18.04.2013 Views

efeitos da palmilha proprioceptiva nas lesões desportivas de ...

efeitos da palmilha proprioceptiva nas lesões desportivas de ...

efeitos da palmilha proprioceptiva nas lesões desportivas de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

EFEITOS DA PALMILHA PROPRIOCEPTIVA NAS LESÕES<br />

DESPORTIVAS DE MEMBROS INFERIORES EM ATLETAS DE FUTSAL<br />

EFFECTS OF PROPRIOCEPTIVE INSOLES IN SPORTS INJURIES IN<br />

LOWER LIMBS IN INDOOR SOCCER ATHLETES<br />

RESUMO<br />

* Ana Beatriz Tonelli * Denise Antonicci Cachoeira ** Kelser <strong>de</strong> Souza Kock<br />

O futsal é consi<strong>de</strong>rado um esporte em ascensão mundial e com isso houve um<br />

crescimento no risco <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> em atletas. Com o intuito <strong>de</strong> diminuir o número <strong>de</strong> <strong>lesões</strong>,<br />

temos a <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> que modifica a postura corporal. A pesquisa tem como<br />

objetivo principal analisar os <strong>efeitos</strong> <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> na prevenção <strong>de</strong> <strong>lesões</strong><br />

<strong><strong>de</strong>sportivas</strong> em atletas <strong>de</strong> futsal. A amostra compreen<strong>de</strong> 10 indivíduos do sexo masculino<br />

e como instrumentos <strong>de</strong> pesquisa foram utilizados uma câmera digital, o Software para<br />

Avaliação Postural (SAPO), o baropodômetro e a <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong>. Os <strong>da</strong>dos foram<br />

analisados sob a luz <strong>da</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva simples, utilizando a freqüência absoluta<br />

comparando o grupo que recebeu a <strong>palmilha</strong> com o grupo que não a recebeu. Foram<br />

registra<strong>da</strong>s 8 <strong>lesões</strong>, sendo que 5 <strong>lesões</strong> foram do grupo experimental e 3 <strong>lesões</strong> do<br />

grupo controle. Na reavaliação postural, observou-se que em ambos os grupos houve um<br />

<strong>de</strong>slocamento anterior do tronco, porém o grupo experimental apresentou 2 atletas que<br />

obtiveram uma redução do ângulo maléolo-mastói<strong>de</strong>, enquanto que no grupo controle<br />

todos aumentaram. Pô<strong>de</strong>-se observar que houve um alinhamento dos valores dos<br />

ângulos intermaleolares dos atletas do grupo experimental, havendo pouca variação e<br />

apresentando valores próximos do i<strong>de</strong>al. Em geral, observamos que a <strong>palmilha</strong><br />

<strong>proprioceptiva</strong> não influenciou <strong>de</strong> forma importante no número <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> e na postura dos<br />

atletas <strong>de</strong> futsal.<br />

Palavras-chave: Atletas. Lesão. Postura<br />

ABSTRACT<br />

The indoor soccer is consi<strong>de</strong>red a sport on the rise worldwi<strong>de</strong> and that there was an<br />

increase in the risk of injuries to athletes. In or<strong>de</strong>r to reduce the number of injuries, we are<br />

modifying the proprioceptive insoles posture. The research aims at analyzing the effects of<br />

proprioceptive insoles in the prevention of sports injuries in indoor soccer players. The<br />

sample comprised 10 males and as research tools were used a digital camera, the<br />

software Postural Assessment (SPA), the baropodometry and proprioceptive insole. The<br />

<strong>da</strong>ta were analyzed based upon the simple <strong>de</strong>scriptive statistics, using absolute frequency<br />

comparing the group receiving the insole with the group that did not receive it. 8 lesions<br />

were recor<strong>de</strong>d, and 5 lesions were in the experimental group and control group 3 lesions.<br />

* Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina – UNISUL, Campus Tubarão.<br />

E-mail: <strong>de</strong>nise.cachoeira@unisul.br<br />

E-mail: ana.tonelli@unisul.br<br />

** Professor do curso <strong>de</strong> Fisioterapia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina –<br />

UNISUL, Campus Tubarão.<br />

E-mail: kelser.kock@unisul.br


At reassessment, postural, it was observed that in both groups there was a shift of the<br />

trunk, but the experimental group had two athletes who achieved a reduction of the<br />

malleolus-mastoid angle, whereas the control group all increased. It was observed that<br />

there was an alignment angle values intermalleolus athletes in the experimental group,<br />

with little variation and values close to i<strong>de</strong>al. In general, we found that proprioceptive<br />

insoles did not influence significantly the number of injuries and posture of indoor soccer<br />

players.<br />

Keywords: Athletes. Injury. Posture.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A posturologia é uma área do conhecimento que está liga<strong>da</strong> a postura corporal<br />

humana, visando prevenir e tratar suas alterações 1 . Surgiu para favorecer a melhora do<br />

conhecimento <strong>de</strong> diversas patologias <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong>s, que reúne várias áreas como a<br />

fisioterapia, oftalmologia, ortopedia, neurologia, medicina física e etc 2 .<br />

Entre todos os animais, o homem adulto é o único totalmente bípe<strong>de</strong>. Essa<br />

característica, que alguns consi<strong>de</strong>ram um privilégio, acarreta um <strong>de</strong>terminado número <strong>de</strong><br />

particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Quando o indivíduo está ereto <strong>de</strong>ve estar com a postura corretamente<br />

alinha<strong>da</strong> para gerar o mínimo <strong>de</strong> estresse e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> muscular, on<strong>de</strong> seu centro <strong>de</strong><br />

gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> localiza-se no polígono <strong>de</strong> sustentação, que se situa numa região à face <strong>da</strong><br />

terceira vértebra lombar representado pelas plantas dos pés e pela zona que os separa 3 .<br />

Atualmente notamos a falta <strong>de</strong> postura em gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> população, advin<strong>da</strong> dos<br />

confortos proporcionados pela mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> e tecnologia, po<strong>de</strong>ndo prejudicar a saú<strong>de</strong>. A<br />

postura corporal é representa<strong>da</strong> como a base <strong>da</strong> funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> do corpo, po<strong>de</strong> sugerir<br />

uma posição rígi<strong>da</strong> e estática 1 , porém é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> dinâmica e se altera frequentemente<br />

com estímulos muito leves 2 .<br />

O sistema postural é constituído por uma junção <strong>de</strong> fenômenos neurofisiológicos e<br />

biomecânicos que se interagem a todo instante 2 . É composto pelos exteroceptores, que<br />

nos localizam em relação ao nosso meio, os proprioceptores que <strong>de</strong>terminam a posição<br />

