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Arquitetura religiosa no Brasil

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Hitória e Teoria da <strong>Arquitetura</strong> - 4º a<strong>no</strong> /<br />

2008<br />

Acadêmicos:<br />

Erick Carbone - Filipe Cavalcanti - Gabriel Gonçalves - Rodrigo Makert


•O litoral sediou as primeiras manifestações arquitetônicas<br />

<strong>religiosa</strong>s <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

•Data de 1503 ações isoladas da Ordem dos Frades Me<strong>no</strong>res<br />

•Segundo Glauco Campello, é dada a esta organização a autoria<br />

do que seria a primeira Igreja Cristã <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> (1516) , esta em<br />

Porto Seguro, feita de taipa de pilão e cobertura de palha.<br />

Paisagem brasileira (Franz Post – 1664)


•Em 1549, jesuítas chegam ao <strong>Brasil</strong>, na armada de Tomé de<br />

Sousa e deparam-se com um trabalho já adiantado pelos<br />

padres Francisca<strong>no</strong>s<br />

•Junto com a armada os mestres Luís Dias (mestre-deobras),<br />

Luís Peres (mestre-pedreiro) e Miguel Martins (mestre<br />

de fazer cal) vieram com o intuito de trazer mais solidez às<br />

construções.<br />

•Sendo os missionários jesuítas responsáveis pela<br />

disseminação da palavra da Igreja Cristã para os nativos aqui<br />

encontrados.


•Por consequência da população indígena ser dispersa e<br />

nômade, era dificultoso o trabalho desses missionários, a<br />

medida tomada foi aglutinar os índios em aldeias.<br />

•Além de serem responsáveis pelo assentamento dos<br />

nativos, somavam-se as suas responsabilidades a<br />

educação destes e a dos filhos dos colo<strong>no</strong>s, além da<br />

preparação dos candidatos ao sacerdócio.<br />

•Pela importância de suas atividades e necessidades<br />

destas, a Companhia de Jesus <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> foi dado como a<br />

maior organização empreendedora da colônia.


•Para dar identidade artística as igrejas da colônia, em<br />

1577 a convite dos Padres Jesuítas, chegou ao <strong>Brasil</strong> o<br />

português Francisco Dias .<br />

•Nesta mesma época, além dos jesuítas, francisca<strong>no</strong>s,<br />

carmelitas e, depois benediti<strong>no</strong>s, iniciaram suas imensas,<br />

<strong>no</strong>bres e riquíssimas igrejas e construções conventuais.<br />

•Em 1759, a Companhia, além de numerosos<br />

estabelecimentos peque<strong>no</strong>s, tinham instituições de<br />

grande importância, incluindo colégios, seminários e<br />

<strong>no</strong>viciados <strong>no</strong>s principais centros urba<strong>no</strong>s ao longo do<br />

litoral brasileiro.


