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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA<br />
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS<br />
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA<br />
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL<br />
MODALIDADE A DISTÂNCIA<br />
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO<br />
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – <strong>UFPB</strong> VIRTUAL<br />
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL<br />
METODOLOGIA CIENTÍFICA E TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO<br />
POLÍTICA PÚBLICA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR: Um estudo<br />
de caso na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Alves Torres<br />
Josinéia Batista da Silva<br />
Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Muncicipal -<strong>UFPB</strong><br />
RESUMO<br />
Profª Maria Elizabeth Batista Pimenta Braga<br />
Orientadora<br />
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por<br />
meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação<br />
infantil ao ensino médio matriculados em escolas públicas. Mediante contrastes e problemas<br />
vivenciados pela sociedade atual faz necessário a presença do poder público no espaço social.<br />
A construção de políticas públicas resultantes de diálogos entre o Estado, sociedade e o<br />
mercado parece ser o caminho <strong>para</strong> a construção de melhores condições de vida <strong>para</strong> a<br />
população. A educação é indicador importante <strong>para</strong> melhorar a qualidade de vida humana,<br />
mas os desafios que vivenciados no dia-a-dia, como a falta de vagas nas escolas, infraestrutura,<br />
ausência de materiais didáticos, entre outros, tem privado muitos de uma educação<br />
promissora. A metodologia adotada na pesquisa foi a qualitativa expressando nos resultados as<br />
condições de armazenamento, qualidade, higiene e aceitabilidade dos cardápios colhidos na escola. A<br />
realização da pesquisa teve como objetivo identificar até que ponto uma boa alimentação<br />
escolar interfere no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos. A pesquisa ocorreu em<br />
três fases: Primeiramente, houve uma ampla revisão bibliográfica, leitura e pesquisa na<br />
internet; no segundo momento realizou-se visitas a instituição onde ocorreu a pesquisa e<br />
coletas de dados; a fase final constitui-se da análise, interpretação e avaliação dos dados<br />
coletados, os quais permitiram estabelecer perspectivas <strong>para</strong> abordagem a respeito da<br />
problemática. A merenda oferecida pela Escola João Alves Torres é regular e de boa<br />
qualidade. Os alunos demonstram estar satisfeito com a variedade do cardápio servido, esse<br />
fator representa uma grande importância <strong>para</strong> freqüência contínua dos alunos na escola,<br />
evitando o problema da evasão.<br />
Palavras-Chaves: Políticas Públicas. Merenda escolar. Aluno. Escola
1 INTRODUÇÃO<br />
Uma alimentação adequada proporciona um maior rendimento escolar, equilíbrio<br />
necessário <strong>para</strong> o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo. O Programa Nacional de<br />
Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de<br />
recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil ao ensino médio<br />
matriculados em escolas públicas, e tem como objetivo atender as necessidades nutricionais<br />
dos alunos durante sua permanência na escola.<br />
A realização desse estudo foi pautada pelo reconhecimento da importância das<br />
políticas públicas na área educacional, notadamente das que proporcionam ambiente favorável<br />
à aprendizagem, pois enquanto processo social permite que todos aqueles que exercem suas<br />
atividades no cenário escolar, principalmente o aluno, possam ter efetivo desenvolvimento.<br />
O interesse pela problemática surgiu da necessidade de verificar a qualidade da<br />
alimentação escolar da instituição em análise. Além de violência, reprovação, evasão,<br />
necessidade urgente que nas dependências de escolas era algo insubstituível e que esta afeta<br />
diretamente o processo de ensino e aprendizagem na escola.<br />
Enquanto educadora e pesquisadora, observou-se que a situação sócio-econômica da<br />
região, em que grande parte da comunidade escolar do município de Araruna, principalmente<br />
os alunos das Escolas Públicas, não dispõem de uma alimentação adequada no seu dia-a-dia,<br />
logo, tais alunos são oriundas de famílias desfavorecidas economicamente e socialmente.<br />
Diante dessa realidade vários aspectos ganham realce e conduzem a questionamentos<br />
do tipo: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) <strong>para</strong> a educação tem<br />
desempenhado a função de reduzir a evasão escolar?<br />
Este trabalho pretende identificar até que ponto uma boa alimentação escolar interfere<br />
no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos, se escola assegura o direito humano à<br />
alimentação adequada, e se promove a segurança alimentar e nutricional de forma a contribuir<br />
<strong>para</strong> erradicação da evasão escolar.<br />
Para tanto, foi necessário levantar dados referentes à qualidade da merenda servida na<br />
instituição e a sua contribuição na formação do aluno, identificando assim fatores que<br />
determinam e concorrem <strong>para</strong> o desenvolvimento dos fenômenos.<br />
O presente trabalho de pesquisa foi estruturado em sete tópicos: introdução, referencial<br />
teórico, metodologia da pesquisa, caracterização do campo de pesquisa, análise dos<br />
resultados, conclusões e referência bibliográfica.<br />
2
2 REFERENCIAL TEÓRICO<br />
O referencial teórico está subdividido em quatro subtópicos: a importância das<br />
políticas públicas no sistema educacional, Programa Nacional de Alimentação Escolar no<br />
Brasil – PNAE, os benefícios de uma boa alimentação escolar, merenda consumida na escola<br />
João Alves Torres e cardápio da alimentação escolar do município de Araruna-PB.<br />
2.1 O Estado e as políticas públicas<br />
Mediante os contrastes e problemas vivenciados pela sociedade atual se faz necessário<br />
a presença do poder público no espaço social, uma vez que o setor público precisa assumir a<br />
responsabilidade de fomentar mudanças organizacionais, em termos de políticas públicas<br />
coletivas, de forma a favorecer escolhas saudáveis no campo individual. A construção de<br />
políticas públicas resultantes de diálogos entre o Estado, sociedade e o mercado parece ser o<br />
caminho <strong>para</strong> a construção de um modo de viver que permita melhores condições de saúde<br />
<strong>para</strong> a população.<br />
[...] as políticas sociais fazem parte de um conjunto de iniciativas públicas, com o<br />
objetivo de realizar, fora da esfera privada, o acesso a bens, serviços e renda. Seus<br />
objetivos são amplos e complexos, podendo organizar-se não apenas <strong>para</strong> a<br />
cobertura de riscos sociais, mas também <strong>para</strong> a equalização de oportunidades, o<br />
enfrentamento das situações de destituição e pobreza, o combate às desigualdades<br />
sociais e a melhoria das condições sociais da população (JACCOUD, 2007, p. 3).<br />
As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração, implantação e,<br />
sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder político, envolvendo a<br />
distribuição e redistribuição de poder, o papel do conflito social nos processos de decisão, a<br />
repartição de custos e benefícios sociais.<br />
Neste con<strong>texto</strong> o poder público representado pelo Estado surgi com as políticas<br />
públicas como propostas de melhorias sociais, enquanto os movimentos sociais configuram-se<br />
como de fundamental importância <strong>para</strong> tais políticas serem executadas eficazmente e que<br />
possam atingir realmente aqueles que se encontram desfavorecido social e economicamente.<br />
Como o poder é uma relação social que envolvem vários atores com projetos e<br />
interesses diferenciados e até contraditórios, há necessidade de mediações sociais e<br />
institucionais, <strong>para</strong> que se possa adquirir um mínimo de consenso e, assim, as políticas<br />
públicas possam ser legitimadas e obter eficácia.<br />
3
Nesta perspectiva é interessante destacar que o poder local está revestido atualmente<br />
de maiores capacidades <strong>para</strong> oferecer melhores serviços ao público, visando um<br />
desenvolvimento econômico e social muito mais abrangente.<br />
As estruturas de poder local passaram a espaço de possibilidades de experimentos<br />
democráticos inovadores e do exercício da cidadania ativa. Da condição de<br />
importância diante do crescente desafio de oferecer bens e serviços públicos<br />
eficientes e de qualidade e da incapacidade de formular saídas econômicas, o poder<br />
local passou a ser portador de possibilidades de gerenciamento eficiente dos<br />
recursos públicos e protagonista de iniciativas de desenvolvimento da vida<br />
econômica e social. (COSTA, 1996, p. 113)<br />
O Estado é o principal responsável pelo desenvolvimento do espaço que o pertence<br />
administrativamente, inclusive de toda sociedade que está neste espaço, pois é o Estado que<br />
dispõem de mecanismos capazes de resolver principalmente os problemas sociais e<br />
econômicos que a população enfrenta.<br />
A participação da sociedade no processo administrativo do Estado é fundamental, logo<br />
os cidadãos devem está constantemente atentos na maneira que os recursos públicos estão<br />
sendo gastos. Neste con<strong>texto</strong>, o exercício da cidadania se torna essencial <strong>para</strong> haver melhorias<br />
reais na educação, saúde, segurança e obviamente toda população possa obter melhores<br />
condições de vida.<br />
A presença cada vez mais ativa da sociedade civil que se baseia em questões de<br />
interesse geral, torna a política fundamental. As políticas públicas se fazem necessário, pois<br />
tratam de recursos públicos direcionados que envolvem interesses públicos. Elas se realizam<br />
num campo extremamente contraditório onde se entrecruzam interesses e visões de mundo<br />
conflitantes e onde os limites entre público e privado são de difícil demarcação.<br />
2.2 A importância das Políticas Publicas no Sistema Educacional<br />
Para Teixeira (2002), as políticas públicas expressam o sentido do desenvolvimento<br />
histórico-social dos atores sociais na disputa <strong>para</strong> construir a hegemonia; refletem, pois, as<br />
concepções que têm do papel do Estado e da sociedade civil, constituindo programas de ações<br />
que respondem as suas carências e demandas.<br />
As ações do Estado se traduzem através das políticas públicas <strong>para</strong> oferecer ao<br />
público, sobretudo aqueles que se caracterizam por estarem socialmente em condições<br />
desfavoráveis, serviços essenciais e extremamente importantes, como por exemplo, educação<br />
de qualidade.<br />
4
A educação é um indicador importante <strong>para</strong> melhorar a qualidade de vida humana,<br />
mas os desafios que se vivencia no dia-a-dia, como a falta de vagas nas escolas, infra<br />
estrutura, ausência de materiais didáticos, entre outros, tem privado muitos de uma educação<br />
de qualidade.<br />
A democratização da educação escolar, como meio de desenvolvimento do<br />
educando, do ponto de vista coletivo e individual, sustenta-se em três elementos<br />
básicos: acesso universal ao ensino, permanência na escola, qualidade satisfatória da<br />
instrução. Nem todas as crianças, jovens e adultos deste País têm acesso ao ensino;<br />
muitíssimos daqueles que conseguem ingressar na escola, nela não permanecem; e,<br />
mais, aqueles que ali permanecem nem sempre obtêm uma instrução e um ensino de<br />
qualidade. (LUCKESI, 2002, p.122-123).<br />
O índice de analfabetismo é um problema enfrentado pelo sistema educacional, que<br />
retrata a realidade e a necessidade de ações urgentes, fator este que está diretamente<br />
relacionado com as condições de vida precária de sobrevivência de muitas famílias, onde na<br />
maioria das vezes falta até alimentação.<br />
Uma nação com grande número de analfabeto pode ser considerada atrasada, mesmo<br />
que seja desenvolvida economicamente, pois a principal condição <strong>para</strong> qualquer população<br />
ser considerada desenvolvida atualmente é a educação. Sabe-se que é através da educação<br />
também que o ser pode obter crescimento em todos os sentidos na vida.<br />
a educação (...) não é apenas um direito do cidadão, mas um patrimônio estratégico<br />
do país, uma ferramenta indispensável ao seu desenvolvimento. (...) Percebida a<br />
educação não como um fim em si mesma mas como uma alavanca <strong>para</strong> o progresso<br />
do país, e entendidos os mecanismos que regem e influenciam essa alavanca, nota-se<br />
que a simples concessão de vagas em instituições de ensino não é o final da relação<br />
entre Estado e escola, mas apenas o seu começo (IOSCHPE, 2004, p. 15).<br />
Na área da educação um fator preponderante que merece maior atenção é a questão da<br />
merenda escolar. Uma alimentação adequada proporciona um maior rendimento escolar,<br />
equilíbrio necessário <strong>para</strong> o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo.<br />
A alimentação escolar tem características de assistência nutricional, desde que<br />
ofereça alimentos adequados em quantidade e qualidade, <strong>para</strong> satisfazer às<br />
necessidades nutricionais do escolar, no período do dia em que permanece na escola.<br />
(Mas também,) por ser servida na escola, adquire características de ferramenta<br />
educativa, que pode e deve ser utilizada <strong>para</strong> os fins maiores da educação, (...)<br />
habilitando o aluno a intervir na própria realidade (Conselho Federal..., 1995).<br />
5
Quando o aluno satisfaz suas necessidades nutricionais, sem sombra de dúvidas,<br />
poderá alcançar melhores resultados no processo de aprendizagem. Isso implica dizer que a<br />
alimentação está vinculada ao rendimento escolar do aluno, podendo o mesmo ser<br />
considerado um elemento essencial que contribui na educação.<br />
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante,<br />
por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da<br />
educação infantil ao ensino médio matriculados em escolas públicas, e tem como objetivo<br />
atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência na escola.<br />
A alimentação se torna completa quando é realizada com os alimentos necessários<br />
<strong>para</strong> o crescimento saudável da criança. Desta maneira, a merenda escolar deve ser pensada<br />
considerando-se a realidade em que os alunos estão inseridos, buscando-se utilizar os<br />
alimentos que fazem parte do seu cotidiano. Também é importante considerar tanto a<br />
quantidade de alimentos que precisam consumir <strong>para</strong> um crescimento saudável como a<br />
qualidade desses alimentos que serão ingeridos.<br />
2.3 Programa Nacional de alimentação escolar no Brasil – PNAE<br />
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) constitui-se dos princípios de<br />
universalidade, continuidade, equidade, descentralização, respeito aos hábitos alimentares e<br />
outros, por isso, considerado o maior programa de suplementação alimentar do país, tanto em<br />
recursos quanto em população atendida, além de ser o mais antigo dos programas de nutrição<br />
do país. Entre os programas com maior tempo de existência, em muitos países é uma proposta<br />
grandiosa, pois promove a descentralização, a participação social e o desenvolvimento da<br />
