PROBLEMA VIRA SOLUÇãO - Automotive Business
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PONTO DE VISTA | Stephan keeSe<br />
to, uma vez que precisam<br />
olhar para suas estratégias<br />
de P&D e de organização<br />
por uma perspectiva global,<br />
não podendo considerar<br />
preferências locais de<br />
cada país.<br />
eMPReGO<br />
Um objetivo final do novo<br />
decreto automotivo é proteger<br />
empregos locais.<br />
Considerando este critério<br />
e os custos reais de produção<br />
no País, é incerto<br />
como isto poderá ser atin-<br />
, Critério de inveStimento p&d<br />
Critério de proCeSSoS<br />
14 • <strong>Automotive</strong>BUSINESS<br />
gido – não é segredo para<br />
ninguém que a maioria das<br />
montadoras e fornecedores<br />
presentes no Brasil sofre<br />
de sérios problemas de<br />
rentabilidade, decorrentes<br />
de uma combinação do aumento<br />
dos custo de mão de<br />
obra e de baixos índices de<br />
produtividade e automação.<br />
A principal resposta para que<br />
a indústria possa compensar<br />
o avanço nos custos causado<br />
pelo novo decreto automotivo<br />
será automação, o que sempre<br />
custa empregos.<br />
A melhor forma de assegurar<br />
o nível de emprego<br />
na indústria automotiva<br />
no longo prazo é assegurar<br />
que o crescimento da produção<br />
nacional seja motivado<br />
por produtos competitivos<br />
tanto no mercado<br />
local quanto no global. E,<br />
para isto, uma economia<br />
não precisa de protecionismo,<br />
mas sim de uma<br />
estratégia.<br />
cOMPetitividade<br />
É exatamente este planeja-<br />
Fonte: Roland Berger<br />
Fonte: Roland Berger<br />
mento que precisa ser desenvolvido<br />
agora para que<br />
seja possível aproveitar os<br />
próximos cinco anos do<br />
novo regime automotivo,<br />
reduzir os custos de produção<br />
da indústria automotiva<br />
e elevar os níveis de<br />
competência e tecnologia<br />
das empresas nacionais e<br />
internacionais presentes no<br />
Brasil. Ele precisa ser criado<br />
em conjunto entre o governo,<br />
a indústria e as associações<br />
de classe e terá de<br />
compatibilizar vantagens e<br />
desvantagens entre todas<br />
as partes. Pela redução do<br />
custo da mão de obra, do<br />
suporte e do incentivo a<br />
novos investimentos e automação<br />
e do desenvolvimento<br />
de importantes polos<br />
tecnológicos, o Brasil<br />
ainda poderá tirar um grande<br />
proveito de sua importante<br />
história de produção<br />
automotiva.<br />
Em resumo, o novo regime<br />
automotivo não é<br />
de todo mau. Ele dá à indústria<br />
o tempo necessário<br />
para que ela se reinvente<br />
e possa atingir um nível<br />
de competitividade global<br />
superior ao atual. No entanto,<br />
se esta oportunidade<br />
não for aproveitada e<br />
suportada por uma estratégia<br />
conjunta, este tempo<br />
terá sido perdido e o Brasil<br />
continuará sendo o que é<br />
hoje – um enorme mercado<br />
interno desconectado<br />
do resto do mundo. Vamos<br />
impedir que isto ocorra e<br />
trabalhar juntos para tornar<br />
o País um importante<br />
player no mercado automotivo<br />
mundial. n