p - Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição em Caconde

De De pé, pé, pela pela Lei. Lei.
Lei.
SÃO PAULO, sob as cinzas da fogueira de 1930, viveu submetido ao domínio e
às imposições de um novo estado de cousas que a revolução havia criado, de sorte que,
em vários períodos, sentiu-se mentido na sua cultura e nas suas tradições de progresso
e de soberania.
Mas a alma bandeirante pairou acima dessa metamorfose política como
expressão imortal de uma raça de gigantes.
Nunca se extinguiu, embora houvesse adormecido.
E a alma bandeirante é como a alma do gênio. Retrai-se, em silêncio e em
segredo, para expandir-se, depois, à luz das multidões.
Em 23 de maio de 1932 ela se despertou no delírio do pensamento das massas e
a 9 de Julho marcialmente explodiu, rutilante, trazendo nas suas azas brancas a
consagração desse pensamento consubstanciado na invocação dos postulados jurídicos
do Brasil.
Nessa data memorável, em todos os rincões remotos de Piratininga, dominou a
mesma fé cívica, repercutiu o mesmo sentimento afetivo de brasilidade para a
consagração de todos os espíritos, a fremencia de todas as almas e o consorcio de
todos os corações.
E a brava gente paulista mobilisou-se, então, a golpes de vontade expontaneos,
para a luta, a grandiosa luta de defesa fulminante das instituições liberais e dos
estatutos políticos do nosso país.
A campanha da idéias pelas idéias, o sentir da justiça, o ideal eminentemente
condensado na fórmula profundamente nacionalista de reintegrar-se o Brasil no
domínio de si mesmo, foram, como ainda hoje o são, os imperativos que justificaram os
anseios do povo e que, ao mesmo tempo, deram amplitude moral ao formidável e
incomparável movimento armado que São Paulo encabeçou, dirigiu e sósinho defendeu.
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