Francisca Carla - 'A santa sem corpo' de Tianguá-CE. - anpuh

Além das escolas, outras edificações foram construídas na cidade nesse período, como a
grande reforma da própria igreja matriz, que contou com a participação do grupo da
legião operária católica. Um grupo de homens comuns, os leigos que se colocaram a
serviço da Igreja nesse período pós-romanização, onde era missão da mesma juntar todo
o povo para o trabalho pastoral, tirando-o dos “vícios” da religiosidade popular.
Analisemos na foto abaixo cedida gentilmente pelo arquivo da Casa da memória de
Tianguá, que foi tirada no ano de 1937, onde a antiga capelinha que era dedicada a
Nossa Senhora Santana, que agora é padroeira da cidade, tornou-se pelas mãos desses
homens, uma imensa catedral, que sem receber nada em troca, trabalharam arduamente
na construção da matriz da cidade.
(Foto arquivo casa da memória,1937)
Observemos através do que a imagem nos mostra que o grupo era bastante numeroso, a
visão impressionista que temos da imagem é o ar de seriedade que tais pessoas
transmitem na foto, lembremos que nesse contexto era comum as fotografias serem
posadas e, por conseguinte os fotografados saírem com uma aparência sisuda,
principalmente pela representatividade que a foto nos transmite, que é o caráter de
importância que estes homens, cidadãos tianguaenses, têm nesse contexto, a missão de
edificar a catedral da cidade, num período onde o poder da Igreja era muito forte na vida
das pessoas, daí a sensação que temos ao olhar a foto é o orgulho que tais homens
deixam transparecer em seus semblantes e posturas, por estarem a serviço da Igreja.
O livro de Tombo da paróquia faz referência à citada legião, com os seguintes dizeres: