PROBLEMA VIRA SOLUÇãO - Automotive Business

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18.04.2013 Views

ELETRÔNICA VEICULAR InovAção via INTERNET s inovações no desenvolvimen- Ato de veículos, prerrogativa no passado de equipes de engenheiros e designers das montadoras, passaram a ser compartilhadas com fornecedores (especialmente os sistemistas) e também com clientes, como demonstrou a Fiat Automóveis quando projetou o Novo Uno, depois da notável experiência com o Mio em redes sociais. Os carros, hoje, nascem muitas vezes de programas marcados pela interatividade envolvendo grupos que têm a internet como meio comum e como tônica a substituição de sistemas mecânicos por eletrônicos. Ocorre, aí, a introdução de uma grande dose de conectividade e infotainment, somando informação e entretenimento. Condutor e os passageiros passam a “conversar” com o veículo e com o mundo exterior tocando em telas sensíveis ou “falando” comandos. As telas pode ser reconfiguradas e registram toda a sorte de informação, como o tráfego na região, o melhor caminho para chegar ao destino, pontos de interesse e a autonomia do veículo. Nesse ambiente agradável, que reúne coisas comuns ao escritório e residência, é possível enviar torpedos, e-mails e telefonar – e o motorista não precisa tirar a mão do volante para fazer isso. O sistema Sync, da Ford, oferece esses benefícios em veículos mais sofisticados e promete introduzi- -los progressivamente nos produtos montados no Brasil. Cláudio Moles, gerente de engenharia da Ford, ob- 82 • AutomotiveBUSINESS cLIentes e fornecedores AtUAm no desenvoLvImento dos projetos certos AvAnços não são ApLIcáveIs Ao brAsIL, qUe precIsA se AtUALIZAr em rAstreAmento RoDRigo Chaves, gerente executivo de engenharia da MAN LA serva que alguns recursos de eletrônica embarcada ainda não são adotados no País pela falta de escala ou de tecnologias locais. “No exterior, o rádio digital funciona via satélite. Como aqui não há satélite voltado a esta tecnologia, não podemos adotar esse sistema”, esclarece, assegurando que há um esforço para a introdução de outras novidades: “Comandos de voz em português e GPS integrado com mapas já estão em nossos carros.” “Nossa engenharia privilegia a segurança. Esse é o nosso grande foco”, explica Moles. Para ele, o mercado brasileiro apresenta grande potencial para desenvolvimento da eletrônica a bordo, mas precisa de mais incentivos. “Muitos carros circulam ainda sem rádio”, observa. Marcus Mundim, da Fiat Powertrain, defende que o País tem plenas condições de desenvolver sistemas de eletrônica embarcada similares aos de outros países. “Temos estrutura e conhecimento para isso. A Fiat, por exemplo, pode trazer tecnologias que possui lá fora”, observa, avisando que, este ano, a montadora italiana terá novidades no campo de estabilidade eletrônica e haverá carros novos chegando com dez airbags, novos sistemas de entretenimento e navegação. A MAN Latin America também tem se esmerado em trazer inovações ao mercado brasileiro, como piloto automático com controle a distância, modernos sistemas ABS e tecnologias que detectam se o motorista está sonolento a partir da observação de seu desempenho nas faixas da estrada, segundo Rodrigo Chaves, gerente executivo de engenharia da montadora. Ele observa, no entanto, que certos avanços não são aplicáveis no Brasil: algumas estradas aqui nem mesmo têm faixas desenhadas e o País precisa se atualizar em rastreamento, que vai entrar em vigor em agosto, com três anos de atraso em relação a outros continentes.

