Nota Taquigráfica da 32ª Reunião do Conselho Curador

E na Câmara de Jornalismo também discutimos esse aspecto,
que o carro-chefe da mídia pública, além da programação infantil,
tem que ser o jornalismo. E para fazer jornalismo, tem que ter
ousadia. E com essa ousadia estaríamos, também, ajudando ao
crescimento da audiência. Acho que essa colocação deve ser refletida
por todos nós, e principalmente para os que fazem jornalismo aqui na
TV Brasil, na rádio. Isso é muito importante. Falo isso porque sou de
uma geração que sempre teve um sonho de se contrapor à mídia de
mercado. E esse sonho começa a se efetivar. Lembro-me que falava
recentemente com um jornalista que, nos anos cinquenta, participou
de uma experiência latino-americana, de criação de uma agência de
notícias latino-americana. Na década de cinquenta, e ninguém sabe
disso. E que seria incentivada pela Argentina.
Então, isso é da década de cinquenta, há mais de cinquenta
anos já se discute isso. Várias gerações já se passaram, e agora é a
oportunidade. Acho que temos que nos empenhar nesse sentido.
Quero dizer, também complementando o que a Starling falou,
que para mim está sendo, nesse um ano, um aprendizado. Estou
aprendendo muita coisa, ouvindo muita coisa. Enfim, acho que é
muito importante, e cada vez mais a nossa responsabilidade
aumenta. E só queria lembrar um fato recente, agora. Por exemplo,
a imprensa brasileira perdeu outra oportunidade de um
acontecimento histórico, a criação da Celac – Comunidade dos
Estados Latino-americanos e do Caribe, que para muita gente, para
muitos analistas é o acontecimento mais importante dos últimos
duzentos anos aqui no continente. E tivemos um noticiário pífio,
praticamente... Quase sem exceção. Acho que seria uma
oportunidade, também, perdidas. Mas antes tarde do que nunca,
acho que ainda está em tempo. Inclusive fica uma sugestão para a
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