O Turismo em 2008 - Turismo de Portugal
O Turismo em 2008 - Turismo de Portugal
O Turismo em 2008 - Turismo de Portugal
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1 •<br />
O <strong>Turismo</strong><br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>
• 2
O TurismO<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
Índice<br />
sumário executivo 6<br />
O <strong>Turismo</strong> na economia nacional 10<br />
enquadramento <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> no <strong>Turismo</strong> mundial e europeu 14<br />
movimento <strong>de</strong> Fluxos Turísticos 18<br />
<strong>Portugal</strong> como <strong>de</strong>stino Turístico 28<br />
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos <strong>de</strong>stinos regionais<br />
Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Norte 40<br />
Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Centro 48<br />
Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo 56<br />
Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Alentejo 64<br />
Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Algarve 72<br />
Região Autónoma dos Açores 80<br />
Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira 88<br />
conceitos estatísticos 96
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
sumáriO<br />
execuTivO
sumáriO execuTivO<br />
O <strong>Turismo</strong> <strong>em</strong> <strong>2008</strong> é a publicação que reúne e analisa<br />
os principais indicadores estatísticos da activida<strong>de</strong> tu‑<br />
rística <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, com base <strong>em</strong> informação <strong>de</strong> diver‑<br />
sas fontes, <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas.<br />
A presente publicação apresenta a informação estatís‑<br />
tica mais relevante sobre o turismo <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e uma<br />
análise regional organizada <strong>de</strong> acordo com as Áreas<br />
Regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> (ART), <strong>de</strong>finidas nos termos do<br />
novo regime para efeitos <strong>de</strong> organização e planeamen‑<br />
to turístico <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> continental (<strong>de</strong>creto ‑lei<br />
n.º 67/<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Abril), assim como das Regiões<br />
Autónomas dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira.<br />
A publicação está estruturada <strong>em</strong> duas partes:<br />
• Numa primeira parte, correspon<strong>de</strong>nte aos quatro pri‑<br />
meiros capítulos, apresenta ‑se uma análise da acti‑<br />
vida<strong>de</strong> turística <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, com a abordag<strong>em</strong> da<br />
importância económica do turismo nacional, do seu<br />
posicionamento no Mundo e na Europa e da avalia‑<br />
ção do respectivo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, nas perspectivas da<br />
oferta e da procura.<br />
• Numa segunda parte, correspon<strong>de</strong>nte ao quinto ca‑<br />
pítulo, é efectuada uma análise aos aspectos mais<br />
relevantes que caracterizam as cinco Áreas Regio‑<br />
nais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Continente e as Regiões Autóno‑<br />
mas dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira.<br />
SuMÁRiO ExECuTiVO • 8<br />
A informação constante <strong>de</strong>sta publicação permite tra‑<br />
çar o retrato do <strong>Turismo</strong> <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> para <strong>2008</strong>,<br />
<strong>de</strong>stacando ‑se os seguintes aspectos:<br />
• O movimento <strong>de</strong> fluxos turísticos <strong>de</strong> 13,4 milhões <strong>de</strong><br />
passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos internacionais<br />
nos aeroportos nacionais revela um crescimento ho‑<br />
mólogo <strong>de</strong> 3,2%, que se ficou a <strong>de</strong>ver à variação<br />
positiva dos voos low cost (+25,5%), porquanto as<br />
outras tipologias <strong>de</strong> voos apresentaram <strong>de</strong>crésci‑<br />
mos.<br />
• Estes fluxos traduziram ‑se num ligeiro acréscimo <strong>de</strong><br />
0,5% nas receitas turísticas, face a 2007, que atingi‑<br />
ram os 7,4 mil milhões <strong>de</strong> euros <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>. De<br />
salientar que o aumento <strong>de</strong> 4,4% registado no pri‑<br />
meiro s<strong>em</strong>estre indiciava um bom ano turístico, no<br />
entanto, <strong>de</strong>vido à recessão económica com que o<br />
mundo se confrontou no segundo s<strong>em</strong>estre, verificou‑<br />
‑se neste s<strong>em</strong>estre um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,1%, que<br />
condicionou o resultado final.<br />
• Apesar da conjuntura económica <strong>de</strong>sfavorável, o<br />
Consumo Turístico interior <strong>de</strong> 17,5 mil milhões <strong>de</strong><br />
euros traduziu ‑se num crescimento <strong>de</strong> 2,5% relati‑<br />
vamente a 2007, consi<strong>de</strong>rado um ano turístico <strong>de</strong><br />
excepção. De salientar ainda que este aumento cor‑<br />
respon<strong>de</strong>u a um incr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> +0,6 p.p. face à va‑<br />
riação positiva <strong>de</strong> 1,9% do PIB.<br />
• Em <strong>2008</strong>, registaram ‑se 39,2 milhões <strong>de</strong> dormidas<br />
nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e<br />
apartamentos turísticos, que se saldaram num <strong>de</strong>‑<br />
créscimo <strong>de</strong> 1,3% face a 2007, justificado pela evo‑<br />
lução negativa <strong>de</strong> 5,4% registada no segundo se‑<br />
mestre, porquanto no primeiro s<strong>em</strong>estre se tinha<br />
verificado um aumento <strong>de</strong> 2%.<br />
• Esta procura hoteleira traduziu ‑se num ligeiro au‑<br />
mento <strong>de</strong> 1,1 % no total <strong>de</strong> proveitos registados nos<br />
estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e aparta‑<br />
mentos turísticos, que atingiram os 2 mil milhões <strong>de</strong><br />
euros.
9 • SuMÁRiO ExECuTiVO<br />
• Os cinco países que concentram 67% das dormidas<br />
dos resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro (Espanha, Reino uni‑<br />
do, França, Al<strong>em</strong>anha e Holanda) apresentaram no<br />
seu conjunto uma diminuição <strong>de</strong> 3,3%, para a qual<br />
muito contribuiu o <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 5,2% registado<br />
pelo mercado do Reino Unido, como reacção à <strong>de</strong>s‑<br />
valorização da libra face ao euro.<br />
• De assinalar, no entanto, as evoluções positivas que<br />
os mercados da França e da Holanda registaram, <strong>de</strong><br />
10,3% e 8,1%, respectivamente, resultado do acrés‑<br />
cimo <strong>de</strong> voos realizados para estes mercados, nome‑<br />
adamente para a Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira.<br />
• Apesar do comportamento negativo das dormidas<br />
nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e<br />
apar ta mentos turísticos registado no país, a Região<br />
Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira apresentou um significativo<br />
crescimento <strong>de</strong> 3,6%.<br />
• A estrutura da oferta <strong>de</strong> camas dos estabelecimentos<br />
hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos,<br />
ao contrário da tendência das dormidas, apresentou<br />
um aumento <strong>de</strong> 3,5% no país, tendo ‑se verificado<br />
variações positivas <strong>em</strong> todas as regiões (Áreas Re‑<br />
gionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e Regiões Autónomas).<br />
• De relevar ainda que as regiões on<strong>de</strong> se registaram<br />
maiores aumentos na oferta <strong>de</strong> camas, ART Norte<br />
(+6,6%) e Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira (+4,4%),<br />
foram também as regiões com comportamentos po‑<br />
sitivos nas dormidas.<br />
• Este <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho turístico reflectiu ‑se quer na evo‑<br />
lução das taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama, que, com o valor<br />
<strong>de</strong> 41,3% registado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, se traduziu numa di‑<br />
minuição homóloga <strong>de</strong> 1,7 p.p., quer ainda ao nível<br />
do RevPar, que atingiu o valor <strong>de</strong> 34,41€ o que repre‑<br />
sentou um ligeiro <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 0,70€, face a<br />
2007.<br />
• Em <strong>2008</strong>, na sequência da instabilida<strong>de</strong> económica e<br />
à s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> outras regiões mundiais, assistiu‑<br />
‑se a um crescimento do turismo interno <strong>de</strong> 2% e a<br />
uma retracção <strong>de</strong> 3,8% nas viagens dos resi<strong>de</strong>ntes<br />
para o estrangeiro. De assinalar ainda que se realiza‑<br />
ram no próprio país 85% dos 10,5 milhões <strong>de</strong> via‑<br />
gens dos resi<strong>de</strong>ntes.<br />
Em síntese, o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, que ficará na história pelo<br />
início da crise financeira que abalou os mercados mun‑<br />
diais a partir <strong>de</strong> meados do ano, apresentou para o<br />
turismo <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> duas velocida<strong>de</strong>s: a primeira me‑<br />
ta<strong>de</strong> do ano com a manutenção do bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho<br />
<strong>de</strong> 2007, e a segunda meta<strong>de</strong> a ressentir ‑se da retrac‑<br />
ção económica dos seus principais mercados.