•Após esse período as construções arruinaram-se,<br />

algumas tendo outros usos, o que levou a muitas a<br />

completa destruição.<br />

•Os exemplos mais bem preservados e me<strong>no</strong>s<br />

alterados de igrejas em aldeias encontram-se <strong>no</strong> atual<br />

estado paulista, sendo a Capela de São Miguel a em<br />

melhor estado.<br />

•A de<strong>no</strong>minação “estilo jesuítico” descreve esta fase,<br />

porém de forma equivocada, já que a Companhia<br />

constituía naquele período o canal de transmissão<br />

mais influente da cultura européia para a América<br />

portuguesa


Renascimento<br />

• Introdução<br />

Chama-se de <strong>Arquitetura</strong> do Renascimento ou<br />

renascentista àquela que foi produzida durante o período do<br />

Renascimento europeu, ou seja, basicamente, durante os<br />

séculos XIV, XV e XVI.<br />

Caracteriza-se por ser um momento<br />

de ruptura na História da <strong>Arquitetura</strong><br />

em diversas esferas: <strong>no</strong>s meios de<br />

produção da arquitetura; na<br />

linguagem arquitetônica adotada e<br />

na sua teorização.<br />

Os arquitetos do Humanismo<br />

adotaram os templos da Antiguidade<br />

Clássica como modelos para seus<br />

projetos de igrejas, fazendo apenas<br />

as modificações ditadas pelas<br />

necessidades litúrgicas.<br />

Templo Grego


Renascimento<br />

• Caracteristicas<br />

Os arquitetos do Renascimento visavam estabelecer uma<br />

correlação entre as proporções familiares e satisfatórias do<br />

corpo huma<strong>no</strong> e as construções, cujas plantas e<br />

proporções espaciais eram baseadas nas<br />

figuras geométricas regulares mais simples –<br />

quadrado, círculo, cubo, cilindro e esfera.<br />

Cada elemento da composição era<br />

completo em si e servia para um<br />

propósito único e evidente. Não eram<br />

ambíguos. Não se ressaltava uma<br />

parte às expensas de outra. Os<br />

objetivos renascentistas eram<br />

racionais e os resultados, simétricos,<br />

harmoniosos, estáticos, limitados,<br />

matemáticos e, acima de O tudo, Homem Vitruvia<strong>no</strong><br />

sere<strong>no</strong>s.


Renascimento<br />

• Caracteristicas<br />

A planta baixa circular com uma perfeição geométrica<br />

parecera aos arquitetos renascentistas um símbolo de<br />

Deus (depois condenada como pagã).<br />

Porém, o renascimento parecia voltado a<br />

um seleto círculo humanista de matemáticos<br />

e filósofos.<br />

“Quebrar as amarras e correntes que<br />

prendiam os artistas a uma trilha rígida,<br />

delimitada por medidas, ordens e<br />

regras estabelecidas por Vitrúvio e<br />

pelos antigos‘<br />

(Vasari, maneirista.)<br />

Pitágoras


Renascimento<br />

• Contexto Histórico<br />

O impacto da evolução arquitetural que começou na<br />

Itália por volta de 1420 se fez sentir de modo mais<br />

amplo na Europa só na segunda metade do século<br />

XVI.<br />

Como os arquitetos importados da Itália eram seus<br />

principais propagadores, foi o classicismo<br />

maneirista e não o renascentista que por fim<br />

substituiu as manifestações locais do gótico Europa<br />

tardio.<br />

Espanha e Portugal ilustram bem essas<br />

tendências.<br />

O plateresco na Espanha e o manueli<strong>no</strong><br />

em Portugal representam criações<br />

arquitetônicas próprias da penínsulaIbérica<br />

e constituem surpreendentes misturas de<br />

elementos góticos, mouriscos e clássicos.


Renascimento<br />

• Contexto Histórico<br />

No início predominava o gótico, mas <strong>no</strong>s últimos<br />

estágios de seu desenvolvimento a influência<br />

clássica tor<strong>no</strong>u-se preponderante.<br />

Na Espanha, o conservadorismo gótico resistiu por<br />

mais tempo e de forma mais eficaz às <strong>no</strong>vas<br />

influências italianas do que o estilo manueli<strong>no</strong><br />

português.<br />

Mas, em ambos os países os expoentes mais<br />

influentes das <strong>no</strong>vas formas clássicas foram os<br />

arquitetos da Companhia de Jesus, que logo<br />

adotaram o maneirismo da Itália de então e<br />

passaram a utiliza-lo em toda a parte, praticamente<br />

sem levar em conta os estilos nativos.


Renascimento<br />

• Contexto Histórico<br />

No México quinhentista, onde a influência dos<br />

jesuítas era pequena, o estilo predominante foi o<br />

plateresco.<br />

Na Índia portuguesa e <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, onde <strong>no</strong><br />

século XVI os jesuítas eram os líderes religiosos<br />

indisputados, uma arquitetura genuinamente<br />

clássica se estabeleceu já numa data bem remota.<br />

A arquitetura jesuítica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e em todo o mundo<br />

lusita<strong>no</strong>, inclusive na mãe-pátria, foi de estilo<br />

maneirista durante o período principal de sua<br />

atividade construtora, que começa em fins do<br />

século XVI e engloba o século XVII e início do<br />

XVIII.<br />

<strong>Brasil</strong>


Renascimento<br />

• Influência Européia<br />

Principais <strong>no</strong>mes:<br />

• Alberti<br />

• Bramante<br />

• Brunelleschi<br />

• Palladio<br />

• Rafael<br />

Bramante<br />

Rafael<br />

Alberti Brunelleschi


Renascimento<br />

• Influência Européia<br />

Alberti – Sant’Andrea (Mântua:1470)


