Portfolio completo - maria imaginário quintino
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se Fisiográfica<br />
00 1000 2000m<br />
CONSULTA PRÉVIA<br />
PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO-<br />
CONCELHO DE PENICHE<br />
2007<br />
ma de Ocupação da Paisagem<br />
00 1000 2000m<br />
em forma de digito interpenetrando compartimentação das parcelas agrícolas e principais eixos dos aglomerados<br />
tura da Paisagem<br />
00 1000 2000m<br />
Autoria<br />
Teresa Alfaiate<br />
Colaboradores<br />
P. Palma, M. Quintino, Mª João Próspero, Catarina<br />
Filhó<br />
Cliente<br />
CCDRLVT<br />
PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO E CONSOLAÇÂO NORTE<br />
OBJECTIVOS CONCEPTUAIS<br />
O Projecto de Arquitectura Paisagista das Praias da Consolação e Consolação Norte é antes demais um Projecto de<br />
Paisagem. Paisagem de características bem marcadas e com uma singularidade e valor único.<br />
A proposta de intervenção no espaço baseia-se numa leitura interpretativa da paisagem existente ,pela sua<br />
representatividade e beleza própria. Assume-se a revelação deste espaço pela sua estrutura clara e enquanto<br />
conjunto cénico e paisagístico, valores que a identificam à priori.<br />
Por outro lado , a Ribeira de S. Domingos marca o vale e toda a ocupação humana do espaço e determina fortemente<br />
a sua compartimentação que influencia, inclusivamente, o desenho dos aglomerados urbanos. É curioso verificar a<br />
total interpenetração entre esta compartimentação agrícola e os eixos principais dos aglomerados urbanos ( Peniche e<br />
Atougia da Baleia ) e, como de uma forma explícita, conseguimos ler uma Paisagem, única, global. Interpretamos a<br />
Paisagem total, lugar dinâmico, fruto das intervenções sucessivas do homem, espaço simbólico, criação metafórica de<br />
uma cultura e dum tempo - paisagem construída , independentemente da matéria , viva ou inerte.<br />
Paisagem, enquanto memória, um sedimento de gerações, composto por unidades cuja existência e coerência se<br />
compreende em referencia a um contexto, porquanto se determinam mutuamente. Um cenário vivo, espaço que se<br />
define no tempo que decorre, sucessivamente, da forma como o interpretamos, permitindo por indícios vários entender<br />
cada momento como sequência de um passado e uma previsibilidade do futuro.<br />
O cordão dunar não é parte menos eloquente nesta paisagem porque expressa grande dinâmica e movimento,<br />
apresentando igualmente variações que interessa tornar legíveis, paralelamente à estratégia de estabilização e<br />
consolidação dunar.<br />
Este trecho de Paisagem constitui uma unidade que tem também um valor intrínseco, é um património que se insinua<br />
como um todo e que é indissociável do contexto em que se implanta e enquanto espaço de charneira entre o mar e os<br />
campos agricultados.<br />
Concluindo, esta intervenção pressupõe o respeito pela sua riqueza e autenticidade, a sua reinterpretação a partir de<br />
uma espacialidade única, e a força de uma energia contemporânea ( expressa a vários níveis, nomeadamente os<br />
“novos” usos a que o espaço está sujeito ) capaz de lhe salvaguardar a dignidade e o recrear culturalmente.<br />
Assim sendo cada uma destas partes, nos seus diferentes níveis de resolução, tem um papel fundamental<br />
respondendo a questões mais concretas, eventualmente determinadas por uma adaptação aos constrangimentos /<br />
potencialidades dos usos contemporâneos e, paralelamente, respondendo a um conceito abrangente de paisagem<br />
com uma conformação e imagem individuais e também esta património vivo com significado reinterpretado.<br />
Esta atitude não minimiza a resposta a relações/questões mais “imediatas” nomeadamente a um conjunto de<br />
condições da utilização da praia .Pelo contrário , os novos usos do espaço podem complementar no momento<br />
contemporâneo a especificidade que esta encerra.<br />