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
O TurismO<br />
na ecOnOmia<br />
naciOnal
O TurismO na ecOnOmia naciOnal<br />
O ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> foi particularmente difícil para as eco‑<br />
nomias mundiais, tendo ‑se assistido não só a violentas<br />
flutuações no preço do petróleo, com subidas históri‑<br />
cas no primeiro s<strong>em</strong>estre seguidas <strong>de</strong> quedas brutais<br />
no segundo s<strong>em</strong>estre, como também à espiral <strong>de</strong>scen‑<br />
<strong>de</strong>nte dos mercados financeiros, que se traduz na <strong>de</strong>‑<br />
gradação das «economias reais» no último s<strong>em</strong>estre<br />
do ano.<br />
O turismo dificilmente po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reflectir esta<br />
conjuntura, que se traduziu num crescimento <strong>de</strong> 5%,<br />
no primeiro s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, das chegadas <strong>de</strong> turis‑<br />
tas internacionais no mundo, e numa diminuição <strong>de</strong><br />
1,3% no último s<strong>em</strong>estre, o que se saldou numa varia‑<br />
ção <strong>de</strong> +2% no final do ano, relativamente a 2007.<br />
Estes resultados correspond<strong>em</strong> unicamente às chega‑<br />
das <strong>de</strong> turistas internacionais, porque para muitos<br />
<strong>de</strong>stinos o turismo interno revestiu ‑se <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> im‑<br />
portância. Esta foi a situação verificada <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>,<br />
que apesar da grave situação económica com um cres‑<br />
cimento <strong>de</strong> 1,9% do PIB a preços correntes, apresen‑<br />
tou um aumento <strong>de</strong> 2,5% do consumo turístico inte‑<br />
rior.<br />
Em termos globais, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a procura turística re‑<br />
ceptora e interna avaliada pelo consumo ultrapassou<br />
os 17,5 mil milhões <strong>de</strong> euros, ou seja, mais 435 mi‑<br />
lhões <strong>de</strong> euros do que <strong>em</strong> 2007 (+2,5%).<br />
O TuRiSMO NA ECONOMiA NACiONAL • 12<br />
consumo Turístico interior<br />
Milhões <strong>de</strong> Euros<br />
18.000<br />
17.000<br />
16.000<br />
15.000<br />
14.000<br />
13.000<br />
12.000<br />
8,4%<br />
Consumo Turístico Interior<br />
12,7%<br />
Legenda: * (Estimados) P (Preliminares) D (Definitivos)<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
2,5%<br />
2006D 2007P <strong>2008</strong>*<br />
15.149 17.078 17.513
13 • O TuRiSMO NA ECONOMiA NACiONAL<br />
Este incr<strong>em</strong>ento, registado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, torna ‑se ainda<br />
mais relevante se consi<strong>de</strong>rarmos que se está a compa‑<br />
rar o ano <strong>de</strong> 2007, um dos melhores anos turísticos do<br />
País, com um ano que <strong>em</strong> termos económicos corres‑<br />
pon<strong>de</strong>u ao início <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>saceleração num contexto<br />
<strong>de</strong> crise mundial.<br />
consumo Turístico interior no PiBpm<br />
Milhões <strong>de</strong> Euros<br />
180.000 11,5%<br />
120.000<br />
60.000<br />
0<br />
PIBpm<br />
9,7%<br />
2006 D 2007 P <strong>2008</strong>*<br />
Consumo Turístico Interior<br />
10,5%<br />
Importância do CTI no PIBpm<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
10,5%<br />
10,5%<br />
9,5%<br />
8,5%<br />
Apesar da conjuntura económica <strong>de</strong>sfavorável, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong> o crescimento do consumo turístico interior<br />
(+2,5%) versus a evolução da economia nacional ava‑<br />
liada a preços <strong>de</strong> mercado (+1,9%), revela que o tu‑<br />
rismo cresceu a um ritmo superior ao da economia, o<br />
que já se tinha verificado <strong>em</strong> anos anteriores, nomea‑<br />
damente 8,4% vs. 4,2%, <strong>em</strong> 2006, e 12,7% vs. 4,9%,<br />
<strong>em</strong> 2007, mas com uma diferença menos acentuada.<br />
Essa pequena diferença nos ritmos <strong>de</strong> crescimento<br />
traduziu ‑se na subida ligeira do peso do consumo tu‑<br />
rístico interior no Produto Interno Bruto a preços <strong>de</strong><br />
mercado, que representou 10,53%, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, contra<br />
10,46% registado <strong>em</strong> 2007.
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
enquadramenTO<br />
<strong>de</strong> POrTugal<br />
nO TurismO<br />
mundial e eurOPeu
As chegadas <strong>de</strong> turistas internacionais atingiram, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, um total <strong>de</strong> 922 milhões <strong>em</strong> todo o mundo, que<br />
significou um crescimento <strong>de</strong> 2% face a 2007. Este<br />
incr<strong>em</strong>ento contraria a tendência <strong>de</strong> crescimento mé‑<br />
dio anual <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 6% verificado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005.<br />
É, no entanto, <strong>de</strong> ressalvar que o crescimento regista‑<br />
do no fim do ano se ficou a <strong>de</strong>ver fundamentalmente<br />
ao segundo s<strong>em</strong>estre, que, com um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />
1%, contrariou o crescimento <strong>de</strong> 5% registado no pri‑<br />
meiro s<strong>em</strong>estre.<br />
uma análise por regiões do mundo revela que a Euro‑<br />
pa, apesar <strong>de</strong> continuar a ser o <strong>de</strong>stino mais procurado,<br />
com 53% do total mundial, foi o único continente que<br />
apresentou uma estagnação (+0,3% face a 2007), en‑<br />
quanto as regiões <strong>de</strong> Ásia e África, com crescimentos<br />
na ord<strong>em</strong> dos 6%, representam <strong>em</strong> conjunto apenas<br />
25% do total mundial <strong>de</strong> chegadas <strong>de</strong> turistas interna‑<br />
cionais.<br />
De <strong>de</strong>stacar que as sub ‑regiões da Europa do Sul/Me‑<br />
diterrâneo e do Centro/Este com variações positivas<br />
<strong>de</strong> 0,8% e <strong>de</strong> 3,1%, respectivamente,contrariaram os<br />
<strong>de</strong>créscimos das regiões do Norte ( ‑1,9%) e do Oci‑<br />
<strong>de</strong>nte ( ‑1,1%).<br />
As receitas internacionais do turismo, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, regis‑<br />
taram 642 mil milhões <strong>de</strong> euros, o que se traduziu<br />
num crescimento <strong>de</strong> 2,6% face a 2007, seguindo as‑<br />
sim a tendência verificada para as chegadas.<br />
ENquADRAMENTO DE PORTugAL NO TuRiSMO MuNDiAL E EuROPEu • 16<br />
enquadramenTO <strong>de</strong> POrTugal<br />
nO TurismO mundial e eurOPeu<br />
A Europa, que representa 50,2% do total mundial,<br />
apresentou um pequeno crescimento das receitas in‑<br />
ternacionais <strong>de</strong> 1,4%, quando avaliadas a preços cor‑<br />
rentes, pois a preços constantes, essa variação é mes‑<br />
mo negativa, <strong>de</strong> ‑1,1%.<br />
A análise comparativa, entre 2007 e <strong>2008</strong>, das taxas<br />
<strong>de</strong> variação revela para <strong>Portugal</strong> uma estagnação das<br />
Receitas Internacionais a preços correntes (+0,5%),<br />
motivado pelo <strong>de</strong>créscimo ocorrido no segundo s<strong>em</strong>es‑<br />
tre <strong>de</strong> ‑2,1%, já que no primeiro s<strong>em</strong>estre os resulta‑<br />
dos atingiram acréscimos muito favoráveis (+4,3%).<br />
No contexto mundial, <strong>Portugal</strong> posicionou ‑se, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, na 25.ª posição do ranking, <strong>de</strong>scendo 2 lugares<br />
relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007, <strong>em</strong>bora a sua repre‑<br />
sentação se tivesse mantido <strong>em</strong> 1,2%.<br />
No âmbito da procura turística para o <strong>de</strong>stino Europa,<br />
<strong>Portugal</strong> ocupou o 15.º lugar do ranking das receitas<br />
internacionais <strong>de</strong> turismo, com uma quota <strong>de</strong> 2,3%,<br />
que mantém <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007.<br />
Na Europa, a região do Sul/Mediterrâneo, on<strong>de</strong> se in‑<br />
clui <strong>Portugal</strong>, é a mais importante <strong>em</strong> termos turísti‑<br />
cos, representando 38,8% das receitas <strong>de</strong>ste Conti‑<br />
nente, com 124,9 mil milhões <strong>de</strong> euros, e com um<br />
crescimento <strong>de</strong> 2,9%, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, superior à registada<br />
para o total <strong>de</strong>sta macrorregião.<br />
