Prevalência e características da disfagia em ... - StimuluSense
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O suporte nutricional é realizado por meio de tubag<strong>em</strong> gástrica,<br />
entérica ou esofágica coloca<strong>da</strong> por meio <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de nasal ou oral. A tubag<strong>em</strong> gástrica<br />
caracteriza-se pela colocação de um cateter curto no estômago e na tubag<strong>em</strong> entérica<br />
a son<strong>da</strong> é introduzi<strong>da</strong> até o trato intestinal. Já na tubag<strong>em</strong> esofágica a son<strong>da</strong> não<br />
ultrapassa o esfíncter esofágico inferior. Outras vias de alimentação são a gastrostomia<br />
e jejunostomia (Macedo Filho et al, 2000).<br />
A gastrostomia é a comunicação do estômago com o meio externo,<br />
cria<strong>da</strong> por meio de cirurgia. Para realizar o procedimento é necessário que não haja<br />
transtornos gastrintestinais que impeçam a utilização <strong>da</strong> gastrostomia como via de<br />
administração de nutrientes. Quando a comunicação é feita na alça jejunal, denomina-<br />
se jejunostomia (Macedo Filho et al, 2000).<br />
Em pacientes acamados, sonolentos, com diminuição <strong>da</strong> motili<strong>da</strong>de<br />
gástrica, ausência do reflexo do vômito e alto risco de aspiração laringotraqueal deve-<br />
se evitar o uso de son<strong>da</strong> nasogástrica (SNG) (Macedo Filho et al, 2000).<br />
A nutrição enteral pode provocar complicações que pod<strong>em</strong> ser<br />
preveni<strong>da</strong>s e minimiza<strong>da</strong>s pela monitoração constante do paciente, seguindo um<br />
protocolo de controle que inclua a administração <strong>da</strong> dieta, o balanço hidroeletrolítico e<br />
avaliação <strong>da</strong> tolerância gastrointestinal (Diener et al, 2001).<br />
A utilização prolonga<strong>da</strong> <strong>da</strong>s SNG, nasoentérica (SNE) ou<br />
nasoesofágica é desaconselha<strong>da</strong> devido ao desconforto, trauma psíquico, aumento <strong>da</strong><br />
secreção <strong>da</strong> árvore respiratória e irritação <strong>da</strong> nasofaringe, faringe e estômago.<br />
Portanto, quando o período de nutrição enteral for superior a três meses é indica<strong>da</strong> a<br />
realização de gastrostomia ou jejunostomia, como via alternativa de alimentação<br />
(Rosado et al, 2005).<br />
A nutrição pode também se realizar por mais de uma via<br />
simultaneamente. Dependendo do estado de saúde geral do paciente e do grau de<br />
<strong>disfagia</strong> pode-se associar a VO e nutrição enteral. Porém é necessário utilizar técnicas<br />
específicas para minimizar o potencial de aspiração e/ou facilitar a deglutição além de<br />
supervisão durante a alimentação (Padovani et al, 2007).<br />
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