economia local. (PEDRAZA; ANDRADE, 2006).<br />
Em relação ao Brasil, as concepções são diferentes, o programa é visto como uma<br />
questão social, tomando um sentido de combate à fome, miséria, relevante como indicadores<br />
educacionais de redução na evasão escolar e repetência.<br />
A merenda escolar representa uma política pública que assume um significado<br />
importantíssimo no Brasil por se tratar de uma ação que se estende <strong>para</strong> fora do espaço<br />
escolar, pois atende crianças que pertencem a famílias que muitas vezes não tem se quer as<br />
três principais refeições do dia.<br />
Rua (2009), faz considerações importantes sobre os atores sociais <strong>para</strong> implementação<br />
desses programas, que são verdadeiras políticas publicas de assistências, nas reivindicações,<br />
6
no monitoramento, as necessidades de conselhos municipais atuantes, nas diversas áreas <strong>para</strong><br />
desenvolvimento e soluções dos problemas sociais.<br />
A participação da sociedade de forma organizada na execução de programas sociais é<br />
essencial <strong>para</strong> haver maior eficácia na realização dos mesmos, porque os verdadeiros<br />
conhecedores dos problemas locais de uma comunidade são aqueles que estão inseridos no<br />
seu con<strong>texto</strong> social. Por isso a necessidade de formação de conselhos municipais <strong>para</strong><br />
acompanhar as ações realizadas por determinadas políticas públicas.<br />
A merenda escolar de boa qualidade oferecida aos alunos acaba sendo uma forma de<br />
oferecer assistência àquelas famílias desses alunos, por isso a importância da aplicação de<br />
investimentos mais elevados na educação <strong>para</strong> obter maior qualidade na merenda que, por sua<br />
vez, influencia diretamente no aprendizado do aluno.<br />
Os maiores investimentos devem ser direcionados à educação <strong>para</strong> tornar a escola um<br />
local adequado <strong>para</strong> produção e distribuição da alimentação escolar segura. Precisa de<br />
recursos humanos em todos os níveis <strong>para</strong> acompanhar a execução do programa. (ABREU,<br />
1995).<br />
A aplicação dos recursos necessários de maneira eficaz na educação, sobretudo, numa<br />
merenda de qualidade, acontece quando existem pessoas responsáveis pelo monitoramento da<br />
distribuição e aplicação dos recursos destinados à educação, esse acompanhamento é<br />
essencial <strong>para</strong> o sucesso de qualquer política pública.<br />
O volume de recursos destinados à merenda escolar representa uma justificativa<br />
adicional <strong>para</strong> se pensar em monitoramento das ações relacionadas à distribuição de<br />
alimentação no âmbito escolar, pois é importante a total aplicação de tais recursos numa<br />
alimentação de qualidade <strong>para</strong> proporcionar melhores condições de aprendizagem ao aluno de<br />
escola pública, sobretudo, alunos pertencentes às famílias carentes.<br />
2.4 Os benefícios de uma boa alimentação escolar<br />
Destaca-se principalmente que alimentação e nutrição adequadas são condições<br />
básicas <strong>para</strong> o crescimento, desenvolvimento e saúde, sobretudo de crianças, onde uma<br />
alimentação adequada influencia positivamente no rendimento escolar, uma vez que aumenta<br />
a capacidade de concentração do aluno.<br />
A importância de oferecer <strong>para</strong> os alunos na Escola uma alimentação equilibrada que<br />
contenha todos os nutrientes e vitaminas necessárias <strong>para</strong> o seu desenvolvimento como um<br />
todo e, é claro, na prevenção de doenças que os poderiam afastar do convívio escolar.<br />
7
Corroborando com outros autores, MUNIZ e CARVALHO (2007) fazem<br />
considerações importantes sobre a descentralização do programa, alimentação escolar o<br />
modelo escolarizado de gerenciamento adotado desde 1999 pelo município de João Pessoa, o<br />
que proporcionou uma maior autonomia das escolas <strong>para</strong> definir, comprar e administrar a<br />
confecção dos cardápios. Os hábitos alimentares e a essencialidade do Programa <strong>para</strong> reduzir<br />
a evasão escolar.<br />
A merenda escolar influencia positivamente, em vários aspectos, o desenvolvimento<br />
de uma educação de qualidade. Quando a escola oferece uma boa alimentação se torna mais<br />
atrativa, pois a criança poderá está motivada a participar mais ativamente das atividades<br />
realizadas pelo o professor em sala de aula, além disso, vai estar com mais energia <strong>para</strong><br />
interagir dentro do espaço escolar.<br />
3 METODOLOGIA DA PESQUISA<br />
A metodologia aplicada no estudo aborda os métodos qualitativo e os resultados<br />
expressam as condições de armazenamento, qualidade, higiene e aceitabilidade dos cardápios<br />
colhidos na escola.<br />
Segundo Trivinos (apoud ZANELLA, 2009), o método qualitativo tem o ambiente<br />
natural como fontes direta de dados e o método quantitativo se caracteriza pelo emprego dos<br />
instrumentos estatísticos, tanto na coleta de dados de acordo com tabelas e gráficos<br />
apresentados.<br />
Uma vez que houve uma preocupação escrever os fenômenos por meios dos relatos<br />
dos entrevistados e material de pesquisa.<br />
Para realização da pesquisa foi dividido em três fases: Primeiramente, uma ampla<br />
revisão bibliográfica, leitura em material e pesquisa na internet, buscando-se subsídios<br />
temáticos sobre o problema proposto, através do aprofundamento teórico/metodológico em<br />
bibliografia e literatura especializada na temática em análise, a chamada pesquisa documental<br />
realizada na escola e na Secretaria municipal de Educação.<br />
No segundo momento realizou-se visitas a instituição onde ocorreu a pesquisa, e<br />
coletas de dados, informando aos entrevistados o objetivo do trabalho realizado, o fichamento<br />
do material, proporcionou um embasamento específico do objeto de estudo desta pesquisa,<br />
que serviu <strong>para</strong> avaliar a qualidade do serviço prestado pela instituição, armazenamento,<br />
produção da alimentação e aceitabilidade dos cardápios, por parte dos alunos na referida<br />
8
instituição de ensino. Quanto a este aspecto, aceitabilidade da merenda escolar foi realizada<br />
entrevistas com aplicação de questionário aos alunos das turmas do 6º ao 9º ano do ensino<br />
fundamental.<br />
Logo em seguida, ocorreu à entrevista informal com profissionais da educação<br />
(professores e gestora escolar), onde avaliaram a qualidade da merenda escolar servida na<br />
instituição e a sua importância <strong>para</strong> o desenvolvimento do aluno.<br />
A partir deste momento iniciou-se a análise do material produzido, que permitiu uma<br />
melhor compreensão das informações coletada. Os instrumentos utilizados na realização da<br />
coleta de dados foi o material impresso e câmera fotográfica <strong>para</strong> produção de fotos que<br />
servirão de ilustração e comprovação da pesquisa.<br />
Baseado nas indagações subjetivas e especulação sobre a temática alimentação nas<br />
escolas publicas, espera-se esclarecer e apresentar a comunidade escolar contemplada nesta<br />
pesquisa, a real situação da alimentação escolar no município a partir de uma amostra ,<br />
visando à qualidade e benefício no rendimento escolar.<br />
A fase final constitui-se da análise, interpretação e avaliação dos dados coletados em<br />
fontes primárias e secundárias, as quais permitirão estabelecer perspectivas <strong>para</strong> a<br />
problemática proposta da importância de uma alimentação escolar de qualidade e melhoria no<br />
atendimento da merenda das escolas publicas do município e seus benefícios. Para conclusão<br />
do trabalho será produzido um artigo de cunho científico com defesa pública na <strong>UFPB</strong>.<br />
4 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA<br />