receitas internacionais do <strong>Turismo</strong> (mil milhões <strong>de</strong> euros) ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
mundo 642,0 2,6 16,0 4,0<br />
europa 322,1 1,4 4,6 3,3<br />
<strong>Portugal</strong> 7,4 0,5 0,0 5,6<br />
FONTE: OMT
17 • ENquADRAMENTO DE PORTugAL NO TuRiSMO MuNDiAL E EuROPEu<br />
evolução <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> no Top mundial e europeu – quota e ranking<br />
Quota Receitas Mundo<br />
Quota Receitas Europa<br />
FONTE: INE – OMT<br />
3,00<br />
2,50<br />
2,00<br />
1,50<br />
1,00<br />
0,50<br />
Se alargarmos a análise para o conjunto dos países da<br />
Bacia do Mediterrâneo, incluindo os países do Norte <strong>de</strong><br />
África, <strong>Portugal</strong> <strong>de</strong>tém a 8.ª posição no indicador das<br />
receitas internacionais <strong>de</strong> turismo, contra a 6.ª posi‑<br />
ção registada <strong>em</strong> 2007. O Egipto e a Croácia, com<br />
crescimentos <strong>de</strong> 8,8%, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram os mercados<br />
turísticos que subiram no ranking. Para esta perfor‑<br />
mance muito contribuiu o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acessos<br />
mais fáceis, aliado a preços mais atractivos quando<br />
comparados com os <strong>de</strong>stinos da Zona Euro.<br />
Analisando, no entanto, a situação nos últimos três<br />
anos, assistiu ‑se a uma tendência <strong>de</strong> recuperação para<br />
<strong>Portugal</strong>, com valores acima da performance do <strong>de</strong>sti‑<br />
no Europa (+5,6% <strong>de</strong> variação média anual para Por‑<br />
tugal vs. +3,3% <strong>de</strong> variação média ao ano para a Eu‑<br />
ropa, no período 2006 ‑<strong>2008</strong>) e do conjunto dos<br />
<strong>de</strong>stinos mundiais (+5,6% para <strong>Portugal</strong> contra +4,0%<br />
para o mundo), <strong>em</strong> parte explicado por fenómenos <strong>de</strong><br />
natureza cambial, <strong>de</strong>signadamente a <strong>de</strong>svalorização<br />
do dolar face ao euro.<br />
13º<br />
23º<br />
2006 2007<br />
<strong>2008</strong><br />
1,13<br />
2,22<br />
14º<br />
23º<br />
1,18<br />
2,33<br />
1,15<br />
2,30<br />
<strong>Portugal</strong> registou uma variação média anual positiva<br />
<strong>de</strong> 5,6% no período 2006 ‑<strong>2008</strong>, acima dos aumentos<br />
médios anuais <strong>de</strong> 5,4% apresentados pela Turquia e<br />
Tunísia, e apenas superado pelo Egipto (+10,1%) e<br />
pela Croácia (+8,4%). Destinos como a Espanha<br />
(+1,2%) e a França (+1,1%) registaram uma perfor‑<br />
mance inferior ao da geração <strong>de</strong> receitas para os <strong>de</strong>s‑<br />
tinos nacionais.<br />
15º<br />
25º
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
mOvimenTO<br />
<strong>de</strong> FluxOs<br />
TurÍsTicOs
mOvimenTO <strong>de</strong> FluxOs TurÍsTicOs<br />
Movimentos nos Aeroportos<br />
Em <strong>2008</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaram nos aeroportos nacionais<br />
13,4 milhões <strong>de</strong> passageiros, o que se traduziu num<br />
acréscimo <strong>de</strong> 3,2% face a 2007, dos quais 82,4%<br />
oriundos <strong>de</strong> voos internacionais e 17,6% <strong>de</strong> voos do‑<br />
mésticos.<br />
MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 20<br />
O acréscimo do número <strong>de</strong> passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barca‑<br />
dos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> ficou a <strong>de</strong>ver ‑se ao aumento <strong>de</strong> 25,5%<br />
registado por aqueles que optaram por viajar <strong>em</strong> voos<br />
low ‑cost, pois nas outras tipologias <strong>de</strong> voos registaram‑<br />
‑se <strong>de</strong>créscimos <strong>de</strong> 2,5% nos voos tradicionais e<br />
12,9% nos voos charter.<br />
Passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos internacionais ∆ 08/07 quota<br />
Por aeroportos e tipo <strong>de</strong> vôo (milhares) <strong>2008</strong> % abs. %<br />
Porto 2.232,4 14,8 288 16,7<br />
Tradicionais 1.202,1 0,6 7 15,0<br />
Low Cost 939,0 44,9 291 23,4<br />
Charters 91,3 ‑9,8 ‑10 6,8<br />
lisboa 6.752,8 2,1 142 50,5<br />
Tradicionais 5.401,1 ‑0,2 ‑10 67,2<br />
Low Cost 1.104,2 18,8 175 27,5<br />
Charters 247,5 ‑8,7 ‑24 18,5<br />
Faro 2.669,4 -0,3 -8 19,9<br />
Tradicionais 221,4 ‑31,7 ‑103 2,8<br />
Low Cost 1.846,8 14,9 240 46,0<br />
Charters 601,2 ‑19,4 ‑145 45,0<br />
Ponta <strong>de</strong>lgada 451,7 -2,3 -11 3,4<br />
Tradicionais<br />
Low Cost<br />
378,0 ‑1,2 ‑5 4,7<br />
Charters 73,7 ‑7,6 ‑6 5,5<br />
Funchal 1.277,3 0,4 5 9,5<br />
Tradicionais 829,7 ‑10,0 ‑92 10,3<br />
Low Cost 124,6 * 110 3,1<br />
Charters 323,0 ‑3,9 ‑13 24,2<br />
Total 13.383,6 3,2 416 100,0<br />
Tradicionais 8.032,3 ‑2,5 ‑202 100,0<br />
Low Cost 4.014,8 25,5 816 100,0<br />
Charters 1.336,6 ‑12,9 ‑198 100,0<br />
* Em Out/2007 iniciou‑se a operação low‑cost para voos internacionais e <strong>em</strong> Out/<strong>2008</strong> para voos domésticos<br />
FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>
21 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />
Os aeroportos <strong>de</strong> Lisboa e Faro concentraram 70% do<br />
movimento proveniente <strong>de</strong> voos internacionais, ou<br />
seja, 9,4 milhões <strong>de</strong> passageiros. O comportamento<br />
<strong>de</strong>stes dois aeroportos foi. contudo, diferenciado: en‑<br />
quanto o aeroporto <strong>de</strong> Lisboa aumentou 2,1% face a<br />
2007 (ou seja, +142 mil passageiros), o <strong>de</strong> Faro <strong>de</strong>‑<br />
cresceu 0,3%.<br />
As quotas dos passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>em</strong> voos<br />
low ‑cost nestes dois aeroportos, <strong>em</strong> relação ao total<br />
do país neste tipo <strong>de</strong> tarifa, foram <strong>de</strong> 46% para Faro e<br />
<strong>de</strong> 28% para Lisboa. Esta forte representativida<strong>de</strong>, as‑<br />
sociada aos acréscimos <strong>de</strong> 175 mil passageiros <strong>em</strong> Lis‑<br />
boa e 240 mil passageiros <strong>em</strong> Faro, <strong>de</strong>terminaram os<br />
resultados globais atingidos.<br />
Relativamente ao aeroporto <strong>de</strong> Faro, a estabilida<strong>de</strong><br />
atingida foi motivada exclusivamente pelo aumento<br />
dos voos low ‑cost, já que os voos tradicionais alcança‑<br />
ram o <strong>de</strong>créscimo mais acentuado do país ( ‑31,7%).<br />
O aeroporto do Porto, terceiro maior do país, com 2,2<br />
milhões <strong>de</strong> passageiros e uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
17%, registou entre 2007 e <strong>2008</strong> o maior crescimento<br />
(+14,8%). Relativamente a 2006, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaram<br />
neste aeroporto mais 588 mil passageiros <strong>de</strong> voos low‑<br />
‑cost, o que perfez um aumento médio anual <strong>de</strong> 20%,<br />
mais 396 mil oriundos <strong>de</strong> voos tradicionais, que ape‑<br />
nas cresceram 0,3% ao ano, e os <strong>de</strong> voos charter<br />
apresentaram mesmo um <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong><br />
5,0% ( ‑6 mil passageiros que <strong>em</strong> 2006).<br />
Em Outubro <strong>de</strong> 2007 teve início, no aeroporto do Fun‑<br />
chal, a operação low ‑cost para voos internacionais e<br />
<strong>em</strong> Outubro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, para voos domésticos. Esta nova<br />
operação foi essencial para que este aeroporto, que<br />
Passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos<br />
internacionais por aeroporto – milhares<br />
4.000.0<br />
3.500.0<br />
3.000.0<br />
2.500.0<br />
2.000.0<br />
1.500.0<br />
1.000.0<br />
500.0<br />
0<br />
852,8<br />
1.042,5<br />
1.º S<strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />
1.º S<strong>em</strong> 2007<br />
3.014,2<br />
Porto Lisboa Faro Ponta<br />
Delgada<br />
FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
3.181,7<br />
1.198,4<br />
1.197,7<br />
202,5<br />
202,1<br />
601,8<br />
624,7<br />
Funchal<br />
representou 10% do movimento global do país, com<br />
1,3 milhões <strong>de</strong> passageiros, apresentasse, face a 2007,<br />
um ligeiro aumento homólogo (+0,4%), tendo presen‑<br />
te que os passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos tradi‑<br />
cionais (que representaram 65% do movimento total<br />
<strong>de</strong>ste aeroporto) e charters <strong>de</strong>cresceram, respectiva‑<br />
mente, 10% e 3,9%.<br />
O aeroporto <strong>de</strong> Ponta Delgada acolheu 452 mil passa‑<br />
