PROBLEMA VIRA SOLUÇãO - Automotive Business

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18.04.2013 Views

fiat | grand siena a COnQUisTa dO ESPAÇO Ao entrar na adolescência, o sedã pequeno da Fiat cresceu por todos os lados, tornou- -se gente grande, ganhou tamanho e pronome de tratamento para mostrar essa qualidade. Virou Grand Siena para acompanhar o crescimento do mercado que o criou em 1997 – e se tornou mais exigente nesse período. Depois de 15 anos, três reestilizações e 813 mil unidades vendidas até o fim de 2011, o carro foi completamente remodelado, ao custo do investimento de R$ 700 milhões – parte importante dos aportes programados pela Fiat no 54 • AutomotiveBUSINESS sedã COmpaCTO prOdUzidO em BeTim CresCe na Onda dO merCadO PEdrO kutnEy, dE SAntiAgO, ChilE Brasil, de R$ 10 bilhões até 2014. O Siena mudou tanto que o próprio fabricante agora quer apagar o seu DNA de irmão do hatch Palio, lançado um ano antes. “Não dá para dizer mais que é um derivado do hatch, pois ele foi concebido desde o primeiro traço para ser um sedã”, explica Carlos Eugênio Dutra, diretor de estratégia de produto da Fiat para a América Latina. “Concluímos que era hora de levar o Siena para outro patamar”, afirma Dutra, para justificar a profunda mudança pela qual o carro passou. Assim como já havia ocorrido com o novo Palio, lançado no fim de 2011, o que moveu essa conclusão da equipe de desenvolvimento e marketing da Fiat foi a ascensão social do consumidor brasileiro, que passou a exigir coisa melhor. Por isso o Siena embarcou na onda do cheap space, ou “espaço barato”. Ou seja, do carro que ganha conforto e alguma sofisticação sem exceder no preço – estratégia que começou a ser esboçada pela Renault com o Dacia Logan em 2007 e, bem mais recentemente, com refinamento pouco maior, pela General Motors com o Cobalt e pela Nissan com o Versa.

O tEtrAfuEl vem equipado com sistema da Magneti Marelli Um passO adianTe nas 4 VersÕes Grand Siena é outro carro, foi O totalmente redesenhado pelas equipes de design da Fiat no Brasil e na Itália. Faróis e lanternas proeminentes, em conjunto com vincos no capô e laterais, agregaram um pouco de esportividade à clássica sisudez dos sedãs. Os sedãs ampliados são os principais concorrentes do Grand Siena, que chegou em abril às concessionárias da Fiat no Brasil em quatro versões. A versão Tetrafuel vem equipada com o sistema desenvolvido pela Magneti Marelli que permite rodar com gasolina pura, misturada com 20% de etanol (caso do Brasil), 100% de etanol ou gás natural – o carro já vem com tanque extra de GNV para isso e promete fazer sucesso com seu principal público consumidor no País, os taxistas. Para Lélio Ramos, diretor de operações comerciais da Fiat, o Grand Siena chega no momento certo para defender a liderança de dez anos do fabricante em um ambiente de consumo mais exigente. “Vendemos 90 mil unidades do Siena em 2011, que corresponderam a 12% de nossas vendas no País. O carro está no segundo maior segmento do mercado brasilei- ro, é muito importante para nossa estratégia”, diz. “Nossas pesquisas confirmaram que precisávamos oferecer o ‘passo adiante’ para esse cliente, com um produto mais sofisticado. Por isso não estamos lançando uma reestilização, mas um novo carro.” Ramos calcula que 70% das vendas serão da versão Attractive 1.4, outros 25% da Essence e os 5% restantes das versões Dualogic e Tetrafuel juntas. Como principais atrativos em relação à concorrência, o Grand Siena oferece diversos equipamentos que outros do mesmo segmento nem sequer têm como opcionais. Citando exemplos de preço, Ramos diz que a opção 1.4 é 3% mais barata que o Chevrolet Cobalt com motor equivalente e a 1.6 é 9% mais em conta do que a mesma versão do Volkswagen Voyage. Grand Siena - as 4 versões •Attractive 1.4 Flex (88 cv com álcool) R$ 38.710 •Essence 1.6 Flex (117 cv) R$ 43.470 •Essence 1.6 Dualogic (Câmbio automatizado) R$ 45.900 • Tetrafuel 1.4 R$ 48.210 Quem não tiver como dar o “passo adiante” já poderá ficar com a geração anterior do Siena, nas versões EL 1.0 e EL 1.4 (a versão Fire deixou de ser fabricada). Ambas ficaram R$ 2.850 mais baratas (R$ 31.180 a 1.0 e R$ 33.300 a 1.4). Uma redução e tanto, que só comprova o excesso de peso nos valores cobrados no Brasil por modelos que oferecem pouco em relação ao que cobram. Nas contas da Fiat, a chegada do Grand Siena (por enquanto, fabricado só no Brasil) deve acrescentar 30 mil unidades/ano às vendas da família. A expectativa é vender 80 mil Grand Siena e 40 mil dos modelos EL (que são feitos só na Argentina). AutomotiveBUSINESS • 55

O tEtrAfuEl vem<br />

equipado com<br />

sistema da Magneti Marelli<br />

Um passO adianTe nas 4 VersÕes<br />

Grand Siena é outro carro, foi<br />

O totalmente redesenhado pelas<br />

equipes de design da Fiat no Brasil e na<br />

Itália. Faróis e lanternas proeminentes,<br />

em conjunto com vincos no capô e laterais,<br />

agregaram um pouco de esportividade<br />

à clássica sisudez dos sedãs.<br />

Os sedãs ampliados são os principais<br />

concorrentes do Grand Siena, que<br />

chegou em abril às concessionárias da<br />

Fiat no Brasil em quatro versões.<br />

A versão Tetrafuel vem equipada<br />

com o sistema desenvolvido pela<br />

Magneti Marelli que permite rodar<br />

com gasolina pura, misturada com<br />

20% de etanol (caso do Brasil), 100%<br />

de etanol ou gás natural – o carro já<br />

vem com tanque extra de GNV para<br />

isso e promete fazer sucesso com seu<br />

principal público consumidor no País,<br />

os taxistas.<br />

Para Lélio Ramos, diretor de operações<br />

comerciais da Fiat, o Grand<br />

Siena chega no momento certo para<br />

defender a liderança de dez anos do<br />

fabricante em um ambiente de consumo<br />

mais exigente. “Vendemos 90<br />

mil unidades do Siena em 2011, que<br />

corresponderam a 12% de nossas vendas<br />

no País. O carro está no segundo<br />

maior segmento do mercado brasilei-<br />

ro, é muito importante para nossa estratégia”,<br />

diz. “Nossas pesquisas confirmaram<br />

que precisávamos oferecer o<br />

‘passo adiante’ para esse cliente, com<br />

um produto mais sofisticado. Por isso<br />

não estamos lançando uma reestilização,<br />

mas um novo carro.”<br />

Ramos calcula que 70% das vendas<br />

serão da versão Attractive 1.4, outros<br />

25% da Essence e os 5% restantes das<br />

versões Dualogic e Tetrafuel juntas.<br />

Como principais atrativos em relação<br />

à concorrência, o Grand Siena oferece<br />

diversos equipamentos que outros<br />

do mesmo segmento nem sequer têm<br />

como opcionais. Citando exemplos de<br />

preço, Ramos diz que a opção 1.4 é<br />

3% mais barata que o Chevrolet Cobalt<br />

com motor equivalente e a 1.6 é 9%<br />

mais em conta do que a mesma versão<br />

do Volkswagen Voyage.<br />

Grand Siena - as 4 versões<br />

•Attractive 1.4 Flex<br />

(88 cv com álcool) R$ 38.710<br />

•Essence 1.6 Flex (117 cv) R$ 43.470<br />

•Essence 1.6 Dualogic<br />

(Câmbio automatizado) R$ 45.900<br />

• Tetrafuel 1.4 R$ 48.210<br />

Quem não tiver como dar o “passo<br />

adiante” já poderá ficar com a geração<br />

anterior do Siena, nas versões EL 1.0<br />

e EL 1.4 (a versão Fire deixou de ser<br />

fabricada). Ambas ficaram R$ 2.850<br />

mais baratas (R$ 31.180 a 1.0 e R$<br />

33.300 a 1.4). Uma redução e tanto,<br />

que só comprova o excesso de peso<br />

nos valores cobrados no Brasil por<br />

modelos que oferecem pouco em relação<br />

ao que cobram.<br />

Nas contas da Fiat, a chegada do<br />

Grand Siena (por enquanto, fabricado<br />

só no Brasil) deve acrescentar 30 mil<br />

unidades/ano às vendas da família. A<br />

expectativa é vender 80 mil Grand Siena<br />

e 40 mil dos modelos EL (que são<br />

feitos só na Argentina).<br />

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