Prevalência e características da disfagia em ... - StimuluSense
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no ve<strong>da</strong>mento labial, 55,5% apresentaram escape oral, 88,8% apresentaram<br />
mastigação lenta e incoordena<strong>da</strong>, 60% apresentaram ejeção oral fraca e 36,3%<br />
apresentaram aumento do t<strong>em</strong>po de trânsito oral. Na fase faríngea 20 crianças<br />
apresentaram alterações, sendo que 15% realizaram múltiplas deglutições, 20%<br />
apresentaram redução <strong>da</strong> elevação laríngea e 25% apresentaram sinais clínicos de<br />
penetração e/ou aspiração laríngea à ausculta cervical. O TCE mais comum foi de grau<br />
leve presente <strong>em</strong> 63,3% <strong>da</strong> amostra. Sobre o grau de <strong>disfagia</strong>, 34 pacientes<br />
apresentaram deglutição normal, 16 <strong>disfagia</strong> leve, 3 <strong>disfagia</strong> modera<strong>da</strong> e 2 <strong>disfagia</strong><br />
grave. Observou-se na pesquisa a relação entre o grau de <strong>disfagia</strong> e do TCE; quando o<br />
traumatismo é leve a maioria dos pacientes apresenta deglutição normal e quando é o<br />
TCE é de grau grave o paciente apresenta algum grau de <strong>disfagia</strong> (Rosado et al, 2005).<br />
2.1.4.3 Atresia do esôfago congênita<br />
A atresia do esôfago congênita é uma malformação no esôfago<br />
resultante de uma falha no desenvolvimento <strong>em</strong>brionário que pode ser diagnostica<strong>da</strong><br />
no período pré-natal por meio <strong>da</strong> ultra-sonografia. Pode ocorrer concomitant<strong>em</strong>ente a<br />
outras anomalias e geralmente se associa à fístula tráqueo-esofágica distal (Cagliari,<br />
1999).<br />
A atresia do esôfago é corrigi<strong>da</strong> por meio de cirurgia nas primeiras<br />
horas de vi<strong>da</strong>, mas quando há fatores que impeçam a realização <strong>da</strong> cirurgia a<br />
gastrostomia é o meio de nutrição mais indicado (Cagliari, 1999).<br />
Após a correção do esôfago a criança pode apresentar<br />
complicações que variam de acordo com o tipo de defeito, tipo de reparo cirúrgico e<br />
<strong>características</strong> estruturais <strong>da</strong> criança. Algumas complicações, como a dismotili<strong>da</strong>de<br />
esofageal, formação <strong>da</strong> estenose, impactação de corpo estranho, RGE e<br />
traqueomalácia pod<strong>em</strong> provocar <strong>disfagia</strong>, pois pode haver resistência na passag<strong>em</strong> do<br />
alimento e risco de aspiração, além de dificul<strong>da</strong>des respiratórias e braquicardia durante<br />
ou após a alimentação (Cagliari, 1999).<br />
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