<strong>da</strong>s partes <strong>de</strong> nosso corpo em relação ao conjunto, numa <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> posição no espaço<br />

e os centros superiores que são responsáveis por processar os <strong>da</strong>dos provenientes <strong>da</strong>s<br />

duas fontes prece<strong>de</strong>ntes 3 .<br />

Dessa forma, quando há uma alteração significativa nos exteroceptores e<br />

proprioceptores, os centros superiores vão respon<strong>de</strong>r aos estímulos <strong>de</strong> forma incorreta<br />

acarretando em <strong>de</strong>sequilíbrio corporal, pois sabe-se que ca<strong>da</strong> estrutura equilibra-se sobre<br />

a estrutura inferior <strong>de</strong> forma ascen<strong>de</strong>nte ou embaixo <strong>da</strong> estrutura superior num sentido<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte. Isso significa que uma estrutura em <strong>de</strong>sequilíbrio permanente por uma<br />

alteração obrigará os segmentos superiores ou inferiores a compensar essa <strong>de</strong>formação.<br />

Portanto, qualquer estrutura que forneça informações estiver altera<strong>da</strong> haverá um<br />

<strong>de</strong>sequilíbrio postural 3 .<br />

Diante disso, as conseqüências <strong>da</strong>s perturbações <strong>da</strong> postura serão numerosas, a<br />

curto ou a longo prazo aparecerão dores, contraturas, enrijecimentos e restrição dos<br />

movimentos articulares. E através <strong>de</strong>ssas limitações, no caso <strong>de</strong> atletas, haverá uma<br />

diminuição do rendimento muscular, o esgotamento <strong>da</strong>s reservas <strong>de</strong> glicogênio levando a<br />

uma maior propensão a <strong>lesões</strong> 3 .


Atualmente, a prática esportiva obteve uma crescente e acelera<strong>da</strong> impulsão no<br />

Brasil, tendo o futsal como uma <strong>da</strong>s mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s esportiva mais popular e pratica<strong>da</strong> no<br />

país 4 . E, por meio <strong>de</strong>ste aumento <strong>da</strong> prática esportiva e pela <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> exercícios<br />

competitivos houve, consequentemente, um crescente risco e número <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> 5 . Dentre<br />

elas, <strong>de</strong>stacam-se as <strong>lesões</strong> do sistema músculo-esquelético, em membros inferiores, <strong>de</strong><br />

origem traumática 6 .<br />

Lesões são <strong>da</strong>nos causados por qualquer trauma físico que acometem os tecidos<br />

do corpo 7 , resultantes <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s executa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma exaustiva e ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> que<br />

po<strong>de</strong>m ser provenientes <strong>de</strong> fatores intrínsecos (sexo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, rendimento físico) ou<br />

extrínsecos (treinamento, falta <strong>de</strong> estrutura médica a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, material utilizado,<br />

competições, locais <strong>de</strong> jogos) que, acarretam níveis consi<strong>de</strong>ráveis <strong>de</strong> estresse físico e<br />

mental influenciando na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e no próprio rendimento como atleta 8 .<br />

As causas mais comuns <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> <strong>de</strong> membros inferiores variam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> um trauma<br />

agudo <strong>de</strong> alta energia quanto a uma patologia <strong>de</strong> início gradual 7 . Dessa forma, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> proporcionar uma diminuição <strong>da</strong> incidência do risco <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> em atletas e<br />

uma melhora no rendimento do sistema músculo-esquelético são necessárias a<strong>da</strong>ptações<br />

funcionais e morfológicas, por meio <strong>de</strong> estímulos externos para aprimorar a função<br />

<strong>proprioceptiva</strong> do indivíduo 6 .<br />

Sendo assim, surge a podoposturologia, como área <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem postural através<br />

<strong>da</strong> prevenção e tratamento utilizando o princípio <strong>da</strong>s <strong>palmilha</strong>s <strong>proprioceptiva</strong>s. A <strong>palmilha</strong><br />

<strong>proprioceptiva</strong> favorece a prevenção e a terapêutica <strong>da</strong> postura em pé, distribuindo <strong>de</strong><br />

forma correta o pico <strong>de</strong> pressão e a força <strong>de</strong> reação do solo por to<strong>da</strong> região do pé,<br />

proporcionando assim, a eficiência dos mecanismos do pé durante a marcha e corri<strong>da</strong> 9 .<br />

Vários estudos têm procurado o esclarecimento sobre a etiologia e fisiopatologia<br />

<strong>da</strong>s <strong>lesões</strong> <strong><strong>de</strong>sportivas</strong>, contudo, não há consenso na literatura quanto aos fatores que<br />

po<strong>de</strong>m predispor ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tais <strong>lesões</strong>. Entre os fatores <strong>de</strong> risco mais<br />

relacionados ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> po<strong>de</strong>m-se citar as alterações <strong>da</strong> postura e<br />

<strong>de</strong>sequilíbrios posturais 7 .<br />

Portanto o objetivo geral do trabalho foi analisar os <strong>efeitos</strong> <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong><br />

<strong>proprioceptiva</strong> na prevenção <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> <strong><strong>de</strong>sportivas</strong> e os objetivos específicos foram<br />

i<strong>de</strong>ntificar a eficácia <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> na postura dos atletas, verificar o índice <strong>de</strong><br />

<strong>lesões</strong> após o uso <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> e comparar o número <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> do grupo<br />

experimental com o grupo controle.<br />

Quanto ao procedimento utilizado na coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, classifica-se esta pesquisa<br />

em experimental, pois, o pesquisador manipula as características dos elementos<br />

estu<strong>da</strong>dos e introduz um ou mais controles na experimentação.<br />

DESENVOLVIMENTO<br />

O futebol <strong>de</strong> salão (ou futsal) é um elegante e vigoroso esporte <strong>de</strong> quadra, com<br />

mais <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> jogadores fe<strong>de</strong>rados em todo o mundo 10 . A origem do futsal<br />

possui versões distintas, pois, alguns estudiosos afirmam que o futsal tem sua origem no<br />

Brasil, porém há outros que dizem que esse esporte <strong>nas</strong>ceu no Uruguai 11 .<br />

Dentre os movimentos mais exercitados nos treinos, individuais ou coletivamente,<br />

estão passe, recepção, chute e o drible com e sem bola. Desta forma o atleta praticante<br />

<strong>de</strong>senvolve a rapi<strong>de</strong>z e raciocínio para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, habili<strong>da</strong><strong>de</strong> para dribles em


espaço disponível e um bom condicionamento físico, pois a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> massa<br />

muscular e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> aeróbica são fun<strong>da</strong>mentais para o bom <strong>de</strong>sempenho do<br />

salonista 10 .<br />

Com o aumento <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> exercícios competitivos e nível maior <strong>de</strong> exigência<br />

há um crescimento simultâneo no risco <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> em atletas 5 . Assim, uma lesão<br />

<strong>de</strong>sportiva representa qualquer tipo <strong>de</strong> ocorrência sofri<strong>da</strong> por um atleta, em treino ou em<br />

competição, que obrigue a suspen<strong>de</strong>r suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e o impossibilite <strong>de</strong> participar <strong>de</strong><br />

treinos e jogos 12 .<br />

O futebol <strong>de</strong> salão é consi<strong>de</strong>rado o esporte responsável pelo maior número <strong>de</strong><br />

<strong>lesões</strong> <strong><strong>de</strong>sportivas</strong> do mundo. Entre os distúrbios musculoesqueléticos <strong>de</strong> membros<br />

inferiores, as <strong>lesões</strong> <strong>da</strong>s articulações <strong>de</strong> joelho e tornozelo são mais comuns na prática<br />

