strong>de</strong>s econômicas que<br />
ali e naquele momento <strong>de</strong>senvolvem.<br />
Com o incentivo à pastoral<br />
do dizimo, será possível diminuir<br />
drasticamente o caráter<br />
pouco religioso <strong>de</strong> algumas festas,<br />
e as preocupações e divisões<br />
que elas trazem à comunida<strong>de</strong>.<br />
Mais que isto, é importante<br />
consi<strong>de</strong>rar que o dízimo<br />
é um mandamento bíblico e<br />
favorece gran<strong>de</strong>mente a experiência<br />
<strong>de</strong> fé em Deus e <strong>de</strong> partilha<br />
com os irmãos e irmãs.<br />
Equipe Arquidiocesana <strong>de</strong><br />
Dízimo<br />
A<br />
Paróquia Santa Inês, em<br />
Balneário Camboriú, tem<br />
dois bons motivos para comemorar<br />
o ano <strong>de</strong> 2007. No dia<br />
21 <strong>de</strong> janeiro, a paróquia celebrou<br />
40 anos da elevação da capela <strong>de</strong><br />
Santa Inês à categoria <strong>de</strong> Matriz<br />
da Paróquia Santa Inês. Também<br />
neste ano são comemorados os<br />
50 anos <strong>de</strong> criação da capela que<br />
se transformou em matriz.<br />
A história da comunida<strong>de</strong> inicia<br />
em 10 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1933.<br />
Uma carta do então Vigário <strong>de</strong><br />
Camboriú comunicava à Cúria<br />
Metropolitana que "os Padres<br />
Franciscanos <strong>de</strong> Blumenau estavam<br />
construindo um vasto prédio,<br />
todo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, no lugar<br />
chamado Praia do Camboriú".<br />
A finalida<strong>de</strong> era a <strong>de</strong> servir <strong>de</strong><br />
casa <strong>de</strong> recreio para os alunos do<br />
ginásio dirigido por aqueles Padres,<br />
em Blumenau. Na época a<br />
região não passava <strong>de</strong> uma pequena<br />
vila <strong>de</strong> pescadores. Com o crescimento<br />
da comunida<strong>de</strong>, em 1957<br />
foi criada a Capela <strong>de</strong> Santa Inês,<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -11<br />
Comunida<strong>de</strong> Santa Inês celebra 50 anos<br />
Foto JA<br />
Rua Mário Lacombe,738 - Canasvieiras<br />
(Em frente ao Banco do Brasil)<br />
<strong>Florianópolis</strong> - SC<br />
Igreja com telhado em formato <strong>de</strong> tarrafa em queda homenageia os pescadores<br />
então pertencente à Paróquia Divino<br />
Espírito Santo, <strong>de</strong> Camboriú.<br />
Anos mais tar<strong>de</strong>, em 8 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong><br />
1964, a Lei nº 960 criou o Município<br />
<strong>de</strong> Balneário Camboriú.<br />
Com o <strong>de</strong>senvolvimento turístico<br />
da região, sentiu-se a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> se criar ali uma nova<br />
Paróquia, o que foi feito em 21<br />
Novo livro do Pe. José: História da Igreja<br />
Em 75 capítulos, Pe. José<br />
Artulino Besen, professor <strong>de</strong><br />
História da Igreja no ITESC e redator<br />
da coluna "Opinião", do JA,<br />
vai lançar, neste mês <strong>de</strong> fevereiro,<br />
seu novo livro, intitulado: His-<br />
As Pastorais da Juventu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Santa Catarina celebram em<br />
2007 25 anos <strong>de</strong> caminhada.<br />
Uma gran<strong>de</strong> festa está sendo<br />
preparada! Tendo por raízes históricas<br />
a Ação Católica e os ramos<br />
da Ação Católica Especializada,<br />
no final dos anos 70,<br />
início dos anos 80, iniciam-se as<br />
primeiras articulações das Pastorais<br />
da Juventu<strong>de</strong> em SC. Foi<br />
em 1982 que aconteceu a 1ª Assembléia<br />
Regional, marcando a<br />
organização em nível estadual.<br />
Em 1992, um gran<strong>de</strong> Encontro<br />
Estadual foi realizado em<br />
Timbó, para celebrar os 10 anos<br />
<strong>de</strong> caminhada. Em 2002, a fes-<br />
tória da Igreja - da ida<strong>de</strong> apostólica<br />
aos nossos tempos. Ao escrever<br />
este livro, Pe. José oferece<br />
uma visão da Igreja situada<br />
na história da humanida<strong>de</strong>,<br />
contextualizando-a em cada épo-<br />
PJ’s: Nosso jeito <strong>de</strong> ser, crer e viver!<br />
ta que celebrou "Uma história <strong>de</strong><br />
Utopia e Paixão" aconteceu em<br />
Curitibanos, e reuniu 20 mil jovens<br />
<strong>de</strong> todos os cantos e encantos<br />
da Santa (e bela!) Catarina.<br />
Para celebrar os 25 anos, um<br />
gran<strong>de</strong> processo <strong>de</strong> motivação,<br />
nucleação <strong>de</strong> novos grupos <strong>de</strong><br />
jovens e <strong>de</strong> afirmação <strong>de</strong> nossa<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> pastoral está sendo<br />
pensado (e já vem acontecendo!).<br />
O lema motivador do processo<br />
é "Nosso jeito <strong>de</strong> ser, crer<br />
e viver" - uma expressão que quer<br />
reafirmar nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, nossa<br />
ação pastoral junto à juventu<strong>de</strong>,<br />
através <strong>de</strong> nossa vida, nossa<br />
ação e nossa prática, enfim,<br />
Elétricos, Hidros, Ferragens e Utilida<strong>de</strong>s<br />
Tem <strong>de</strong> tudo para a construção do seu lar<br />
<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1967. Ela foi entregue<br />
aos cuidados dos Padres<br />
Franciscanos, que aí estão até<br />
hoje. Logo sentiu-se a necessida<strong>de</strong><br />
urgente <strong>de</strong> construir uma<br />
nova Igreja Matriz. Foi então encomendado<br />
um projeto arrojado,<br />
com o característico telhado em<br />
forma <strong>de</strong> tarrafa em queda.<br />
ca e sempre relacionando-a com<br />
as outras igrejas e comunida<strong>de</strong>s<br />
cristãs. O livro surgiu dos artigos<br />
publicados mensalmente no<br />
Jornal "Missão Jovem" durante<br />
cinco anos (2001-2005).<br />
<strong>de</strong> jovem evangelizando jovem<br />
no dia-a-dia, no meio on<strong>de</strong> vive.<br />
O processo está acontecendo<br />
nas dioceses, a partir da realida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cada uma, e o gran<strong>de</strong><br />
Encontro Estadual será no<br />
dia 18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2007 em<br />
Ituporanga, na diocese <strong>de</strong> Rio<br />
do Sul. Contamos com o apoio<br />
e incentivo <strong>de</strong> cada um e cada<br />
uma para celebrar esta bonita<br />
caminhada, apesar <strong>de</strong> todas as<br />
dificulda<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>safios que têm<br />
as Pastorais da Juventu<strong>de</strong> no<br />
Regional Sul IV da CNBB.<br />
Elena Casagran<strong>de</strong><br />
Secretária Regional das PJ’s<br />
Horário:<br />
De segunda à Sábado<br />
8h às 20h.<br />
Aos domingos:<br />
Das 8h30 às 13h e<br />
das 17h às 21h.<br />
Fone/Fax: (48) 3284-3380<br />
E-mail: eletroterraterra@terra.com.br
12-<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
RETROSPECTIVA<br />
2005: ano eucarístico, em preparação ao 15º Congresso Eucarístico Nacional<br />
Nesta edição, como temos feito nos<br />
anos anteriores, relembramos os<br />
principais acontecimentos que o Jornal<br />