4.1 Caracterização histórica<br />
O município de Araruna teve origem por volta de 1845 quando Feliciano Soares do<br />
Nascimento, morador da localidade de Jacu dos Órgãos, no estado do Rio Grande do Norte,<br />
recebeu cerca de duas léguas de terras numa área inserida na serra que era completamente<br />
desabitada. Posteriormente, sua primeira atitude foi construir uma residência neste local e<br />
cultivar produtos agrícolas.<br />
Quando Feliciano Soares se instalou no local resolveu construir uma capela, isso<br />
ocorreu depois de algum tempo e o objetivo era cumprir uma promessa a Nossa Senhora da<br />
Conceição. Passado alguns anos foi criada a Freguesia de Araruna, fato que ocorreu no dia 04<br />
de julho de 1854, pela Lei Provincial Nº 25.<br />
9
Naquele período os moradores da freguesia enfrentavam várias dificuldades <strong>para</strong><br />
resolver seus problemas, pois caso alguém quisesse resolver qualquer problema, tinham que<br />
se deslocar <strong>para</strong> a cidade Bananeiras, onde estava localizada a Jurisdição administrativa que<br />
Araruna pertencia. Depois de vários anos Araruna recebe a titulação de Vila que representava<br />
maior autonomia, esse fato ocorreu no dia 10 de julho de 1876 através da Lei Nº 616<br />
sancionada pelo o Barão de Mamanguape. (LUCENA, 1985).<br />
O termo Araruna peculiar da linguagem indígena significa Arara-Preta. Essa palavra<br />
foi utilizada <strong>para</strong> nomear o município e tem sua origem pelo fato da área ter sido no passado<br />
um local de inúmeras Araras de plumagem azul-escuro. (LUCENA, 1985).<br />
No decorrer do tempo, surgiram várias residências numa área que seria posteriormente<br />
a zona urbana, foi então que o nome emprestado à serra passou a ser utilizado <strong>para</strong> denominar<br />
o povoado que surgiu no ponto mais alto do planalto.<br />
4.2 Caracterização geográfica<br />
O município de Araruna tem as típicas características de um município de interior<br />
nordestino, pois tem uma população razoavelmente pequena. Segundo o último<br />
recenseamento do IBGE (2010), a sua população é de 18.879 habitantes.<br />
O contingente populacional pode ter sofrido algumas variações consideráveis, pois<br />
surgiu um campus da UEPB na cidade que aumentou um pouco o número de habitantes<br />
devido aos universitários que passaram a residir no município, por isso é interessante destacar<br />
que o último censo populacional pode não representar com fidelidade o número da população<br />
do município.<br />
O território que compõem Araruna difere do quadro geral do Curimataú, devido à<br />
altitude em que se encontra. Essa característica lhe proporciona um clima ameno, cuja<br />
temperatura no inverno chega aos 18°C e os índices de pluviosidade média são de 900 a 1.100<br />
mm³.<br />
A área mais elevada do município apresenta uma altitude de 580 metros acima do<br />
nível do mar. Ocupa uma área territorial de 245, 72 km 2 , tendo como coordenadas geográficas<br />
35º 44’ 31’’ Longitude Oeste e 6º 33’ 28’’ Latitude Sul. Limita-se ao Leste com Dona Inês,<br />
Riachão e Campo de Santana. Ao Sul e Oeste com Cacimba de Dentro. Ao Norte com Monte<br />
das Gameleiras, Serra de São Bento e Passa e Fica No Rio Grande do Norte. (SILVA, 2008).<br />
10
O município de Araruna faz parte do semi-árido <strong>para</strong>ibano, encontrando-se na<br />
microrregião do Curimataú Oriental no Agreste Paraibano. Encontra-se localizada<br />
geograficamente no início do planalto da Borborema denominada frente do planalto. (IBGE,<br />
1997).<br />
Figura 01: Localização Geográfica do Município de Araruna– PB.<br />
Fonte: Adaptado do Atlas Escolar da Paraíba (2002), Rodriguez (2001) e IBGE (2000)<br />
A Serra de Araruna é uma Chapada Sedimentar constituída por sedimentos que<br />
recobrem o cristalino. Sua localização se encontra no inicio do Planalto da Borborema, o qual<br />
se caracteriza pelo fato de representar uma área de relevo mais elevado, sua altitude varia<br />
entre 300 e 800 metros e se estende pelos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio<br />
Grande do Norte. (CARVALHO, 1982).<br />
O<br />
N<br />
S<br />
L<br />
11
As elevações na região representam pontos turísticos bastante visitados. Neste<br />
con<strong>texto</strong> destacam-se a Serra do Calabouço e a Serra da Confusão. No segundo destaca-se a<br />
Pedra da Boca, a Pedra da Caveira, a Pedra do Letreiro e a Pedra da Macambira<br />
4.3 Delineamento do campo de estudo<br />
A Escola Municipal de Ensino Fundamental João Alves Torres, fica localizada na Rua<br />
Coronel Pedro Targino, S/N, Araruna -PB. Sua fundação data do ano de 1988, na gestão da<br />
Prefeita Maria Celeste Torres. O nome da Escola foi dado em homenagem a João Alves<br />
Torres, pai da então prefeita. Quatro anos após sua fundação a escola apresentou problemas<br />
na sua estrutura física, permanecendo <strong>para</strong>lisada por um certo período de tempo. No ano de<br />
1998 foi restaurada pelo então Prefeito Benjamim Gomes Maranhão Neto, onde voltou a<br />
funcionar.<br />
A sua estrutura física é dividida em 26 dependências subdivididas em: 13 salas de<br />
aulas, 2 laboratórios de informática, 1 sala de leitura, 1 sala de professores, 1 cantina, 2<br />
almoxarifados, 1 diretoria, 2 secretarias, e 3 banheiros. Atualmente a escola oferece como<br />
modalidades de ensino o Fundamental de segunda fase, funcionando nos turnos manhã e tarde<br />
e a Educação de Jovens e Adultos do segundo e terceiro segmentos, funcionando no turno<br />
noite, além dessas modalidades, a escola também conta com o Programa Projovem Urbano,<br />
programa do governo federal <strong>para</strong> inclusão de jovens na sociedade.<br />
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />
5.1 A Merenda consumida na escola João Alves Torres<br />
No panorama educacional do município de Araruna- PB é apresentada a escola João<br />
Alves Torres, a maior escola da rede municipal, a qual atende atualmente alunos da zona<br />
urbana e zona rural no ensino fundamental médio (6º ao 9º ano) diurno e o ensino de Jovens e<br />
Adultos, noturno. Como escola publica contempla todas as classes sociais e principalmente a<br />
classe média baixa.<br />
Localizada no centro da cidade é vista como referencial na educação local, mas a nível<br />
nacional apresenta um índice de aprendizagem baixo com 2,9 de média, a qual se atribui a<br />
inúmeros fatores como distorção idade série, índice de reprovação, além das avaliações<br />
nacionais como a Provinha Brasil e Olimpíadas realizadas no decorrer no ano letivo. Já se<br />
12
encontrou em condições mais críticas há anos atrás, em que a estrutura do prédio foi<br />
comprometida com rachadura, levando ser interditada <strong>para</strong> reparos.<br />
Atualmente a escola conta com salas de informáticas, biblioteca, vídeos, professores<br />
concursados, o que melhorou a qualidade do ensino e a alimentação escolar como parceira<br />
importante na redução da evasão escolar e no rendimento do aluno.<br />
A qualidade da merenda escolar distribuída aos alunos das escolas públicas brasileiras<br />
tem sido tema de muita discussão e polêmica, pois problemas como: falta de merenda, a<br />
qualidade do alimento, as péssimas condições de higiene na armazenagem dos alimentos,<br />
rendeu uma reportagem <strong>para</strong> o programa da Rede Globo “O Fantástico” que teve repercussão<br />
nacional, levando o Ministério Público e da Educação discutir formas de melhorar a<br />
fiscalização e o controle social do uso dos recursos da merenda.<br />
Em cumprimento a Lei da Merenda Escolar (Lei nº 11.947/2009), que determina que<br />
30% dos recursos repassados pelo governo federal <strong>para</strong> a alimentação escolar é utilizado na<br />
compra de produtos da agricultura familiar, enquanto que os 70% da alimentação escolar do<br />