<strong>de</strong>sportiva. Foi possível verificar, em estudos com jovens praticantes <strong>de</strong> futsal, que o<br />

segmento mais atingido foi o tornozelo (45,2%), seguido do joelho (19%); as entorses<br />

(21,4%) e as fraturas/luxações (26,2%) foram as <strong>lesões</strong> mais comuns 13 .<br />

A <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> tem como objetivo principal a melhora <strong>da</strong> postura do<br />

indivíduo através <strong>da</strong> estimulação <strong>de</strong> certas áreas <strong>da</strong> pele e <strong>de</strong> músculos. A escolha <strong>da</strong><br />

mesma é feita em função <strong>da</strong> avaliação fisioterápica, ou seja, com o diagnóstico postural<br />

<strong>de</strong>finido a prescrição <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong> po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> 9 .<br />

As <strong>palmilha</strong>s <strong>proprioceptiva</strong>s são termocola<strong>da</strong>s e termomol<strong>da</strong><strong>da</strong>s ao pé. A<br />

<strong>palmilha</strong> termomol<strong>da</strong><strong>da</strong> possui uma ação mecânica e postural importante, pois favorece<br />

uma melhor distribuição do peso corporal sobre os pés diminuindo a pressão em áreas<br />

isola<strong>da</strong>s dos pés 9 .<br />

Para a estimulação são utilizados vários tipos <strong>de</strong> peças, tais como barras,<br />

elementos, cunhas e calços. Quando estas peças são posiciona<strong>da</strong>s sob o ventre dos<br />

músculos plantares comprimem os fusos neuromusculares e promovem uma contração<br />

muscular. Quando são posiciona<strong>da</strong>s próximas às junções tenomuscular, em contato com<br />

os órgãos tendinosos <strong>de</strong> Golgi, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam uma ação inibitória à contração muscular<br />

produzindo assim, o relaxamento muscular 9 .<br />

Uma ação mecânica é gera<strong>da</strong> quando estas peças são posiciona<strong>da</strong>s sob<br />

estruturas ósseas, <strong>de</strong>sta forma haverá uma modificação na acomo<strong>da</strong>ção dos ossos do pé<br />

o que permite uma melhor congruência articular e proporciona uma resposta <strong>de</strong><br />

a<strong>da</strong>ptação postural no plano sagital e frontal 9 .<br />

A indicação <strong>de</strong> uma <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> está liga<strong>da</strong>, não á uma sintomatologia<br />

intrínseca do pé, mas sim, a qualquer patologia que envolva os membros inferiores e a<br />

coluna vertebral, tais como as lombalgias e dores no quadril referente ao pé, até as<br />

síndromes musculares e <strong>da</strong>s membra<strong>nas</strong> faciais que abrangem os músculos, tendões,<br />

ligamentos e ossos 9 .<br />

O baropodômetro é um sistema eletrônico contendo uma plataforma <strong>de</strong> pressão<br />

que avalia a distribuição <strong>da</strong> carga plantar exerci<strong>da</strong> pelo indivíduo. Esse sistema fornece<br />

uma análise quantitativa <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> pressão plantar nos diferentes apoios,<br />

diferentes cargas e durante a marcha, permitindo uma maior compreensão <strong>da</strong>s respostas<br />

<strong>proprioceptiva</strong>s <strong>de</strong> forma confiável 14 .<br />

O baropodômetro proporciona informações sobre o pico <strong>de</strong> pressão <strong>de</strong> contato no<br />

pé, a área <strong>de</strong> contato <strong>da</strong> superfície plantar, a localização do centro <strong>de</strong> força e a força<br />

aplica<strong>da</strong> 14 .<br />

METODOLOGIA


Quanto ao nível <strong>da</strong> pesquisa, a pesquisa é exploratória com abor<strong>da</strong>gem<br />

quantitativa e quanto ao procedimento é experimental 15 .<br />

A população foi composta pelos atletas do time <strong>de</strong> Futsal <strong>da</strong> Unisul <strong>de</strong> Tubarão/SC,<br />

sendo que o time é formado por 15 atletas. Como critérios <strong>de</strong> inclusão, ser do sexo<br />

masculino, estar inscrito como atleta <strong>de</strong> futsal na equipe <strong>da</strong> Unisul, estar atuante nos<br />

treinamentos diários, atuar <strong>nas</strong> posições <strong>de</strong> linha e aceitar participar <strong>da</strong> pesquisa. Para os<br />

critérios <strong>de</strong> exclusão, presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>formi<strong>da</strong><strong>de</strong>s anatômicas, fazer uso <strong>de</strong> outras<br />

<strong>palmilha</strong>s no <strong>de</strong>correr do estudo, ter utilizado <strong>palmilha</strong>s nos últimos seis meses<br />

antece<strong>de</strong>ntes ao estudo, fazer uso <strong>de</strong> outros tratamentos para realinhamento postural e<br />

plantar e atuar na posição <strong>de</strong> goleiro. De acordo com os critérios <strong>de</strong> inclusão, a amostra<br />

foi composta por 12 atletas e dividi<strong>da</strong> em dois grupos, o experimental e o controle. A<br />

escolha dos mesmos foi realiza<strong>da</strong> por sorteio.<br />

Para a realização <strong>de</strong>sta pesquisa foram utilizados os seguintes materiais: Câmera<br />

digital 8.2 Mega pixels: para avaliação <strong>da</strong> postura dos atletas foi utiliza<strong>da</strong> a câmera, em<br />

uma altura <strong>de</strong> 86 cm numa distância <strong>de</strong> 2,70 metros <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo. As fotos foram<br />

realiza<strong>da</strong>s em perfil ântero-posterior, perfil lateral direito e perfil póstero-anterior;<br />

Baropodômetro; Palmilha <strong>proprioceptiva</strong> e o Software para Avaliação Postural (SAPO).<br />

Após a aprovação <strong>da</strong> pesquisa pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa (CEP) <strong>da</strong><br />

UNISUL, Campus Regional Sul / Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> Tubarão, tendo como código 10.015.4.08. III,<br />

pô<strong>de</strong> ser iniciado o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> pesquisa <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> no período <strong>de</strong> março a setembro<br />

<strong>de</strong> 2010.<br />

A primeira etapa foi entrar em contato com os atletas, colocando <strong>de</strong> maneira clara e<br />

objetiva os procedimentos <strong>da</strong> pesquisa. Após isso, foi entregue o Termo <strong>de</strong><br />

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), como po<strong>de</strong> ser observado no ANEXO A, para<br />

que todos os atletas assi<strong>nas</strong>sem e fizessem parte <strong>da</strong> pesquisa. Após a assinatura <strong>de</strong><br />

todos foi <strong>da</strong>do início a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.<br />

A pesquisa iniciou-se em março, na qual primeiramente, foram realiza<strong>da</strong>s as fotos<br />

<strong>da</strong> postura <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> atleta e a partir disso, as fotos foram analisa<strong>da</strong>s no software SAPO.<br />

Após as fotos, o grupo experimental realizou o exame <strong>de</strong> baropodometria para que<br />

pu<strong>de</strong>sse ser confecciona<strong>da</strong> uma <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> para ca<strong>da</strong> atleta do grupo.<br />

