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Prevalência e características da disfagia em ... - StimuluSense

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2.1.4 Causas <strong>da</strong> <strong>disfagia</strong><br />

A <strong>disfagia</strong> se manifesta como um sintoma de várias enfermi<strong>da</strong>des<br />

ou malformações que interfer<strong>em</strong> nas estruturas envolvi<strong>da</strong>s no processo de deglutição,<br />

comprometendo o seu funcionamento, sendo que as lesões cerebrais são as mais<br />

freqüentes causas de <strong>disfagia</strong> (De Paula et al, 2002).<br />

Um estudo realizado com 15 lactentes com i<strong>da</strong>de gestacional (IG)<br />

entre 28 e 39 s<strong>em</strong>anas e sete dias, avaliados por um fonoaudiólogo e<br />

otorrinolaringologista, observou que a patologia mais diagnostica<strong>da</strong> nos pacientes<br />

foram neurológica (53%), segui<strong>da</strong> de probl<strong>em</strong>as pulmonares (47%), estruturais (33%) e<br />

gastroenterológicos (7%) (Botelho, Silva, 2003).<br />

2.1.4.1 PC<br />

É uma lesão não progressiva no cérebro imaturo provocando<br />

alterações motoras e posturais. Freqüent<strong>em</strong>ente a PC está associa<strong>da</strong> a distúrbios na<br />

fala, visão, audição, percepção e um certo grau de retardo mental (Sakata, 1999).<br />

As dificul<strong>da</strong>des motoras pod<strong>em</strong> afetar a motrici<strong>da</strong>de orofacial (MO),<br />

o que torna essas crianças propensas a desenvolver a <strong>disfagia</strong>. Geralmente observa-se<br />

dificul<strong>da</strong>de de deglutir a própria saliva, regurgitação nasal, tosse no momento <strong>da</strong><br />

alimentação e instabili<strong>da</strong>de respiratória ou apnéia (Aurélio et al, 2002).<br />

Um estudo realizado com 32 crianças com PC tetraparética<br />

espástica teve o objetivo de avaliar e comparar a deglutição por meio <strong>da</strong> avaliação<br />

fonoaudiológica e videofluoroscópica. A i<strong>da</strong>de dos indivíduos variou de um ano e seis<br />

meses a oito anos e três meses, sendo 20 crianças do sexo masculino e 12 do sexo<br />

f<strong>em</strong>inino, com comprometimento mental e motor grave. Na avaliação clínica <strong>da</strong><br />

deglutição foi oferecido suco e iogurte na seringa e depois no utensílio habitual <strong>da</strong><br />

criança. Foram observados, na fase oral a captação do bolo, o ve<strong>da</strong>mento labial e o<br />

preparo do bolo; na fase faríngea observou-se sinais sugestivos de aspiração, como<br />

tosse, dispnéia e voz molha<strong>da</strong>. Na videofluoroscopia foram observados, na fase oral a<br />

captação do bolo, o ve<strong>da</strong>mento labial, o preparo e posicionamento do bolo, a ejeção<br />

oral e estase <strong>em</strong> cavi<strong>da</strong>de oral; na fase faríngea observaram-se ve<strong>da</strong>mento<br />

velofaríngeo, aspiração e estase <strong>em</strong> recessos faríngeos. To<strong>da</strong>s as crianças avalia<strong>da</strong>s<br />

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