Nota Taquigráfica da 32ª Reunião do Conselho Curador

percebido, na atuação do Conselho, a extraordinária generosidade
desse órgão na disposição de reconhecer a coisa pública e de
trabalhar com o bem público. Eu acho que para o País isso é muito
importante, e para uma historiadora que trabalha com o tema do
republicanismo e da república é muito caro ver, no País, um grupo de
pessoas com tamanha disposição para cuidar do bem público e para
se preocupar com a coisa pública. Essa era a primeira coisa.
A segunda coisa que tenho aprendido aqui e que me
impressiona muito é que este é um Conselho que me ensina, há um
ano, o que é o espírito democrático. O espírito deste Conselho é um
espírito profundamente democrático. Ele é democrático, porque
tenho visto este Conselho debater, divergir e ele incorporar a
diferença. Ele não incorpora o igual, ele não está preocupado em
incorporar o igual, mas está muito preocupado, nos seus debates e
nas suas divergências, em incorporar aquilo que é diferente; em
incorporar o outro. E isso é muito difícil de ser incorporado, inclusive
porque o aprendizado democrático é difícil porque temos que lidar
com aquele que diverge da gente. Lidar com aquele que concorda
com a gente é muito fácil.
Então, essa capacidade deste Conselho de me ensinar o que é
democracia e o que é o espaço democrático nos seus debates, e me
ensinar o quanto isso é difícil, e como é importante incorporar essa
alteridade, incorporar esse outro com essa qualidade, para o exercício
do nosso trabalho aqui é algo que me faz muita diferença. Fez muita
diferença e é um aprendizado que me é caro.
E a terceira coisa que me é muito cara nesse aprendizado que
tenho aqui é a qualidade da civilidade deste Conselho. A civilidade no
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