da <strong>Arquidiocese</strong> publicou durante o ano<br />
<strong>de</strong> 2006. Nesta página, esses eventos estão<br />
resumidos para que você possa, recordando-os,<br />
avaliá-los. E na esperança <strong>de</strong><br />
que, em 2007, realizaremos ainda mais.<br />
Jan/Fev – Edição 109<br />
Pe. José Negri é nomeado o novo Bispo-Auxiliar<br />
da <strong>Arquidiocese</strong>. Tema do<br />
Mês: Eucaristia e Férias. Pe. João Francisco<br />
Salm assume a Coor<strong>de</strong>nação<br />
Arquidiocesana <strong>de</strong> Pastoral. Alunos iniciam<br />
segunda etapa do curso <strong>de</strong> Diálogo<br />
Ecumênico. Paróquia NSra da Lapa: 200<br />
anos <strong>de</strong> história. Fernando Diegoli é or<strong>de</strong>nado<br />
padre. Pe. Osvaldo Prim: 20 anos<br />
<strong>de</strong> uma perda. Livro celebra 150 anos da<br />
Paróquia <strong>de</strong> Santo Amaro. Entrevista: Pe.<br />
Lúcio – vocação para a vida missionária.<br />
Irmã Cléa Fuck lança livro sobre o fundador<br />
da Congregação das Irmãs da Divina<br />
Providência.<br />
Março – Edição 110<br />
Dom Murilo impõe as mãos sobre Dom José, na celebração<br />
realizada em São Luiz Gonzaga, Brusque<br />
Ensino Religioso agora é lei no Estado.<br />
Pessoas com <strong>de</strong>ficiência é o tema da<br />
CF-2006. Pintadas, na Bahia, comemora<br />
cisternas em todas as famílias do município.<br />
Maria Glória da Silva Luz é a nova<br />
articuladora dos Grupos Bíblicos em Família.<br />
Tema do Mês: Eucaristia e Deficiência.<br />
Dom José Negri é or<strong>de</strong>nado nosso<br />
bispo auxiliar. CEN-2006 - Conferencistas<br />
confirmam presença no Simpósio Teológico.<br />
Paróquia <strong>de</strong> Campinas, São José:<br />
<strong>de</strong>safios <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> vertical.<br />
Casa da Criança <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong> celebra<br />
18 anos. Pe. Vitor Feller é o novo diretor<br />
do ITESC. Entrevista: Pe Ney Brasil Pereira<br />
celebra jubileu <strong>de</strong> ouro presbiteral.<br />
Abril – Edição 111<br />
Os seminaristas Marcelo Henrique<br />
Fraga, Leandro José Rech e Se<strong>de</strong>mir<br />
Os três seminaristas da <strong>Arquidiocese</strong> realizaram sua<br />
or<strong>de</strong>nação diaconal no Santuário <strong>de</strong> Santa Paulina<br />
Valmor <strong>de</strong> Melo são or<strong>de</strong>nados diáconos<br />
no Santuário <strong>de</strong> Santa Paulina. Pastoral<br />
Vocacional promove escola para novos<br />
agentes. Tema do Mês: Eucaristia e Páscoa.<br />
Orionópolis resgata a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pessoas com <strong>de</strong>ficiência. GBF participam<br />
<strong>de</strong> Reunião Regional. Dom Vito se torna<br />
Bispo Emérito. Pessoas Idosas têm agora<br />
a sua pastoral. Governador Celso Ramos:<br />
ainda uma Vila <strong>de</strong> Pescadores. Pe.<br />
Lúcio é missionário da <strong>Arquidiocese</strong> enviado<br />
à África. Bispos discutem o trabalho<br />
pastoral no Estado. Entrevista:<br />
Diáconos Val<strong>de</strong>miro Claudino e Dorvalino<br />
Degering, <strong>de</strong> São Bonifácio, celebram<br />
Jubileu <strong>de</strong> Prata. Artista italiano vai restaurar<br />
escultura da Catedral. Quatro jovens<br />
se consagram à Comunida<strong>de</strong> Católica<br />
Divino Oleiro. SAV Dance é opção<br />
<strong>de</strong> diversão cristã para os jovens <strong>de</strong><br />
Brusque. Escola Bíblica Arquidiocesana<br />
Dei Verbum-2006 inicia formação.<br />
Maio – Edição 112<br />
Edição Especial, com 20 páginas,<br />
trouxe a programação e, passo a passo,<br />
as notícias dos eventos realizados durante<br />
o 15º Congresso Eucarístico Nacional.<br />
Em entrevista, Dom Murilo fala da organização<br />
do CEN. <strong>Arquidiocese</strong> já foi se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> dois Congressos Eucarísticos Estaduais.<br />
Tema do Mês: Eucaristia – Ele<br />
está no meio <strong>de</strong> nós. Coletas do CEN<br />
terão <strong>de</strong>stino missionário e social. Comissão<br />
apresenta e entrega prêmios para<br />
os sorteados na Rifa e vencedores do<br />
Concurso <strong>de</strong> Redação. Em 25 perguntas<br />
e respostas, são esclarecidas as dúvidas<br />
sobre o 15º CEN.<br />
Junho – Edição 113<br />
Edição especial celebrou a realização do 15º CEN<br />
Edição Especial, com oito páginas coloridas,<br />
trouxe, dia a dia, todos os momentos<br />
do 15º Congresso Eucarístico Nacional.<br />
Procissão Luminosa foi o primeiro evento<br />
e funcionou como termômetro do Congresso.<br />
As três gran<strong>de</strong>s celebrações surpreen<strong>de</strong>ram<br />
pela participação. Carta<br />
Eucarística é a mensagem oficial do Congresso.<br />
Celebrações em Nova Trento e nas<br />
comunida<strong>de</strong>s foram elogiadas pelos bispos.<br />
Simpósio Teológico refletiu sobre a Eucaristia<br />
e a transformação da socieda<strong>de</strong>. Jovens<br />
tiveram dia especial com concentração,<br />
caminhada, show e celebração. Meios<br />
<strong>de</strong> Comunicação transmitiram o Congresso<br />
para todo Brasil. Entrevista: Pe.<br />
Vilmar fala da graça <strong>de</strong> cumprir o <strong>de</strong>safio.<br />
Julho – Edição 114<br />
Fundo Arquidiocesano <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />
beneficia pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
Oficina <strong>de</strong> Serigrafia da Pastoral Carce-<br />
rária é oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão social<br />
para presidiários. Morre Frei Junípero.<br />
Tema do Mês: Espiritualida<strong>de</strong> Cristã –<br />
Experiência <strong>de</strong> Deus-Amor. Paróquia Sagrados<br />
Corações, São José: forte participação<br />
dos jovens. Mosenhor Valentim<br />
Loch – Pai da Igreja. Entrevista: Pe. Hélio<br />
da Cunha – um padre renovado. Pe.<br />
Roque Schmitt celebra 60 anos <strong>de</strong> vida<br />
sacerdotal.<br />
Trabalho <strong>de</strong> Serigrafia realizado pela Pastoral<br />
Carcerária proporciona renda aos presidiários.<br />
Agosto – Edição 115<br />
Reunião Geral do Clero prepara centenário<br />
<strong>de</strong> criação da Diocese. Restauração<br />
celebra 150 anos da Capela São Sebastião,<br />
em <strong>Florianópolis</strong>. <strong>Arquidiocese</strong> ganha<br />
casa <strong>de</strong> recuperação para moradores<br />
<strong>de</strong> rua. Tema do Mês: A Vocação Humana<br />
– Destino <strong>de</strong> Glória. Quatro padres da<br />
<strong>Arquidiocese</strong> celebram jubileu <strong>de</strong> 25 anos<br />
<strong>de</strong> vida presbiteral nos meses <strong>de</strong> julho e<br />
agosto: Pe. Hélio da Cunha, Pe. David Antônio<br />
Coelho (julho), Pe. José Rufino Filho<br />
e Pe. Pedro Daboit (agosto). Paróquia São<br />
Cristóvão, Itajaí: <strong>de</strong>dicação ao trabalho social.<br />
Diácono Marcelo Henrique Fraga é<br />
or<strong>de</strong>nado padre. Pe. Osmar Müller – Uma<br />
vida pela justiça. Jornal Missão Jovem celebra<br />
20 anos. Entrevista: Pe. Rufino, uma<br />
vocação missionária. ACIC proporciona liberda<strong>de</strong><br />
a <strong>de</strong>ficientes visuais.<br />
Setembro – Edição 116<br />
Eleições 2006: Edição trouxe orientações<br />
para o voto e, em entrevista, candidatos<br />
ao Governo do Estado falam <strong>de</strong> suas<br />
propostas. Pe. Pedro Daboit celebra 25<br />
anos <strong>de</strong> vida presbiteral. Paróquia São<br />
Francisco, Palhoça: o leigo formando a<br />
Igreja Viva. Tema do Mês: na Terra como<br />
no Céu. Celebração pe<strong>de</strong> Paz no Oriente<br />
Médio. Jovens carismáticos participam do<br />
XVII Kairós. Casamento coletivo marca<br />
Semana da Família em Palhoça. Morre<br />
Dom Luciano Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Almeida, arcebispo<br />
<strong>de</strong> Mariana, MG. Sessão solene na<br />
Assembléia presta homenagem aos 20<br />
anos do jornal Missão Jovem.<br />
Edição trouxe entrevista com os candidatos ao<br />
Governo do Estado e orientações para o voto.<br />
Outubro – Edição 117<br />
Diác. Leandro é or<strong>de</strong>nado padre em Campinas, SJ<br />
Casa <strong>de</strong> retiros do Morro das Pedras<br />
celebra 50 anos. Tema do Mês: Evangelização<br />
da Juventu<strong>de</strong>. Seminário <strong>de</strong> Azambuja<br />
passará por reforma. Santuário <strong>de</strong><br />
Fátima, em <strong>Florianópolis</strong>: paróquia urbana<br />
com forte trabalho social. Diácono Leandro<br />
José Rech é or<strong>de</strong>nado padre. Grupos<br />
Bíblicos realizam Encontro Arquidiocesano.<br />
Entrevista: Irmã Maria Madalena<br />
da Eucaristia, Carmelita, 60 anos <strong>de</strong> vida<br />
religiosa. Morre Diácono Daniel Manoel<br />
Lopes, <strong>de</strong> Biguaçu.<br />
Novembro – Edição 118<br />
Movimento da Mãe Peregrina celebra<br />
92 anos. Pastoral da Aids lança curso <strong>de</strong><br />
formação para agentes. Tema do Mês:<br />
Comunicação da Verda<strong>de</strong>. Comissão organiza<br />
celebrações para o centenário <strong>de</strong><br />
criação da diocese <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>. DNJ<br />
reflete sobre os Direitos da Juventu<strong>de</strong>. Paróquia<br />
da Prainha, <strong>Florianópolis</strong>, violência<br />
combatida com fé e trabalho. Seminário<br />
Regional reflete sobre a CF-2007. Pe. Lúcio,<br />
já na África, fala <strong>de</strong> sua missão em<br />
Guiné-Bissau. Car<strong>de</strong>al Hummes é nomeado<br />
prefeito da Congregação para o Clero.<br />
Jornal da <strong>Arquidiocese</strong> celebra <strong>de</strong>z anos<br />
comunicando a vida e a esperança. Rádio<br />
Cultura inicia a retransmissão da Rádio<br />
Vaticano.<br />
Equipe inicia preparativos para a celebração do<br />
centenário <strong>de</strong> criação da diocese <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>.<br />
Dezembro – Edição 119<br />
Apresentação do Coral Santa Cecília<br />
inaugura o Centro Social e Cultural da Catedral.<br />
Badalar dos sinos reabre portas<br />
da Catedral. Morro do Rosário, em Azambuja,<br />
passa por reformas. Tema do Mês:<br />
Mistério da Encarnação. Forças Vivas<br />
fecham ano com avaliação. Página Bíblica<br />
inicia reflexão sobre a Carta <strong>de</strong> Tiago.<br />
São Judas Ta<strong>de</strong>u, em Brusque: uma paróquia<br />
missionária. Revista e DVDs resgatam<br />
melhores momentos do 15º CEN.<br />
Congresso celebra 50 anos da Cáritas.<br />
Morrem Pe. Nivaldo Nogueira e Diácono<br />
Antônio Scaburri. José Fernan<strong>de</strong>s é o<br />
novo diácono permanente da <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Entrevista: Pe. Luiz Bertotti – 50<br />
anos <strong>de</strong>dicados ao sacerdócio. Fórum<br />
celebra 20 anos do Jornal Missão Jovem<br />
e 10 anos do Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>. Em<br />
entrevista, Pe. José Besen fala dos inícios<br />
do Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>.
MISSÃO<br />
Iº CONGRESSO MISSIONÁRIO ASIÁTICO<br />
Pe. Daniel Lagni, diretor<br />
nacional das POM, partilha<br />
conosco o que viu e<br />
ouviu no Iº Congresso<br />
Missionário Asiático.<br />
Em sintonia com o tema<br />
do Congresso - Contando<br />
a História <strong>de</strong> Jesus na<br />
Ásia. Vão e contem-lhes...(Mc<br />
5, 19) - cerca <strong>de</strong> 20 grupos <strong>de</strong><br />
trabalho, reunidos em Chiang<br />
Mai (Tailândia), <strong>de</strong> 18 a 22 <strong>de</strong><br />
outubro <strong>de</strong> 2006, <strong>de</strong>ram a todos<br />
os participantes a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> partilhar suas experiências<br />
pessoais <strong>de</strong> fé e a história<br />
<strong>de</strong> Jesus em suas vidas,<br />
famílias e comunida<strong>de</strong>s.<br />
Dom Luis Antonio G. Tagle<br />
(Filipinas), referindo-se ao<br />
tema do Congresso, disse: "O<br />
Papa João Paulo II <strong>de</strong>screveu<br />
a Missão como partilha da luz<br />
da fé em Jesus, dom recebido<br />
e dom que <strong>de</strong>ve ser doado<br />
aos povos da Ásia. Esta partilha<br />
po<strong>de</strong> dar-se pela narração<br />
da história <strong>de</strong> Jesus. Contar<br />
histórias po<strong>de</strong> ser um meio<br />
criativo para compreen<strong>de</strong>r a<br />
Missão na Ásia, o continente<br />
cujas culturas e religiões estão<br />
enraizadas em histórias e<br />
epopéias milenares".<br />
Pe. Saturnino Diaz (Índia),<br />
Secretário Executivo do Congresso,<br />
explicou que "em<br />
2006 estavam presentes<br />
particulares motivações. Entre<br />
elas:<br />
- o 5º Centenário do nascimento<br />
<strong>de</strong> São Francisco Xavier,<br />
padroeiro das Missões;<br />
- o 3º Centenário da aprovação<br />
do Oratório <strong>de</strong> São<br />
Felipe Neri, em Goa;<br />
- o nascimento da primeira<br />
Socieda<strong>de</strong> Apostólica na<br />
Ásia, fundada pelo Bem-<br />
Aventurado Joseph Vaz, missionário<br />
da Ásia para a Ásia".<br />
Fortalecer o testemunho<br />
Além <strong>de</strong> celebrar a vida cristã<br />
na Ásia, o Congresso visou<br />
animar a consciência do man-<br />
Centro e Shopping Itaguaçu<br />
Missionários do Vietnã, participantes do Congresso Missionário realizado na Tailandia<br />
dato missionário, uma vez que<br />
a Igreja, na Ásia, representa<br />
apenas 1,5% da população total".<br />
Por isso, é preciso fortalecer<br />
o anúncio e encontrar<br />
novos caminhos para contar,<br />
sem temores, timi<strong>de</strong>z e incertezas,<br />
a história <strong>de</strong> Jesus neste<br />
continente, no qual ele nasceu<br />
e viveu, mas que ainda não<br />
o acolhe em plenitu<strong>de</strong>.<br />
Dom Orlando Quevedo insistiu<br />
em que "O anúncio<br />
<strong>de</strong>ve ser realizado no respeito,<br />
na atenção e no diálogo<br />
com as outras religiões, com<br />
atenção aos problemas que<br />
este imenso continente está<br />
vivendo, mas também com a<br />
coragem e a consciência do<br />
gran<strong>de</strong> dom do qual nós cristãos<br />
somos portadores".<br />
Fraternida<strong>de</strong> asiática<br />
Pe. Bernardo Cervellera -<br />
PIME, diretor da agência <strong>de</strong><br />
notícias Ásia News observa:<br />
No Iº Congresso Missionários<br />
Asiático, assistimos a cenas<br />
raras e interessantes.<br />
Vimos o <strong>de</strong>legado do Paquistão<br />
abraçar o que vinha da Índia,<br />
e o indiano <strong>de</strong> casta<br />
brâmane sentar-se ao lado do<br />
car<strong>de</strong>al originário da casta<br />
TUDO EM 5 X SEM JUROS<br />
= Jóias - Relógios - Óculos =<br />
= Diversas Marcas =<br />
<strong>Florianópolis</strong> -<br />
Santa Catarina<br />
mais humil<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sprezada.<br />
Graças à paixão pela evangelização,<br />
estavam, lado a<br />
lado, representantes <strong>de</strong> Igrejas<br />
antigas, como a do Líbano,<br />
e os da recém nascida<br />
(1991) Igreja da Mongólia,<br />
com somente 350 católicos.<br />
Ficamos conhecendo que<br />
muitas Igrejas do extremo<br />
Oriente estavam ajudando a<br />
perseguida Igreja da China.<br />
Descobrimos que, enquanto<br />
bispos das antigas<br />
Igrejas européias dificultavam<br />
a realização <strong>de</strong> experiências<br />
missionárias alémfronteiras<br />
<strong>de</strong> seus sacerdotes,<br />
bispos das Igrejas asiáticas<br />
incentivavam os seus<br />
para que ajudassem as igrejas<br />
mais necessitadas <strong>de</strong> clero,<br />
inclusive as da Europa.<br />
Surpreen<strong>de</strong>u-nos também<br />
constatar que a média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
dos <strong>de</strong>legados leigos ao<br />
Congresso não passava dos<br />
30 anos e que provinham principalmente<br />
<strong>de</strong> grupos tribais e<br />
das camadas inferiores e<br />
muitas vezes <strong>de</strong>sprezadas da<br />
população, sinal <strong>de</strong> que a Igreja<br />
católica no continente asiático<br />
continua privilegiando os<br />
mais pobres.<br />
Fone<br />
(48) 3222-8680<br />
Divulgação/JA<br />
U C<br />
A<br />
F<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -13<br />
Dom Pedro Zilli agra<strong>de</strong>ce<br />
Caros Amigos e Benfeitores,<br />
Com o Natal e um Ano<br />
Novo as nossas esperanças<br />
renascem. Neste período<br />
ficamos todos mais voltados<br />
ao bem, à solidarieda<strong>de</strong>,<br />
mais otimistas e, sobretudo,<br />
mais esperançosos.<br />
Quero compartilhar com<br />
vocês alguns fatos que ocuparam<br />
um lugar especial no<br />
meu coração <strong>de</strong> pastor.<br />
Como em 2005, também em<br />
2006 o nosso povo sofreu<br />
muito: não há dinheiro, a escola<br />
pública iniciou com dificulda<strong>de</strong>s<br />
e greves, os salários<br />
estão atrasados, os hospitais,<br />
quando funcionam,<br />
funcionam mal. O preço da<br />
castanha <strong>de</strong> caju caiu muito<br />
e os camponeses ficaram<br />
sem po<strong>de</strong>r ven<strong>de</strong>r sua colheita.<br />
Muitas pessoas estão<br />
passando fome! Nesta situação,<br />
a Igreja se esforça em<br />
amenizar a fome, oferecer<br />
saú<strong>de</strong>, escola... e <strong>de</strong>monstrar<br />
que as coisas po<strong>de</strong>m ser<br />
diferentes. Isto não seria possível<br />
sem o empenho dos<br />
missionários e <strong>de</strong> tantos<br />
amigos benfeitores que nos<br />
acompanham.<br />
Nas minhas visitas às comunida<strong>de</strong>s,<br />
não <strong>de</strong>ixo <strong>de</strong><br />
agra<strong>de</strong>cer a Deus pelo bem<br />
realizado pelos missionários,<br />
missionárias e pelo próprio<br />
povo. Além do anúncio<br />
do Evangelho, vejo todo<br />
o empenho na educação,<br />
na saú<strong>de</strong>, na agricultura...<br />
Todo este serviço<br />
não seria possível<br />
sem a precisa colaboração<br />
dos nossos generosos<br />
benfeitores,<br />
que são missionários<br />
conosco.<br />
As pessoas, por<br />
on<strong>de</strong> passo, vêm agra<strong>de</strong>cer<br />
ao Bispo, oferecendo-me<br />
seus dons:<br />
uma galinha, um pato,<br />
um pouco <strong>de</strong> arroz novo,<br />
amendoim, dizendo-<br />
me: "Dom Pedro, se não fosse<br />
a Missão Católica, morreríamos<br />
todos".<br />
O maior agra<strong>de</strong>cimento<br />
é ver a alegria estampada<br />
em cada rosto no ato <strong>de</strong> entregar<br />
seus presentes. Graças<br />
a Deus, aumenta sempre<br />
mais o número dos guine-enses<br />
que pe<strong>de</strong> o "caminho<br />
cristão" (o batismo).<br />
Isto nos impele a não poupar<br />
esforços para que nossos<br />
cristãos sejam cada<br />
vez mais testemunhas da<br />
vida nova recebida em Cristo<br />
Jesus.<br />
Caros amigos, os problemas<br />
são tantos, mas os sinais<br />
concretos <strong>de</strong> esperança<br />
no mundo e na Igreja são<br />
muito mais numerosos. Sejamos<br />
pessoas <strong>de</strong> esperança,<br />
pois no Menino Jesus da<br />
gruta <strong>de</strong> Belém, "manifestouse<br />
a graça <strong>de</strong> Deus, fonte <strong>de</strong><br />
salvação para todos" (Tito<br />
1,11). Envio, a todos, meus<br />
votos <strong>de</strong> um feliz ano <strong>de</strong> 2007.<br />
Com a minha benção,<br />
saúdo a todos.<br />
Dom Pedro Carlos Zilli<br />
Bispo <strong>de</strong> Bafatá<br />
DIOCESE DE BAFATÁ<br />
Caixa Postal 385 - Bissau,<br />
Guiné Bissau - Tel. 00 245<br />
411507 ; 00245 661 2742. Email:<br />
domzilli@yahoo.com.br<br />
Dom Zilli é o primeiro bispo brasileiro em<br />
uma diocese além-fronteiras<br />
M OLÉGIO<br />
100 NOS<br />
NA RENTE<br />
Foto JA
14-<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
RETALHOS DO COTIDIANO<br />
ATERRO<br />
É aqui, diante do aterro da<br />
beira-mar do Estreito, que <strong>de</strong><br />
novo <strong>de</strong>scubro a grandiosida<strong>de</strong><br />
do Criador. Aquela areia toda foi<br />
retirada do fundo do mar, on<strong>de</strong><br />
estava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio do<br />
mundo. Agora, exposta ao sol,<br />
faz aparecer os primeiros frutos:<br />
plantinhas ver<strong>de</strong>s, algumas<br />
rasteiras, outras se elevando<br />
graciosas, umas poucas com<br />
florezinhas <strong>de</strong>licadas. Todas diferentes.<br />
Essa vida estava nelas,<br />
Senhor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que nelas<br />
pensaste. Só em 2006 <strong>de</strong>sabrochou.<br />
E logo vão ser sepultadas<br />
<strong>de</strong> novo, <strong>de</strong>sta feita pelo asfalto preto.<br />
Mas a vida continuará latente. Que eu<br />
não baixe à terra, Senhor, sem que tenha<br />
oferecido, a Ti e ao mundo, os frutos<br />
que em mim plantaste!<br />
ANO NOVO<br />
Senhor, estamos iniciando um novo ano.<br />
Não nos perturbe o futuro nem nos incomo<strong>de</strong><br />
o passado. Peço-Te que meus passos<br />
não caminhem por caminhos que não<br />
traçaste. Que eu ouça Tua voz a me indicar<br />
o que fazer, por on<strong>de</strong> ir, quando parar,<br />
com quem ir. Ajuda-me a <strong>de</strong>scobrir e a cumprir,<br />
com generosida<strong>de</strong>, a Tua vonta<strong>de</strong>. Não<br />
seja eu a me guiar, mas Tu a me conduzires.<br />
Assim, Senhor, chegarei até on<strong>de</strong> quiseres,<br />
como quiseres, com quem quiseres.<br />
Tu que és o Deus fiel em quem minha<br />
alma quer confiar hoje e para sempre. Dáme<br />
Tua paz bendita e abençoa-me, Tu que<br />
és a própria bênção. Amém.<br />
RIQUEZA<br />
"Toda a minha riqueza, se não é o meu<br />