A estrutura da paisagem existente é desta forma o principal elemento que serviu de suporte ao conceito de intervenção,<br />
surgindo reforçada pela continuidade de linhas perpendiculares ao mar, que constituem articulações fortes entre o<br />
interior (zonas agricultadas e aglomerados urbanos ) e o cordão dunar, até chegar à praia propriamente dita. Este<br />
sistema de linhas perpendiculares escolhe preferencialmente os pontos de cotas mais baixas deixando ilesas as partes<br />
da duna de perfil mais acentuado<br />
PROPOSTA<br />
De acordo com o programa a intervenção no espaço deve restringir-se à praia de da Consolação e Consolação Norte<br />
no entanto, e como já explicado, uma leitura interpretativa. mais abrangente permitiu-nos não só encontrar orientação<br />
para o desenho de detalhe bem como antecipar algumas ideias , enquanto hipóteses possíveis de ocupação do<br />
espaço. Assim parece-nos importante regrar e definir claramente algumas ligações entre o aglomerado urbano e a<br />
praia, por estas assegurarem uma reforço da métrica e ritmo da estrutura do espaço mas, sobretudo, para conter e<br />
evitar a dispersão de percursos por todo o espaço interdunar e duna secundária. Esta dispersão e multiplicidade de<br />
trilhos abertos nas dunas é bem visível na fotografia aérea recente. Nalguns casos a suposta preservação total destes<br />
espaços tem tido consequências paralelamente bastante nefastas, pela inexistência de uma regra legível que<br />
direccione e assegure as principais ligações, podendo igualmente ser minimizados os seus impactes negativos. Nesta<br />
perspectiva propõe-se ainda o reforço de vegetação arbóreo arbustiva na área correspondente à duna secundária que<br />
poderia servir de tampão à ocupação urbana bem como a densificação do estrato arbustivo e herbáceo na zona<br />
interdunar.<br />
À escala da praia parece-nos ainda importante apreende-la de uma forma mais abrangente sobretudo toda a área que<br />
fica compreendida entre a praia de Consolação e e o Aglomerado Urbana Consolação, por se entender que se devem<br />
reforçar as relações, entre estes nomeadamente pela demarcação com plantação e área de estacionamento ao longo<br />
do Eixo principal de Acesso ao aglomerado .<br />
Pretende-se criar um ritmo através da marcação de percursos de acesso à praia, a construir em estrutura leve<br />
sobrelevada ( quando necessário com número de apoios ao solo reduzido, percurso este que será reforçado pela<br />
criação de uma sebe de Mioporum ao longo de todo o seu desenvolvimento. Estes percursos são reunidos num outro,<br />
que se desenvolverá paralelamente à costa e será construído igualmente em estrutura de madeira. Em todo o sem<br />
desenvolvimento estes percursos terão declive muito suave pelo que será possível o acesso á praia por utentes de<br />
mobilidade condicionada.<br />
Associados a estes percursos surgem os apoios de praia , torres de vigilância e suportes para bandeiras ,<br />
pretendendo-se uma aglomeração destes equipamentos que vem reforçar a estrutura de acessos e optimizar o<br />
funcionamento e gestão destes serviços. Propõe-seApoios de Praia <strong>completo</strong>s na Consolação, e um apoiode praia<br />
simples localizado dentro da área de intervenção prevista ). Este ultimo está ainda articulado com Área destinada a<br />
Informação<br />
Junto ao apoio de Praia <strong>completo</strong>, próximo da maior área de Estacionamento proposta deverão localizar-se os lugares<br />
reservados a Ambulâncias e Serviços de emergência, 1 lugar destinado aos serviços de fiscalização e 1 lugar destinado<br />
a utilizadores de mobilidade condicionada).<br />
Do lado Consolação onde se faz um confronto directo com a área urbana. Propõe-se a construção de uma área de<br />
estacionamento pavimentado com Calçada à Portuguesa prevendo-se sistema de drenagem pluvial o qual poderá<br />
escoar águas para zona da linha de água existe onde se prevê criar sistema de Fitodepuração.<br />