ELETRÔNICA VEICULAR<br />

InovAção via INTERNET<br />

s inovações no desenvolvimen-<br />

Ato de veículos, prerrogativa no<br />

passado de equipes de engenheiros<br />

e designers das montadoras, passaram<br />

a ser compartilhadas com<br />

fornecedores (especialmente os sistemistas)<br />

e também com clientes,<br />

como demonstrou a Fiat Automóveis<br />

quando projetou o Novo Uno,<br />

depois da notável experiência com o<br />

Mio em redes sociais.<br />

Os carros, hoje, nascem muitas<br />

vezes de programas marcados pela<br />

interatividade envolvendo grupos<br />

que têm a internet como meio comum<br />

e como tônica a substituição<br />

de sistemas mecânicos por eletrônicos.<br />

Ocorre, aí, a introdução de<br />

uma grande dose de conectividade<br />

e infotainment, somando informação<br />

e entretenimento. Condutor e<br />

os passageiros passam a “conversar”<br />

com o veículo e com o mundo<br />

exterior tocando em telas sensíveis<br />

ou “falando” comandos. As telas<br />

pode ser reconfiguradas e registram<br />

toda a sorte de informação, como o<br />

tráfego na região, o melhor caminho<br />

para chegar ao destino, pontos de<br />

interesse e a autonomia do veículo.<br />

Nesse ambiente agradável, que reúne<br />

coisas comuns ao escritório e residência,<br />

é possível enviar torpedos,<br />

e-mails e telefonar – e o motorista<br />

não precisa tirar a mão do volante<br />

para fazer isso.<br />

O sistema Sync, da Ford, oferece<br />

esses benefícios em veículos mais<br />

sofisticados e promete introduzi-<br />

-los progressivamente nos produtos<br />

montados no Brasil. Cláudio Moles,<br />

gerente de engenharia da Ford, ob-<br />

82 • <strong>Automotive</strong>BUSINESS<br />

cLIentes e fornecedores AtUAm no<br />

desenvoLvImento dos projetos<br />

certos AvAnços<br />

não são ApLIcáveIs<br />

Ao brAsIL, qUe<br />

precIsA se AtUALIZAr<br />

em rAstreAmento<br />

RoDRigo Chaves, gerente executivo<br />

de engenharia da MAN LA<br />

serva que alguns recursos de eletrônica<br />

embarcada ainda não são adotados<br />

no País pela falta de escala ou<br />

de tecnologias locais. “No exterior,<br />

o rádio digital funciona via satélite.<br />

Como aqui não há satélite voltado<br />

a esta tecnologia, não podemos<br />

adotar esse sistema”, esclarece, assegurando<br />

que há um esforço para<br />

a introdução de outras novidades:<br />

“Comandos de voz em português e<br />

GPS integrado com mapas já estão<br />

em nossos carros.”<br />

“Nossa engenharia privilegia a<br />

segurança. Esse é o nosso grande<br />

foco”, explica Moles. Para ele, o<br />

mercado brasileiro apresenta grande<br />

potencial para desenvolvimento<br />

da eletrônica a bordo, mas precisa<br />

de mais incentivos. “Muitos carros<br />

circulam ainda sem rádio”, observa.<br />

Marcus Mundim, da Fiat Powertrain,<br />

defende que o País tem plenas<br />

condições de desenvolver sistemas<br />

de eletrônica embarcada similares<br />

aos de outros países. “Temos estrutura<br />

e conhecimento para isso.<br />

A Fiat, por exemplo, pode trazer<br />

tecnologias que possui lá fora”,<br />

observa, avisando que, este ano, a<br />

montadora italiana terá novidades<br />

no campo de estabilidade eletrônica<br />

e haverá carros novos chegando<br />

com dez airbags, novos sistemas de<br />

entretenimento e navegação.<br />

A MAN Latin America também<br />

tem se esmerado em trazer inovações<br />

ao mercado brasileiro, como<br />

piloto automático com controle a<br />

distância, modernos sistemas ABS<br />

e tecnologias que detectam se o<br />

motorista está sonolento a partir da<br />

observação de seu desempenho nas<br />

faixas da estrada, segundo Rodrigo<br />

Chaves, gerente executivo de engenharia<br />

da montadora. Ele observa,<br />

no entanto, que certos avanços não<br />

são aplicáveis no Brasil: algumas estradas<br />

aqui nem mesmo têm faixas<br />

desenhadas e o País precisa se atualizar<br />

em rastreamento, que vai entrar em vigor<br />

em agosto, com três anos de atraso<br />

em relação a outros continentes.

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