PROBLEMA VIRA SOLUÇãO - Automotive Business
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CAMINHÕES | MERCEDES-BENZ<br />
São Bernardo do Campo, que em 2011<br />
passou perto do teto de 80 mil unidades/ano<br />
– isso sem colocar na conta<br />
os chassis de ônibus, eixos, câmbios e<br />
motores também fabricados na planta<br />
do ABC paulista, ocupada por operações<br />
industriais quase na totalidade de<br />
seu milhão de metros quadrados.<br />
Quando estiver a plena carga, Juiz<br />
de Fora poderá fazer até 50 mil veículos/ano<br />
em três turnos – este ano deve<br />
fazer 12 mil, sendo 9 mil Accelo e 3 mil<br />
Actros. Com isso, ganha importância<br />
capital na estratégia da empresa para<br />
acompanhar e liderar o aumento da<br />
demanda por caminhões no mercado<br />
brasileiro e em 45 países da América<br />
Latina. Em um mercado estimado<br />
de 300 mil caminhões/ano a partir de<br />
2015, a Mercedes-Benz sozinha poderá<br />
dar conta de quase metade, com capacidade<br />
para 130 mil unidades/ano.<br />
E, se for necessário, também há<br />
ainda muito espaço para crescer em<br />
Minas Gerais, pois as instalações industriais<br />
de 170 mil metros quadrados<br />
são uma pequena fração do terreno de<br />
2,8 milhões de metros quadrados, dos<br />
quais 50% ainda podem ser ocupados<br />
por prédios e pátios – o restante é área<br />
de preservação ambiental, com Mata<br />
Atlântica intocada.<br />
“A decisão de investir aqui está diretamente<br />
ligada às perspectivas de<br />
forte expansão econômica no Brasil.<br />
Este país tem enorme potencial de<br />
crescimento sustentável nos próximos<br />
anos, deverá precisar de muitos caminhões<br />
nos setores agropecuário, de<br />
mineração e construção civil”, confia<br />
Ronald Linsmayer, vice-presidente de<br />
operações no Brasil e COO da Daimler<br />
América Latina. “Em 20 anos, de 1983<br />
a 2003, nossa média de produção em<br />
São Bernardo foi de 38 mil veículos/<br />
ano. Em 2004, quando chegamos a<br />
49 mil, achamos que era um pico anormal.<br />
Não era. O volume continuou a<br />
avançar ano após ano até os 80 mil de<br />
2011. Chegamos ao limite lá e vimos<br />
26 • <strong>Automotive</strong>BUSINESS<br />
A DECISÃO DE<br />
INVESTIR AQUI ESTÁ<br />
DIRETAMENTE LIGADA<br />
ÀS PERSPECTIVAS DE<br />
FORTE ExPANSÃO<br />
ECONÔMICA<br />
NO BRASIL<br />
RONALD LiNsMAYER,<br />
vice-presidente de operações da<br />
Mercedes-Benz do Brasil<br />
uma oportunidade em Juiz de Fora,<br />
onde já tínhamos instalações, espaço<br />
para ampliações e mão de obra qualificada”,<br />
justifica o chefe de operações.<br />
Antes de começar a operação, durante<br />
quase um ano em que a fábrica passou<br />
pela conversão, 400 empregados da<br />
linha de produção mineira passaram por<br />
treinamento em São Bernardo para fazer<br />
caminhões e 50 foram para Wörth, na<br />
Alemanha, onde aprenderam a montar<br />
o Actros. Na volta, eles atuaram como<br />
multiplicadores de conhecimento.<br />
9 MiL ACCELO devem ser<br />
produzidos em Juiz de Fora este ano<br />
Hoje Juiz de Fora conta com 900<br />
funcionários, trabalhando em um<br />
só turno. Este número já chegou a<br />
1,5 mil quando o Classe A era feito<br />
lá, em ritmo sempre muito abaixo<br />
da capacidade instalada. A empresa<br />
prefere não adiantar suas necessidades<br />
de contratações futuras, mas a<br />
placa de “admite-se” pode em breve<br />
ser colocada outra vez na porta da fábrica,<br />
que tem potencial para empregar<br />
mais de 2 mil pessoas se produzir<br />
em capacidade máxima de 50 mil<br />
unidades/ano – e algumas centenas<br />
mais em caso de expansão. Ao que<br />
tudo indica, produtividade e esperança<br />
estão de volta à fábrica mineira da<br />
Mercedes-Benz.<br />
“Com Juiz de Fora e as ampliações<br />
que fizemos em São Bernardo, nos preparamos<br />
para crescer com o mercado”,<br />
afirmou Ziegler, lembrando da importância<br />
do Brasil na estratégia global de<br />
crescimento da Daimler Trucks. O País se<br />
transformou no segundo maior mercado<br />
da marca de caminhões Mercedes-Benz.<br />
Para Ziegler, retomar a liderança virou<br />
questão de honra: “Se possível, vamos fazer<br />
isso amanhã”, costuma brincar, com<br />
o tom sério dos alemães.