município é terceirizada, a prefeitura municipal de Araruna compra alimentos dos produtores<br />
locais, o que ajuda no desenvolvimento do município.<br />
A compra de alimentos aos produtores locais oferece maior possibilidade de<br />
circulação de capital dentro do próprio município, contribuindo <strong>para</strong> o crescimento da<br />
comercialização de produtos alimentícios e outros mais, utilizados dentro do espaço escolar<br />
<strong>para</strong> o bom funcionamento da instituição.<br />
A merenda escolar não deve ser pensada apenas considerando os aspectos nutricionais,<br />
existem vários aspectos que devem ser considerados <strong>para</strong> torná-la principalmente mais<br />
atrativa aos alunos, pois de nada adianta oferecer uma alimentação de grande valor nutritivo<br />
se a criança não tiver o interesse de consumi-la.<br />
De acordo com a nutricionista Fabiany Limeira Diniz Brito da Secretaria de Educação<br />
do município, o cardápio da merenda escolar é a relação das pre<strong>para</strong>ções de alimentos a serem<br />
oferecidas em cada refeição, o qual contém nome dos alimentos, quantidades e a faixa etária<br />
destinada e que tem como principal objetivo suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais<br />
dos alunos, melhorarem a capacidade de aprendizagem, formar bons hábitos alimentares,<br />
manter o aluno na escola.<br />
A elaboração do cardápio das escolas públicas do município é baseada em alguns itens<br />
como: a faixa etária do aluno observa-se as necessidades nutricionais do aluno, o horário mais<br />
13
apropriado <strong>para</strong> ser servido, a localidade (sítios), a possibilidade de substituição na falta de<br />
algum alimento, fruta, verdura, legumes etc.<br />
No município é realizado o teste de aceitabilidade, os alimentos não aceitos podem ser<br />
retirados do cardápio e os novos alimentos que foram aceitos podem ser acrescentados, com<br />
exceção os de 0 a 3 anos (creche). Esse teste evita que o cardápio se torne monótono ou<br />
repetitivo, proporcionando uma alimentação diversificada e interessante, priorizando sempre<br />
os hábitos alimentares saudáveis, priorizando alimentos regionais da culinária nordestina e<br />
geralmente de grande valor nutricional.<br />
A distribuição dos alimentos é feita com base em suas características <strong>para</strong> não haver<br />
perca de qualidade, ou seja, mensalmente <strong>para</strong> produtos não perecíveis e a cada quinze dias<br />
<strong>para</strong> carnes, frios, polpas de frutas, e todas as semanas é feito o abastecimento de verduras,<br />
frutas, legumes e batatas.<br />
Pode se observar os alunos no horário da alimentação escolar na Escola João Alves<br />
Torres, que cerca de 90% dos alunos consomem a merenda servida na escolar, principalmente<br />
os alunos da zona rural e que não há desperdício, chegando até repetir.<br />
Um problema relacionado à merenda escolar da referida escola, está na infra estrutura<br />
dificultando a qualidade de ingestão alimentar por não existir um refeitório propício. A escola<br />
disponibiliza de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas, nas paredes e<br />
banquinhos de plásticos.<br />
Segundo a nutricionista as refeições não suprem as necessidades mínimas nutricionais<br />
dos estudantes e mesmo insuficiente, a merenda escolar é de boa qualidade. Na verdade, a<br />
merenda costuma ser de grande aceitabilidade por parte dos alunos, os quais demonstram<br />
grande satisfação com a refeição.<br />
A maior parte das crianças atendidas pela escola são oriundas da zona rural e<br />
costumam sair muito cedo de casa <strong>para</strong> escola, além disso, algumas dessas crianças não<br />
dispõem se quer do café antes de sair de sua residência, talvez esta seja uma das justificativas<br />
<strong>para</strong> a merenda não ser suficiente, pois se sabe que as vezes eles querem repetir mas é<br />
possível.<br />
5.2 Análise dos resultados<br />
Baseado-se nas indagações subjetivas e especulação sobre a temática alimentação nas<br />
escolas públicas, tentou-se esclarecer e apresentar a comunidade escolar contemplada nesta<br />
14
pesquisa, a real situação da alimentação escolar no município a partir de uma amostra<br />
qualitativa , visando à qualidade e benefício no rendimento escolar.<br />
A fase final da pesquisa constituiu-se da análise, interpretação e avaliação dos dados<br />
coletados em fontes primárias e secundárias, as quais permitirão estabelecer perspectivas <strong>para</strong><br />
a problemática proposta da importância de uma alimentação escolar de qualidade e melhoria<br />
no atendimento da merenda das escolas em análise.<br />
Observando-se os alunos no horário da merenda servida aos alunos na Escola João<br />
Alves Torres, constatou-se que cerca de 90% dos alunos consomem a merenda servida,<br />
principalmente os alunos da zona rural e que não há desperdício, chegando até repetir.<br />
Um problema relacionado à merenda da referida escola, está na infra-estrutura, que<br />
dificulta a qualidade da ingestão alimentar. Isso ocorre pela ausência de um refeitório<br />
propício, pois a escola disponibiliza de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas,<br />
nas paredes e banquinhos de plásticos. Outra fragilidade citada pela diretora escolar é a<br />
logística alimentar que está relacionada da falta da merenda, apesar de raramente acontecer,<br />
mas preocupa, visto que os entraves burocráticos podem atrasar os repasses.<br />
Gráfico 1 – Motivos que estimulam o aluno à freqüentar a escola (%).<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
65<br />
19<br />
Estudar Bolsa Família Outros motivos Não respondeu<br />
Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.<br />
A análise dos questionários mostrou que os alunos estão na faixa etária de dez a 15<br />
anos, que na sua maioria são de famílias de baixa renda e residentes na zona rural e bairros<br />
pobres da cidade. Em relação ao motivo que leva a vinda à escola, a maioria das crianças<br />
12<br />
4<br />
15
epresenta por 65%, responderam que <strong>para</strong> estudar, 19% responderam por causa do bolsa<br />
família e merenda, 12% por outros motivos e 4% do grupo não respondeu.<br />
Para a regularidade da oferta da merenda, 94% dos alunos responderam que a mesma é<br />
servida todos os dias, duas crianças não responderam e quatro disseram que em alguns dias<br />
faltam frutas. Em relação a aceitabilidade da merenda oferecida, 68% das crianças<br />
responderam que gostam sempre, 28% que às vezes gostam e 4% dos pesquisados que não<br />
gostam.<br />
Quando questionados sobre qual das merendas é a sua preferida, a macarronada de<br />
carne moída, as frutas e cuscuz com salsicha ou sardinha foram as mais indicadas com 54%<br />
das respostas, seguida pela sopa de legumes e frango, com 27% das indicações. Biscoito com<br />
suco ou achocolatado ficou em terceiro lugar, com 14% das preferências 5% não<br />
responderam.<br />
Gráfico 2 – Merenda preferida dos alunos (%).<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
A merenda que os alunos menos gostam são as verduras, indicadas por 42% do<br />
alunado, seguido pelo arroz com leite, com 28% das indicações e em terceiro lugar a sopa de<br />
feijão 23% das respostas, evidenciando a diversidade das preferências. 7% das crianças não<br />
responderam.<br />
54<br />
27<br />
14<br />
Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.<br />
5<br />
Carne moída, frutas, cuscuz com<br />
salsicha ou sardinha<br />
Sopa de legumes e frango<br />
Biscoito com suco ou<br />
achocolatado<br />
Não responderam<br />
16
Gráfico 3 – Merenda de menor preferência dos alunos (%).<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Quanto aos demais componentes da escola, os professores, a merenda escolar é uma<br />
atividade essencial na escola, podendo ser entendido como instrumento pedagógico, um<br />
importante complemento com função que recupera a deficiência alimentar do aluno no âmbito<br />
familiar, também determina a freqüência do aluno e contribui <strong>para</strong> melhor aprendizagem. Em<br />
meio a essa concepção, a merenda surge na fala de todos os professores entrevistados e diretor<br />
como um fator determinante tanto <strong>para</strong> a freqüência como <strong>para</strong> o rendimento escolar do aluno,<br />
sendo superado apenas pelo bolsa família e que as principais dificuldades encontradas na<br />
instituição é a manutenção do programa de ordem burocrática e infra- estrutura.<br />
6 CONCLUSÕES<br />
Merenda de menor preferencia dos alunos (%)<br />
42<br />
A pretensão de identificar até que ponto uma boa alimentação escolar interfere no<br />
desenvolvimento físico e intelectual dos alunos ou ainda se a escola promove a segurança<br />
alimentar e nutricional de forma a contribuir <strong>para</strong> erradicação da evasão escolar, resultou em<br />
algumas constatações muito importantes.<br />
A Alimentação Escolar requer consciência e responsabilidade <strong>para</strong> atender os<br />
requisitos básicos do setor, deve-se fornecer uma alimentação adequada sob o ponto de vista<br />
nutricional, higiênico e sanitário.<br />
28<br />
Fonte: Escola João Alves Torres, Araruna-PB.<br />
23<br />
A merenda oferecida pela Escola João Alves Torres é regular e de boa qualidade. Os<br />
alunos demonstram estar satisfeito com a variedade do cardápio servido, obviamente isso<br />
7<br />
Verduras<br />
Arroz com leite<br />
Sopa de feijão<br />
Não responderam<br />
17
contribui na freqüência contínua dos alunos na escola, contribuindo <strong>para</strong> uma melhor<br />
aprendizagem, além disso, evita a evasão escolar.<br />
No entanto, observou-se que na alimentação servida ainda existem aspectos a serem<br />
melhorados e um dos problemas está relacionado à questão de infra estrutura, que dificulta a<br />
qualidade da ingestão alimentar, necessitando de um refeitório propício, a escola disponibiliza<br />
de um refeitório improvisado, com bancadas suspensas, nas paredes e banquinhos de<br />
plásticos.<br />
De acordo com os relatos de professores, gestores e merendeiras, a merenda escolar é<br />
um fator de grande importância <strong>para</strong> os alunos e considerada um forte estimulo <strong>para</strong> a<br />
presença dos mesmos na escola. Percebeu-se que na falta da merenda existem mudanças de<br />
comportamento por parte dos alunos no espaço escolar. Os mesmos não se concentram<br />
durante as aulas, apresentam baixo rendimento, chegando até a evadi-se durante o período em<br />
que não há merenda.<br />
Em relação ao aprendizado os professores e gestores declararam que a oferta da<br />
merenda representa um fator importante <strong>para</strong> o aprendizado do aluno durante o ano letivo. De<br />
acordo com as merendeiras é possível desenvolver cardápios nutritivos, variados e de baixo<br />
custo, aproveitando de forma diferente os alimentos da merenda e evitando muitas vezes o<br />
desperdício.<br />
Seria propício as parcerias envolvendo as famílias, nutricionistas, educadores <strong>para</strong><br />
juntos discutir como utilizar os recursos naturais na alimentação escolar de forma a evitar<br />
desperdício e melhorar os hábitos alimentares dos alunos.<br />
Concluindo, a questão alimentar é um fator preponderante <strong>para</strong> exercício da cidadania.<br />
O Programa de Merenda Escolar implantado na escola se mostra frágil, pois ainda é visto<br />
como assistencialista e não como direito do educando. Sendo necessário que governo e<br />
gestores escolar melhorem a infra estrutura <strong>para</strong> o armazenamento dos alimentos como<br />
também invistam na qualificação de profissionais <strong>para</strong> melhorar a qualidade da merenda<br />
escolar servida.<br />
Minicurrículo<br />
Josinéia Batista da Silva<br />
Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba, Especialista em<br />
Geografia e Território: Planejamento urbano, rural e ambiental pela Universidade Estadual da<br />
Paraíba. Atualmente exercendo a função de Professora na Escola Municipal de Ensino Fundamental<br />
João Alves Torres na cidade de Araruna, PB.<br />
Contato: neia144@hotmail.com<br />
18
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA<br />
ABREU, M. T. Alimentação escolar: combate à desnutrição e ao fracasso escolar ou<br />
direito da criança e ato pedagógico? Em Aberto, Brasília: INEP, v.15, n.67, p.5-20, jul./set.<br />
1995.<br />
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.<br />
Alimentação Escolar [acesso 19 out 2011]. Disponível em: http: //www.fnde.gov.br [ Links ]<br />
CARVALHO, Maria Gelsa R. F. de. Estudo da Paraíba. Classificação Geomorfológica.<br />
João Pessoa: Universitária/<strong>UFPB</strong>, 1982.<br />
COSTA, João Bosco Araújo. A ressignificação do local: o imaginário político brasileiro<br />
pós-80. Revista São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação SEADE, v. 10, n. 3, jul/set<br />
de 1996.<br />
GADOTTI, Moacir. Qualidade da educação. In: VI Congresso Brasileiro de Ensino Superior<br />
a Distância. São Luiz, 2009.<br />
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo populacional, 2010. Disponível<br />
em: Acesso em: 06 de set. de 2011.<br />
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Recursos Naturais e Meio Ambiente:<br />
uma visão do Brasil. 2ª Edição, Rio de Janeiro: IBGE, 1997.<br />
IOSCHPE, Gustavo. A ignorância custa um mundo: o valor da educação no<br />
desenvolvimento do Brasil. São Paulo: Francis, 2004.<br />
JACCOUD, Luciana. Proteção Social no Brasil: Debates e Desafios. Brasília, IPEA, 2007.<br />
LUCENA, Humberto Fonsêca de. Araruna: Anotações <strong>para</strong> a sua história. João Pessoa:<br />
Uma edição, 1985.<br />
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições.<br />
14ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.<br />
MUNIZ, V. M; CARVALHO, A.T. O Programa Nacional de Alimentação Escolar em<br />
município do estado da Paraíba: um estudo sob o olhar dos beneficiários do Programa.<br />
<strong>UFPB</strong>, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição. João Pessoa, PB -2007.<br />
19
PEDRAZA, Dixis Figueroa; ANDRADE. Sonia Lúcia Lucena Sousa. A Alimentação escolar<br />
Analisada no con<strong>texto</strong> de um Programa de Alimentação e Nutrição. Revista Brasileira em<br />
Promoção de Saúde. Universidade de Fortaleza. Brasil. 2006<br />
RODRIGUEZ, Janete Lins (coord.). Atlas Escolar da Paraíba. 3 ed. João Pessoa:<br />
GRAFSET, 2002.<br />
RUA, Maria das Graças. Políticas públicas. Departamento de ciência da<br />
Administração/UFSC. CAPES: UAB. Brasília. 2009.<br />
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Araruna-PB. Guarabira: 2008. Monografia (Pós-Graduação em Geografia e Território:<br />
Planejamento Urbano, Rural e Ambiental). Universidade Estadual da Paraíba - UEPB.<br />
TEIXEIRA, E. C. O papel das políticas públicas no desenvolvimento local e na transformação<br />
da realidade. Associação dos Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR-BA), Salvador,<br />
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ZANELLA, Liliane Carly Hermes; Metodologia de estudo e de pesquisa em<br />
administração. Departamento de ciência da Administração/UFSC. CAPES: UAB. Brasília.<br />
2009. Disponível em: www.scielo.br/scielo. php?pid=S1415-52732007000300007. Acesso<br />
em 27/09/2011 - ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />
20
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO 1<br />
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE APRESENTADA<br />
1. Função do entrevistado:<br />
______________________________________________________________________<br />
2. Nome da Escola:<br />
