schwannoma do hipoglosso.pmd - SPR
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Barbosa ABR et al. / Schwannoma <strong>do</strong> <strong>hipoglosso</strong>: relato de caso<br />
O estu<strong>do</strong> histopatológico da lesão mostrou células<br />
fusiformes sem atipias, dispostas em feixes que esboçam<br />
arranjo em “paliçada”, com o diagnóstico de lesão fusocelular<br />
benigna, <strong>schwannoma</strong> <strong>do</strong> tipo Antoni B (Fig. 6).<br />
Fig. 1 – Lesão expansiva bem definida, de contornos ligeiramente<br />
lobula<strong>do</strong>s, com aspecto em “ampulheta”, com parte na fossa posterior,<br />
onde se comprime o tronco cerebral à direita, e parte no espaço<br />
carotídeo direito. Plano axial, seqüência gradiente eco ponderada em<br />
T2 (TR: 700.0; TE: 26.0).<br />
A B<br />
Fig. 2 – Lesão com atividade de sinal intermediário no espaço carotídeo direito e hemiatrofia da língua infiltrada por gordura. Cortes axiais,<br />
seqüência FLAIR (TI: 2500.0; TR: 10000.0; TE 115.0) e seqüência T1 (TR: 580.0; TE: 14.0).<br />
110<br />
DISCUSSÃO<br />
Os <strong>schwannoma</strong>s <strong>do</strong> 12º nervo craniano são lesões<br />
extremamente raras, benignas, solitárias e que crescem<br />
lentamente através da cisterna magna e se estendem<br />
extracranialmente pelo canal <strong>do</strong> nervo <strong>hipoglosso</strong> [7,8] .<br />
Há pre<strong>do</strong>minância no sexo feminino (74%), com<br />
idade média de 40 a 50 anos. Os sintomas mais comuns<br />
são: sinais de paralisia <strong>do</strong> 12º nervo craniano (93,5%),<br />
sinais cerebelares (47,8%), <strong>do</strong>r occipital (54,3%) por irritação<br />
meníngea e radicular, e distúrbios motores/sensitivos<br />
(37,0%) decorrentes <strong>do</strong> efeito compressivo <strong>do</strong><br />
tumor.<br />
O acha<strong>do</strong> mais característico desses pacientes é a<br />
hemiatrofia unilateral lingual associada à fibrilação com<br />
desvio da língua.<br />
As principais causas de paralisia <strong>do</strong> 12º nervo craniano<br />
podem ser de origem idiopática, pós-traumática,<br />
pós-radiação de tumores parafaríngeos, pós-dissecção<br />
da artéria carótida interna, ou ser secundária a uma fístula<br />
arteriovenosa da veia condilar anterior [2,9,10] .<br />
O diagnóstico por imagem inclui a tomografia computa<strong>do</strong>rizada<br />
(TC) e a RM, que são importantes no estu<strong>do</strong><br />
para o planejamento pré-operatório.<br />
Existe indicação cirúrgica da porção intracraniana<br />
da lesão, pois há tendência de esses tumores sofrerem<br />
degeneração necrótica e hemorragias, e, conseqüentemente,<br />
desenvolverem sintomas de irritação meníngea.<br />
Rev Imagem 2006;28(2):109–112