O tratamento utilizado nesse estudo foi por meio <strong>de</strong> <strong>palmilha</strong>s <strong>proprioceptiva</strong>s que<br />

atuam estimulando receptores neurais <strong>da</strong> região plantar. O tratamento permite constatar a<br />

eficácia imediata <strong>da</strong> correção <strong>da</strong>s assimetrias.<br />

A pesquisa foi executa<strong>da</strong> na clínica Escola <strong>de</strong> Fisioterapia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Sul<br />

<strong>de</strong> Santa Catarina - UNISUL, campus Tubarão. Para mensurar os <strong>de</strong>sequilíbrios plantares<br />

foi realizado uma consulta para ca<strong>da</strong> atleta do grupo experimental, envolvendo o exame<br />

<strong>de</strong> baropodometria para que pu<strong>de</strong>sse ser confecciona<strong>da</strong> a <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> para<br />

ca<strong>da</strong> atleta.<br />

No processo <strong>de</strong> confecção <strong>de</strong>sta <strong>palmilha</strong> as peças são <strong>de</strong>senha<strong>da</strong>s, corta<strong>da</strong>s e<br />

prepara<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> avaliação realiza<strong>da</strong> com o baropodômetro.<br />

A <strong>palmilha</strong> foi utiliza<strong>da</strong> pelos participantes do grupo experimental nos períodos em<br />

que os mesmos não estavam atuantes em treinos e jogos, totalizando seis meses <strong>de</strong> uso.<br />

Ao final, foi realiza<strong>da</strong> uma contagem <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> e seus respectivos locais anatômicos <strong>de</strong><br />

ocorrência <strong>de</strong> ambos os grupos. E foram realiza<strong>da</strong>s novamente as fotografias em AP,<br />

perfil lateral direito e PA nos dois grupos e uma análise e comparação <strong>da</strong>s médias do<br />

índice <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> do grupo experimental com o grupo controle.


Os <strong>da</strong>dos foram analisados sob a luz <strong>da</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva simples, utilizando a<br />

freqüência absoluta comparando o grupo que recebeu a <strong>palmilha</strong> com o grupo que não a<br />

recebeu.<br />

As principais limitações do presente estudo foram o reduzido número <strong>de</strong> atletas,<br />

levando a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em realizar testes estatísticos e a limita<strong>da</strong> literatura disponível.<br />

Outra limitação foi a <strong>de</strong>sistência <strong>de</strong> dois atletas em participar <strong>da</strong> pesquisa, sendo um<br />

componente do grupo experimental e o outro do grupo controle, <strong>de</strong>vido a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong><br />

clube dos mesmos.<br />

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS<br />

De acordo com a metodologia <strong>da</strong> pesquisa, foram avaliados <strong>de</strong>z atletas sendo<br />

estes, com faixa etária <strong>de</strong> 20 a 30 anos. Com relação ao IMC verificou-se que a média e<br />

<strong>de</strong>svio padrão do grupo experimental foi <strong>de</strong> 22,8 ± 2,7, e do grupo controle foi <strong>de</strong> 22,6 ±<br />

1,5. Com relação às posições, o grupo controle foi composto por 5 alas (F,G,H,I,J) e o<br />

grupo experimental por 3 alas (B,C,D) , 1 pivô (E) e 1 fixo (A).<br />

Foram registra<strong>da</strong>s 8 <strong>lesões</strong> <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 10 atletas, sendo que 5 <strong>lesões</strong> foram do<br />

grupo experimental e 3 <strong>lesões</strong> do grupo controle. Desses atletas, 6 sofreram 1 lesão,<br />

sendo 3 integrantes do grupo experimental e 3 do grupo controle, 1 atleta sofreu 2 <strong>lesões</strong>,<br />

sendo este do grupo experimental. Ape<strong>nas</strong> 3 atletas não sofreram nenhum tipo <strong>de</strong> lesão,<br />

sendo 1 atleta do grupo experimental e 2 do grupo controle. Ape<strong>nas</strong> um atleta do grupo<br />

experimental sofreu uma lesão fora <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong><strong>de</strong>sportivas</strong> e um atleta do grupo<br />

controle foi submetido a cirurgia <strong>de</strong> meniscectomia. A posição que mais sofreu <strong>lesões</strong> foi<br />

ala com 7 <strong>lesões</strong>, segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> posição pivô com 1 lesão.<br />

A tabela 1 <strong>de</strong>monstra o número <strong>de</strong> <strong>lesões</strong>, a posição do atleta e período <strong>de</strong><br />

ocorrência <strong>da</strong>s <strong>lesões</strong> do grupo experimental e controle. A tabela 2 <strong>de</strong>staca a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> no<br />

momento <strong>da</strong> lesão, mecanismo do trauma e tipo <strong>de</strong> lesão do grupo experimental e<br />

controle e a tabela 3 o lado dominante, lado envolvido e tempo <strong>de</strong> afastamento do grupo<br />

experimental e controle.<br />

Tabela 1: Lesões, posição e período <strong>da</strong>s <strong>lesões</strong> do grupo experimental e controle<br />

Grupo Experimental Grupo Controle<br />

Atletas Lesões Posição Período Atletas Lesões Posição Período<br />

A 1 Ala Tempora<strong>da</strong> F 1 Ala Tempora<strong>da</strong><br />

B 1 Ala Tempora<strong>da</strong> G 0 Ala X<br />

C 2 Ala Tempora<strong>da</strong> H 1 Ala Tempora<strong>da</strong><br />

D 0 Ala X I 1 Ala Tempora<strong>da</strong><br />

E 1 Pivô Tempora<strong>da</strong> J 0 Ala X<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Tabela 2: Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, mecanismo e tipo <strong>de</strong> lesão do grupo experimental e controle<br />

Grupo Experimental Grupo Controle<br />

Atleta Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Mecanismo Tipo Atleta Ativi<strong>da</strong>d Mecanism Tipo


s s e o<br />

A Jogo<br />

Não<br />

Indireto Ruptura F Jogo Indireto Tendinite<br />

B <strong>de</strong>sportiva Indireto Entorse G X X X<br />

Indireto/Diret Entorse/Onicocriptos<br />

C Treino/Jogo o<br />

e H Jogo Indireto Contratura<br />

Lesão <strong>de</strong><br />

D X X X I Treino Indireto menisco<br />

E Treino Direto Contusão J X X X<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Tabela 3: Lado dominante, lado envolvido e dias <strong>de</strong> afastamento<br />

Atletas<br />

Grupo Experimental Grupo Controle<br />

Lado<br />

Dominante Lado envolvido Afastamento Atletas<br />

Lado<br />

Dominante<br />

Lado<br />

envolvido Afastamento<br />

A Esquerdo Direito 14 dias F Direito Direito 3 dias<br />

B Esquerdo Direito<br />

Direito e<br />

3 dias G X X X<br />

C Direito Esquerdo 14 e 3 dias H Direito Esquerdo 2 dias<br />

D X X X I Direito Direito 30 dias<br />

E Direito Esquerdo 3 dias J X X X<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Muitos fatores resultam <strong>nas</strong> variações <strong>da</strong> incidência <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> <strong>de</strong> futsal, tais como<br />

o nível <strong>de</strong> concorrência, nível <strong>de</strong> exposição, e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> lesão. Estudos que<br />

compararam as taxas <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> entre futebol <strong>de</strong> salão e futebol <strong>de</strong> campo indicam que os<br />

jogadores <strong>de</strong> futsal possuem 6,1 vezes mais <strong>lesões</strong> que os jogadores <strong>de</strong> futebol <strong>de</strong><br />

campo com horas comparáveis <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> jogo 29 .<br />

