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p - Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição em Caconde

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O coman<strong>da</strong>nte Pinheiro – s<strong>em</strong>pre muito calmo, mui zeloso e muito forte – partiu<br />

a seguir, com destino á saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, na estra<strong>da</strong> que vai para Itaiquara, <strong>em</strong> busca de<br />

munições que deveriam existir <strong>em</strong> certo e determinado ponto.<br />

Itaiquara (!!!).<br />

Não as encontrou, porém. O Major José Francisco tinha-as conduzido para<br />

Mais ou menos, ás 2 hora o Oswaldo Rehder, de Tapiratiba, telefonava para o<br />

P.C., solicitando informações acerca <strong>da</strong> situação.<br />

Momentos depois, outro telefon<strong>em</strong>a.<br />

Desta ver era um Tenente que comunicava ter abandonado Morais Sales com os<br />

seus homens (!!!).<br />

E assim ia-se esgotando to<strong>da</strong> aquela noite de vigília e de angustia.<br />

Mas a inergia e o animo dos sol<strong>da</strong>dos constitucionalistas não se haviam ain<strong>da</strong><br />

esgotado, muito <strong>em</strong>bora já se observass<strong>em</strong> certas singulari<strong>da</strong>des e condições extranhas<br />

que vinham se manifestando <strong>em</strong> detrimento <strong>da</strong> causa.<br />

Ás 3 e meia horas o Cap. Pinheiro, colocando uma M.P. no interior de um<br />

automóvel s<strong>em</strong> capota, saiu á ci<strong>da</strong>de e, <strong>da</strong>s esquinas bombardeou, astutamente, as<br />

posições do inimigo.<br />

Este estratag<strong>em</strong>a, operado com rapidez invulgar, visava convencer o inimigo de<br />

que aos paulistas havia chegado reforço e reforço formidável.<br />

E a luta prosseguiu assim, s<strong>em</strong> desfalecimento, até ás 6 horas, e nenhuma<br />

vantaj<strong>em</strong> havia ain<strong>da</strong> alcançado o inimigo poderoso.<br />

invasores.<br />

To<strong>da</strong>s as portas de <strong>Caconde</strong> permaneciam ain<strong>da</strong> tranca<strong>da</strong>s á passag<strong>em</strong> dos<br />

Era uma sexta-feira. Manhã de apreensões. A população, que não dormiu, já<br />

estava de pé, pensamentos voltados para o trágico panorama <strong>da</strong> guerra.<br />

Chegou, enfim, o momento <strong>em</strong> que o sacrifício dos nossos sol<strong>da</strong>dos havia<br />

atingido o epílogo de to<strong>da</strong> a sua potenciali<strong>da</strong>de.<br />

Havia ain<strong>da</strong>, não há duvi<strong>da</strong>, muita energia moral, porém, esgotados estavam<br />

todos os recursos materiaes.<br />

Que fazer, pois? Afim de que o brio militar ficasse a salvo de quaesquer<br />

julgamentos menos dignos, uma condição única se impunha: a retira<strong>da</strong>. E o capitão<br />

Pinheiro – o herói de <strong>Caconde</strong> e de São José do Rio Pardo – de olhar severo e coração<br />

amargurado – parte, então, para as trincheiras e ordena a todos os seus coman<strong>da</strong>dos<br />

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