p - Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição em Caconde

O poder Divino concedeu a Caconde as graças de uma felicidade rústica,
porém, robusta, sadia, porque brota da terra, roças as florestas, remanceia-se no céu e,
por fim, projeta-se nos homens como um clarão deslumbrante que não se apaga jamais.
Em tão formoso rincão, beijado pelo céu e abraçado pelas colinas, os
cacondenses se confundem numa legenda de significação superiormente cívica e moral:
- nobresa e recusa.
O filho deste berço é nobre na paz, no trato, no labor, vivendo para acumular
energias sempre novas, que vai sucessivamente empregando nas fontes geradoras de
um progresso útil e fecundo, a bem de sua gente e de sua terra.
Trabalha e constrói sem ambição tacanha. Movido sempre pelas determinações
sociológicas que se manifestam na vida dos povos êle é mais humano à sua terra que a
si próprio.
Não é impelido. Impele-se sósinho.
É nobre e recatado nos gestos e nas atitudes. Espontâneo e generoso às
lamentações dolorosas dos aflitos e dos infortunados. Fidalgo e afável nas maneiras de
tratar.
A recusa é, todavia, a arma de que se prevalece também contra o mal praticado,
o gesto exabruto, o sentimento rasteiro, a palavra impensada e, finalmente, contra
todos e contra tudo que se não edifique sobre a base de perfeição humanamente social
e socialmente humana.
Reprovar todas as manifestações estéreis, todas as idéias malbaratadas, todos
os princípios dissolventes das realidades intangíveis locais e nacionais, eis, em síntese,
como se conduz o cacondense no terreno dos pronunciamentos políticos, sociais,
materiais e espirituais.
Daí, o não existir, portanto, força capaz de demove-lo da rota em que se
permitiu palmilhar, edificando, destarte, inevitavelmente, a coluna do ideal de
civilisação sempre modernisada pelo advento das novas conquistas humanas.
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