Deus, é pobreza." (S. Agostinho)<br />
MARAVILHAS<br />
Trinta e poucos jovens reunidos. Reflito<br />
com eles sobre o valor das pequenas<br />
coisas. Lá pelas tantas, sem que estivesse<br />
previsto, convido para que pensem em<br />
quais são, para eles, as sete maravilhas<br />
do mundo atual. Depois <strong>de</strong> pequena pausa,<br />
começo a ouvir as respostas. A primeira<br />
<strong>de</strong>las veio <strong>de</strong> um moço: "Os meus<br />
pais!". Já valeu a tar<strong>de</strong>. Outras maravilhas:<br />
Jesus, a vida, a visão ... Ninguém falou<br />
nas pirâmi<strong>de</strong>s do Egito, no farol <strong>de</strong><br />
Alexandria, em computador, internet ...<br />
Bons jovens. Como são diferentes os jovens<br />
que têm Deus no coração!<br />
VENTO<br />
Foram dias <strong>de</strong> chuva. À tardinha, o<br />
vento forte agitava as folhas, e as ondas<br />
do mar subiam velozes. Lembrei-me do<br />
profeta Elias, que esperava o Senhor no<br />
vento impetuoso e violento, mas Ele não<br />
estava naquele vento e, sim, na brisa ligeira<br />
(cf. 1Rs 19,11-12). E lembrei-me<br />
<strong>de</strong> São João da Cruz exclamando: "Ó<br />
aragem branda, que sopras tão tênue e<br />
<strong>de</strong>licada, dize: como tocas sutil e <strong>de</strong>licadamente,<br />
ó Verbo Filho <strong>de</strong> Deus, se<br />
és tão terrível e po<strong>de</strong>roso? Dize isto ao<br />
mundo! Ou antes, não o queiras dizer<br />
ao mundo, porque ele não enten<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
aragem branda e não te sentirá".<br />
Vem, Sopro Divino, fica em nosso<br />
coração!<br />
LUZ<br />
"Deixemo-nos guiar pela luz do Senhor"<br />
(Is 2,5). Quantas vezes, Jesus, eu,<br />
que sou escuridão, quando <strong>de</strong>veria ser<br />
luz, me <strong>de</strong>ixo guiar por mim mesmo! Tem<br />
pieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mim, pecador, e me dá a graça<br />
<strong>de</strong> te seguir, Luz do mundo! Sei que<br />
posso dizer-te como Santa Teresa <strong>de</strong><br />
Jesus: "Não me <strong>de</strong>ixarás caminhar nas<br />
trevas para me per<strong>de</strong>r se antes eu não<br />
te abandonar". Disso me livres, Tu que<br />
és misericórdia e amor!<br />
PÉS<br />
Façamos o bem com eles, e não o<br />
mal. Jesus sabe para on<strong>de</strong> nossos pés<br />
po<strong>de</strong>m nos levar. Por isso, adverte: "Se<br />
o teu pé for para ti ocasião <strong>de</strong> queda,<br />
corta-o fora; melhor te é entrares coxo<br />
na vida eterna do que, tendo dois pés,<br />
seres lançado ao inferno" (Mc 9,45). Não<br />
que o Senhor queira que cortemos os<br />
pés, tirando-os <strong>de</strong> nosso corpo. É preciso,<br />
sim, cortar tudo aquilo a que nossos<br />
pés possam estar nos levando e que não<br />
seja bom, que não conduza à salvação.<br />
Para salvar-nos, às vezes precisamos<br />
nos tornar saci-pererês, cortando a ligação<br />
com o mal!<br />
PERTENÇA<br />
Tu não te pertences, eu não me pertenço.<br />
Nós pertencemos a Cristo!<br />
Carlos Martendal<br />
Foto/JA<br />
ASA<br />
Encontro da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ações Sociais<br />
Aconteceu no dia 02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />
na Paróquia São Judas Ta<strong>de</strong>u<br />
em Barreiros a 36ª Assembléia da<br />
ASA. A assembléia, presidida por<br />
Dom Murilo S. R. Krieger presi<strong>de</strong>nte<br />
da ASA, <strong>de</strong>liberou sobre algumas<br />
alterações no Estatuto da ASA previstas<br />
no Novo Código Civil, assim<br />
como homologou a filiação <strong>de</strong> novas<br />
entida<strong>de</strong>s-membros da ASA, a<br />
saber: Ação Social Paroquial Santa<br />
Tere-sinha do Menino Jesus (Prainha),<br />
Ação Social Paroquial São<br />
João Evangelista (Biguaçu), Ação<br />
Social Paroquial São Francisco<br />
Xavier (Monte Ver<strong>de</strong>), Associação<br />
Vida Ver<strong>de</strong> (fitoterapia/Monte Ver<strong>de</strong>),<br />
Ação Social Santa Maria Goretti<br />
(Coloninha), todas <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>,<br />
Ação Social São Vicente (Itajaí), Ação<br />
Social Paroquial São Pedro <strong>de</strong><br />
Alcântara (S. Pedro <strong>de</strong> Alcântara),<br />
Ação Social <strong>de</strong> Governador Celso<br />
O ano <strong>de</strong> 2006 foi muito produtivo<br />
para a Pastoral da Saú<strong>de</strong> Arquidiocesana.<br />
Em avaliação e planejamento<br />
neste final <strong>de</strong> ano, as agentes<br />
concluíram que a Pastoral está<br />
cada vez mais fortalecida nos seus<br />
trabalhos, nas três dimensões. Algumas<br />
dificulda<strong>de</strong>s existentes foram<br />
superadas através da participação<br />
dos grupos, on<strong>de</strong> o envolvimento das<br />
pessoas tornou possível avançar na<br />
realização dos objetivos.<br />
No dia 4/12/2006 a coor<strong>de</strong>nação<br />
da Pastoral esteve reunida em<br />
Garopaba para confraternizar sobre<br />
a caminhada do ano. Foi um encontro<br />
<strong>de</strong> muita espiritualida<strong>de</strong>, festivi-<br />
Ramos (Gov. Celso Ramos). A Assembléia<br />
também avaliou a caminhada<br />
das Ações Sociais e da ASA<br />
durante o ano <strong>de</strong> 2006. Nos trabalhos<br />
<strong>de</strong> grupo, as pessoas pu<strong>de</strong>ram<br />
perceber os <strong>de</strong>safios que ainda permanecem<br />
e propor indicativos <strong>de</strong><br />
ação para 2007. Após várias discussões<br />
tiramos como indicativos para<br />
o próximo ano:<br />
1. Fortalecimento da Re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Ações Sociais, através da realização<br />
<strong>de</strong> Encontros Municipais, para<br />
trocas <strong>de</strong> experiência e formação;<br />
2. Encontros <strong>de</strong> formação no<br />
campo do controle social e das políticas<br />
públicas;<br />
3. Realização <strong>de</strong> 02 Encontros<br />
Arquidiocesanos para avaliação e<br />
planejamento.<br />
4. Criação do banco <strong>de</strong> Dados<br />
(virtual) das pessoas atendidas pelas<br />
Ações Sociais.<br />
Representantes <strong>de</strong> Ações Sociais paroquiais participaram da Assembléia da ASA, que<br />
entre outras coisas <strong>de</strong>finiu priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ações para este ano.<br />
Pastoral da Saú<strong>de</strong>: avaliação e planejamento<br />
Foto JA<br />
da<strong>de</strong> e alegria. A coor<strong>de</strong>nação reafirmou<br />
a programação para 2007,<br />
trocaram-se experiências e <strong>de</strong>bateu-se<br />
sobre a câmara setorial <strong>de</strong><br />
plantas medicinais, a relação da<br />
Pastoral com a ASA, a importância<br />
do estudo da fitoterapia e a Pastoral<br />
Social como tal.<br />
A reunião contou com apoio do<br />
Pároco e da equipe executiva da<br />
ASA, que enviou mensagem <strong>de</strong> fortalecimento<br />
aos trabalhos. O final do<br />
encontro aconteceu com uma visita<br />
da Pastoral ao grupo Dom Natural,<br />
<strong>de</strong> Paulo Lopes, com o objetivo<br />
<strong>de</strong> conhecer as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas<br />
<strong>de</strong> produção orgânica.