Renascimento<br />

• Influência Européia<br />

Bramante – Tempietto de San Pietro in Montorio (Roma:1502)


Renascimento<br />

• Influência Européia Brunelleschi – Capela Pazzi (Florença:1430)


Renascimento<br />

• Influência Européia<br />

Brunelleschi – Sta. Maria dei Fiore (Florença:1436)


Renascimento<br />

• Influência Européia<br />

Brunelleschi – Hospital dos Expostos (Florença:1479)<br />

Claustro do Convento de Sto Antônio<br />

(Recife – séc. XVII)


Renascimento<br />

• Influência Européia<br />

Palladio – S. Giorgio Maggiore ( Veneza: 1563)<br />

Catedral Basílica (Salvador – 1604)


Renascimento<br />

• Influência Européia<br />

Igreja de São Roque, de Filippo<br />

Terzi.<br />

Lisboa, Portugal - 1515


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

Tradicionalmente conhecida como a<br />

igreja mais antiga do <strong>Brasil</strong>, a Matriz<br />

de São Cosme e São Damião, de<br />

Igaraçu, foi mandada construir por<br />

Duarte Coelho (donatário da Capítania<br />

Hereditária de Pernambuco) na década<br />

de 1530, numa homenagem aos santos<br />

que o teriam ajudado em sua vitória<br />

sobre os potiguaras e os franceses.<br />

Foi concluída na segunda metade do<br />

século XVII. Durante a ocupação<br />

holandesa, foi incendiada pelos<br />

invasores, havendo registro de sua<br />

fachada em gravura na obra de Gaspar<br />

Barléu.<br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

(Igaraçu – 1535)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

A torre, possivelmente<br />

posterior ao corpo central,<br />

ergue-se à esquerda da<br />

fachada, com abertura das<br />

sineiras em arco ple<strong>no</strong> e<br />

cúpula em forma de coroa.<br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

(Igaraçu – 1535)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

De partido claramente<br />

renascentista, tem a fachada<br />

quase quadrada, com portada<br />

e duas janelas, entre as quais<br />

se insere um par de nichos de<br />

cantaria com a imagem dos<br />

oragos.<br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

(Igaraçu – 1535)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

O interior é em nave única, de grande<br />

sobriedade, sendo os altares da capelamor<br />

já do século XVIII. Na sacristia há um<br />

importante lavabo em pedra lavrada, além<br />

de interessantes ex-votos e pinturas<br />

retratando cenas da Guerra Holandesa e<br />

da história de Igarassu.<br />

Igreja de São Cosme e Damião<br />

(Igaraçu – 1535)<br />

Interior


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

A arquitetura <strong>religiosa</strong> foi<br />

introduzida <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> pelo irmão<br />

jesuíta Francisco Dias enviado à<br />

Colônia como arquiteto em 1577.<br />

Obra iniciada em 1580, juntamente<br />

com o colégio, próximos ao peque<strong>no</strong><br />

forte situado na parte alta de<br />

Olinda.<br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

(Igaraçu – 1580)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de Nossa Senhora da<br />

Graça<br />

O arquiteto veio ao <strong>Brasil</strong> em 1577, após a<br />

construção da igreja de São Roque, em<br />

Lisboa. Construiu igrejas e colégios para a<br />

Companhia de Jesus <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

Segundo o Padre Pero Rodrigues que a<br />

visitou em 1597 era “a mais bela do <strong>Brasil</strong>,<br />

segundo a traça de São Roque”.<br />

À maneira daquela igreja portuguesa,<br />

possuía apenas uma nave, tendo à<br />

cabeceira, dos dois lados, capelas e<br />

nichos rasos.<br />

Igreja com 3 naves<br />

Igreja com uma nave


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

A torre sineira ergue-se na parte posterior do templo. É uma<br />

construção rústica de estilo renascentista com elementos da<br />

arquitetura clássica, como o óculo e a marcação das colunas.<br />

Os altares tinham detalhes de<br />

inspiração coríntia.<br />

Foi incendiada pelos holandeses<br />

em 1631, conservando as paredes<br />

externas e os altares da cantaria<br />

das capelas externas. Havendo<br />

registro de suas ruínas em pintura<br />

de Frans Post.<br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

(Igaraçu – 1580)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

Em 1975, o IPHAN procedeu a criteriosa<br />

restauração do templo coordenada por<br />

prospecções minuciosas.<br />

A fachada, que tinha três janelas de feição<br />

barroca sobre a portada, conta agora com<br />

apenas um grande óculo central sobre a<br />

mesma, próxima da cimalha do frontão<br />

triangular.<br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

(Igaraçu – 1580)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

O colégio, seguramente reformado<br />

<strong>no</strong> século XVIII, apresenta feição<br />

setecentista, tardia se comparada à<br />

igreja.<br />

Esta possui nave única ladeada<br />

por capelas profundas, lembrando<br />

São Roque de Lisboa.<br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

(Igaraçu – 1580)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

Sobreviveram ao incêndio, além da<br />

fachada da igreja, dois altares de<br />

cantaria das capelas laterais, com<br />

feição renascentista, as colunas e os<br />

entablamentos coríntios.<br />

No piso da nave foram encontradas<br />

mais de cem sepulturas, entre elas a<br />

da esposa de Duarte Coelho, Brites de<br />

Albuquerque. No fundo da capela-mor,<br />

finalmente, encontraram-se restos de<br />

um altar em cantaria, importantíssimo<br />

resquício quinhentista.<br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

(Igaraçu – 1580)


Renascimento<br />

• <strong>Brasil</strong><br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

Como quase todos os monumentos de Olinda, a Igreja de Nossa<br />

Senhora da Graça - das mais antigas do <strong>Brasil</strong> - e o colégio anexo<br />

localizam-se em magnífica implantação paisagística.<br />

Igreja de Nossa Senhora da Graça<br />

(Igaraçu – 1580)


Maneirismo<br />

• O termo maneirismo deriva da<br />

palavra italiana “maniera” (estilo) -<br />

artistas faziam questão de imprimir<br />

certas marcas individuais em suas<br />

obras;<br />

• O termo é popularizado por Giorgio<br />

Vasari (1511-1574) - ele próprio um<br />

artista do período - que fala em<br />

maneira como sinônimo de graça,<br />

leveza e sofisticação.<br />

• Seu período estende-se de mais ou<br />

me<strong>no</strong>s 1520 ao fim do Século 16;<br />

Giorgio Vasari<br />

Itália, 1511 - 1574


Maneirismo<br />

• De aceitação difícil: críticos consideravam-na uma arte<br />

me<strong>no</strong>r, uma falha de compreensão por parte dos artistas<br />

da época sobre a arte dos grandes mestres, imitações sem<br />

alma.<br />

• O próprio termo maneirismo era relacionado ao mau<br />

gosto e excesso.<br />

• Alguns historiadores consideram o maneirismo uma<br />

transição entre o renascimento e o barroco, enquanto<br />

outros preferem vê-lo como um estilo propriamente dito.