Aqui considera-se a necessidade de remodelar a duna reduzindo na sua largura área de aterro e contendo o<br />
estacionamento numa área paralela á frente edificada. Esta área de estacionamento deverá ser balizada com guarda<br />
de forma a dissuadir o atravessamento disperso da duna que se pretende consolidar e canalizar o acesso á praia pelos<br />
percursos propostos.<br />
Do lado do Forte considera-se adequado a remoção do acesso à praia existente, no entanto e após melhor avaliação<br />
das condições geotécnicas do local coloca-se a possibilidade de criar um acesso sobrelevado em material leve (<br />
madeira ) com pontos de apoio sobre a encosta limitados já que do ponto de vista de articulação urbana este parece<br />
ter sentido . No entanto esta proposta fica em aberto até obtenção de dados mais rigorosos do ponto vista geotécnico.<br />
0 100 500 1000m<br />
0 100 500 1000m<br />
0 100 500 1000m<br />
1. Vegetação Dispersa/Compartimentada<br />
2. Estrutura da Paisagem /<br />
Multiplicação e Dispersão de Percursos<br />
3. Proposta / Hipótese de Ocupação do Espaço<br />
PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO - CONCELHO DE PENICHE INTERPRETAÇÃO DA PAISAGEM / HIPÓTESE DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO<br />
01<br />
7.5<br />
2.5<br />
10<br />
15<br />
15<br />
15<br />
15<br />
5 5<br />
12.5<br />
Área de Vegetação com elevada rarefacção e<br />
homogénea / elevado pisoteio direccional<br />
15<br />
7.5<br />
10<br />
2.5<br />
15<br />
15<br />
15<br />
17.5<br />
12.5<br />
10<br />
15<br />
17.5<br />
15<br />
15<br />
15<br />
17.5<br />
10<br />
Zona muito degrada Zona mediamente degrada Zona pouco degrada<br />
15<br />
12.5<br />
7.5<br />
5<br />
15<br />
12.5<br />
15<br />
2.5<br />
Área de Vegetação com alguma rarefacção /<br />
pisoteio adirecional<br />
15<br />
12.5<br />
15<br />
15<br />
10<br />
10<br />
12.5<br />
10<br />
7.5<br />
5<br />
12.5<br />
2.5<br />
10<br />
12.5<br />
10<br />
10<br />
10<br />
2.5<br />
7.5<br />
5<br />
Área de Vegetação com alguma consolidação /<br />
Vegetação mais desenvolvida<br />
10<br />
10<br />
10<br />
15<br />
7.5<br />
7.5<br />
12.5<br />
10<br />
7.5<br />
7.5<br />
5<br />
15<br />
2.5<br />
15<br />
12.5<br />
15<br />
7.5<br />
7.5<br />
17.5<br />
7.5<br />
Área de vegetação autóctone de interesse<br />
(Tamarix africana)<br />
10<br />
15<br />
12.5<br />
10<br />
10<br />
5<br />
10<br />
2.5<br />
Zona sem consolidação Zona de muito baixa consolidação Zona com alguma consolidação Zona de Interesse<br />
Zona de Linha de Água Zona Aterrada (estacionamento) Zona junto edificação<br />
Zona de Instabilidade Geológica<br />
10<br />
7.5<br />
10<br />
12.5<br />
10<br />
5<br />
Área com vegetação infestantes (caniços)<br />
2.5<br />
7.5<br />
10<br />
7.5<br />
5<br />
2.5<br />
10<br />
12.5<br />
Existente<br />
12.5<br />
12.5<br />
7.5<br />
10<br />
15 15<br />
12.5<br />
5<br />
2.5<br />
15<br />
Proposto no POOC<br />
15<br />
12.5<br />
MERCADO SEMANAL<br />
10<br />
12.5<br />
7.5<br />
10<br />
5<br />
15<br />
2.5<br />
17.5<br />
7.5<br />
5 5<br />
2.5<br />
10<br />
15<br />
15<br />
15<br />
15<br />
12.5<br />
15<br />
7.5<br />
10<br />
2.5<br />
15<br />
15<br />
15<br />
17.5<br />
12.5<br />
10<br />
15<br />
17.5<br />
15<br />
15<br />
15<br />
17.5<br />
10<br />
Zona muito degrada Zona mediamente degrada Zona pouco degrada<br />
15<br />
12.5<br />
7.5<br />
5<br />
15<br />
12.5<br />
15<br />
2.5<br />
15<br />
12.5<br />
15<br />
15<br />
10<br />
10<br />
12.5<br />
10<br />
7.5<br />
5<br />
12.5<br />
2.5<br />
10<br />
12.5<br />
10<br />
10<br />
10<br />
5<br />
2.5<br />
7.5<br />
Zona sem consolidação Zona de muito baixa consolidação Zona com alguma consolidação Zona de Interesse<br />
Zona de Linha de Água Zona Aterrada (estacionamento) Zona junto edificação<br />
Zona de Instabilidade Geológica<br />
