Prevalência e características da disfagia em ... - StimuluSense
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Quanto aos probl<strong>em</strong>as pulmonares (tabela 33), a sua recorrência<br />
pode sugerir aspiração traqueal (Sakata, 1999). Verificou-se neste estudo que 10,2%<br />
<strong>da</strong> amostra apresentou alterações pulmonares, o que está de acordo com a baixa<br />
prevalência de crianças com aspiração. Na literatura pesquisa<strong>da</strong> não foram<br />
encontra<strong>da</strong>s referências relativas à prevalência de afecções pulmonares.<br />
No que concerne às alterações nas estruturas dos órgãos<br />
fonoarticulatórios (tabelas 34 a 43), observou-se prevalência de mobili<strong>da</strong>de reduzi<strong>da</strong> e<br />
atípica de língua (26,5%) caracteriza<strong>da</strong> por movimento “in-out”, segui<strong>da</strong> de mobili<strong>da</strong>de<br />
reduzi<strong>da</strong> de lábios (20,4%), mobili<strong>da</strong>de reduzi<strong>da</strong> de mandíbula e movimentos orais<br />
incoordenados (16,3%), hipotensão de lábios e de bochechas (14,3%), postura habitual<br />
de lábios entreabertos (14,3%) e hipotensão de língua (6,1%). As alterações <strong>da</strong><br />
mobili<strong>da</strong>de, força ou coordenação <strong>da</strong> musculatura oral pod<strong>em</strong> causar alterações na<br />
preparação do alimento e no controle <strong>da</strong> fase preparatória e oral, predispondo o<br />
indivíduo à per<strong>da</strong> precoce do bolo alimentar para a faringe e possível aspiração (Pilz,<br />
1999). A alteração na mobili<strong>da</strong>de de mandíbula pode ser afeta<strong>da</strong> por traumas na<br />
região. Um estudo realizado com 55 pacientes pediátrico vítimas de TCE apresentou<br />
prevalência alterações <strong>da</strong> musculatura oral <strong>em</strong> 20% <strong>da</strong> amostra (Rosado et al, 2005).<br />
Em relação à via de alimentação utiliza<strong>da</strong> durante o período de<br />
internação hospitalar, a literatura pesquisa<strong>da</strong> aponta a necessi<strong>da</strong>de de utilizar uma via<br />
alternativa quando a alimentação por VO não é suficiente para suprir as necessi<strong>da</strong>des<br />
orgânicas e nutricionais do paciente (Macedo Filho et al, 2000) ou não é segura e<br />
eficiente (Rosado et al, 2005). É necessário que a equipe responsável pelo<br />
atendimento <strong>da</strong> criança a avalie constant<strong>em</strong>ente, quando é utiliza<strong>da</strong> a via alternativa<br />
para alimentação, para evitar as complicações <strong>da</strong> nutrição enteral (Diener, et al, 2001).<br />
Estudos descrev<strong>em</strong> que a prevalência do uso de via alternativa varia de 100%<br />
(Botelho, Silva, 2003) a 18,2% dos indivíduos (SNG) e o uso de VO exclusiva <strong>em</strong><br />
aproxima<strong>da</strong>mente 81,8% (Rosado et al, 2005). No presente estudo (tabela 44), 18,4%<br />
<strong>da</strong>s crianças utilizou VO exclusiva e 81,6% utilizaram algum tipo de via alternativa<br />
durante o período de internação, sendo que a SNG apresentou maior prevalência<br />
(69,4%), segui<strong>da</strong> de gastrostomia (32,7%), SNE e nutrição parenteral (10,2%) e SOG<br />
(6,1%). Nenhum dos indivíduos <strong>da</strong> amostra utilizou son<strong>da</strong> nasoesofágica ou<br />
jejunostomia. A alta prevalência de uso de son<strong>da</strong> pode estar relaciona<strong>da</strong> ao estado de<br />
saúde mais grave dos pacientes pertencentes à amostra.<br />
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