“Família e educação cristã” são<br />
temas da preparação para a V<br />
Conferência da América Latina<br />
De 17 a 21 <strong>de</strong> janeiro, em Roma, reuniu-se<br />
a Assembléia plenária da Comissão<br />
Pontifícia para a América Latina. Em preparação<br />
à V Conferência Geral dos Episcopados<br />
Latino-americanos e do Caribe, o<br />
tema central dos trabalhos foi “Família e<br />
educação cristã na América Latina”. Esse<br />
tema faz parte das questões centrais que<br />
serão abordadas na V Conferência, em maio<br />
<strong>de</strong>ste ano, em Aparecida, no Brasil. Todos<br />
os Relatórios das 22 Conferências Episcopais<br />
latino-americanas <strong>de</strong>stacam este<br />
tema como priorida<strong>de</strong> essencial.<br />
Falecimento <strong>de</strong> Mons. Calazans<br />
Monsenhor Benedito Calazans, ex-senador<br />
da República e fundador do Movimento<br />
<strong>de</strong> Emaús, que tanto bem realizou entre<br />
os jovens universitários, faleceu no dia três<br />
<strong>de</strong> janeiro, em São Paulo, aos 95 anos <strong>de</strong><br />
ida<strong>de</strong>. Seu corpo foi sepultado em<br />
Paraibuna, no Vale do Paraíba. Doutorado<br />
pela Pontifícia Universida<strong>de</strong> Gregoriana <strong>de</strong><br />
Roma, on<strong>de</strong> se especializou em Filosofia<br />
Ética, Questões Sociais e Familiares e<br />
Sociologia, foi or<strong>de</strong>nado sacerdote em <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 1934. Capelão da Aeronáutica,<br />
professor <strong>de</strong> Ética da Escola <strong>de</strong> Ca<strong>de</strong>tes<br />
da Força Pública <strong>de</strong> São Paulo, lecionou<br />
Metafísica, Moral e Psicologia Educacional<br />
em diversos educandários. Foi <strong>de</strong>putado<br />
estadual pela UDN em 1950 e reeleito.<br />
Em 1959, foi eleito senador. Em suas ativida<strong>de</strong>s<br />
sacerdotais foi <strong>de</strong>s<strong>de</strong> vigário<br />
cooperador <strong>de</strong> Caçapava, até assistente<br />
diocesano e membro do Conselho <strong>de</strong><br />
Presbíteros da <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Foi professor em seminários e várias<br />
outras instituições <strong>de</strong> ensino. Representou<br />
o Brasil nas solenida<strong>de</strong>s do octogésimo<br />
aniversário do Papa João XXIII. Ao longo dos<br />
anos, recebeu diversas honrarias.<br />
“Necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> uma<br />
nova Evangelização na América<br />
Latina”, adverte o Papa<br />
“É preciso proclamar na íntegra a Mensagem<br />
da Salvação, que chegue a impregnar<br />
as raízes da cultura e se encarne no<br />
momento histórico latino-americano atual,<br />
para respon<strong>de</strong>r melhor a suas necessida<strong>de</strong>s<br />
e legítimas aspirações”, advertiu Bento<br />
XVI aos participantes da recém-celebrada<br />
assembléia Plenária da Pontifícia Comissão<br />
para América Latina, em Roma.<br />
“Esta Conferência está chamada a dar um<br />
renovado impulso à Evangelização nesta<br />
vasta região do mundo católico”, sublinhou<br />
o Papa. “Antes <strong>de</strong> tudo isso, vê-se a necessida<strong>de</strong><br />
urgente <strong>de</strong> uma nova Evangelização,<br />
que nos impulsione a aprofundar<br />
nos valores <strong>de</strong> nossa fé, para que sejam<br />
seiva e configurem a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses<br />
amados povos que um dia receberam a<br />
luz do Evangelho”, insistiu o Santo Padre.<br />
Daí a oportunida<strong>de</strong> – reconheceu – do lema<br />
da V Conferência: “Discípulos e missionários<br />
<strong>de</strong> Jesus Cristo, para que n’Ele nossos<br />
povos tenham vida”.<br />
IGREJA NO BRASIL E NO MUNDO<br />
Morre Pe. Léo, fundador<br />
da Comunida<strong>de</strong> Bethânia<br />
Padre Léo SCJ, fundador da Comunida<strong>de</strong><br />
Bethânia, faleceu prematuramente,<br />
aos 45 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />
no dia 4-1. Seus funerais solenes foram<br />
realizados no dia 05, na se<strong>de</strong> da<br />
Comunida<strong>de</strong> Canção Nova, em Cachoeira<br />
Paulista, SP, local on<strong>de</strong> fez gran<strong>de</strong>s<br />
pregações, atraindo a muitos para<br />
Deus. Seu corpo foi sepultado em<br />
Itajubá (MG), no dia seguinte. Padre<br />
Léo faleceu <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma intensa luta<br />
contra o câncer. Faleceu não como<br />
<strong>de</strong>rrotado, mas como vitorioso, por seu<br />
intenso amor a Deus e pela evangelização<br />
realizada, pois mesmo na<br />
enfermida<strong>de</strong>, a fé foi seu sustento e alicerce,<br />
<strong>de</strong>ixando a nós um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a toda prova. Ele é o fundador,<br />
em 1995, da Comunida<strong>de</strong> Bethânia,<br />
que funciona em São João Batista. A<br />
entida<strong>de</strong> tem como objetivo acolher e<br />
oferecer tratamento a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes químicos,<br />
alcoólatras e portadores do vírus<br />
HIV, além <strong>de</strong> menores abandonados,<br />
e marginalizados em geral.<br />
Divulgação<br />
O fundador da Comunida<strong>de</strong> Bethânea faleceu<br />
prematuramente aos 45 anos, vitimado pelo câncer.<br />
Papa nomeará um legado pontifício para o<br />
90º aniversário das aparições <strong>de</strong> Fátima<br />
Por motivos <strong>de</strong> agenda, o Papa Bento<br />
XVI não estará presente nas ativida<strong>de</strong>s dos<br />
90 anos das aparições da Virgem Maria<br />
em Fátima, no próximo mês <strong>de</strong> outubro.<br />
Por este motivo o Pontífice estará nomeando<br />
uma comissão pontifícia. O Santo<br />
Padre recebeu o convite da Conferência<br />
Episcopal Portuguesa e da Diocese <strong>de</strong><br />
Leiria-Fátima e nomeará um Car<strong>de</strong>al legado<br />
pontifício para que o represente nas<br />
celebrações da Peregrinação Internacional<br />
pelo aniversário <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> outubro e para<br />
inaugurar a nova Igreja da Santíssima Trinda<strong>de</strong>.<br />
Em 1996, quando ainda prefeito da<br />
Congregação para a Doutrina da Fé, o<br />