Maneirismo<br />

• Espécie de campanha de Contrarenascença;<br />

• Apresenta temas ambivalentes e<br />

funções duplas - antítese da simplicidade<br />

renascentista ;<br />

• arquitetos empenhados em violar as<br />

<strong>no</strong>rmas clássicas - “quebrar as amarras<br />

e correntes que prendiam os artistas a<br />

uma trilha rígida, delimitada por medidas,<br />

ordens e regras estabelecidas por<br />

Vitrúvio e pelos antigos”.<br />

A Deposição da Cruz -<br />

Pontormo - Itália, 1494 - 1557


Maneirismo<br />

Villa Giulia, roma, Itália.<br />

Giacomo Vig<strong>no</strong>la - 1551<br />

Também contribuíram para a<br />

sua execução Bartolomeo<br />

Ammanati, Giorgio Vasari e<br />

Michelangelo.<br />

• severa fachada de<br />

dois andares<br />

• arco plenamente<br />

detalhado


Maneirismo<br />

Palazzo del Te - Mantova, Itália;<br />

1526-35; Giulio Roma<strong>no</strong><br />

• Distorção do clássico;<br />

• Exterior possui aspectos<br />

variados – sem regularidade;<br />

• A decoração do interior vai<br />

do trágico ao delicado;


Maneirismo<br />

• prioridade à construção de igrejas de pla<strong>no</strong><br />

longitudinal, com espaços mais longos do que largos,<br />

com a cúpula principal sobre o transepto;<br />

• planta em cruz latina;<br />

• exterior apresenta sobriedade, contrapondo-se a um<br />

interior extravagante decorado com azulejos, talha<br />

dourada em escultóricos altares - tendência para a<br />

estilização exagerada e um capricho <strong>no</strong>s detalhes;<br />

• Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e<br />

altares, lembrando uma exuberante selva de pedra<br />

que confunde a vista.


Maneirismo<br />

Igreja San Giorgio<br />

Maggiore – Veneza,<br />

Itália; 1566; Andrea<br />

Palladio


A A A arquitetura arquitetura arquitetura do do do maneirismo<br />

maneirismo<br />

maneirismo<br />

Maneirismo<br />

• Igreja acessível à comunidade em<br />

geral - era necessário usar os<br />

sentidos mais do que o intelecto, na<br />

assimilação do cristianismo;<br />

• arquitetura, juntamente com as<br />

outras artes, se tor<strong>no</strong>u um veiculo<br />

prático para a educação cristã em<br />

empreendimentos missionários.<br />

• volta do esplendor medieval e da<br />

riqueza na decoração cristã;<br />

• fachada com duas torres;<br />

São Carlos Borromeu,<br />

Itália (1538 - 1584)


Maneirismo<br />

Igreja de São Vicente de<br />

Fora - Lisboa, Portugal -<br />

Filippo Terzi, 1582


Maneirismo<br />

Sé Nova de Coimbra -<br />

Baltazar Álvares. 1598<br />

(Coimbra, Portugal)


Maneirismo<br />

Catedral Basílica, Salvador - 1607


Maneirismo Igreja de São Roque -<br />

Lisboa, Portugal - 1515<br />

Catedral Basílica, Salvador - 1607


Maneirismo<br />

Nossa Senhora das Neves,<br />

Olinda – Frei Francisco dos<br />

Santos, 1 585


A A A arquitetura arquitetura arquitetura do do do maneirismo<br />

maneirismo<br />

maneirismo<br />

Maneirismo<br />

Convento de Santo Antônio,<br />

Igarassu - 1588


Maneirismo<br />

Convento Santo Antônio, Rio de Janeiro - 1608


Surgimento<br />

O BARROCO<br />

Termo de origem espanhola ‘Barrueco’, aplicado para<br />

designar pérolas de forma irregular.<br />

A arte barroca origi<strong>no</strong>u-se na Itália (séc. XVII) mas não tardou<br />

