A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen (Eugen Herrigel - Webnode
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O <strong>Zen</strong> nas<br />
<strong>Arte</strong>s Marciais<br />
JOE HYAMS<br />
Já se escreveram algumas dezenas de livros<br />
sobre a prática das artes marciais <strong>do</strong> Oriente;<br />
entretanto, poucos tratam da importância <strong>do</strong> <strong>Zen</strong> nas<br />
artes marciais. Isso representa uma lacuna, pois as<br />
artes marciais, em sua modalidade mais delicada, são<br />
muito mais <strong>do</strong> que uma disputa física entre <strong>do</strong>is<br />
oponentes — um meio de impor a própria vontade ou<br />
de infligir dano ao adversário. Mais <strong>do</strong> que isso, para<br />
os verdadeiros mestres, o karatê, o kung fu, o aikidô e<br />
todas as demais artes marciais são basicamente<br />
caminhos<br />
através <strong>do</strong>s quais eles podem alcançar a serenidade espiritual, a<br />
tranqüili-dade mental e a mais profunda autoconfiança.<br />
Com base no seu próprio envolvimento de mais de vinte anos com as<br />
artes marciais em algumas de suas várias modalidades — karatê, judô, jiu jitsu,<br />
aikidô, tae-kuon-dô, wing-shun e outras — com mestres da importância de<br />
Ed Parker, de Bruce Lee, de Bong Soo Han, de Jim Lau, de Yong Tae Lee, de<br />
Mas Oyama, de Gichin Funakoshi —, o autor se propôs a partilhar com os<br />
leitores o que aprendeu na esperança de que alguns queiram percorrer um<br />
caminho pareci<strong>do</strong>.<br />
Este é um livro a partir <strong>do</strong> qual os leitores poderão aprender a aplicar<br />
em suas vidas os princípios <strong>do</strong> <strong>Zen</strong>, segun<strong>do</strong> se projetam nas artes marciais,<br />
abrin<strong>do</strong> assim uma fonte potencial de força interior que talvez jamais<br />
sonharam possuir.<br />
O ZEN NA ARTE DA CERIMÔNIA DAS FLORES<br />
Gusty L. <strong>Herrigel</strong><br />
EDITORA PENSAMENTO EDITORA PENSAMENTO<br />
<strong>Arte</strong> e religião estão intimamente interligadas na história da<br />
cultura japonesa. Os arranjos florais obedecem a normas que não<br />
constituem uma arte no seu verdadeiro senti<strong>do</strong>, mas são a expressão de<br />
uma experiência de vida muito mais profunda.<br />
A Ikebana, palavra que pode ser traduzida como "a arte de<br />
conservar as plantas vivas em recipientes com água", inclui o voto de<br />
amar as flores como seres vivos e de cuidar delas com bondade. Até a<br />
água com que as regamos deve ser vertida com a consciência da<br />
responsabilidade que temos em relação à vida das flores.<br />
Como as outras artes zen japonesas — a <strong>do</strong> arqueiro, a da esgrima<br />
e a da cerimônia <strong>do</strong> chá — a cerimônia das flores transmite um<br />
ensinamento espiritual capaz de nos proporcionar um vislumbre da<br />
beleza e <strong>do</strong> segre<strong>do</strong> da vida.<br />
Pratica<strong>do</strong> com a adequada disposição de espírito, o culto das<br />
flores é um <strong>do</strong>s caminhos mais harmoniosos para se chegar ao<br />
conhecimento de si mesmo e para a aquisição de uma consciência<br />
elevada que transcenda to<strong>do</strong> pensamento racional e utilitário. Afinal,<br />
como diz Bokuyo Takeda, mestre de Gusty <strong>Herrigel</strong>, "o homem e a<br />
planta são mortais e mutáveis; o significa<strong>do</strong> e a essência <strong>do</strong> arranjo<br />
floral são eternos".