Unidade I - Ministério da Educação
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toritárias, hierárquicas e<br />
clientelísticas. Por isto, a<br />
eleição de diretores, embora<br />
não constitua a essência<br />
<strong>da</strong> gestão democrática, tem<br />
sido o sinal histórico para<br />
distinguir o “tempo autoritário”<br />
do “tempo democrático”.<br />
Mas não é a eleição<br />
eiva<strong>da</strong> de populismo e de<br />
outros vícios que aju<strong>da</strong> a<br />
democracia. Seu processo<br />
precisa ser aperfeiçoado,<br />
para ser uma prática pe<strong>da</strong>gógica<br />
de aprendizado <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia democrática. E<br />
tem que ser acompanha<strong>da</strong><br />
de práticas administrativas<br />
do sistema articula<strong>da</strong>s com<br />
uma nova forma – democrática<br />
– de decidir, de governar,<br />
de ordenar, de avaliar.<br />
2. Gestão Democrática é participação<br />
dos atores em<br />
decisões e na avaliação.<br />
Talvez o ideal fosse fazer<br />
<strong>da</strong> assembléia geral escolar<br />
o órgão máximo deliberativo.<br />
Mas, no dia a dia,<br />
temos que construir um<br />
Conselho Escolar, competente<br />
e viável, onde todos<br />
os segmentos estejam presentes<br />
e operantes, gerando<br />
e acumulando um novo<br />
e influente poder: o poder<br />
escolar. Professores, funcionários,<br />
alunos, pais e<br />
direção passam a ser um<br />
colegiado que se reúne ordinária<br />
e freqüentemente,<br />
propondo e avaliando o<br />
Projeto Político-Pe<strong>da</strong>gógi-<br />
co <strong>da</strong> escola, que na nova<br />
LDB ganhou substancial<br />
importância.<br />
3. Gestão Democrática supõe<br />
representação legítima dos<br />
segmentos. A direção, mesmo<br />
quando eleita, representa<br />
o Estado, os direitos<br />
de todos. Os pais representam<br />
autenticamente os pais<br />
e mães, superando aquela<br />
ambigüi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Associações<br />
de Pais e Mestres.<br />
Professores e funcionários<br />
representam seus pares<br />
na escola, levando as posições<br />
de suas enti<strong>da</strong>des de<br />
trabalhadores <strong>da</strong> educação.<br />
E os alunos? A representativi<strong>da</strong>de<br />
dos alunos deve<br />
somar à sua condição de<br />
“educandos” enturmados<br />
na base <strong>da</strong> escola, liderados<br />
por “representantes de<br />
classe”, a prática de uma<br />
organização política mais<br />
ampla, em grêmios livres<br />
e associações municipais<br />
e estaduais, nem sectárias,<br />
nem parti<strong>da</strong>riza<strong>da</strong>s.<br />
4. A Gestão Democrática <strong>da</strong><br />
escola se baliza pelo Projeto<br />
Político-Pe<strong>da</strong>gógico <strong>da</strong><br />
Escola. São os objetivos e<br />
metas <strong>da</strong> escola, referencia<strong>da</strong><br />
à socie<strong>da</strong>de do conhecimento,<br />
que unem o<br />
Conselho, que presidem as<br />
eleições, que direcionam as<br />
decisões e práticas de seus<br />
atores. O professor e o funcionário<br />
precisam abdicar<br />
de seu corporativismo; os<br />
I M P O R T A N T E<br />
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<strong>Uni<strong>da</strong>de</strong> VIII – Funcionários: gestores na democracia escolar