a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também<br />

ao continente america<strong>no</strong>, trazida pelos colonizadores<br />

portugueses e espanhóis.<br />

-o Renascimento recusa os valores religiosos e artísticos da<br />

Idade Média;<br />

- o Barroco tenta inutilmente conciliar a visão medieval da<br />

vida e da arte com a visão renascentista.<br />

-O Barroco procura solucionar os dilemas de um homem que<br />

perdeu sua confiança ilimitada na razão e na harmonia,<br />

através da volta a uma intensa religiosidade medieval e da<br />

eliminação dos conceitos renascentistas de vida e arte.<br />

Feudalismo<br />

Arte Medieval<br />

Teocentrismo<br />

Valorização da<br />

vida espiritual<br />

Mercantilismo<br />

Renascimento<br />

Humanismo<br />

Valorização da<br />

vida corpórea<br />

Crise da sociedade renascentista<br />

e Contra-Reforma<br />

Barroco<br />

Volta à religiosidade<br />

Dilaceramentos:<br />

alma x corpo<br />

vida x morte<br />

claro x escuro<br />

céu x terra, etc


Definição<br />

O barroco é libertação espacial, é libertação mental<br />

das regras dos tratadistas, das convenções, da<br />

geometria elementar. É libertação da simetria e da<br />

antítese entre espaço interior e exterior. Em termos<br />

artísticos, o barroco vai utilizar a escala como valor<br />

plástico de primeira grandeza e o jogo com efeitos<br />

volumétricos .<br />

Este estilo evoluiu de uma arquitetura sólida e austera<br />

derivada da herança quinhentista, com frontões<br />

discretos, torres com coroamento piramidal simples e<br />

frontispícios pouco elaborados, até chegar a uma fase<br />

onde as fachadas recebem ornamentação muito mais<br />

movimentada, com grande profusão de detalhes,<br />

ganhando em leveza e elegância.


Suas características gerais são:<br />

* emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os<br />

sentidos do observador, baseando-se <strong>no</strong> princípio segundo o qual<br />

a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não<br />

apenas pelo raciocínio.<br />

* busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas,<br />

contracurvas, colunas retorcidas;<br />

* entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;<br />

* violentos contrastes de luz e sombra;<br />

* pintura com efeitos ilusionistas, dando-<strong>no</strong>s às vezes a<br />

impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade<br />

conseguida.


BARROCO EUROPEU<br />

As obras dos artistas barrocos europeus valorizam as<br />

cores, as sombras e a luz, e representam os contrates.<br />

Muitos artistas barrocos dedicaram-se a decorar igrejas<br />

com esculturas e pinturas, utilizando a técnica da<br />

perspectiva.<br />

As esculturas barrocas mostram faces humanas<br />

marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento.<br />

Os traços se contorcem, demonstrando um movimento<br />

exagerado. Predominam nas esculturas as curvas, os<br />

relevos e a utilização da cor dourada.


Principais Arquitetos<br />

Francesco Borromini, que entre muitas obras construiu em Roma o San<br />

Carlo alle Quattro Fontane.


A personalidade de Bernini domi<strong>no</strong>u durante o apogeu do<br />

barroco roma<strong>no</strong>. Foi construtor de cenários magníficos para os<br />

recintos pontifícios.São criações de Bernini, o baldaqui<strong>no</strong> da<br />

Basílica de São Pedro, o Êxtase de Santa Teresa (considerado<br />

por muitos a expressão máxima da esculturabarroca), a fonte<br />

dos Quatro Rios. Dinâmico, conseguiu uma síntese ambiciosa<br />

de todas as artes: arquitetura, pintura e escultura.


Apolo e Dafne<br />

A verdade revelada<br />

Plutão e Prosérpina<br />

Rei Davi


O francês François Mansart<br />

Val-de-Grâce em<br />

Paris.<br />

Châteu de Maisons-Laffitte palácio<br />

barroco França, situado na comuna<br />

de Maisons-Laffitte, departamento<br />

de Yvelines.


Louis Le Vau<br />

Irmão do Froçois LeVau<br />

A relação pátio-jardim.<br />

Barroco entre 1658 e 1661.<br />

Fica situado na comuna de<br />

Maincy, departamento de<br />

Seine-et-Marne, 50 km. a<br />

Sudeste de Paris, próximo de Melun.<br />

construído pelo Superintendente das Finanças<br />

de Luis XIV, Nicolas Fouquet. Este último<br />

apelou aos melhores artistas da época para<br />

construir o seu palácio: o arquitecto Louis Le<br />

Vau, o pintor Charles Le Brun e o paisagista<br />

André Le Nôtre


Jules Hardouin Mosart jogos de luz criam contrastes visuais<br />

Localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia<br />

rural à época de sua construção, mas atualmente<br />

um subúrbio de Paris.<br />

Pátio de Honra do Palácio de Versalhes


Em Portugal, o Barroco ou Seiscentismo tem seu início em 1580 com a<br />

unificação da Península Ibérica, o que acarretará um forte domínio<br />

espanhol em todas as atividades, daí o <strong>no</strong>me Escola Espanhola, também<br />

