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Ao observar os questionamentos feitos as merendeiras da rede municipal de ensino
percebeu-se que a maioria delas perceberam que ao se introduzir alimentos da agricultura
familiar local houve uma significativa redução do desperdício de alimentos por parte dos
alunos quando comparado ao ano anterior, como podemos verificar na tabela acima que
reflete que a conexão entre agricultura familiar e alimentação escolar melhorou a
palatabilidade das preparações oferecidas na merenda escolar de São Bentinho.
Verçosa (2011) diz que o desperdício de alimentos neste país é resultado de falhas
deixadas pelo próprio processo de desenvolvimento. Assim a agricultura familiar no PNAE
apresenta-se como uma forma de corrigir essas falhas.
TABELA 02 Distribuição da amostra de merendeiras relacionado a percepção do aumento no
número de alunos que se alimentam da merenda escolar
Aumento de comensais quantidade %
Sim 6 60
Não 4 40
Total 10 100%
Fonte: Elaboração própria
Ainda analisando o posicionamento das merendeiras encontrou-se que as mesmas
conseguiram notar que muitos alunos que antes traziam seus alimentos de casa para escola ou
que simplesmente ficavam sem comer.Essa prática de consumo de alimentos oriundos de casa
ou de cantinas revela-se, portanto, preocupante para o alcance das metas do PNAE, que, mais
do que um programa de suplementação alimentar, deve ser visto como um importante
instrumento de educação nutricional e um canal para resgatar hábitos alimentares saudáveis
(MUNIZ; CARVALHO, 2007).
Com a introdução de alimentos produzidos no município e sendo os mesmos entregues
fresquinhos como feijão verde, ovo de codorna, banana maçã, manga, caju, entre outros fez o
cardápio ficar mais atrativo e também mais regionalizado o que pode ter estimulado os alunos
a quererem se alimentar na escola, como mostra a opinião da maioria das merendeiras
entrevistadas.
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