As maiores taxas <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> no futsal po<strong>de</strong>m ser atribuí<strong>da</strong>s a vários fatores, tais<br />

como a superfície <strong>de</strong> jogo, as colisões entre jogadores e as pare<strong>de</strong>s limítrofes <strong>da</strong> quadra.<br />

Quanto a análise <strong>da</strong> localização anatômica <strong>da</strong>s <strong>lesões</strong>, os membros inferiores são<br />

responsáveis por 61% a 80,9% <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as <strong>lesões</strong> 16 .<br />

No presente estudo, um dos pontos observados foi o número elevado <strong>de</strong> jogadores<br />

que sofreram algum tipo <strong>de</strong> lesão. Segundo Raymundo 17 , isso se <strong>de</strong>ve a presença <strong>de</strong><br />

choques que estão ca<strong>da</strong> vez mais freqüentes e a exigência ca<strong>da</strong> vez maior <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

física do atleta, levando ao aumento do risco <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> musculares, seja pelo excesso <strong>de</strong><br />

treinos e jogos, ou movimentos bruscos em curto intervalo <strong>de</strong> tempo.<br />

A maior freqüência <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> foi observa<strong>da</strong> na posição ala, isso se <strong>de</strong>ve ao número<br />

<strong>de</strong> atletas que possuem essa posição nesse estudo. Em um estudo com atletas <strong>de</strong> futsal,<br />

revelou que a posição com maior freqüência observa<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>lesões</strong>, foi nos jogadores <strong>de</strong><br />

posição pivô do time 18 . Já no estudo <strong>de</strong> Murphy 19 , revelou maior incidência <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> em<br />

atacantes. Tendo em vista que o tamanho <strong>da</strong> amostra <strong>de</strong>sses estudos foi maior do que o<br />

nosso, acredita-se que os resultados seriam mais consistentes caso tivéssemos<br />

investigado um número maior <strong>de</strong> clubes ou atletas.<br />

Apesar dos altos índices <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> apresenta<strong>da</strong>s nos resultados <strong>da</strong> pesquisa, esta<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> um esporte violento, pois ocorreram maior<br />

incidências <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> indiretas, concor<strong>da</strong>ndo com a pesquisa semelhante realiza<strong>da</strong> com


uma equipe <strong>de</strong> futsal, constatando que a maioria <strong>da</strong>s <strong>lesões</strong> foram indiretas 18 . Em um<br />

estudo com atletas <strong>de</strong> futebol <strong>de</strong> campo foi registra<strong>da</strong> uma prevalência <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> por<br />

traumas direto 20 , e em uma pesquisa realiza<strong>da</strong> com atletas <strong>de</strong> futsal sub-20, observou-se<br />

que as <strong>lesões</strong> <strong>de</strong> contato foram mais predominantes, o que contrariam com o resultado<br />

obtido nesse estudo 21 .<br />

Existe um consenso geral entre os pesquisadores que a incidência <strong>de</strong> lesão é<br />

maior durante a competição do que em sessões <strong>de</strong> treinamento 19 . No presente estudo, as<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que ocasionaram as <strong>lesões</strong> foram distribuí<strong>da</strong>s, ou seja, 4 <strong>lesões</strong> ocorreram em<br />

jogo, 3 <strong>lesões</strong> em período <strong>de</strong> treinamento e 1 lesão fora <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva do atleta.<br />

Isso se <strong>de</strong>ve a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos jogos, on<strong>de</strong> nesse período <strong>de</strong> competição o atleta buscou<br />

o seu limite <strong>nas</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> treino e jogos 18 .<br />

Em um estudo realizado com atletas <strong>de</strong> futsal <strong>de</strong> 7 equipes que disputaram a<br />

Divisão Especial Catarinense, observou-se que a maior ocorrência <strong>de</strong> <strong>lesões</strong><br />

aconteceram nos jogos em casa (38,7%), seguidos dos jogos fora <strong>de</strong> casa (26,6%), treino<br />

tático (14,2%), treinamento físico (10,2%), treinamento técnico (8,1%) e por último<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> recreativa (2%), contrariando assim os <strong>da</strong>dos observados nesta pesquisa 20 .<br />

Os grupos <strong>de</strong> maior nível <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong>m jogar em uma intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> mais<br />

agressiva do que os níveis <strong>de</strong> qualificação mais baixos, aumentando assim o risco <strong>de</strong><br />

<strong>lesões</strong>. Nesse estudo po<strong>de</strong>-se observar que os atletas que sofreram lesão foram<br />

convocados a participar em um maior número e tempo <strong>de</strong> jogos, portanto são os atletas<br />

que estão mais expostos, o que favorece a uma maior propensão a <strong>lesões</strong> 19 .<br />

Em alguns esportes, a perna dominante po<strong>de</strong> estar em risco aumentado <strong>de</strong> lesão,<br />

pois é preferencialmente usado para chutar, empurrar, saltar, ou o <strong>de</strong>sembarque. No<br />

presente estudo foi observado que dos atletas que sofreram lesão, 2 indivíduos sofreram<br />

lesão no membro dominante, 1 sofreu lesão nos dois membros e 5 sofreram lesão no lado<br />

não-dominante, o que corrobora com a literatura pesquisa<strong>da</strong>.<br />

Em nossa pesquisa a postura foi avalia<strong>da</strong> através dos ângulos biacromial, maléolomastói<strong>de</strong>,<br />

e inter-maleolar, por meio <strong>de</strong> fotografias com software SAPO. Os ângulos foram<br />

medidos individualmente e quantificados.<br />

Para a mensuração do ângulo biacromial foi utiliza<strong>da</strong> o perfil AP e posicionado um<br />

ponto para ca<strong>da</strong> acrômio do atleta no programa SAPO. Desta forma quando há uma<br />

elevação do ombro direito o valor do ângulo se torna positivo e quando há uma elevação<br />

do ombro esquerdo o valor <strong>de</strong>ste ângulo torna-se negativo. Sendo que, o valor estimável<br />

para que se tenha um alinhamento corporal a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>ve ser igual a zero.<br />

Analisando o ângulo biacromial do grupo experimental pelo gráfico 1, po<strong>de</strong>-se<br />

perceber que 2 atletas (B e C) diminuíram o valor <strong>de</strong>ste ângulo, mas mantiveram o ombro<br />

esquerdo elevado na avaliação e reavaliação. Da mesma forma o atleta D diminuiu o valor<br />

do ângulo, mas manteve o ombro direito elevado na avaliação e reavaliação. Em<br />

contraparti<strong>da</strong>, o atleta A aumentou o valor do ângulo e manteve-se com o ombro direito<br />

elevado na avaliação e reavaliação. E o atleta E aumentou o valor do ângulo, sendo que<br />

na avaliação possuía o ombro esquerdo elevado e na reavaliação apresentou o ombro<br />

direito elevado.<br />

Gráfico 1: Ângulo biacromial do grupo experimental na avaliação e reavaliação.