dado ao Barroco lusita<strong>no</strong>. O Seiscentismo se estenderá até 1756, com a<br />

fundação da Arcádia Lusitana.<br />

O barroco chega ao <strong>Brasil</strong> com os missionários<br />

católicos, especialmente jesuítas, que trazem o <strong>no</strong>vo<br />

estilo como instrumento de doutrinação cristã.<br />

No <strong>Brasil</strong>, então, quase toda arte barroca é arte<br />

<strong>religiosa</strong>. A profusão de igrejas e escassez de palácios<br />

o prova. a Igreja centralizou a arte colonial brasileira.<br />

No <strong>Brasil</strong>, o Barroco tem seu marco inicial em 1601<br />

com a publicação do poema épico prosopopéia, a<br />

primeira obra, propriamente literária, escrita entre nós,<br />

da autoria do português, radicado <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, Bento<br />

Teixeira destaque também para o orador sacro Padre<br />

Antônio Vieira .


Nas artes plásticas seus maiores expoentes foram<br />

Aleijadinho, na escultura, e Mestre Ataíde, na pintura. No<br />

campo da arquitetura esta escola floresceu <strong>no</strong>tavelmente<br />

<strong>no</strong> Nordeste, mas com grandes exemplos também <strong>no</strong> centro<br />

do país, em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro.<br />

É preciso lembrar que o ambiente era de pobreza e<br />

escassez.<br />

Por isso o barroco brasileiro já foi acusado de pobreza e<br />

incompetência quando comparado com o barroco europeu.<br />

Apesar de todo ouro e talha nas igrejas, pois muita coisa é<br />

de execução tecnicamente tosca, feita por mão escrava ou<br />

morena. Mas esse rosto impuro, mestiço, é que o torna tão<br />

único e inestimável.


1763 Rio de Janeiro se torna capital, junto com Salvador e Recife forma<br />

o centro da colônia.<br />

Neste período a arquitetura representa a expressão mais original do<br />

barroco brasileiro.<br />

Com as criações do Aleijadinho e decorações de Ataíde.<br />

No Rio Mestre Valentim é presença dominante.<br />

Arte amadurece e se adapta ao ambiente de um país tropical,<br />

ligando-se aos recursos e valores regionais e<br />

constituindo um dos primeiros sig<strong>no</strong>s de<br />

originalidade nativa, de brasilidade genuína.


Inimizade entre corpo e alma, eram didaticamente explicitadas nas<br />

enfáticas representações dos Cristos açoitados.<br />

Artista Anônimo<br />

(Índio)<br />

Para inspirar a piedade <strong>no</strong><br />

devoto, para que se<br />

convertesse, e se salvasse, tal<br />

imaginário dramático de luz e<br />

sombra, que povoava o<br />

pensamento de todos, é a<br />

tônica do barroco brasileiro.


Alejadinho<br />

Acredita-se que tenha nascido em Vila Rica, então capital da<br />

Capitania das Minas Gerais (hoje Ouro Preto), filho do<br />

mestre-de-obras português, que imigrara para as Minas,<br />

Manuel Francisco Lisboa, e de uma sua escrava africana,<br />

Izabel.<br />

Diz-se que esculturas e arquitetura estão tão ligadas que<br />

deve ter sida reconstruída a área dos Profetas em<br />

Congonhas segundo seu pla<strong>no</strong>, num fluído desenho barroco<br />

setecentista. muros ligeiramente arqueados, ângulos<br />

arredondados, escadaria ao centro.


