Prevalência e características da disfagia em ... - StimuluSense
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Resumo<br />
Objetivos: Descrever as <strong>características</strong> individuais dos pacientes; identificar os<br />
sintomas clínicos de <strong>disfagia</strong> mais freqüentes; identificar o tipo de <strong>disfagia</strong> e a via de<br />
alimentação; relacionar a ocorrência de <strong>disfagia</strong> ao diagnóstico médico; descrever o<br />
t<strong>em</strong>po médio de internação; identificar o número e o tipo de encaminhamentos<br />
realizados na ocasião <strong>da</strong> alta hospitalar. Métodos: A pesquisa foi realiza<strong>da</strong> por meio de<br />
coleta de <strong>da</strong>dos de 49 prontuários de crianças interna<strong>da</strong>s no setor de pediatria e que<br />
receberam atendimento fonoaudiológico no ano de 2006. Os prontuários foram<br />
resgatados no Serviço de Arquivo Médico e Estatística a partir do nome dos pacientes<br />
fornecidos pela fonoaudióloga que atuava no setor. Foram coletados <strong>da</strong>dos referentes<br />
às <strong>características</strong> individuais e clínicas dos pacientes no período de abril a maio de<br />
2008. Os <strong>da</strong>dos foram analisados utilizando os testes Exato de Fisher e Qui Quadrado,<br />
considerando nível de significância inferior a 5%. Resultados: Dos 49 prontuários<br />
consultados 24 (49%) pacientes eram do sexo masculino e 25 (51%) do sexo f<strong>em</strong>inino.<br />
A i<strong>da</strong>de dos pacientes variou entre 1 dia de vi<strong>da</strong> e 17 anos (média: 3,1; DP: 4,9). A<br />
prevalência de <strong>disfagia</strong> orofaríngea foi de 87,8% (43), sendo que os principais sinais e<br />
sintomas encontrados foram: ve<strong>da</strong>mento labial deficiente (46,9%); presença de estase<br />
oral (42,9%); sucção débil (28,6%); alteração de mobili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> língua (26,5%);<br />
sialorréia (22,4%); alteração de mobili<strong>da</strong>de de lábio (20,4%); atraso no disparo do<br />
reflexo de deglutição 20,4%; estase <strong>em</strong> recessos faríngeos (16,3%); penetração<br />
(10,2%); aspiração do alimento (10,2%) e presença de engasgos (8,2%). Quanto à via<br />
alternativa utiliza<strong>da</strong> para a alimentação, 34 (69,4%) utilizaram son<strong>da</strong> nasogástrica e 9<br />
(18,4%) utilizaram via oral exclusiva durante o período de internação; na ocasião <strong>da</strong><br />
alta hospitalar 27 (60%) utilizaram via oral e 3 (6,1%) utilizaram son<strong>da</strong> nasogástrica. O<br />
t<strong>em</strong>po de internação variou entre 10 e 224 dias (média: 68,5; DP: 52,4). 18 (36,7%)<br />
pacientes receberam 1 encaminhamento à alta hospitalar e 1 (2,0%) paciente recebeu<br />
8 encaminhamentos, sendo que os encaminhamentos mais freqüentes foram para<br />
neurologista (32,7%), fisioterapia (20,4), fonoaudiólogo (16,3%) e pneumologistas<br />
(12,2%). Houve associação estatisticamente significante entre <strong>disfagia</strong> orofaríngea e<br />
alterações <strong>da</strong>s fases preparatória, oral, faríngea e alterações estruturais do sist<strong>em</strong>a<br />
estomatognático. Contudo, não se obteve valor de p significante para as associações<br />
entre presença de <strong>disfagia</strong> orofaríngea e via de alimentação, patologia de base e<br />
encaminhamentos para profissionais de saúde e medicamentos. Conclusão: A<br />
prevalência de <strong>disfagia</strong> foi alta entre os pacientes atendidos pelo serviço de<br />
Fonoaudiologia assim como dos sinais e sintomas clínicos a ela relacionados,<br />
reforçando a necessi<strong>da</strong>de de formação nesta área do profissional que atua <strong>em</strong><br />
hospitais pediátricos.<br />
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