Prevalência e características da disfagia em ... - StimuluSense
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a 5 anos de i<strong>da</strong>de (De Paula et al, 2002). A ampla faixa etária encontra<strong>da</strong> no presente<br />
estudo pode ser justifica<strong>da</strong> pelo fato ter utilizado análise de prontuários <strong>da</strong>s crianças<br />
interna<strong>da</strong>s no setor de pediatria para a coleta dos <strong>da</strong>dos s<strong>em</strong> restrição para a faixa<br />
etária.<br />
Em relação ao peso, os <strong>da</strong>dos obtidos variaram de 1,080 Kg a<br />
75,000 Kg, com média de 12,424 ±16,067 Kg (tabela 5). A descrição do peso é um<br />
<strong>da</strong>do importante, pois influencia na dosag<strong>em</strong> dos medicamentos. Durante a coleta dos<br />
<strong>da</strong>dos observou-se que alguns prontuários não descreviam o peso <strong>da</strong> criança.<br />
Observou-se também que geralmente o peso <strong>da</strong>s crianças oscilou, o que dificultou<br />
definir a causa <strong>da</strong> per<strong>da</strong> de peso. Dentre a literatura pesquisa<strong>da</strong>, não houve estudos<br />
que abor<strong>da</strong>ss<strong>em</strong> essa variável, portanto não foi possível confrontar os achados com<br />
outras pesquisas.<br />
Quanto à naturali<strong>da</strong>de e local de residência (tabela 6), observou-se<br />
que a maioria <strong>da</strong>s crianças era natural (40,8%) e residia <strong>em</strong> Belo Horizonte (49%),<br />
seguido de ci<strong>da</strong>des do interior de Minas Gerais (34,7% e 26,5%), região metropolitana<br />
(18,3% e 22,5%) e ci<strong>da</strong>des de outra uni<strong>da</strong>de federativa (6,1% e 2,0%). Não foram<br />
encontrados na literatura pesquisa<strong>da</strong> <strong>da</strong>dos relativos ao local de nascimento e<br />
residência dos pacientes.<br />
Em relação ao ve<strong>da</strong>mento labial, a literatura aponta a importância<br />
desse controle motor oral para a deglutição segura e eficiente. A ausência do<br />
ve<strong>da</strong>mento labial pode gerar alterações na etapa seguinte do processo de deglutição,<br />
com potencial somatório, como, por ex<strong>em</strong>plo, reduzindo a pressão oral necessária para<br />
a ejeção de o bolo alimentar para a faríngea (Aurélio et al, 2002; Vivone et al, 2007).<br />
Estudos descrev<strong>em</strong> a prevalência de ve<strong>da</strong>mento labial deficiente variando entre 28%<br />
(Aurélio et al, 2002) e 96,9% dos indivíduos (Furkim et al, 2003). No presente estudo,<br />
46,9% dos indivíduos apresentou alteração no ve<strong>da</strong>mento labial, o que corrobora a<br />
literatura pesquisa<strong>da</strong> (tabela 7).<br />
Quanto à presença de sialorréia (tabela 8), 22,4% <strong>da</strong>s crianças<br />
apresentaram tal sintoma. Na literatura copila<strong>da</strong>, a sialorréia esteve presente <strong>em</strong> 63%<br />
(Aurélio et al, 2002) e 90% dos indivíduos avaliados (Vivone et al, 2007). Estudos<br />
indicam que a sialorréia, dentre outros sintomas, pode indicar imaturi<strong>da</strong>de do SEG e<br />
causar transtornos <strong>da</strong> função motora oral (Vivone et al, 2007). O que sugere que várias<br />
crianças interna<strong>da</strong>s no setor de pediatria apresentaram imaturi<strong>da</strong>de do SEG.<br />
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