Na parede central desta, uma espécie de<br />

escudo de pedra sabão, com inscrição latina<br />

com os fatos essenciais da história da igreja,<br />

inclusive as datas de construção da capelamor<br />

— 1758 – 61, placa em estilo português<br />

com flores <strong>no</strong>s rebordos, volutas, formas<br />

amendoadas, largo painel convexo com talha<br />

em alto relevo<br />

Ressurreição de<br />

Cristo, século XVIII.<br />

Madeira<br />

policromada, 110 x<br />

58 x 27 cm.<br />

Coleção de Antônio<br />

Maluf, São Paulo.<br />

Santa Luzia, século<br />

XVIII.<br />

Madeira<br />

policromada, 52 x<br />

25 x 17 cm.<br />

Coleção de Renato<br />

Whitaker, São<br />

Paulo.


A Basílica de Nossa Senhora do Carmo é um templo Católico pertencente<br />

à Ordem Carmelita, localizado <strong>no</strong> Recife, Pernambuco<br />

Parte superior do Altar-mor<br />

Detalhe do altar de Santa<br />

Teresa, São Crispim e São<br />

Crispinia<strong>no</strong><br />

Fachada com a praça


A Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, Minas Gerais<br />

Fachada Frontal Interior da Catedral


Capela de N. S. das Dores, Matriz de Santo Antônio, Recife<br />

Fachada Frontal<br />

Interior, com<br />

bilhetes e exvotos<br />

deixados<br />

pelos fiéis


Capela-mor e altar principal<br />

A Catedral Basílica Primacial de São Salvador<br />

Catedral de Salvador<br />

Teto em detalhe


A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos<br />

Vista da rua de acesso<br />

Fachada Frontal<br />

Portal de acesso


Igreja e Convento de São Francisco: uma das mais ricas e espetaculares<br />

igrejas do <strong>Brasil</strong>, possui o interior todo recoberto em ouro.<br />

Fachada<br />

Interior coberto de ouro.<br />

Azulejos portugueses<br />

Praça


A Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto<br />

Fachada Frontal<br />

Interior<br />

Conjunto da Praça<br />

Teto


Igreja de S. Francisco, João Pessoa<br />

Fachada Frontal<br />

Detalhe dos azulejos


O mosteiro de São Bento <strong>no</strong> Rio de Janeiro<br />

Planta<br />

Sacristia<br />

Clara diferença entre o exter<strong>no</strong><br />

e o inter<strong>no</strong>


Na arquitetura civil, privada ou pública, o barroco deixou relativamente<br />

poucos edifícios de maior vulto, sendo em linhas gerais bastante<br />

modestos, cuja ornamentação se resume em arcos nas aberturas,<br />

ocasionalmente algum trabalho de cantaria ou de azulejaria, e alguma<br />

pintura decorativa <strong>no</strong> interior.<br />

Mas os conjuntos dos centros históricos de algumas cidades (Salvador,<br />

Ouro Preto, Olinda, Diamantina, São Luís e Goiás), declarados<br />

Patrimônio Mundial pela UNESCO, ainda permanecem em boa<br />

parte intactos, apresentando uma paisagem contínua<br />

extensa e valiosíssima de arquitetura urbana do barroco<br />

As instituições leigas começariam a ter um peso<br />

maior por volta do século XVIII, com a<br />

multiplicação de demandas e instâncias<br />

administrativas na colônia que crescia, mas não<br />

chegaram a constituir um grande mercado para os<br />

artistas, não houve tempo. A administração civil<br />

logo ganharia força com a chegada da corte<br />

portuguesa em 1808, que transformou o perfil<br />

institucional do território, mas impediu uma<br />

continuidade do barroco pelo seu apoio<br />

declarado ao estilo neoclássico.


Bibliografia<br />

• http://www.pitoresco.com.br/art_data/maneirismo/index.htm<br />

• http://www.pegue.com/artes/arquitetura_maneirista.htm<br />

• http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/maneirismo/maneirismo4.php<br />

• http://www.romeartlover.it/Vasi186.htm<br />

• http://galerias.escritacomluz.com/christia<strong>no</strong>/IgrejadeSaoVicentedeFora<br />

• http://profema<strong>no</strong>el.googlepages.com/maneirismo.pdf<br />

• Atlas dos Monumentos Históricos e Artísticos do <strong>Brasil</strong>, Augusto Carlos da<br />

Silva Telles

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