______________________________________________________________________<br />
3. Endereço<br />
______________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________<br />
4. O que o Conselho de Alimentação Escolar faz?<br />
1.( ) Cuida do cardápio/merenda que é servida na escola<br />
2( ) Fiscaliza a merenda e denuncia o que está errado<br />
3.( ) Visita a escola/ Visita sua casa<br />
4.( ) Conversa com os alunos sobre a merenda / Conversa com os pais sobre a merenda<br />
5.( ) Outro. O quê?_________________________________________________<br />
( ) NR<br />
5 . Quem decide qual merenda será oferecida aos alunos?<br />
1. ( ) Diretor/vice diretor<br />
2. ( ) Nutricionista<br />
3. ( ) Servente<br />
4. ( ) Professor<br />
5. ( ) Merendeira<br />
6. ( ) Outro funcionário da escola<br />
7. ( ) Membro da Associação de Pais e Mestres ou outro órgão representativo da comunidade<br />
8. ( ) Outro<br />
( ) NR<br />
6. A merenda é pre<strong>para</strong>da <strong>para</strong> servir também a outras pessoas, além dos alunos?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
7. Quais são as outras pessoas que merendam na escola, além dos alunos<br />
1. ( ) Professores<br />
2. ( ) Funcionários da escola<br />
3. ( ) Membros da comunidade<br />
4. ( ) Outros: ___________________________________________________<br />
( )NR<br />
10. Onde é feita a merenda?<br />
1.( ) Cozinha da própria escola<br />
2.( ) Local adaptado na escola<br />
3.( ) Cozinha central fora da escola<br />
4.( ) Cozinha na própria escola terceirizada<br />
5.( ) Cozinha fora da escola terceirizada<br />
( ) NR
11. Nesta escola existe alguma atividade pedagógica relacionada com a merenda escolar?<br />
(ENTREVISTADOR: trabalhos sobre nutrição na aula de Ciências, palestras com<br />
especialistas falando sobre a importância da alimentação <strong>para</strong> a saúde das pessoas, etc.).<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
12. Esta escola produz algum alimento utilizado na merenda escolar? (por exemplo, tem<br />
uma horta, pomar?)<br />
( ) Não ( ) Sim ( )NR<br />
13. Como funciona o recebimento dos alimentos da merenda nesta escola<br />
1.( ) Todos os alimentos chegam da Prefeitura/Estado<br />
2.( ) Parte dos alimentos vem da Prefeitura/Estado e a escola recebe dinheiro <strong>para</strong> comprar o<br />
restante<br />
( ) A escola recebe dinheiro <strong>para</strong> comprar todos os alimentos<br />
14 . As merendeiras realizam algum tipo de curso ou treinamento necessário <strong>para</strong><br />
exercer a função de merendeira?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
15. (É realizado o controle de pragas (insetos e roedores) na área da cozinha)?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
16 . Qual a freqüência da realização de controle de pragas?<br />
1.( ) Mensalmente<br />
2.( ) Trimestralmente<br />
3.( ) Semestralmente<br />
4.( ) Anualmente<br />
5.( ) Raramente<br />
( ) NR<br />
17. Existe venda de alimentos na escola?<br />
1.( ) Não<br />
2.( ) Sim. Se sim, quem vende?<br />
3.( )Cantina<br />
4.( ) Funcionários da escola<br />
5.( ) Ambulante<br />
6.( ) Outros<br />
( )NR
QUESTIONÁRIO 2<br />
ACEITAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR<br />
Nome do Entrevistador: ____________________________________Data: ___/___/___<br />
IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO<br />
Nome:_____________________________________<br />
Série que leciona: _______ Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite<br />
Data de nascimento: ____/____/____ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino<br />
1. Você come a merenda oferecida na escola?<br />
( ) Não ( ) Sim ( )NR<br />
2. Você gosta da merenda oferecida na escola?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
2.Se não. Por quê?<br />
1. ( ) Não gosta do cardápio do dia (aparência, sabor, odor)<br />
2. ( ) Refeições muito repetidas<br />
3. ( ) Nunca comeu/ Não sente vontade de comer<br />
4. ( ) Traz comida de casa/ Traz dinheiro <strong>para</strong> comprar comida<br />
5. ( ) Temperatura inadequada<br />
6. ( ) Outra razão_______________________________________________________<br />
( ) NR<br />
3. Das comidas oferecidas na escola, quais você mais gosta? Cite três.<br />
1) ____________________________________<br />
2) ____________________________________<br />
3) ____________________________________<br />
4. Das comidas oferecidas na escola, quais você menos gosta? Cite três.<br />
1) ____________________________________<br />
2) ____________________________________<br />
3) ____________________________________<br />
5. A comida oferecida na escola é diferente todos os dias?<br />
( ) Não ( ) Sim ( )NR<br />
6 . Você gosta do lugar onde você come a merenda?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
7 . Por que você não gosta do lugar onde você come a merenda?<br />
1. ( ) Local e/ou mobiliário desconfortável (não tem mesa, não tem lugar <strong>para</strong> todos se<br />
sentarem)<br />
2. ( ) É sujo<br />
3. ( ) Desorganizado<br />
4. ( ) Come em outro local (sala de aula, quadra, pátio)<br />
5. ( ) Outro (s). Qual (is)? ___________________________________________<br />
( ) NR<br />
8. Alguma vez faltou merenda na sua escola?<br />
( ) Não ( ) Sim ( )NR
9. Você comeu ou bebeu antes de vir <strong>para</strong> a escola hoje?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
10. Você costuma trazer comida / lanche de casa <strong>para</strong> comer na escola?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
11. Que tipo de comida / lanche você costuma trazer de casa?<br />
1. ( ) Sanduíches/ Salgados<br />
2. ( ) Salgadinhos de pacote<br />
3. ( ) Biscoitos, bolachas<br />
4. ( ) Balas, chocolates, pirulitos<br />
5. ( ) Refrigerantes ou sucos artificiais<br />
6. ( ) Sucos naturais ou frutas<br />
7. ( ) Leites e derivados<br />
8. ( ) Outros. Quais? _____________________________________<br />
( ) NR<br />
12.Você compra alimentos na cantina/ lanchonete da escola ou em algum outro lugar (de<br />
funcionários/ ambulantes)?<br />
( ) Não<br />
( ) Sim<br />
( ) NR<br />
14 . Quantas refeições você come por dia fora da escola?<br />
1. ( ) Nenhuma<br />
2. ( ) Uma<br />
3. ( ) Duas<br />
4. ( ) Três<br />
5. ( ) Mais de três<br />
( ) NR<br />
15. Você vem <strong>para</strong> a escola por causa da merenda?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR
QUESTIONÁRIO 3<br />
ENTREVISTA COM A MERENDEIRA<br />
Nome do entrevistador:__________________________________Data:___/___/____<br />
1. Você gosta do seu trabalho de merendeira?<br />
( ) sim ( ) não ( ) NR<br />
2. Como você foi escolhida <strong>para</strong> trabalhar na merenda escolar nesta escola?<br />
______________________________________________________________________<br />
3. Até que ano você estudou?<br />
1.( ) Analfabeta<br />
2.( ) Fundamental (1ª a 8ª série) in<strong>completo</strong><br />
3.( ) Fundamental <strong>completo</strong><br />
4.( ) Ensino médio (1º a 3º colegial) in<strong>completo</strong><br />
5.( ) Ensino médio <strong>completo</strong><br />
6.( ) Superior in<strong>completo</strong><br />
7.( ) Superior <strong>completo</strong><br />
( )NR<br />
4. Você realiza algum outro tipo de atividade na escola além do preparo das refeições?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
5. Qual a outra função realizada?<br />
1. ( ) Limpeza<br />
2. ( ) Servente<br />
3. ( ) Professora<br />
4. ( ) Administrativa<br />
5. ( ) Serviços gerais<br />
6. ( ) Outro. Qual? _________________________________________________<br />
( ) NR<br />
6. Quem deu este curso ou treinamento?<br />
1. ( ) Nutricionista<br />
2. ( ) Outro profissional da saúde<br />
3. ( ) Outros<br />
( ) NR<br />
7.O tipo e tamanho dos equipamentos da cozinha (liquidificador, batedeira) são<br />
suficientes <strong>para</strong> o preparo de todas as refeições servidas na merenda?<br />
