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Portfolio completo - maria imaginário quintino

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MINA DE S. DOMINGOS<br />

Central de Britagem da Moitinha<br />

Estudo Prévio e Projecto de Execução<br />

2007<br />

Autoria<br />

Maria Quintino e Mª João Fonseca<br />

Especialidades<br />

Lisconcebe<br />

Cliente<br />

EDM<br />

ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO E ARQUITECTÓNICO<br />

Encostada a uma escarpa com cerca de 14 metros de altura, a denominada “Central<br />

de Britagem da Moitinha”, constituída pelo edifício central, pela chaminé e por algumas<br />

ruínas de edifícios de apoio e placas de betão, representa um conjunto edificado que urge<br />

preservar, sob risco de se poder vir a perder irremediavelmente.<br />

A degradação a que tem sido sujeita ao longo dos anos, confere-lhe um aspecto de edifício<br />

em ruína, cujos tons monocromáticos que foi adquirindo a enquadram perfeitamente<br />

naquela rocha como se de uma escultura ali esculpida se tratasse.<br />

Este aspecto cenográfico do conjunto, enquadrado pelo monte onde existiu o Bairro<br />

Mineiro da Moitinha, veio a ditar a metodologia e abordagem da intervenção proposta.<br />

Procurando manter essa imagem de um conjunto arruinado, mas cujas características<br />

nos parecem de inegável interesse histórico e cultural no vasto espólio de todo o conjunto<br />

edificado das Minas de São Domingos, o reconhecimento do território em análise, bem como<br />

as pesquisas bibliográficas e contactos existentes com ex-mineiros foram determinantes<br />

no decorrer deste estudo e na procura das várias soluções a levar a efeito.<br />

Ao carácter árduo e despojado que este tipo de edificação exigia, contrapõe-se agora<br />

uma intervenção que visa preservar os elementos existentes, ora contornando-os,<br />

ora tomando deles partido, aproveitando o que ainda resta das suas características<br />

estruturais e materiais. Trata-se de todo um conjunto de acessos e de percursos pedonais,<br />

da recuperação de estruturas existentes (edifícios, muros e taludes) e da desmatação e<br />

reflorestação da zona envolvente.<br />

DIQUE<br />

O Dique que aqui encontramos representa uma peça de singular beleza, pela sua robustez,<br />

quebrada pelas duas estreitas comportas e por um ou outro pormenor de desenho de<br />

cantarias.<br />

Dado o seu bom estado de conservação, propõe-se apenas a sua desmatação (incluindo<br />

o abate de um eucalipto que o perfurou) e restituição de zonas mais degradadas, podendo<br />

constituír por si só a “ponte” (já) natural no atravessamento pretendido de acesso à outra<br />

margem. Nas suas extremidades, encostado às margens, são criadas duas passagens<br />

elevadas em chapa de ferro de cor negra, pousadas apenas de modo a contrastar com o<br />

cromatismo acastanhado do dique, não o danificando ou alterando o seu aspecto inicial.<br />

PLANTAÇÃO E SEMENTEIRAS<br />

Ao nível da proposta de plantação e sementeiras, pretende-se reforçar alinhamento de<br />

Eucaliptos e propõem-se a estabilização dos taludes através de um coberto vegetal de<br />

baixas necessidades hídricas, que proteja da erosão hídrica, diminuindo o impacto das<br />

gotas de chuva com o solo. O coberto vegetal irá diminuir a velocidade de escorrência<br />

superficial, evitando a formação de sulcos e, conseqentemente, a desagregação do<br />

talude.

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