Ângulo biacromial (graus)<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

-1<br />

-2<br />

-3<br />

-4<br />

-5<br />

-6<br />

PRÉ PÓS<br />

A 0,4 1,5<br />

B -4 -1,4<br />

C -5,5 -3,2<br />

D 0,8 0,2<br />

E -1,8 2,4<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Analisando o ângulo biacromial do grupo controle pelo gráfico 2, po<strong>de</strong>-se perceber<br />

que 2 atletas (H e J) diminuíram o valor <strong>de</strong>ste ângulo, mas mantiveram o ombro esquerdo<br />

elevado na avaliação e reavaliação. Já o atleta F aumentou o valor do ângulo e mantevese<br />

com o ombro esquerdo elevado na avaliação e reavaliação. Em contraparti<strong>da</strong>, os<br />

atletas G e I aumentaram o valor do ângulo e mantiveram-se com o ombro direito elevado<br />

na avaliação e reavaliação.<br />

A literatura revela que o corpo oscila na posição ortostática mesmo o indivíduo<br />

estando parado, portanto qualquer alteração no alinhamento corporal irá influenciar<br />

diretamente no centro <strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Devido a essa oscilação, indivíduos normais têm<br />

uma distribuição <strong>de</strong> peso assimétrico, ou seja, transferem seu peso para a uma <strong>de</strong> suas<br />

extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s inferiores. Se o peso do corpo é suportado principalmente em uma<br />

extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> inferior, a base <strong>de</strong> apoio se torna menor o que contribui para um aumento do<br />

<strong>de</strong>salinhamento corporal e consequentemente uma alteração do ângulo biacromial 22 .<br />

Gráfico 2: Ângulo biacromial do grupo controle na avaliação e reavaliação.


Ângulo biacromial (graus)<br />

0,5 1<br />

1,5<br />

-3,5<br />

-3<br />

-2,5<br />

-2<br />

-1,5<br />

-1<br />

-0,5 0<br />

PRÉ PÓS<br />

F -0,3 -0,5<br />

G 0,6 1<br />

H -1,7 -0,7<br />

I 0,4 0,8<br />

J -3,2 -0,8<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Junto a isso, Bricot 3 <strong>de</strong>fine a postura no plano frontal como um alinhamento perfeito<br />

entre as pupilas, entre os dois tragus, os dois mamilos, entre os dois ossos estilói<strong>de</strong>s, a<br />

cintura escapular e a cintura pélvica.<br />

O mesmo autor também consi<strong>de</strong>ra que no plano frontal, geralmente indivíduos<br />

<strong>de</strong>stros, o ombro esquerdo é o mais alto e nos indivíduos canhotos acontece o contrário e<br />

que as exceções correspon<strong>de</strong>m a distúrbios <strong>de</strong> laterali<strong>da</strong><strong>de</strong> 3 . Esse estudo corroborou com<br />

a idéia <strong>de</strong> Bricot no que se refere ao ombro contralateral ser mais alto do ombro do<br />

membro dominante em cinco atletas. No restante não houve essa relação.<br />

Em relação ao ângulo maléolo-mastói<strong>de</strong>, para a mensuração <strong>de</strong>ste ângulo foi<br />

utiliza<strong>da</strong> a fotografia no perfil lateral direito e posicionado um ponto no processo mastói<strong>de</strong><br />

e outro ponto no maléolo lateral do atleta no programa SAPO. Desta forma quando há um<br />

<strong>de</strong>slocamento anterior do tronco o valor do ângulo é positivo e quando há um<br />

<strong>de</strong>slocamento posterior do tronco o valor do ângulo torna-se negativo. Sendo que o valor<br />

estimável para que se tenha um alinhamento corporal a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>ve ser igual a zero.<br />

Com relação ao ângulo maléolo-mastói<strong>de</strong>, pelo gráfico 3 po<strong>de</strong> ser observado que<br />

no grupo experimental todos os atletas possuem <strong>de</strong>slocamento anterior do tronco, sendo<br />

que três <strong>de</strong>les aumentaram o valor <strong>de</strong>ssa medi<strong>da</strong> e dois diminuíram.<br />

Gráfico 3: Ângulo maléolo-mastói<strong>de</strong> do grupo experimental na avaliação e<br />

reavaliação.


Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Como po<strong>de</strong> ser observado no gráfico 4, todos os atletas do grupo controle<br />

possuem <strong>de</strong>slocamento anterior do tronco e aumentaram o valor <strong>de</strong>sse ângulo.<br />

Ângulo maléolo-mastói<strong>de</strong><br />

(graus)<br />

Ângulo maléolo-mastói<strong>de</strong><br />

(graus)<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

PRÉ PÓS<br />

A 2,5 2,4<br />

B 2,4 2,2<br />

C 1,8 2,8<br />

D 2,6 5<br />

E 1,1 3<br />

Gráfico 4: Ângulo maléolo-mastói<strong>de</strong> do grupo controle na avaliação e reavaliação.<br />

4,5 5<br />

3,5 4<br />

2,5 3<br />

1,5 2<br />

0,5<br />

0<br />

1<br />

PRÉ PÓS<br />

F 2,4 4,7<br />

G 0,6 2,1<br />

H 1,4 2<br />

I 0,5 2,6<br />

J 1,5 4,4<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Para Ken<strong>da</strong>ll 23 , em perfil lateral, o alinhamento é baseado na representação <strong>de</strong><br />

uma linha <strong>de</strong> referência que, na postura i<strong>de</strong>al, passa ligeiramente anterior ao maléolo<br />

lateral <strong>da</strong> fíbula, ligeiramente anterior ao centro <strong>da</strong> articulação do joelho, levemente<br />

posterior à articulação do quadril; aproxima<strong>da</strong>mente no meio do tronco, através <strong>da</strong>


articulação do ombro (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os braços pen<strong>da</strong>m em alinhamento normal em relação<br />

ao tórax), através dos corpos <strong>da</strong>s vértebras cervicais e através do lóbulo <strong>da</strong> orelha.<br />

