p - Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição em Caconde

Caconde Caconde e e a a Revolução Revolução Paulista
Paulista
DESTINA-SE, diretamente, aos cacondenses, este modesto trabalho.
Fi-lo, sob o influxo do meu civismo, para a posteridade.
Talvês, no gênero, seja singular considerando-se que as histórias locais sempre
foram conhecidas, tão somente, atravez dos arcabouços oficiais e que, na realidade,
nulo, senão insuficiente, é o beneficio que têm prestado à coletividade, exceto aos
estudiosos que, quasi sempre, necessitam de revolve-los para robustecer as suas
inteligências e os seus conhecimentos.
Se em todas as localidades fôsse o meu exemplo reproduzido, certamente ter-se-
ia cooperado no sentido de que as gerações vindouras lêssem e conhecessem a
atualidade, analisando, um a um, todos os episódios “exatos e emocionantes” que se
desenvolveram à face da terra e dos homens, em prol da defesa do Ideal comum.
imperativos.
A época atual pertence-nos. Conhece-mo-la, portanto, sob todos os aspetos e
Desconhece-la-iam, porém, os nossos filhos e os nossos nétos se, por ventura, as
suas façanhas mais palpitantes ficassem à margem de um registro comum, trivial
mesmo, pronto sempre a atender os anseios de qualquer espírito investigador.
Não é outro o meu fito que não o de remover e levar para o futuro remoto a
história da atualidade, na certeza absoluta de que, com isso, ajudarei a construir o
pedestal da consciência e da civilisação vindouros deste Caconde secular.
Jamais fui prosador ou escritor. Não me preocupam, aqui, escopos literários.
Logo, não é para a crítica que escrevi este opúsculo.
Testemunha ocular das narrações e dos episódios que nele estão registados,
todos, aliás, irrefutáveis, só um imperativo, que é nobre; me fez dita-lo: o da sua
finalidade histórica.
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Caconde, Abril de 1933.
A. F. G.