Prevalência e características da disfagia em ... - StimuluSense
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2.1.2 Sintomas <strong>da</strong> <strong>disfagia</strong><br />
Os comprometimentos <strong>da</strong> fase oral caracterizam-se por alterações<br />
no ve<strong>da</strong>mento labial, mobili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> língua, mastigação, reflexos orais, fechamento<br />
velofaríngeo, percepção sensorial para gosto, t<strong>em</strong>peratura e textura do alimento (Pilz,<br />
1999).<br />
Já os pacientes com alterações na fase faríngea apresentam<br />
engasgo, tosse, náusea, regurgitação nasal ou dificul<strong>da</strong>de respiratória por aspiração.<br />
Esses sintomas são provocados pelo atraso ou ausência no reflexo de deglutição,<br />
incoordenação no fechamento do EES (freqüente <strong>em</strong> crianças de dois ou três meses,<br />
devido à imaturi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s estruturas), redução na contração <strong>da</strong> musculatura <strong>da</strong> laringe,<br />
alteração na elevação e fechamento <strong>da</strong> laringe (Pilz, 1999).<br />
A <strong>disfagia</strong> esofagiana pode ser decorrente de alterações estruturais<br />
do esôfago, esofagite e RGE. As principais queixas são de dor ao deglutir (odinofagia),<br />
dor torácica, sensação de pressão durante a passag<strong>em</strong> do alimento, vômito e<br />
regurgitação (Pilz, 1999).<br />
A entra<strong>da</strong> de alimento ou secreção na laringe <strong>em</strong> região subglótica<br />
denomina-se aspiração e caracteriza-se como um dos principais indicativos de <strong>disfagia</strong><br />
e um grave sintoma, pois dependendo do estado de saúde geral do paciente, <strong>da</strong><br />
quanti<strong>da</strong>de e freqüência <strong>da</strong> aspiração pode provocar alterações respiratórias, como a<br />
pneumonia (Pilz, 1999).<br />
Há três mecanismos que proteg<strong>em</strong> os pulmões contra a aspiração,<br />
são eles: tosse, fechamento laríngeo e deglutição. Se algum desses mecanismos falhar<br />
ain<strong>da</strong> há a possibili<strong>da</strong>de de eliminar o material aspirado por meio <strong>da</strong> ação ciliar (Pilz,<br />
1999).<br />
A <strong>disfagia</strong> pode gerar complicações secundárias que dev<strong>em</strong> ser<br />
diagnostica<strong>da</strong>s precoc<strong>em</strong>ente, pois indicam o agravamento clínico e pod<strong>em</strong> levar o<br />
paciente ao óbito. A modificação do nível de consciência, a desidratação, a desnutrição<br />
e a pneumonia constitu<strong>em</strong> esses sinais clínicos secundários (Macedo Filho et al, 2000).<br />
O acúmulo de secreção provocado por aspiração maciça, redução<br />
<strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de laríngea ou <strong>da</strong> força muscular dos músculos respiratórios pod<strong>em</strong> levar<br />
a hipox<strong>em</strong>ia e hipercarbia, que compromet<strong>em</strong> o SNC, reduzindo o nível de alerta e,<br />
conseqüent<strong>em</strong>ente, o nível de consciência (Macedo Filho et al, 2000).<br />
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