Balizamento perimetral com paliçada, com duas fases de consolidação e com distinção entre a parte Densificação da vegetação com vantagens para o Área de vegetação autóctone de interesse Combate às infestantes / Estabelecimento de<br />
anterior e posterior das dunas<br />
processo de consolidação<br />
(Tamarix africana) - a prolongar / Sistema de processo de fitodepuração com vegetação<br />
planatação a estabelecer ao longo dos percursos<br />
sobrelevados<br />
apropriada<br />
10<br />
10<br />
10<br />
15<br />
7.5<br />
7.5<br />
12.5<br />
0 25 50 100m 0 25 50 100m<br />
Área com vegetação invasora (chorão das praias) Encosta muito erudida / área com vegetação<br />
invasora (chorão das praias)<br />
10<br />
7.5<br />
7.5<br />
5<br />
15<br />
2.5<br />
15<br />
12.5<br />
15<br />
7.5<br />
7.5<br />
17.5<br />
7.5<br />
10<br />
15<br />
12.5<br />
10<br />
10<br />
5<br />
10<br />
2.5<br />
10<br />
7.5<br />
10<br />
12.5<br />
10<br />
5<br />
2.5<br />
7.5<br />
10<br />
7.5<br />
5<br />
2.5<br />
10<br />
12.5<br />
12.5<br />
12.5<br />
Recuo do aterro / Remodelação das<br />
dunas<br />
7.5<br />
10<br />
15 15<br />
12.5<br />
5<br />
2.5<br />
15<br />
15<br />
12.5<br />
MERCADO SEMANAL<br />
10<br />
12.5<br />
7.5<br />
10<br />
5<br />
15<br />
2.5<br />
Combate às infestantes / Plantação de espécies<br />
apropriadas<br />
17.5<br />
Estabilização da encosta do ponto de vista<br />
geológico / Combate às invasoras<br />
Linha de Água/<br />
Redução da área de aterro<br />
Duna Primária Fitodepuração<br />
com remodelação da duna<br />
Duna Secundária<br />
PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO - CONCELHO DE PENICHE PLANO DE CONDICIONANTES / PROGRAMA DE INTERVENÇÃO<br />
02<br />
0 25 50 100m<br />
ZONA DA DUNA PRIMÁRIA<br />
1ª Fase<br />
Balizamento perimetral com paliçada e plantação de Ammophila arenaria<br />
2ª Fase<br />
Face Posterior da Duna Primária - Cakle maritima, Cerastium tomentosum, Corema album, Otanthus maritimus<br />
Fance Anterior da Duna Primária - Anagalis monelli, Eryngium maritimum, Calystegla soldanela, Otanthus maritimus<br />
ESPAÇOS CONSTRUÍDOS<br />
Área de estacionamento, espaço de<br />
circulação pedonal, com revestimento<br />
em calçada, com o respectivo<br />
balizamento<br />
Lugares de estacionamento para<br />
pessoas com mobilidade condicionada,<br />
serviços públicos e de fiscalixação e para<br />
ambulância e serviços de emergência<br />
ZONA INTERDUNAR E DUNA<br />
SECUNDÁRIA<br />
1ª Fase<br />
Balizamento perimetral com paliçada e plantação de Ammophila<br />
arenaria<br />
2ª Fase<br />
Face Posterior da Duna Primária - Cakle maritima, Cerastium<br />
tomentosum, Corema album, Otanthus maritimus<br />
Zonas mais consolidadas Densificação com Tamarix africana e<br />
Myoporum acuminatum<br />
Acesso pedonal à praia condicionado<br />
em estrutura ligeira<br />
ZONA DE DECLIVE JUNTO ÀS HABITA-<br />
ÇÕES<br />
Após remoção de infestantes (carpobrotus edulis), densificação com<br />
Pistacia Lentiscus, Lavandulas Stoechas, Cerastium tomentosum<br />
Área de estacionamento,<br />
com revestimento com<br />
calçada miúda<br />
ENCOSTA DECLIVOSA A NORTE<br />
DO FORTE<br />
Após remoção e combate às infestantes (carpobrotus edulis),<br />
densificação das encostas e revestimento das plataformas com<br />
Anagalis monelli, Eryngium maritimum, Calystegla soldanela,<br />
Otanthus maritimus<br />
Posto de Informação<br />
ELEMENTOS CONSTRUÍDOS<br />
Apoio de praia<br />
LINHA DE ÁGUA<br />
Controlo das infestantes / Estabelecimento de um plano<br />
plantação apropriado ao sistema de Fitodepuração<br />
Guarda de balizamento<br />
ZONA DE TAMARIX<br />
Prolonhamento da zona ocupada com Tamarix africana<br />
Torre de vigilância e suporte<br />
para colocação de bandeiras<br />
PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PRAIA DA CONSOLAÇÃO - CONCELHO DE PENICHE PLANO GERAL / ESTUDO PRÉVIO<br />
03