Car<strong>de</strong>al Joseph Ratzinger presidiu em<br />
Fátima a peregrinação <strong>de</strong> outubro, sendo<br />
também responsável pelo comentário teológico<br />
sobre a terceira parte do segredo<br />
<strong>de</strong> Fátima, revelado em 2000.<br />
‘’O futuro da Igreja latino-americana <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
da maneira como os cristãos aprofundarem e<br />
assumirem a vida dos discípulos <strong>de</strong> Jesus’’<br />
A América Latina, região on<strong>de</strong> vivem<br />
cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos católicos <strong>de</strong> todo o<br />
mundo, precisa urgentemente <strong>de</strong> uma<br />
“nova evangelização”, capaz <strong>de</strong> dar novo<br />
impulso ao cristianismo e <strong>de</strong> aprofundar<br />
os valores da fé. A convicção é <strong>de</strong> Bento<br />
XVI, que recebeu no Vaticano os Bispos<br />
e Car<strong>de</strong>ais que fazem parte da Assembléia<br />
Plenária da Comissão Pontifícia para<br />
a América Latina (CPAL). No seu discurso,<br />
o Papa apontou os maiores <strong>de</strong>safios<br />
que se colocam à Igreja na América Latina:<br />
“A mudança cultural gerada por uma<br />
comunicação social que mo<strong>de</strong>la a maneira<br />
<strong>de</strong> pensar e os costumes <strong>de</strong> milhões<br />
<strong>de</strong> pessoas; os fluxos migratórios, com<br />
tantas repercussões na vida familiar e na<br />
prática religiosa nos novos ambientes; as<br />
interrogações que emergem sobre a maneira<br />
como os povos <strong>de</strong>vem carregar a<br />
própria memória histórica; a globalização,<br />
a secularização, a pobreza crescente e a<br />
<strong>de</strong>gradação ambiental, sobretudo nas<br />
gran<strong>de</strong>s metrópoles, assim como a violência<br />
e o narcotráfico”. Segundo Bento XVI, o<br />
futuro da Igreja latino-americana <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
da maneira como os cristãos “aprofundarem<br />
e assumirem no próprio íntimo a vida<br />
dos discípulos <strong>de</strong> Jesus, tornando próprios<br />
os valores evangélicos”. “O verda<strong>de</strong>iro discípulo<br />
– acrescentou – cresce e amadurece<br />
na família, na comunida<strong>de</strong> paroquial e<br />
diocesana, e torna-se missionário quando<br />
anuncia Cristo em todos os ambientes, na<br />
escola e no mundo econômico, na política<br />
e atuando na carida<strong>de</strong>”.<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007 -15<br />
Vaticano apresenta ‘’manual’’<br />
para o ecumenismo espiritual<br />
A Santa Sé acaba <strong>de</strong> apresentar um<br />
va<strong>de</strong>-mécum, uma espécie <strong>de</strong> manual <strong>de</strong><br />
consulta para o ecumenismo espiritual,<br />
sob a coor<strong>de</strong>nação do Car<strong>de</strong>al Walter<br />
Kasper, presi<strong>de</strong>nte do Conselho Pontifício<br />
para a promoção da Unida<strong>de</strong> dos Cristãos.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um subsídio para a aplicação<br />
dos princípios já indicados no<br />
Diretório sobre o ecumenismo, a fim <strong>de</strong><br />
impulsionar todas as ativida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m<br />
sustentar o encontro espiritual entre<br />
os cristãos. Segundo o Car<strong>de</strong>al<br />
Kasper, o ecumenismo espiritual é “a<br />
alma <strong>de</strong> todo o movimento ecumênico”.<br />
“A busca da unida<strong>de</strong> dos cristãos é, antes<br />
<strong>de</strong> tudo, um <strong>de</strong>sejo que precisa ser<br />
mantido vivo e uma oração que precisa<br />
ser alimentada”, explica ele na introdução<br />
à obra “O ecumenismo espiritual.<br />
Orientações para a sua aplicação” ,recém<br />
publicado na Itália pela Città Nuova. O<br />
texto é fruto <strong>de</strong> experiências pessoais do<br />
Car<strong>de</strong>al e da colaboração com grupos que<br />
praticam o ecumenismo espiritual. “Espero<br />
que contribua para unir-nos cada vez<br />
mais como irmãos e irmãs, por ocasião<br />
da oração comum ao redor <strong>de</strong> Cristo, nosso<br />
único Senhor”, <strong>de</strong>clarou o Car<strong>de</strong>al.<br />
CDF publica documentos<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Concílio Vaticano II<br />
As intervenções da Congregação para<br />
a Doutrina da Fé <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Concílio<br />
Vaticano II até 2005 estão agora disponíveis<br />
num volume único. São 662 páginas,<br />
a maioria <strong>de</strong>las em latim, que constituem<br />
o amplo volume <strong>de</strong>dicado a Bento<br />
XVI, prefeito <strong>de</strong>sta Congregação <strong>de</strong><br />
1981 até 2005. Segundo o Car<strong>de</strong>al<br />
William Levada, atual prefeito da Congregação<br />
e autor da introdução, o volume<br />
contém “intervenções magisteriais<br />
que, respon<strong>de</strong>ndo a objeções e <strong>de</strong>formações<br />
da fé, ou propondo com autorida<strong>de</strong><br />
novos aprofundamentos da doutrina<br />
revelada, acompanham e ajudam a<br />
pesquisa teológica”. O Car<strong>de</strong>al lembra<br />
que “não basta <strong>de</strong>nunciar o erro”, mas<br />
“é necessário recordar os outros elementos<br />
da tradição cristã que po<strong>de</strong>m iluminar<br />
o caminho”. “Não se trata <strong>de</strong> substituir<br />
os teólogos, nem <strong>de</strong> propor uma teologia<br />
particular como única e norma-tiva”,<br />
<strong>de</strong>clara. A Congregação para a Doutrina<br />
da Fé <strong>de</strong>seja “propor <strong>de</strong> novo elementos<br />
que às vezes não são levados em conta,<br />
mas que são indispensáveis para a elaboração<br />
<strong>de</strong> uma teologia católica sadia”. A<br />
obra “Documenta in<strong>de</strong> a Concilio Vaticano<br />
Secundo expleto edita (1966-2005) é<br />
lançada pela Livraria Editora Vaticana<br />
(www.libreriaeditricevaticana.com) e custa<br />
40 Euros. O último documento recolhido<br />
é a “Nota sobre o ministério do sacramento<br />
da unção dos enfermos”, assinada<br />
pelo então Car<strong>de</strong>al Ratzinger a<br />
11 <strong>de</strong> <strong>Fevereiro</strong> <strong>de</strong> 2005.