( ) Não ( ) Sim ( )NR<br />
8. Quais utensílios são utilizados pelos alunos na hora da merenda?<br />
1. ( ) Garfo<br />
2. ( ) Colher<br />
3. ( ) Copo<br />
4. ( ) Caneca<br />
5. ( ) Tigela<br />
9. A quantidade de utensílios <strong>para</strong> os alunos comerem a merenda é suficiente?<br />
( ) Não ( ) Sim ( ) NR<br />
10. Qual a importância de um cardápio variado?
______________________________________________________________________<br />
11. Dos pratos oferecidos, quais estão na preferência dos alunos?<br />
______________________________________________________________________<br />
12. Quais os cuidados que devem ser tomados no preparo da merenda?<br />
______________________________________________________________________<br />
13. Os alunos deixam muito alimento recusado no prato?<br />
______________________________________________________________________<br />
14. O que é feito com essas sobras?<br />
______________________________________________________________________
IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR<br />
QUESTIONÁRIO 4<br />
ENTREVISTA COM O PROFESSOR<br />
Nome:_____________________________________ Data:___/___/____<br />
Disciplina que leciona: ________________ Turno: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite<br />
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino<br />
1. De que forma a alimentação escolar pode influenciar no aprendizado do aluno?<br />
______________________________________________________________________<br />
2. Como se dá o desenvolvimento das crianças com carência alimentar na sala de aula?<br />
______________________________________________________________________<br />
3. Qual o comportamento dos alunos quando se aproxima o horário da merenda escolar?<br />
______________________________________________________________<br />
4. Como você avalia a qualidade da merenda servida na escolar João Alves Torres?<br />
______________________________________________________________________<br />
5. Na escola é servida merenda constantemente?<br />
______________________________________________________________________<br />
6. Você consome da merenda servida nesta instituição de ensino?<br />
______________________________________________________________________<br />
7. Há uma preocupação por parte do gestor com a alimentação escolar da escola?<br />
______________________________________________________________________
ANEXO
ESTADO DA PARAÍBA<br />
PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARUNA<br />
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO<br />
Rua Padre Targino Sobrinho, 22 - Centro – CEP: 58.233-000<br />
E-mail: secaararuna@yahoo.com<br />
ALIMENTOS INCLUSOS NO EDITAL DE LICITAÇÃO DO CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO<br />
DE ARARUNA-PB. ANO 2012<br />
CÓDIGO DISCRIMINAÇÃO<br />
1 CEREAL A BASE DE ARROZ PRÉ-COZIDO PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL,<br />
farinha de arroz (68%), açúcar, amido, sais minerais (fosfato de<br />
sódio dibásico, carbonato de cálcio e pirofosfato férrico),<br />
vitaminas (vitamina C, vitamina E, niacina, ácido pantotênico,<br />
vitaminas B6, B2, B1, ácido fólico e vitamina B12) e aromatizante.<br />
Contém traços de leite.<br />
CONTÉM GLÚTEN.<br />
2 FARINHA DE AVEIA, aveia, CONTÉM GLÚTEN. Embalagem que contenha<br />
informações do fabricante e data de vencimento estampado na<br />
embalagem, de acordo com a Resolução 12/78 da CNNPA.<br />
3 SUCO CONCENTRADO DE CAJÚ, suco integral de caju, água, suco<br />
concentrado de caju. Conservadores metabissulfito e benzoato de<br />
sódio, acidulante: ácido cítrico, aromatizante: aroma idêntico ao<br />
natural de caju, estabilizante goma gelana.<br />
NÃO CONTÉM GLÚTEN.<br />
4 SUCO CONCENTRADO DE GOIABA, Polpa de goiaba integral, água,<br />
potável, acidulante ácido cítrico, espessante goma gelana,<br />
conservantes: Benzoato de sódio e metabissulfito de sódio,<br />
aromatizante aroma sintético indêntico ao natural de goiaba,<br />
antioxidante ácido ascórbico (vitamina C), estabilizante citrato<br />
de sódio.<br />
SEM ADIÇÃO DE AÇÚCAR.<br />
NÃO CONTÉM GLÚTEN.<br />
Fabiany Limeira Diniz Brito<br />
Nutricionista<br />
CRN: 6274
CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE ARARUNA-PB<br />
Segunda-<br />
TURNO feira<br />
Cuscuz ao<br />
molho de<br />
tomate,<br />
sardinha e<br />
MANHÃ soja.<br />
Fruta-laranja<br />
tangerina ao<br />
Natural.<br />
Macarronada<br />
de carne<br />
moída e soja.<br />
TARDE Fruta - banana<br />
NOITE<br />
Macarronada<br />
de carne<br />
moída e soja e<br />
molho de<br />
tomate.<br />
ESCOLA JOÃO ALVES TORRES<br />
Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira<br />
Leite<br />
achocolatado<br />
com bolacha<br />
CREAM<br />
CRACKER<br />
Fruta- maçã<br />
Arroz com<br />
leite<br />
Suco de<br />
Goiaba<br />
Cuscuz com<br />
leite.<br />
- Sopa de Feijão c/<br />
charque<br />
- Batata Doce<br />
Cuscuz com<br />
salsicha ou<br />
sardinha.<br />
Canja com<br />
legumes e frango<br />
Fabiany Limeira Diniz Brito<br />
Nutricionista<br />
CRN: 6274<br />
Suco de Fruta c/<br />
Leite<br />
- Biscoito MARIA<br />
Suco de Fruta c/<br />
Leite<br />
- Biscoito MARIA<br />
Arroz com<br />
salsicha e legumes<br />
Sopa de feijão<br />
com charque,<br />
legumes e<br />
batata doce.<br />
- Vitamina de<br />
Banana<br />
- Biscoito<br />
CREAM<br />
CRACKER<br />
Sopa de Feijão<br />
c/ Charque<br />
- Batata Doce