Nota Taquigráfica da 32ª Reunião do Conselho Curador

no meio da Floresta Amazônica, dois dias eu não conseguia falar com
ela, estava no meio da Floresta – isso realmente acontece, neste
País, desse tamanho. Então também tem esses momentos
folclóricos.
Mas queria, também, agradecer muito ao Diogo. Acho que ele
tem um papel preponderante até, eu diria, nessa nossa coordenação
do Conselho; acho que ele é unanimidade entre todos os
conselheiros, pela sua gentileza, atenção e espírito público. Eu tinha
certeza que ele era um gentleman, também, e agora confirmei com
esse negócio das flores. Acho que não deixou dúvida. Diogo, muito
obrigada por tudo. Acho que resumi bem isso, não perdemos a Ima e
ganhamos a Heloisa, e também não perdemos o Diogo, que continua
com a gente.
Vou me permitir ler uma página só, eu prometo. Queria dizer
o seguinte, que um não assunto, até há alguns anos, a radiodifusão
pública, entrou na agenda do País com a criação da EBC. E nela a TV
Brasil tornou-se o centro dos debates. Era um corpo estranho num
país dominado pelo modelo comercial de televisão. É revelador o
relato de uma das primeiras locutoras do serviço brasileiro da BBC,
Lia Cavalcanti, ao voltar ao Brasil, em 1945, depois de quatro anos
na Inglaterra: “quando o navio entrou nas águas brasileiras e o rádio
começou a transmitir anúncios, eu fiquei em pânico; estava
acostumada com a BBC, que tinha programas fantásticos e não tinha
anúncios, você podia escolher o programa, e, de repente, aqui tem
que enfrentar meia hora de anúncios, tem que ouvir uma coisa que
não quer ouvir; eu fiquei apavorada, como é que pode; que
selvagens, que loucura”.
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