16-<br />
<strong>Janeiro</strong> e <strong>Fevereiro</strong> 2007<br />
Duas jovens dão o seu “sim”<br />
<strong>de</strong>finitivo à vida em Cristo<br />
No dia 03 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, o Carmelo Santa<br />
Teresa, em Itajaí, esteve em festa.<br />
Nesse dia, as irmãs Maria Inês <strong>de</strong> Jesus<br />
e Maria Isabel da Trinda<strong>de</strong> professaram<br />
seus votos perpétuos. A celebração, realizada<br />
pala manhã, na capela do Carmelo,<br />
contou com a presença <strong>de</strong> familiares e amigos,<br />
e da comunida<strong>de</strong> local, e foi presidida<br />
pelo bispo auxiliar, Dom José Negri.<br />
As duas irmãs eram amigas há muito<br />
tempo. Participavam juntas do grupo <strong>de</strong><br />
jovens em Balneário Camboriú, on<strong>de</strong> residiam.<br />
Certo dia, foram conhecer o<br />
Carmelo e algo as inquietou. Sentiram<br />
profundamente o chamado <strong>de</strong> Deus à vida<br />
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contemplativa. Assim, no dia 23 <strong>de</strong> julho<br />
<strong>de</strong> 2000, seguiram o impulso do coração<br />
e ingressaram no Carmelo.<br />
Durante sua homilia, Dom José <strong>de</strong>stacou<br />
a coragem das duas jovens, num<br />
mundo que prega a cultura do consumismo.<br />
“São duas jovens que fizeram a<br />
escolha da contemplação, que fizeram um<br />
ato corajoso <strong>de</strong> ficar a serviço da Igreja,<br />
na obediência e no <strong>de</strong>sapego”, disse.<br />
Como parte do ritual <strong>de</strong> sua admissão<br />
à Or<strong>de</strong>m do Carmelo, as duas Irmãs receberam,<br />
<strong>de</strong> Dom José, o "Véu"e a "Grinalda",<br />
que simbolizavam suas núpcias místicas<br />
com Jesus Cristo.<br />
Maria Inês <strong>de</strong> Jesus e Maria Isabel da Trinda<strong>de</strong> professaram seus votos perpétuos acompanhadas<br />
pelas <strong>de</strong>mais irmãs do Carmelo Santa Teresa, em Itajaí<br />
Jovens violonistas são promessa na música<br />
As celebrações da noite do primeiro domingo<br />
do mês, na comunida<strong>de</strong> Santa Cruz<br />
e Nossa Senhora dos Navegantes, do<br />
Cacupé, têm um brilho especial. A animação<br />
é por conta <strong>de</strong> 14 jovens e crianças<br />
violonistas, uniformizados e ensaiados para<br />
a apresentação, que encontraram na música<br />
um estímulo a mais para viver.<br />
A idéia surgiu com Maria José Maia,<br />
professora <strong>de</strong> música aposentada. Em<br />
2000 ela mudou-se para <strong>Florianópolis</strong>, e<br />
fixou residência no bairro Cacupé, na<br />
paróquia São Francisco Xavier.<br />
Solicitada por uma das crianças da<br />
comunida<strong>de</strong>, ela começou a lecionar.<br />
Passados quatro anos, hoje são 14 jovens<br />
e crianças, <strong>de</strong> 8 a 14 anos, que uma<br />
vez por semana ocupam um cômodo <strong>de</strong><br />
sua casa para as aulas.<br />
Mesmo aqueles que não têm instrumento<br />
não ficam <strong>de</strong> fora. A professora<br />
empresta um até que possam adquiri-lo.<br />
Nas aulas, apren<strong>de</strong>m a tocar músicas sacras<br />
e música popular <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. E já<br />
estão buscando se aperfeiçoar. “Há entre<br />
eles verda<strong>de</strong>iras promessas musicais”,<br />
orgulha-se Maria José.<br />
Para participar das aulas, só há duas<br />
exigências: estar na catequese e estudando<br />
no ensino normal. Maria José conta com<br />
o auxílio <strong>de</strong> seu esposo, Gabriel Lino Maia.<br />
Ele se encarrega <strong>de</strong> verificar o <strong>de</strong>sempenho<br />
escolar dos alunos e os auxilia com aulas<br />
<strong>de</strong> reforço em Português e Matemática.<br />
Foto JA<br />
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Associação recupera moradores <strong>de</strong> rua<br />
Edson Vieira da Rocha,<br />
<strong>de</strong> 25 anos,<br />
era morador <strong>de</strong> rua<br />
há 13. Sua vida mudou<br />
há seis meses, quando<br />
leu na edição <strong>de</strong> agosto<br />
<strong>de</strong> 2006 do Jornal da<br />
<strong>Arquidiocese</strong> a matéria<br />
que informava sobre a<br />
Associação Vida Nueva.<br />
Ele costumava ler<br />
o Jornal quando tinha a<br />
oportunida<strong>de</strong>.<br />
Ele aguardava na<br />
Paróquia da Santíssima<br />
Trinda<strong>de</strong>, em <strong>Florianópolis</strong>,<br />
a vinda <strong>de</strong><br />
um outro colega. E os<br />
dois seguiram dois dias <strong>de</strong> caminhada até<br />
Enseada <strong>de</strong> Brito, em Palhoça, para chegar<br />
ao local. “O Jornal da <strong>Arquidiocese</strong> mudou<br />
a minha vida”, disse ele, que é natural<br />
<strong>de</strong> Mondai, no interior do Estado.<br />
Inaugurada no dia 09 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, em<br />
celebração presidida pelo nosso arcebispo<br />
Dom Murilo Krieger, a Associação tem como<br />
objetivo recuperar as pessoas abandonadas<br />
e reeducá-las para que tenham condições<br />
<strong>de</strong> se manterem com dignida<strong>de</strong>.<br />
A casa possui um alojamento com 11<br />
quartos, com capacida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r até<br />
15 pessoas. Atualmente, está com cinco<br />
moradores. Edson foi o primeiro <strong>de</strong>les.<br />
“Estamos contatando instituições<br />
que aten<strong>de</strong>m <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes químicos para<br />
no encaminhar aqueles que não têm<br />
moradia”, explica Frei Rogério Rubick,<br />
presi<strong>de</strong>nte da Associação.<br />
Segundo ele, uma das maiores dificulda<strong>de</strong>s<br />
dos moradores <strong>de</strong> rua é que a gran<strong>de</strong><br />
maioria é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte químico e precisa<br />
passar por um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sintoxicação<br />
antes <strong>de</strong> ingressar na associação.<br />
Muitos são encaminhados até a casa,<br />
outros vêm <strong>de</strong> surpresa. Esses são encaminhados<br />
ao Hospital Santa Teresa para<br />
passar pelo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sin-toxicação.<br />
Formada por<br />
três religiosos, a<br />
Associação é a<br />
realização <strong>de</strong><br />
um sonho do<br />
Frei Rogério,<br />
que sempre quis<br />
criar uma entida<strong>de</strong><br />
que <strong>de</strong>sse<br />
acolhida e resgatasse<br />
os moradores<br />
<strong>de</strong> rua.<br />
Edson, o primeiro morador,<br />
faz trabalho com artesanto<br />
Foto JA<br />
Celebração, realizada em <strong>de</strong>zembro, marcou a inaguração da Associação<br />
CURSOS -<br />
Na proprieda<strong>de</strong>,<br />
com 4 hectares, eles cultivam hortaliças,<br />
cuidam <strong>de</strong> animais e têm momentos <strong>de</strong><br />
espiritualida<strong>de</strong> pela manhã e à tar<strong>de</strong>. Eles<br />
também estão apren<strong>de</strong>ndo a fazer artesanato,<br />
pintura e <strong>de</strong>senho. Para breve está<br />
prevista a realização do curso <strong>de</strong> pa<strong>de</strong>iro.<br />
"Preten<strong>de</strong>mos criar cursos que proporcionem<br />
formação profissional para eles<br />
e que aju<strong>de</strong>m na manutenção do espaço",<br />
disse Frei Rogério. O projeto da padaria<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da aprovação <strong>de</strong> recursos<br />
<strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> chamada Prefeituras<br />
Gêmeas, que envolve uma prefeitura da<br />
Itália e a <strong>de</strong> Paris.<br />
Manutenção financeira<br />
Toda a estruturação da Associação foi<br />
custeada por uma instituição italiana.<br />
Agora ela <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da contribuição da<br />
comunida<strong>de</strong> para se manter. Os interessados<br />
po<strong>de</strong>m contribuir <strong>de</strong>positando qualquer<br />
valor no Banco Santan<strong>de</strong>r, agência<br />
0008-1512, <strong>de</strong> São José, conta corrente<br />
0008-1512-130006959.<br />
Além da ajuda financeira, a Associação<br />
também precisa da contribuição voluntária<br />
<strong>de</strong> profissionais, sobretudo <strong>de</strong><br />
psicólogos, <strong>de</strong>ntistas, enfermeiros e assistentes<br />
sociais. Com a contribuição <strong>de</strong>les,<br />
pessoas como Edson abandonarão<br />
as ruas e terão outra perspectiva <strong>de</strong> vida.<br />
Segundo Edson, seu objetivo <strong>de</strong> vida<br />
agora é terminar o segundo grau, fazer<br />
um curso <strong>de</strong> técnico em enfermagem e<br />
constituir família. "A vida nas ruas e nas<br />
drogas é coisa do passado", disse ele,<br />
que agora se tornou um leitor assíduo do<br />
Jornal da <strong>Arquidiocese</strong>.<br />
Mais informações sobre a Associação<br />
Vida Nueva, pelos fones (48) (48) 3286-<br />
8368 ou 9949-3745, ou pelo e-mail<br />
freirogerio@yahoo.com.br, ou ainda<br />
pelo site www.vidanueva.com.br.<br />
Orientador Espiritual:<br />
Pe. Pedro José Koehler<br />
Foto JA<br />
Saída: 11 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007 - Roteiro: 4070509<br />
Contatos: (48) 3251-8009/15 - grupos@marktur.com.br