Em um estudo com atletas <strong>de</strong> diversas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s observou-se que os atletas<br />

com maior flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>slocavam mais anteriormente o tronco, cabeça e ombros e isso<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vido ao excesso <strong>de</strong> movimento <strong>nas</strong> articulações nos membros inferiores e<br />

pelve ou, ain<strong>da</strong>, a um déficit <strong>de</strong> força muscular, porém esses <strong>da</strong>dos não foram<br />

comprovados cientificamente. Enten<strong>de</strong>-se que o equilíbrio postural e sua correção são<br />

dinâmicos e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, além <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> outros fatores como, força muscular,<br />

coor<strong>de</strong>nação, estímulos sensório-motores entre outros 22 .<br />

Portanto, como foi dito anteriormente, para se ter um alinhamento neutro a postura<br />

sofre alterações com o intuito <strong>de</strong> minimizar esforço muscular e gasto energético 22 . Os<br />

achados neste estudo corroboraram com a literatura pesquisa<strong>da</strong>, pois certos padrões<br />

posturais ocorreram em ambos os grupos, on<strong>de</strong> foi possível observar uma anteriorização<br />

do tronco em todos os atletas.<br />

Em relação ao ângulo intermaleolar esquerdo e direito, para a mensuração foi<br />

utiliza<strong>da</strong> a fotografia em perfil posterior e posicionado um ponto no processo maléolo<br />

lateral e outro ponto no maléolo medial nos dois tornozelos do atleta no programa SAPO,<br />

resultando em quatro pontos e dois ângulos. Desta forma mensuramos a diferença entre a<br />

altura <strong>da</strong> tíbia e fíbula para que se torne possível a comparação com os valores<br />

estimáveis. O valor estimável para que se tenha um alinhamento intermaleolar a<strong>de</strong>quado<br />

<strong>de</strong>ve ser igual 12 graus.<br />

Analisando o ângulo intermaleolar esquerdo no gráfico 5, o grupo experimental<br />

apresentou quatro atletas que diminuíram o valor <strong>de</strong>ssa medi<strong>da</strong> e um atleta aumentou.<br />

Gráfico 5: Ângulo intermaleolar esquerdo do grupo experimental na avaliação e<br />

reavaliação.<br />

Ângulo intermaleolar<br />

esquerdo<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

PRÉ PÓS<br />

A 30,5 28,4<br />

B 14,5 12,4<br />

C 17,6 16,2<br />

D 26,6 24<br />

E 25 25,1<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

No grupo controle dois atletas diminuíram o valor <strong>de</strong>ssa medi<strong>da</strong> e três atletas<br />

aumentaram, conforme po<strong>de</strong> ser observado no gráfico 6:


Gráfico 6: Ângulo intermaleolar esquerdo no grupo controle na avaliação e<br />

reavaliação.<br />

Ângulo intermaleolar<br />

esquerdo<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

PRÉ PÓS<br />

F 23,5 23,4<br />

G 22,5 23,1<br />

H 21,2 22,5<br />

I 19,7 24,4<br />

J 26,6 23,4<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Analisando o gráfico 7, o grupo experimental apresentou quatro atletas que<br />

aumentaram o valor <strong>de</strong>ssa medi<strong>da</strong> e um atleta que diminuiu o valor <strong>de</strong>ssa medi<strong>da</strong>.<br />

Já no grupo controle dois atletas aumentaram o valor <strong>de</strong>ssa medi<strong>da</strong> e três atletas<br />

diminuíram, conforme po<strong>de</strong> ser observado no gráfico 8.<br />

De acordo com Ken<strong>da</strong>ll 23 , na vista posterior, a avaliação <strong>da</strong> postura também se<br />

baseia em uma linha imaginária que começa no meio do caminho entre os calcanhares,<br />

esten<strong>de</strong>-se para cima entre os membros inferiores e passa pela linha média <strong>da</strong> pelve,<br />

coluna e cabeça.<br />

De acordo com os achados dos ângulos nesse estudo, po<strong>de</strong>mos observar a<br />

alteração em anteriorização do tronco na postura dos atletas e, com isso, po<strong>de</strong>-se haver<br />

uma compensação <strong>da</strong> cabeça e tornozelo para manter o equilíbrio, levando a adoções <strong>de</strong><br />

posturas que os favoreçam em relação a sua posição e mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> em que jogam 22 .<br />

Padrões <strong>de</strong> movimento na posição ortostática ocorrem no corpo inteiro para<br />

controlar a postura. Esses padrões posturais <strong>de</strong>monstraram que os indivíduos a<strong>da</strong>ptaram<br />

uma postura anterioriza<strong>da</strong> e uma alteração dos ângulos intermaleolares durante o<br />

ortostatismo. Este achado po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vido à massa do tronco ser relativamente maior,<br />

sugerindo que todo organismo utiliza padrões <strong>de</strong> movimentos para manter-se estável 22 .<br />

Gráfico 7: Ângulo intermaleolar direito do grupo experimental na avaliação e<br />

reavaliação.


Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

Gráfico 8: Ângulo intermaleolar direito do grupo controle na avaliação e<br />

reavaliação.<br />

Ângulo intermaleolar<br />

direito<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Ângulo Intermaleolar<br />

direito<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

Fonte: Pesquisa realiza<strong>da</strong> pelas autoras, 2010.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

5<br />

0<br />

PRÉ PÓS<br />

A 24,5 23,9<br />

B 18 11,6<br />

C 15,8 14,3<br />

D 24,7 21,1<br />

E 25,9 27,3<br />

PRÉ PÓS<br />

F 28,2 29<br />

G 22,7 21,9<br />

H 23 24,5<br />

I 23,3 20,5<br />

J 29,6 27,8<br />

Nosso estudo verificou a existência <strong>de</strong> alterações posturais e <strong>lesões</strong><br />

osteomioarticulares nos jogadores <strong>de</strong> futsal. Inferimos que, talvez as alterações posturais<br />

estejam relaciona<strong>da</strong>s às leões, <strong>de</strong>vido ao fato que os atletas necessitam <strong>de</strong> cargas extras<br />

para realizarem os movimentos ágeis, velozes e precisos que são necessários.<br />

Foi possível observar que o lado dominante possuiu menor número <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> e<br />

que estas ocorrem principalmente em jogos <strong>de</strong> forma indireta, o que indica que o atleta ao


competir e fazer maior uso <strong>de</strong> suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s faz com que aumentem seu risco <strong>de</strong><br />

lesão.<br />

Em geral, foi possível concluir que a aplicação <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong> <strong>proprioceptiva</strong> durante o<br />

período <strong>de</strong> seis meses não influenciou <strong>de</strong> forma importante no número <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> e na<br />

postura dos atletas <strong>de</strong> futsal.<br />

Sendo assim, sugere-se que se façam mais estudos com a utilização <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong><br />

<strong>proprioceptiva</strong> e que possuam uma amostragem maior, com mais avaliações<br />

baropodométricas e, se necessário, reajustes <strong>da</strong> <strong>palmilha</strong>. Também fica a sugestão <strong>de</strong><br />

que se realizem mais estudos que analisem a correlação entre o alinhamento corporal e o<br />

índice <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> em atletas <strong>de</strong> futsal.<br />

Acredita-se na suma importância <strong>da</strong> intervenção <strong>da</strong> fisioterapia, com objetivo <strong>de</strong><br />

realizar um trabalho <strong>de</strong> prevenção com atletas, reduzindo os índices <strong>de</strong> alterações<br />

posturais e <strong>lesões</strong> estruturais a longo prazo, pois com uma reabilitação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> do<br />

atleta os benefícios são evi<strong>de</strong>ntes, pois ira melhorar o <strong>de</strong>sempenho e redução do tempo<br />

<strong>de</strong> afastamento <strong>de</strong>ste atleta.<br />

REFERÊNCIAS<br />

1 MATTOS, Hércules Moraes. Análise do equilíbrio postural estático após o uso <strong>de</strong><br />

<strong>palmilha</strong>s <strong>proprioceptiva</strong>s. Dissertação (Mestrado em Bioengenharia) - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

