Assistência de enfermagem a recém-nascidos ... - Rede Sindical
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Trabalho 545<br />
A melhora <strong>de</strong>le. A melhora <strong>de</strong>le como <strong>de</strong> outros bebês. Que a gente<br />
já viu hoje comentando que um vai dar alta hoje. E <strong>de</strong>vido ao tempo,<br />
poucos dias, o bebê tá bem. Já tiraram do tubo ontem, só tá com o<br />
tubinho no nariz, já tiraram o da boca. Tá se recuperando bastante.<br />
[...] Ontem ele tava ainda com o tubinho na boquinha pra po<strong>de</strong>r<br />
respirar, hoje ele já tá sem, só tá no narizinho. Isso é melhora<br />
(Azulão).<br />
Percebe-se que o pai qualifica a assistência <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> tomando como<br />
base a recuperação não só <strong>de</strong> seu filho, mas também a <strong>de</strong> todos os RN’s da<br />
unida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> levar em consi<strong>de</strong>ração o curto espaço <strong>de</strong> tempo em que houve a<br />
evolução. A<strong>de</strong>mais, <strong>de</strong>monstra ainda que o significado <strong>de</strong>ssa evolução se traduz na<br />
redução <strong>de</strong> equipamentos/dispositivos em uso pela criança.<br />
O <strong>recém</strong>-nascido, com frequência, tem pelo menos uma infusão venosa, fios<br />
ligados para monitorização, sonda endotraqueal acoplada a um respirador e, na<br />
maioria das vezes, permanece no interior <strong>de</strong> incubadoras (13) . Quando os pais veem a<br />
diminuição gradativa <strong>de</strong>sses equipamentos/dispositivos, apresentam sentimento <strong>de</strong><br />
esperança por acreditarem que a evolução está relacionada com a ausência <strong>de</strong>stes.<br />
A fala abaixo <strong>de</strong>ixa claro que a mãe percebe a melhora do filho, associada<br />
aos cuidados da equipe <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>. Entretanto, está implícita a sua vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
permanecer com seu filho; assim como associa que este estaria ainda melhor se<br />
houvesse a permanência constante dos pais.<br />
Se eu tivesse com ele aqui seria diferente, mas... é... a questão<br />
assim, que ele tá se recuperando direitinho... então é porque [...] tão<br />
cuidando <strong>de</strong>le direitinho (Gaivota).<br />
Carvalho et al(2) consi<strong>de</strong>ram que os pais passam a reconhecer a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanência do filho prematuro na UTIN quando observam a<br />
evolução das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do mesmo.<br />
Com isso, é importante que eles tenham a consciência <strong>de</strong> que o filho precisa<br />
estar naquele ambiente para que, cada vez mais, receba a assistência que necessita<br />
em prol <strong>de</strong> sua recuperação. Mas, ratifica-se que, apesar disso, não <strong>de</strong>vem se<br />
esquecer <strong>de</strong> que a evolução do filho está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte também <strong>de</strong> uma assistência<br />
<strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> humanizada, a qual também envolve o cuidado com o bem estar<br />
dos pais nesse processo, aspecto a ser abordado na categoria subsequente.<br />
ATENÇÃO DE ENFERMAGEM COM A FAMÍLIA<br />
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