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PROBLEMA VIRA SOLUÇãO - Automotive Business

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-americanos, para consumidores que<br />

ainda não podiam pagar por um SUV<br />

legítimo. Em Camaçari, o EcoSport<br />

e o Fiesta cumpriram a missão de<br />

salvar os negócios da Ford no País,<br />

devolvendo à empresa rentabilidade e<br />

capacidade de produção e de desenvolvimento<br />

local de engenharia – algo<br />

que havia sido perdido nos anos de<br />

sociedade com a Volkswagen na Autolatina,<br />

de 1987 a 1996.<br />

De lá para cá, já se foram mais<br />

de 1,5 milhão de EcoSport e Fiesta<br />

produzidos, que mais do que pagaram<br />

o investimento inicial anunciado<br />

pela Ford em Camaçari, de US$ 1,2<br />

bilhão. Hoje a planta tem 8,5 mil empregados<br />

(incluindo os fornecedores<br />

que atuam dentro da linha de montagem)<br />

e responde por 6,5% da fabricação<br />

nacional de veículos. Cerca de<br />

20% da produção é exportada para<br />

países latino-americanos, com uma<br />

azeitada logística de carros e componentes<br />

via porto particular da Ford<br />

em Aratu.<br />

A capacidade de produção de 250<br />

mil unidades/ano em três turnos está<br />

próxima do teto desde 2006/2007,<br />

deixando pouco espaço para a renovação<br />

de processos e produtos.<br />

Foi quando começaram as especulações<br />

sobre como a Ford iria expandir<br />

a unidade. O primeiro lance<br />

dessa estratégia aconteceu no fim<br />

de 2006, com a aquisição da pequena<br />

Troller, no Ceará, e a aprovação<br />

com o governo federal da transferência<br />

de sua carta de incentivos fiscais,<br />

que aumentou de 35% para praticamente<br />

100% o desconto no IPI para<br />

os carros montados na região até<br />

2010. No fim de 2009, em outra manobra<br />

política, com a promessa de<br />

investir R$ 4,5 bilhões em suas operações<br />

brasileiras de 2010 a 2015,<br />

sendo R$ 2,5 bilhões em Camaçari,<br />

a Ford conseguiu prorrogar por mais<br />

cinco anos os benefícios que recebe<br />

na Bahia..<br />

NOVA ERA<br />

Com incentivos e financiamento via<br />

BNDES garantidos, a alta rentabilidade<br />

de Camaçari foi preservada e assim<br />

a planta baiana entra em uma nova<br />

era, com a produção de novos veículos<br />

globais, projetados ali mesmo pela<br />

equipe do Centro de Desenvolvimento<br />

de Produto e Design (CDPD), um dos<br />

oito da companhia no mundo, onde<br />

trabalham 1,5 mil engenheiros e designers.<br />

A capacidade está sendo ampliada<br />

para 300 mil unidades/ano, incluindo<br />

sensíveis melhorias produtivas.<br />

A envelhecida linha de Camaçari<br />

começa a ser remodelada com o início<br />

da produção, em abril, do novo<br />

EcoSport, primeiro produto global (só<br />

para mercados emergentes) desenvolvido<br />

pela Ford na América do Sul,<br />

sob a liderança do CDPD baiano. “Os<br />

novos investimentos trazem equipamentos<br />

modernos para a fábrica, em<br />

linha com as melhores práticas mundiais”,<br />

afirma Cícero Melo, gerente de<br />

manufatura da Ford em Camaçari,<br />

que acompanha a evolução da unida-<br />

OS NOVOS<br />

iNVeSTimeNTOS<br />

TraZem<br />

eqUiPameNTOS<br />

mOderNOS Para a<br />

FÁbrica, em LiNha<br />

cOm aS meLhOreS<br />

PrÁTicaS mUNdiaiS<br />

CíCero MeLo, gerente de<br />

manufatura da Ford Camaçari<br />

de em quase toda sua existência – ele<br />

chegou em março de 2002, no início<br />

da produção das primeiras unidades.<br />

Agora Melo acompanha a segunda<br />

grande onda de desenvolvimento<br />

em Camaçari. A planta toda passa<br />

por profundas modernizações. Para<br />

receber o EcoSport global e o projeto<br />

que virá logo depois – o novo Ka,<br />

que deve começar a ser produzido na<br />

Bahia antes do fim de 2013 –, toda a<br />

linha de produção foi reprojetada virtualmente.<br />

“Esse recurso possibilitou<br />

mais rapidez na modelagem da linha<br />

que vai montar os novos veículos”, diz<br />

o engenheiro. Aliás, capacidade virtual<br />

é o que não falta na Ford Camaçari:<br />

todos os produtos e processos<br />

projetados lá passam por milhares de<br />

horas de simulações em computador.<br />

Entre as melhorias que a fábrica<br />

recebe, Melo cita a duplicação do número<br />

de robôs (agora são 650) que<br />

fazem a soldagem das carrocerias,<br />

com 500 novas pinças de solda. “Ganhamos<br />

em eficiência, consumo de<br />

energia e qualidade”, explica. Após a<br />

<strong>Automotive</strong>BUSINESS • 43

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