Vale do Paraíba, São José dos Campos, 2006.<br />

2 COMELLI, Franciele Cristina; MIRANDA, Roberta David. Análise comparativa <strong>da</strong><br />

influência entre a <strong>palmilha</strong> ortopédica e <strong>proprioceptiva</strong> na postura corporal.<br />

Monografia (Graduação em Fisioterapia) - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Regional <strong>de</strong> Blumenau,<br />

Blumenau, 2007.<br />

3 BRICOT, Bernard. Posturologia. 2ª Ed. São Paulo: Ícone, 2001.<br />

4 VOSER, Rogério <strong>da</strong> Cunha. Futsal: princípios técnicos e táticos. 2ª Ed. Canoas:<br />

ULBRA; 2003.<br />

5 PASTRE, Carlos Marcelo et al. Lesões <strong><strong>de</strong>sportivas</strong> na elite do atletismo brasileiro:<br />

estudo a partir <strong>de</strong> morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> referi<strong>da</strong>. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 11, n. 1, Fev<br />

2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-<br />

86922005000100005&lng=pt.doi: 10.1590/S1517-86922005000100005. Acesso em: 12<br />

Nov. 2009.<br />

6 TECHIO, Daniel. Análise baropodométrica antes e após protocolo proprioceptivo<br />

com atletas <strong>de</strong> futsal <strong>de</strong> Cascavel/PR. Cascavel: Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> Assis Gurgacz; 2008.


7 WHITING, Willian Charles; ZERNICKE Ronald F. Biomecânica <strong>da</strong> lesão<br />

musculoesquelética. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.<br />

8 SELISTRE, Luiz Fernando Approbato et al. Incidência <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> nos jogadores <strong>de</strong><br />

futebol masculino sub-21 durante os Jogos Regionais <strong>de</strong> Sertãozinho-SP <strong>de</strong> 2006. Rev<br />

Bras Med Esporte, Niterói, v. 15, n. 5, p. 351-354, Out. 2009.<br />

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-<br />

86922009000600006&lng=pt. doi: 10.1590/S1517-86922009000600006. Acesso em: 12<br />

Nov 2009.<br />

9 SALGADO Afonso Shiguemi Inoue; PRZYSIEZNY, Wilson Luiz. Manual <strong>de</strong><br />

podoposturologia: reeducação postural através <strong>de</strong> <strong>palmilha</strong>s <strong>proprioceptiva</strong>s.<br />

Londrina: Brasil, 2006.<br />

10 SAAD Michel; COSTA, Claiton Frazzon. Futsal, movimentações <strong>de</strong>fensivas e<br />

ofensivas. Florianópolis: Bookstore; 2001.<br />

11 TENROLLER, Carlos A. Futsal: ensino e prática. Canoas: ULBRA, 2004.<br />

12 BRITO João; SOARES José; REBELO Antonio Natal. Prevenção <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> do<br />

ligamento cruzadoanterior em futebolistas. Rev Bras Med Esporte, v. 15, n. 1 Jan/Fev<br />

2009.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v15n1/14.pdf. Acesso em 22 Mai 2010.<br />

13 ARENA Simone Sagres; CARAZZATO, João Gilberto. A relação entre o<br />

acompanhamento médico e a incidência <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> esportivas em atletas jovens <strong>de</strong> São<br />

Paulo. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 13, n. 4, p. 217-221, Ago. 2007. Disponível em:<br />

http://www.scielo.br/pdf/rbme/v13n4/01.pdf. Acesso em: 22 Mai 2010.<br />

14 GAMA, Marta Cristina <strong>da</strong> Silva et al. Avaliação <strong>de</strong> um treinamento estático <strong>de</strong> carga<br />

parcial <strong>de</strong> peso. Acta Ortop. Bras, São Paulo, v. 16, n. 5, p. 301-304, 2008. Disponível<br />

em: http://www.scielo.br/pdf/aob/v16n5/en_v16n5a10.pdf. Acesso em: 17 Fev 2010.<br />

15 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos <strong>de</strong> pesquisa. 3ª ed. São Paulo: Atlas,<br />

2002.<br />

16 STEVEN, J. An<strong>de</strong>rson et al. Injuries in Youth Soccer: A Subject Review. Pediatrics.<br />

Illinois, v.105, p. 659-661, Ago/Set 2000. Disponível em:<br />

http://www.pediatrics.org/cgi/content/full/105/3/659. Acesso em 25 Out 2010.


17 RAYMUNDO, José Luiz Pozo et al. Perfil <strong>da</strong>s <strong>lesões</strong> e evolução <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

física em atletas profissionais <strong>de</strong> futebol durante uma tempora<strong>da</strong>. Rev. Bras. Ort,<br />

Mai/Jun. 2005. Disponível em: http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=1670&idIdioma=1.<br />

Acesso em: 25 Out 2010.<br />

18 COSTA, Carina Niehues. Retrospectivo: perfil <strong>de</strong> <strong>lesões</strong> nos atletas <strong>da</strong> equipe futsal <strong>da</strong><br />

Unisul em 2005. 2005. Monografia (Graduação em Fisioterapia) - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong><br />

Santa Catarina, Tubarão, 2005.<br />

19 MURPHY D.F.; CONNOLLY D.A.J.; BEYNNON B.D. Risk factors for lower extremity<br />

injury: a review of the literature. Br J Sports Med, v. 37, p. 13–29. 2003. Disponível em:<br />

http://bjsm.bmj.com/content/37/1/13.full. Acesso em: 25 Out 2010.<br />

20 NASCIMENTO, M.A. Padronização e prevalência <strong>da</strong>s <strong>lesões</strong> musculares nos atletas<br />

<strong>de</strong> futebol profissional do Figueirense Futebol Clube, Florianópolis, Santa Catarina, no<br />

período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2004 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2004. 2005. Monografia (Graduação em<br />

Medicina) - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina, Tubarão, 2005.<br />

21 RIBEIRO, Rodrigo Nogueira; COSTA, Leonardo Oliveira Pena. Análise epi<strong>de</strong>miológica<br />

<strong>de</strong> <strong>lesões</strong> no futebol <strong>de</strong> salão durante o XV Campeonato Brasileiro <strong>de</strong> Seleções Sub 20.<br />

Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 12, n. 1, p. 1-5, Jan/Fev 2006. Disponível em:<br />

http://www.scielo.br/pdf/rbme/v12n1/v12n1a01.pdf. Acesso em 22 Mai 2010.<br />

22 Danis Christine Grandcolas, Krebs David E., Gill-Body Kathleen M., Sahrmann Shirley.<br />

Relationship Between Standing Posture and Stability. Phys Ther, v. 78, n. 5, p. 502-17.<br />

1998. Disponível em: http://ptjournal.apta.org/content/78/5/502.abstract. Acesso em: 09<br />

Out 2010.<br />

23 KENDALL Florence Peterson; MCCREARY, Elizabeth Ken<strong>da</strong>ll. Músculos: provas e<br />

funções. 3. ed. São Paulo: Manole, 1987.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!