geiros e apresentou, relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007,<br />
um <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong> 2,3%, ou seja, menos 11<br />
mil passageiros, dos quais 6 mil seriam utilizadores <strong>de</strong><br />
voos charter e 5 mil <strong>de</strong> voos tradicionais. Os passagei‑<br />
ros <strong>de</strong> voos tradicionais representaram, neste aero‑<br />
porto, 84% do movimento global.<br />
A crise económica mundial ocorrida <strong>em</strong> meados do ano<br />
<strong>de</strong> <strong>2008</strong> traduziu ‑se por comportamentos diferencia‑<br />
dos da economia, entre o primeiro e o segundo s<strong>em</strong>es‑<br />
tre, que se reflectiram no movimento <strong>de</strong> passageiros<br />
nos aeroportos.<br />
uma análise por s<strong>em</strong>estres do número <strong>de</strong> passageiros<br />
chegados aos aeroportos nacionais, com orig<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
voos internacionais, revela que o aeroporto <strong>de</strong> Lisboa<br />
apresentou tendências opostas nos dois s<strong>em</strong>estres re‑<br />
ferenciados e, aten<strong>de</strong>ndo à quota que este aeroporto<br />
<strong>de</strong>tém no país (51% do movimento global), as suas<br />
evoluções são <strong>de</strong>terminantes nos resultados globais.<br />
Em relação ao primeiro s<strong>em</strong>estre, o número <strong>de</strong> passa‑<br />
geiros neste aeroporto foi <strong>de</strong> 3,2 milhões e represen‑<br />
tou, face ao s<strong>em</strong>estre homólogo <strong>de</strong> 2007, um acrésci‑<br />
mo <strong>de</strong> 5,6%. O movimento global nos aeroportos<br />
nacionais, neste mesmo período, foi <strong>de</strong> 6,2 milhões e<br />
aumentou 6,5%, face ao ano prece<strong>de</strong>nte.<br />
Passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos<br />
internacionais por aeroporto – milhares<br />
4.000.0<br />
3.500.0<br />
3.000.0<br />
2.500.0<br />
2.000.0<br />
1.500.0<br />
1.000.0<br />
500.0<br />
0<br />
1.091,4<br />
1.189,9<br />
2.º S<strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />
2.º S<strong>em</strong> 2007<br />
3.597,1<br />
Porto Lisboa Faro Ponta<br />
Delgada<br />
FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
3.571,1<br />
1.478,7<br />
1.471,7<br />
260,0<br />
249,6<br />
671,0<br />
652,6<br />
Funchal
Relativamente ao segundo s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o valor<br />
alcançado pelo aeroporto <strong>de</strong> Lisboa foi <strong>de</strong> 3,6 milhões,<br />
o que se traduziu num ligeiro <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong><br />
0,7%. Os aeroportos nacionais acolheram, nesse perí‑<br />
odo, 7,1 milhões <strong>de</strong> passageiros, que representaram<br />
uma relativa igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> valores face a 2007<br />
(+0,5%).<br />
O aeroporto do Porto, que <strong>de</strong>tém 17% do movimento<br />
global, também apresentou evoluções com intensida‑<br />
<strong>de</strong>s diferentes, <strong>em</strong>bora com a mesma tendência. No<br />
primeiro s<strong>em</strong>estre atingiu 1 milhão <strong>de</strong> passageiros e<br />
no segundo, 1,2 milhões, que representaram aumen‑<br />
tos homólogos <strong>de</strong> 22,2% e 9,0%, respectivamente.<br />
Situação idêntica ocorreu no aeroporto do Funchal,<br />
com 625 mil passageiros nos primeiros seis meses,<br />
que significaram um acréscimo <strong>de</strong> 3,8%, e 653 mil<br />
passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados no segundo s<strong>em</strong>estre,<br />
que representaram, face ao s<strong>em</strong>estre homólogo <strong>de</strong><br />
2007, um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,7%.<br />
Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros com <strong>de</strong>s<strong>em</strong>‑<br />
barques nos aeroportos nacionais, responsáveis por<br />
um aumento médio ao ano <strong>de</strong> 8,4% entre 2006 e<br />
<strong>2008</strong>, ultrapassaram os 70% <strong>de</strong> representação no to‑<br />
tal <strong>de</strong> passageiros (o Top5 concentrou 54% do movi‑<br />
mento global). Essa quota aumentou 3 p.p. <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2006.<br />
MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 22<br />
volume <strong>de</strong> passageiros* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />
Volume <strong>de</strong><br />
Passageiros<br />
Des<strong>em</strong>barcados<br />
[Milhares]<br />
2.800,0<br />
2.600,0<br />
2.400,0<br />
2.200,0<br />
2.000,0<br />
1.800,0<br />
1.600,0<br />
1.400,0<br />
1.200,0<br />
1.000,0<br />
800,0<br />
600,0<br />
400,0<br />
200,0<br />
Espanha<br />
0,0<br />
-5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0<br />
* <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos internacionais<br />
FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
Irlanda<br />
Holanda<br />
R. Unido<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
Itália<br />
Bélgica<br />
Brasil<br />
França<br />
Suiça<br />
% 08/07<br />
O Reino unido, com 2,7 milhões <strong>de</strong> passageiros e uma<br />
quota <strong>de</strong> 20% nas chegadas <strong>de</strong> estrangeiros a Portu‑<br />
gal, registou um crescimento médio anual, entre 2006<br />
e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 7,4%, traduzindo ‑se esta percentag<strong>em</strong>, <strong>em</strong><br />
termos absolutos, <strong>em</strong> mais 364 mil passageiros.<br />
A Espanha, segundo maior mercado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />
passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados (1,4 milhões, que signifi‑<br />
caram 11% das chegadas do estrangeiro), registou um<br />
aumento homólogo absoluto <strong>de</strong> 266 mil passageiros<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 (+11%), <strong>em</strong>bora com um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />
3%, entre 2007 e <strong>2008</strong>.<br />
Os mercados da Al<strong>em</strong>anha e da França, com 1,2 mi‑<br />
lhões <strong>de</strong> passageiros cada, posicionaram ‑se <strong>em</strong> tercei‑<br />
ro e quarto lugares, respectivamente, com quotas <strong>de</strong><br />
9%, e contribuíram conjuntamente com mais 310 mil<br />
passageiros <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 até <strong>2008</strong>, o que equivaleu a<br />
um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 4,5% para a Al<strong>em</strong>a‑<br />
nha e <strong>de</strong> 9,9% para a França.<br />
Em quinto lugar surgiu o Brasil, com 633 mil passagei‑<br />
ros, que representaram 5% do total <strong>de</strong> passageiros<br />
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, e que mant<strong>em</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2006, um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 8,6%.
23 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />
Movimentos nos Portos Marítimos<br />
Em <strong>2008</strong>, os portos marítimos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> registaram<br />
838 mil passageiros <strong>em</strong> trânsito (cruzeiros), o que sig‑<br />
nificou um acréscimo <strong>de</strong> 25,9% relativamente a 2007,<br />
ou seja, mais 172 mil passageiros.<br />
Passageiros <strong>em</strong> trânsito por portos<br />
marítimos [<strong>2008</strong>]<br />
Funchal<br />
47%<br />
FONTE: PM – Portos Marítimos<br />
Ponta<br />
Delgada<br />
5%<br />
Douro/<br />
Leixões<br />
3%<br />
Portimão<br />
1%<br />
Lisboa<br />
44%<br />
O Porto do Funchal e <strong>de</strong> Lisboa representaram 91% do<br />
total <strong>de</strong> passageiros <strong>em</strong> trânsito a nível nacional, com<br />
395 mil e 368,6 mil passageiros, respectivamente, o<br />
que significou, face a 2007, aumentos <strong>de</strong> 21,4% e<br />
34,8%, respectivamente (+70 mil passageiros no Fun‑<br />
chal e +95 mil passageiros <strong>em</strong> Lisboa).<br />
Procura Turística dos Resi<strong>de</strong>ntes<br />
Em <strong>2008</strong>, o número <strong>de</strong> viagens turísticas efectuadas<br />
pelos resi<strong>de</strong>ntes foi <strong>de</strong> 10,5 milhões, valor que supe‑<br />
rou <strong>em</strong> 1,1% o número <strong>de</strong> 2007. Este ligeiro aumento<br />
ficou a <strong>de</strong>ver ‑se às viagens efectuadas <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong><br />
(8,9 milhões), que se traduziram num aumento homó‑<br />
logo <strong>de</strong> 2%, já que as que se <strong>de</strong>stinaram ao estrangei‑<br />
ro diminuíram 3,8%.<br />
Os resi<strong>de</strong>ntes optaram <strong>de</strong> uma forma clara por viajar<br />
<strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> (85% do total das viagens turísticas efec‑<br />
tuadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), <strong>em</strong>bora esse valor tenha sofrido um<br />
<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 3 p.p. entre 2006 e 2007, para voltar a<br />
registar um ligeiro aumento <strong>em</strong> <strong>2008</strong> (+0,8 p.p.).<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista sazonal, as viagens dos resi<strong>de</strong>ntes<br />
atingiram o seu número máximo nos meses <strong>de</strong> Verão<br />
e <strong>em</strong> Dez<strong>em</strong>bro. Entre Julho e Set<strong>em</strong>bro efectuaram‑<br />
‑se 42% do total das viagens do ano e <strong>em</strong> Dez<strong>em</strong>bro,<br />
12%.<br />
Ao longo do ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> a evolução do número <strong>de</strong><br />
viagens turísticas efectuadas pelos resi<strong>de</strong>ntes teve um<br />
comportamento algo diferenciado e contrário ao que<br />
ocorreu nos estabelecimentos hoteleiros.<br />
Efectivamente constatou ‑se que, no primeiro s<strong>em</strong>estre<br />
do ano, se registaram 3,6 milhões <strong>de</strong> viagens, contra<br />
4,4 milhões <strong>em</strong> 2007, o que se traduziu num <strong>de</strong>crésci‑<br />
mo <strong>de</strong> 17,5%, ou seja, menos 767 mil viagens. Apenas<br />
os meses <strong>de</strong> Março (mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>) e Maio registaram aumentos homólogos <strong>de</strong><br />
6,1% e 1,8%, respectivamente.<br />
Procura Turística dos resi<strong>de</strong>ntes ∆ 08/07 quota<br />
<strong>de</strong>stino da viag<strong>em</strong> (milhares) <strong>2008</strong> % abs. %<br />
<strong>Portugal</strong> 8.935,2 2,0 175 85,0<br />
Estrangeiro 1.576,9 ‑3,8 ‑62 15,0<br />
Total 10.512,1 1,1 113 100,0<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
evolução mensal das viagens dos resi<strong>de</strong>ntes – milhares<br />
2.200<br />
2.000<br />
1.800<br />
1.600<br />
1.400<br />
1.200<br />
1.000<br />
800<br />
600<br />
400<br />
200<br />
0<br />
2007<br />
<strong>2008</strong><br />
576,8<br />
376,1<br />
739,4<br />
477,6<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Relativamente ao segundo s<strong>em</strong>estre, com 6,9 milhões<br />
<strong>de</strong> viagens, atingiu ‑se um acréscimo homólogo <strong>de</strong><br />
14,6% (+880 mil viagens). Para esta evolução contri‑<br />
buiu o aumento <strong>de</strong> movimento nos meses <strong>de</strong> Verão<br />
(+456 mil viagens, que figuraram um aumento <strong>de</strong><br />
11,6%) e também mais 237 mil viagens realizadas <strong>em</strong><br />
Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong> (+23,7%).<br />
As viagens turísticas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes para o estrangeiro<br />
fizeram ‑se sobretudo pela via aérea (52,5%, que re‑<br />
presentaram 829 mil viagens). Em 2007, o avião foi<br />
também o meio <strong>de</strong> transporte mais usado, com uma<br />
quota no total <strong>de</strong> 58,1%.<br />
855,9<br />
907,8<br />
738,4<br />
525,6<br />
614,0<br />
625,3<br />
862,2<br />
707,2<br />
MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 24<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
1.128,1<br />
1.297,2<br />
viagens por país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino [<strong>2008</strong>]<br />
Outros<br />
48%<br />
1.941,3<br />
2.144,4<br />
868,9<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
3%<br />
953,1<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
559,7<br />
Reino<br />
Unido<br />
3%<br />
610,4<br />
515,9<br />
Espanha<br />
35%<br />
França<br />
11%<br />
652,2<br />
998,8<br />
1.235,3
25 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />
Dos resi<strong>de</strong>ntes que optaram viajar para o estrangeiro<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 69% fê ‑lo para a Zona Euro (70% <strong>em</strong> 2007),<br />
e Espanha foi o país mais procurado (35% do total)<br />
com 545 mil viagens. Relativamente ao ano prece<strong>de</strong>n‑<br />
te, este mercado per<strong>de</strong>u 8,2 p.p. <strong>de</strong> quota e menos<br />
163 mil viagens turísticas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes.<br />
Para França realizaram ‑se 171 mil viagens turísticas<br />
dos resi<strong>de</strong>ntes, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, e <strong>em</strong>bora se tivess<strong>em</strong> reali‑<br />
zado menos 3 mil viagens do que no ano anterior, a<br />
quota manteve ‑se <strong>em</strong> 11%.<br />
Nas viagens turísticas realizadas pelos resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong><br />
<strong>Portugal</strong>, o automóvel foi o meio <strong>de</strong> transporte preferi‑<br />
do (96,4% do total <strong>de</strong> viagens).<br />
viagens por nuTs ii [<strong>2008</strong>]<br />
Alentejo<br />
12%<br />
Algarve<br />
16%<br />
Lisboa<br />
14%<br />
Açores<br />
2%<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Ma<strong>de</strong>ira<br />
1%<br />
Norte<br />
22%<br />
Centro<br />
33%<br />
As regiões Centro e Norte foram as mais visitadas pe‑<br />
los resi<strong>de</strong>ntes e 55% das viagens <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> (4,9<br />
milhões) foram feitas para estes <strong>de</strong>stinos. Em 2007<br />
estes mesmos <strong>de</strong>stinos tinham acolhido 49% das via‑<br />
gens, ou seja, 4,4 milhões <strong>de</strong> viagens.<br />
As regiões do Algarve e <strong>de</strong> Lisboa surgiram <strong>em</strong> terceiro<br />
e quarto lugares, respectivamente, com 16% e 14%<br />
<strong>de</strong> quota. Para estes <strong>de</strong>stinos realizaram ‑se conjunta‑<br />
mente 2,6 milhões <strong>de</strong> viagens, que, relativamente a<br />
2007, representaram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 304 mil via‑<br />
gens turísticas ( ‑10,5%).<br />
A região do Alentejo posicionou ‑se na quinta posição<br />
com 12% do total das viagens turísticas, ou seja, 1,1<br />
milhões. Esta região <strong>de</strong>cresceu 1,9% <strong>em</strong> relação ao<br />
ano prece<strong>de</strong>nte, o que correspon<strong>de</strong>u a menos 21 mil<br />
viagens.<br />
As regiões dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira não foram além <strong>de</strong><br />
2% e 1% <strong>de</strong> quota, respectivamente. Estes dois <strong>de</strong>sti‑<br />
nos acolheram 315 mil viagens turísticas e apresenta‑<br />
ram, face a 2007, um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 17 mil viagens.<br />
Consi<strong>de</strong>rando os quatro principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino<br />
nas viagens turísticas dos resi<strong>de</strong>ntes, o motivo <strong>de</strong> «La‑<br />
zer, Recreio e Férias» correspon<strong>de</strong>u s<strong>em</strong>pre a mais <strong>de</strong><br />
60% no conjunto <strong>de</strong> razões apresentadas, para a rea‑<br />
lização das viagens.<br />
viagens dos resi<strong>de</strong>ntes, por país <strong>de</strong>stino<br />
e motivo [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
18,7<br />
21,3<br />
60,0<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
Lazer, Recreio e Férias<br />
Visita a Familiares e Amigos<br />
Negócios/Profissionais<br />
30,8<br />
2,1<br />
67,1<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
17,0<br />
18,9<br />
64,1<br />
24,4<br />
10,0<br />
65,5<br />
Espanha França Reino Unido<br />
Espanha foi, como se referiu, o <strong>de</strong>stino preferido pelos<br />
resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e a motivação <strong>de</strong> viajar por<br />
«Lazer, Recreio e Férias» justificou 67% do total (365<br />
mil viagens). A segunda motivação, com 31% das res‑<br />
postas, que fundamentou 168 mil viagens, pren<strong>de</strong>u ‑se<br />
com motivos <strong>de</strong> «Negócios/Motivos Profissionais».<br />
França foi o segundo país para on<strong>de</strong> os resi<strong>de</strong>ntes mais<br />
viajaram <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, e 64% <strong>de</strong>ssas viagens (110 mil)<br />
aconteceram por «Lazer, Recreio e Férias». Para este<br />
mercado a segunda motivação referida foi «Visita a<br />
Familiares e Amigos», e registou 32 mil viagens (19%<br />
do total <strong>de</strong> viagens realizadas para este país). Relacio‑<br />
nadas com «Negócios/Motivos Profissionais», realizaram‑<br />
‑se 29 mil viagens (17% do total).
Viajar para o Reino unido e para a Al<strong>em</strong>anha por «La‑<br />
zer, Recreio e Férias» representou, para cada um <strong>de</strong>s‑<br />
tes países, 66% e 60% das motivações. O segundo<br />
motivo das viagens para o Reino unido foi «Negócios/<br />
Motivos Profissionais» (24% das viagens realizadas),<br />
enquanto para a Al<strong>em</strong>anha a segunda motivação foi<br />
«Visita a Familiares e Amigos», com 21% das viagens<br />
realizadas.<br />
Nas viagens turísticas realizadas <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, o moti‑<br />
vo principal e comum a todas as regiões, com valores<br />
s<strong>em</strong>pre superiores a 50%, foi «Lazer, Recreio e Fé‑<br />
rias».<br />
As regiões do Centro e Norte foram o <strong>de</strong>stino, respec‑<br />
tivamente, <strong>de</strong> 1,8 milhões e <strong>de</strong> 2 milhões das viagens<br />
dos resi<strong>de</strong>ntes. Nestas regiões foi comum a motivação<br />
maioritária <strong>de</strong> viajar por «Lazer, Recreio e Férias», com<br />
62% e 59% das respostas, respectivamente.<br />
viagens dos resi<strong>de</strong>ntes, por nuTs ii e motivo [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
4,2<br />
37,3<br />
58,5<br />
Norte<br />
Lazer, Recreio e Férias<br />
Visita a Familiares e Amigos<br />
Negócios/Profissionais<br />
5,2<br />
33,2<br />
61,6<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
10,5<br />
38,9<br />
50,6<br />
MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 26<br />
Refira ‑se, no entanto, que a região do Algarve, com<br />
1,4 milhões <strong>de</strong> viagens, totalizou, com esta motivação<br />
(«Lazer, Recreio e Férias»), o mesmo número <strong>de</strong> via‑<br />
gens que a região Norte (1,2 milhões).<br />
A «Visita a Familiares e Amigos» foi a segunda motiva‑<br />
ção para quase todas as regiões, com excepção da Ma‑<br />
<strong>de</strong>ira, on<strong>de</strong> a motivação «Negócios/Motivos Profissio‑<br />
nais» aparece como segunda escolha.<br />
Nas viagens turísticas realizadas pelos resi<strong>de</strong>ntes<br />
durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, cada turista gastou <strong>em</strong> média<br />
48,59€ por dia. Esse valor superou <strong>em</strong> 11,25€ o que<br />
se registou <strong>em</strong> 2007, ou seja, +30,1%.<br />
A <strong>de</strong>spesa média diária efectuada por turista, nas via‑<br />
gens <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, representou cerca <strong>de</strong> um terço do<br />
valor das viagens realizadas no estrangeiro no entan‑<br />
to, o aumento verificado, entre 2007 e <strong>2008</strong>, no turis‑<br />
mo interno correspon<strong>de</strong>u a 41,7%, enquanto para o<br />
estrangeiro esse acréscimo foi <strong>de</strong> 19,7%.<br />
1,8<br />
32,6<br />
65,5<br />
Centro Lisboa Alentejo<br />
Algarve Açores Ma<strong>de</strong>ira<br />
Procura Turística dos resi<strong>de</strong>ntes ∆ 08/07<br />
<strong>de</strong>spesa média diária por turista – € <strong>2008</strong> % abs.<br />
<strong>Portugal</strong> 36,95 41,7 10,88<br />
Estrangeiro 80,84 19,7 13,29<br />
Total 48,59 30,1 11,25<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
3,1<br />
10,5<br />
86,4<br />
13,5<br />
32,6<br />
53,9<br />
16,5<br />
11,4<br />
72,1
27 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />
Balança Turística<br />
As receitas do turismo atingiram 7,4 mil milhões <strong>de</strong> eu‑<br />
ros, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, ou seja, +0,5% face a 2007, o que signi‑<br />
ficou um acréscimo absoluto <strong>de</strong> 38 milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Para este ligeiro aumento global, contribuíram princi‑<br />
palmente a França, que, com uma representativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 16% no total das receitas, aumentou 6,3% (+71<br />
milhões <strong>de</strong> euros), face a 2007; a Al<strong>em</strong>anha, que, com<br />
uma quota <strong>de</strong> 11% apresentou um acréscimo <strong>de</strong> 2,9%<br />
(+23 milhões <strong>de</strong> euros), e a Holanda (4% <strong>de</strong> quota),<br />
com um aumento homólogo <strong>de</strong> 7,6%, ou seja, +21<br />
milhões <strong>de</strong> euros.<br />
O Reino unido, principal mercado <strong>em</strong>issor para Portu‑<br />
gal, com uma quota <strong>de</strong> 22% no total das receitas do<br />
turismo, apresentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um <strong>de</strong>créscimo homó‑<br />
logo <strong>de</strong> 8,4% ( ‑150 milhões <strong>de</strong> euros), principalmente<br />
motivado pelo facto <strong>de</strong> a libra esterlina ter <strong>de</strong>svaloriza‑<br />
do face ao euro, <strong>em</strong> especial no último trimestre do<br />
ano, levando os britânicos a reduzir<strong>em</strong> as viagens para<br />
a Zona Euro.<br />
O mercado espanhol, que faz parte dos cinco principais<br />
mercados <strong>em</strong>issores para <strong>Portugal</strong>, com uma quota <strong>de</strong><br />
15%, apresentou também um ligeiro <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />
1,8% ( ‑21 milhões <strong>de</strong> euros).<br />
As <strong>de</strong>spesas do turismo ascen<strong>de</strong>ram a 2,9 mil milhões<br />
<strong>de</strong> euros, que se traduziram, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, num saldo po‑<br />
sitivo da balança turística <strong>de</strong> 4,5 mil milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Este montante representou um <strong>de</strong>créscimo absoluto<br />
<strong>de</strong> 32 milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Entre 2006 e <strong>2008</strong>, o crescimento médio anual das<br />
receitas (5,6%) foi apenas ligeiramente superior ao<br />
crescimento verificado nas <strong>de</strong>spesas (5,2%), que sig‑<br />
nifica, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> saldo, um crescimento médio ao<br />
ano na ord<strong>em</strong> dos 5,9%.<br />
receitas <strong>de</strong> turismo por país <strong>de</strong> residência<br />
[<strong>2008</strong>]<br />
Outros<br />
33%<br />
EUA<br />
3%<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
11%<br />
FONTE: BP – Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
Espanha<br />
15%<br />
Reino<br />
Unido<br />
22%<br />
França<br />
16%<br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> cobertura do sector do turismo foi<br />
<strong>de</strong> 27%, o que significou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 5,5 p.p.<br />
face ao ano <strong>de</strong> 2007. A balança corrente atingiu um<br />
saldo negativo <strong>de</strong> 20.163 milhões <strong>de</strong> euros, com o<br />
contributo do saldo positivo da balança turística (7.440<br />
milhões <strong>de</strong> euros).<br />
S<strong>em</strong> o contributo do sector do turismo, a balança cor‑<br />
rente atingiu um saldo negativo <strong>de</strong> 27.603 milhões <strong>de</strong><br />
euros, valor que correspon<strong>de</strong>u a um agravamento do<br />
saldo (+4.827 milhões <strong>de</strong> euros) face ao período ho‑<br />
mólogo do ano prece<strong>de</strong>nte. Ao longo dos anos, o saldo<br />
da balança turística t<strong>em</strong> contribuído positivamente<br />
para a diminuição do défice da balança comercial.<br />
<strong>2008</strong> ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
Balança Turística (milhões <strong>de</strong> €) % abs. 08/06<br />
Receitas 7.440,1 0,5 38 5,6<br />
Despesas 2.938,8 2,4 70 5,2<br />
saldo 4.501,3 -0,7 -32 5,9<br />
FONTE: BP – Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
Balança corrente e <strong>de</strong> capital <strong>2008</strong><br />
(1) Saldo da Balança Corrente (milhões <strong>de</strong> €) ‑20.163,0 <br />
(2) Saldo da Balança Turística (milhões <strong>de</strong> €) 7.440,1 <br />
(3) Saldo da Balança Corrente (s<strong>em</strong> <strong>Turismo</strong>) [(1)‑(2)] (milhões <strong>de</strong> €) ‑27.603,1 <br />
(4) Taxa <strong>de</strong> cobertura [(2)/(3)*100] (%) 27,0 <br />
FONTE: BP – Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
POrTugal<br />
cOmO <strong>de</strong>sTinO<br />
TurÍsTicO
POrTugal cOmO <strong>de</strong>sTinO TurÍsTicO<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
Em <strong>2008</strong> existiam <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> 2.041 estabelecimen‑<br />
tos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos,<br />
com uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 273.975 camas, o que, <strong>em</strong><br />
relação ao ano <strong>de</strong> 2007, representa um aumento <strong>de</strong><br />
9 estabelecimentos e 3,5% das camas. Relativamente<br />
às outras tipologias <strong>de</strong> <strong>em</strong>preendimentos turísticos,<br />
<strong>Portugal</strong> dispunha <strong>de</strong> 1.047 estabelecimentos <strong>de</strong> Turis‑<br />
mo <strong>de</strong> Habitação e <strong>Turismo</strong> no Espaço Rural com<br />
11.692 camas e <strong>de</strong> 229 Parques <strong>de</strong> Campismo <strong>em</strong><br />
funcionamento, com capacida<strong>de</strong> para alojar 185.302<br />
campistas.<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e regiões autónomas <strong>2008</strong><br />
PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 30<br />
Incidindo a análise exclusivamente sobre o número <strong>de</strong><br />
camas dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos<br />
e apartamentos turísticos, por ser o mais representati‑<br />
vo, constatou ‑se que 74% da oferta <strong>de</strong> camas do país<br />
se concentram nas Áreas Regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> (ART)<br />
do Algarve, Lisboa e Vale do Tejo e Norte. Todas as ART<br />
apresentaram acréscimos significativos face a 2007.<br />
Os maiores aumentos relativos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> regis‑<br />
taram ‑se na ART Norte e na Região Autónoma da<br />
Ma<strong>de</strong>ira, com 6,6% e 4,4%, respectivamente.<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Norte 38.817 2.396 14,2<br />
Centro 24.524 544 9,0<br />
Lisboa e Vale do Tejo 65.895 2.227 24,1<br />
Alentejo 8.853 49 3,2<br />
Algarve 98.724 2.544 36,0<br />
R. A. Açores 8.662 265 3,2<br />
R. A. Ma<strong>de</strong>ira 28.500 1.203 10,4<br />
Total 273.975 9.228 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
capacida<strong>de</strong>* <strong>em</strong> camas por tipologia – quota [<strong>2008</strong>]<br />
12,7%<br />
5,2%<br />
0,9%<br />
17,9%<br />
13,2%<br />
50,1%<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />
Hóteis-Apartamentos<br />
Outros<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
31 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />
capacida<strong>de</strong>* <strong>em</strong> camas por tipologia, áreas regionais <strong>de</strong> turismo e regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
10,9<br />
20,0<br />
2,5<br />
34,3<br />
11,0<br />
16,5<br />
23,0<br />
59,7<br />
2,3<br />
8,4<br />
3,1<br />
Hóteis Hóteis- Pousadas Al<strong>de</strong>amentos<br />
-Apartamentos<br />
Turísticos<br />
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Açores Ma<strong>de</strong>ira<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turístico<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
As ART do Algarve e <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo são as<br />
regiões que <strong>de</strong>tiveram as maiores quotas <strong>de</strong> capacida‑<br />
<strong>de</strong> e que apresentaram os menores crescimentos rela‑<br />
tivos, respectivamente 2,6% e 3,5%.<br />
Cerca <strong>de</strong> 50% das camas existentes nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />
ticos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> pertenc<strong>em</strong> aos hotéis (137.328 ca‑<br />
mas), tipologia que t<strong>em</strong> vindo a aumentar, <strong>em</strong> termos<br />
<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento, a uma taxa média <strong>de</strong><br />
3,8% ao ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />
De um total <strong>de</strong> 659 hotéis existentes no país, mais <strong>de</strong><br />
34% da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento (47.124 camas)<br />
concentrou ‑se na ART Lisboa e Vale do Tejo, seguida<br />
das ART Algarve, com 20% (27.500 camas), e Norte,<br />
com 17% (22.677 camas).<br />
Em <strong>2008</strong>, os al<strong>de</strong>amentos e os apartamentos turísticos<br />
totalizaram 239 unida<strong>de</strong>s, que representavam 18,4%<br />
da oferta existente <strong>em</strong> camas no país, ou seja, 50.452<br />
camas. A ART Algarve concentra 89% da capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> alojamento <strong>de</strong>stas tipologias, isto é, 44.853 camas,<br />
que correspond<strong>em</strong> a 162 unida<strong>de</strong>s.<br />
1,8<br />
10,0<br />
33,9<br />
9,1<br />
12,2<br />
28,5<br />
3,0<br />
85,8<br />
9,4<br />
2,0<br />
90,1<br />
3,3<br />
Apartamentos<br />
Turísticos<br />
10,6<br />
13,1<br />
10,4<br />
36,0<br />
Outros Total<br />
Os 132 hotéis ‑apartamentos existentes no país repre‑<br />
sentaram cerca <strong>de</strong> 13% do total da capacida<strong>de</strong> global,<br />
e 48% <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s localizam ‑se na ART Algarve,<br />
que concentrou 60% das camas disponíveis nesta tipo‑<br />
logia (20.768 camas).<br />
As pousadas (42) constituíram a tipologia com a repre‑<br />
sentativida<strong>de</strong> mais baixa ao nível da capacida<strong>de</strong> nacio‑<br />
nal (0,9%, ou seja, 2.389 camas). Mais <strong>de</strong> 59% das<br />
pousadas situavam ‑se nas ART Alentejo (33%) e Norte<br />
(26%), o que significa uma concentração <strong>de</strong> 62%<br />
(1.491 camas) da oferta <strong>de</strong> camas <strong>de</strong>sta tipologia nes‑<br />
tas duas regiões.<br />
Prosseguindo a análise exclusivamente ao movimento<br />
nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apar‑<br />
tamentos turísticos, conclui ‑se que <strong>Portugal</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />
alcançou 1.964,6 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais,<br />
que representaram um crescimento médio ao ano <strong>de</strong><br />
6,2% entre 2006 e <strong>2008</strong> e um ligeiro aumento <strong>de</strong><br />
1,1% face a 2007.<br />
8,1<br />
31,9<br />
33,9<br />
3,2<br />
24,1<br />
9,0<br />
14,2
Os proveitos foram gerados, principalmente, pelo mo‑<br />
vimento <strong>de</strong> quase 14 milhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s, que pro‑<br />
porcionaram 39,2 milhões <strong>de</strong> dormidas. O número <strong>de</strong><br />
hóspe<strong>de</strong>s alcançado <strong>em</strong> <strong>2008</strong> possibilitou um ligeiro<br />
aumento homólogo (+0,7%), <strong>em</strong>bora o número <strong>de</strong><br />
dormidas geradas fosse inferior ao do ano anterior <strong>em</strong><br />
‑1,3%. Esta situação indicou uma diminuição da esta‑<br />
da média <strong>de</strong> 0,1 noites face aos dois anos imediata‑<br />
mente prece<strong>de</strong>ntes, que se fixaram numa média <strong>de</strong><br />
2,9 noites.<br />
No que diz respeito às dormidas <strong>em</strong> outros <strong>em</strong>preen‑<br />
dimentos turísticos, durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, salienta‑<br />
mos o <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> Habitação e o <strong>Turismo</strong> no Espaço<br />
Rural com 523,5 mil dormidas, que, <strong>em</strong>bora tivess<strong>em</strong><br />
registado um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 21,2% face a 2007, au‑<br />
mentaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>em</strong> termos absolutos, 24 mil<br />
dormidas. Em relação aos Parques <strong>de</strong> Campismo, on<strong>de</strong><br />
se atingiram 6,8 milhões <strong>de</strong> dormidas, igualou ‑se o<br />
valor obtido <strong>em</strong> 2006 e, <strong>em</strong> relação a 2007, o <strong>de</strong>crés‑<br />
cimo foi <strong>de</strong> 2,9%.<br />
PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 32<br />
∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 1.964,6 1,1 22,0 6,2 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 13.456,4 0,7 90,2 4,3 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 39.227,9 ‑1,3 ‑508,6 2,2 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Hóteis Hóteis- Pousadas Al<strong>de</strong>amentos<br />
-Apartamentos<br />
Turísticos<br />
Algarve LVT Ma<strong>de</strong>ira Norte Centro Açores Alentejo<br />
Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos establecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amenteos e apartamentos turísticos (%)<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Consi<strong>de</strong>rando a representativida<strong>de</strong> das Áreas Regio‑<br />
nais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e das Regiões Autónomas relativamen‑<br />
te ao número <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro<br />
alcançado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a ART Algarve foi o principal <strong>de</strong>s‑<br />
tino regional da procura, com 41%, seguido da ART<br />
Lisboa e Vale do Tejo, com 25%, e da Região Autónoma<br />
da Ma<strong>de</strong>ira, com 21%, captando, estes três <strong>de</strong>stinos,<br />
77% do fluxo global <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong> não resi<strong>de</strong>ntes.<br />
Do conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />
mentos e apartamentos turísticos do país, os hotéis<br />
constituíram a tipologia que captou 55% das dormidas<br />
totais (21,7 milhões). Esta tipologia apresentou, con‑<br />
tudo, um <strong>de</strong>créscimo da procura na ord<strong>em</strong> dos 2%,<br />
traduzido <strong>em</strong> ‑487 mil dormidas face a 2007. Do total<br />
<strong>de</strong> dormidas <strong>em</strong> hotéis, cerca <strong>de</strong> 37% ocorreu na ART<br />
Lisboa e Vale do Tejo e 26% na ART Algarve.<br />
Os hotéis ‑apartamentos registaram 6,2 milhões <strong>de</strong><br />
dormidas, menos 101 mil face a 2007 ( ‑1,6%),<br />
posicionando ‑se <strong>em</strong> segundo lugar <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> im‑<br />
portância na captação <strong>de</strong> fluxos, com 16%. Cerca <strong>de</strong><br />
51% das dormidas geradas por esta tipologia foram<br />
efectuadas na ART Algarve, que apresentou uma ligei‑<br />
ra diminuição <strong>de</strong> 1,1% ( ‑37 mil dormidas) relativa‑<br />
mente ao ano anterior.<br />
representativida<strong>de</strong> das áreas regionais <strong>de</strong> turismo e regiões autónomas<br />
na captação <strong>de</strong> fluxos por tipologia [<strong>2008</strong>]<br />
4,1<br />
9,8<br />
19,1<br />
36,7<br />
25,9<br />
38,4 26,7<br />
6,9<br />
51,3<br />
10,4<br />
22,7<br />
4,6<br />
15,4<br />
15,8<br />
7,3<br />
85,9<br />
3,7<br />
2,3<br />
92,7<br />
Apartamentos<br />
Turísticos<br />
3,3<br />
14,2<br />
26,4<br />
37,0<br />
15,1<br />
2,8<br />
7,0<br />
20,8<br />
25,2<br />
40,9<br />
Outros Total
33 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Do total <strong>de</strong> dormidas que ocorreram no ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />
<strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, 67% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no es‑<br />
trangeiro (26,2 milhões) e reflectiram, no cômputo do<br />
ano, um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,1%, motivado pela evolução<br />
negativa <strong>de</strong> 5,4% registada no segundo s<strong>em</strong>estre do<br />
ano, face ao mesmo período <strong>de</strong> 2007, já que os resul‑<br />
tados obtidos no primeiro s<strong>em</strong>estre (+2% face a 2007)<br />
anteviam um <strong>de</strong>sfecho diferente para o final do ano.<br />
Entre 2006 e <strong>2008</strong>, as dormidas tanto da procura ex‑<br />
terna como da nacional cresceram, <strong>em</strong>bora o mercado<br />
nacional apresentasse um ritmo médio anual <strong>de</strong> cres‑<br />
cimento um pouco mais elevado, à s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> ou‑<br />
tras regiões mundiais, assistindo ‑se a uma preferência<br />
pelo turismo interno <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento das viagens <strong>de</strong> sa‑<br />
ída dos próprios países.<br />
∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 13.023,7 0,4 55,6 2,7 <br />
2007<br />
Mercado Externo 26.204,2 ‑2,1 ‑564,3 1,9 <br />
2007<br />
Mercado global 39.227,9 ‑1,3 ‑508,6 2,2 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Esta tendência começa a reflectir ‑se na estagnação da<br />
quota gerada pelo mercado externo que se t<strong>em</strong> obser‑<br />
vado nos últimos anos (66,8% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 67,1% <strong>em</strong><br />
2006); no entanto, continuamos a ser um país funda‑<br />
mentalmente receptor, pois a procura turística para o<br />
<strong>de</strong>stino <strong>Portugal</strong> continua a ser maioritariamente origi‑<br />
nada pelo mercado externo.<br />
No que respeita ao mercado nacional, as áreas regio‑<br />
nais <strong>de</strong> turismo que ultrapassaram, <strong>de</strong> um modo mais<br />
significativo, a média anual <strong>de</strong> crescimento entre 2006<br />
e <strong>2008</strong>, foram o Algarve (+3,1%), Lisboa e Vale do<br />
Tejo (+3,5%) e o Alentejo (+6,3%).<br />
Relativamente à procura externa, a mesma situação<br />
ocorreu nas ART Alentejo (+7%), Centro (+7,6%) e<br />
Norte (+8,7%), b<strong>em</strong> como na Região Autónoma da<br />
Ma<strong>de</strong>ira, com 5,3% <strong>de</strong> aumento médio anual. De refe‑<br />
rir que as únicas regiões que apresentaram evoluções<br />
negativas <strong>em</strong> termos da procura externa, entre 2006 e<br />
<strong>2008</strong>, foram os Açores e o Algarve, com <strong>de</strong>créscimos<br />
<strong>de</strong> 5,2% e 0,5%, respectivamente.
evolução da procura externa para as áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong><br />
e regiões autónomas – quota<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
2006<br />
Algarve LVT Ma<strong>de</strong>ira Norte Centro Açores Alentejo<br />
Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
As ART Algarve e Lisboa e Vale do Tejo foram as que<br />
alcançaram, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, as representações relativas<br />
mais elevadas na captação <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong> estrangei‑<br />
ros, com 41% e 25%, respectivamente, <strong>em</strong>bora com<br />
<strong>de</strong>créscimos <strong>de</strong> 2006 para <strong>2008</strong>. A ART Algarve apre‑<br />
sentou mesmo um ligeiro <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong><br />
0,5%, e Lisboa e Vale do Tejo assinalou o crescimento<br />
menos acentuado (+1,6% ao ano).<br />
Em termos da importância que a procura externa as‑<br />
sume na procura total <strong>de</strong> cada região, verificou ‑se que<br />
a Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira (87,7%), a ART Algar‑<br />
ve (75,2%) e a ART Lisboa e Vale do Tejo (67,3%) fo‑<br />
ram os <strong>de</strong>stinos regionais mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos mer‑<br />
cados internacionais, todos com valores acima da<br />
média nacional, que foi, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 67%.<br />
6,2<br />
19,5<br />
25,4<br />
43,0<br />
PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 34<br />
6,6 7,0<br />
19,4<br />
25,7<br />
42,4<br />
20,8<br />
25,2<br />
40,9<br />
2007 <strong>2008</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, 67% das dormidas dos turistas internacio‑<br />
nais na hotelaria, <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, estavam <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> 5 mercados externos: Reino Unido, Al<strong>em</strong>anha, Es‑<br />
panha, Holanda e França. Esta concentração num nú‑<br />
mero restrito <strong>de</strong> mercados <strong>em</strong>issores é ainda mais<br />
evi<strong>de</strong>nte nas regiões do Algarve e da Ma<strong>de</strong>ira, cuja<br />
quota ultrapassa os 70% da procura externa <strong>de</strong>ssas<br />
regiões.
35 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />
representativida<strong>de</strong> da procura externa por áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong><br />
e regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />
Ma<strong>de</strong>ira<br />
Ma<strong>de</strong>ira<br />
Açores<br />
Açores<br />
Algarve<br />
Algarve<br />
Alentejo<br />
Alentejo<br />
LVT<br />
LVT<br />
Centro<br />
Centro<br />
Norte<br />
Norte<br />
<strong>Portugal</strong><br />
<strong>Portugal</strong><br />
Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />
Unida<strong>de</strong>: FONTE: INE Dormidas – Instituto <strong>de</strong> estrangeiros Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Ma<strong>de</strong>ira<br />
Ma<strong>de</strong>ira<br />
Açores<br />
Açores<br />
Algarve<br />
Algarve<br />
Alentejo<br />
Alentejo<br />
LVT<br />
LVT<br />
Centro<br />
Centro<br />
Norte<br />
Norte<br />
<strong>Portugal</strong><br />
<strong>Portugal</strong><br />
26,7<br />
26,7<br />
28,2<br />
28,2<br />
Representativida<strong>de</strong> dos 5 principais mercados da procura externa por Áreas Regionais<br />
<strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />
32,3<br />
32,3<br />
43,1<br />
43,1<br />
45,8<br />
45,8<br />
53,0<br />
53,0<br />
Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />
FONTE: Unida<strong>de</strong>: INE Dormidas – Instituto <strong>de</strong> estrangeiros Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
59,4<br />
59,4<br />
67,3<br />
67,3<br />
66,8<br />
66,8<br />
65,2<br />
65,2<br />
67,1<br />
67,1<br />
69,3<br />
69,3<br />
71,8<br />
71,8<br />
75,2<br />
75,2<br />
79,0<br />
79,0<br />
87,7<br />
87,7
Alargando o leque aos <strong>de</strong>z principais mercados exter‑<br />
nos, verificou ‑se que estes foram responsáveis por<br />
82% do total das dormidas <strong>de</strong> estrangeiros registadas<br />
<strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>. O Reino unido, primeiro mercado <strong>de</strong> ori‑<br />
g<strong>em</strong> das dormidas internacionais, com 7,7 milhões <strong>de</strong><br />
dormidas, que lhe permitiram uma representação no<br />
total <strong>de</strong> 28%, registou, contudo, um <strong>de</strong>créscimo ho‑<br />
mólogo <strong>de</strong> 5,2%, equivalente a menos 403 mil dormi‑<br />
das, facto motivado <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte pela <strong>de</strong>svaloriza‑<br />
ção da libra esterlina face ao euro, que induziu à<br />
realização <strong>de</strong> menos viagens para <strong>de</strong>stinos da Zona<br />
Euro. Aten<strong>de</strong>ndo aos bons resultados obtidos entre<br />
2006 e 2007 (+6,7%), este mercado apresentou um<br />
ligeiro crescimento médio anual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 (+0,3%).<br />
A Al<strong>em</strong>anha, com uma quota <strong>de</strong> 14% da procura ex‑<br />
terna (segundo mercado <strong>em</strong>issor para <strong>Portugal</strong>), t<strong>em</strong><br />
vindo a registar um <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho inferior ao dos outros<br />
países, e apresentou mesmo um valor médio negativo<br />
<strong>de</strong> 2,7%, na evolução entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />
O mercado espanhol, que foi o terceiro mais importan‑<br />
te, com 12% da procura externa, apresentou, contu‑<br />
do, um dos maiores <strong>de</strong>créscimos absolutos face a 2007<br />
( ‑311 mil dormidas, ou seja, ‑9,2%). Consi<strong>de</strong>rando a<br />
evolução <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, o mercado espanhol contribuiu<br />
com menos 125 mil dormidas ( ‑2,0% <strong>de</strong> crescimento<br />
ao ano).<br />
PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 36<br />
representativida<strong>de</strong> das áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e regiões autónomas na captação<br />
<strong>de</strong> fluxos, por mercado <strong>em</strong>issor [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
24,2<br />
7,7<br />
65,0<br />
36,3<br />
16,7<br />
39,0<br />
Reino Unido Al<strong>em</strong>anha Espanha Holanda França Irlanda Itália Brasil Bélgica EUA<br />
Algarve LVT Ma<strong>de</strong>ira Norte Centro Açores Alentejo<br />
Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
17,5<br />
7,2<br />
43,3<br />
20,7<br />
11,2<br />
11,8<br />
69,7<br />
23,7<br />
35,0<br />
18,3<br />
6,5<br />
12,5 11,4<br />
79,1<br />
13,7<br />
10,8<br />
58,2<br />
8,8<br />
19,8<br />
2,8<br />
64,0<br />
4,4<br />
A Holanda, apesar <strong>de</strong> se apresentar como o quarto<br />
mercado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> dormidas externas para Portu‑<br />
gal (quota <strong>de</strong> 8%), e ao contrário dos três principais<br />
mercados, registou aumentos médios anuais, entre<br />
2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 2,9% (+56 mil dormidas).<br />
A França, <strong>em</strong>bora com uma representativida<strong>de</strong> mais<br />
reduzida (6%), foi dos países que obteve os maiores<br />
crescimentos médios anuais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 (13,2%),<br />
sendo <strong>de</strong> salientar que, só <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, registou uma<br />
taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 10,3%, o que <strong>em</strong> termos ab‑<br />
solutos significa mais 148 mil dormidas oriundas <strong>de</strong>s‑<br />
te mercado.<br />
Incidindo a análise sobre o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stes fluxos<br />
(Top10) <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, é notório o seu grau <strong>de</strong> concen‑<br />
tração, <strong>em</strong> particular no que se refere ao Reino unido,<br />
Al<strong>em</strong>anha, Holanda e irlanda, os quais eleg<strong>em</strong> a ART<br />
Algarve como o principal <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> férias.<br />
O posicionamento da ART Lisboa e Vale do Tejo na cap‑<br />
tação <strong>de</strong> fluxos do Brasil, EUA, Itália, Espanha e França<br />
é igualmente maioritário, ocupando a região da Ma<strong>de</strong>i‑<br />
ra uma posição dominante nos fluxos provenientes da<br />
Suécia, Noruega e Finlândia.<br />
7,9<br />
24,6<br />
32,1<br />
30,4<br />
9,2<br />
5,5<br />
62,9<br />
12,6
37 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />
Comportamento Sazonal da Procura<br />
A procura para <strong>Portugal</strong> apresenta um pico <strong>de</strong> sazona‑<br />
lida<strong>de</strong> mais marcado nos meses <strong>de</strong> Verão, principal‑<br />
mente <strong>em</strong> Agosto, <strong>em</strong> que a quota <strong>de</strong> procura externa<br />
atinge os 13% e a quota <strong>de</strong> procura nacional os 17%.<br />
No entanto, <strong>em</strong>bora os picos <strong>de</strong> sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> am‑<br />
bos os mercados sejam <strong>em</strong> Agosto, a procura externa<br />
<strong>de</strong>senvolve ‑se <strong>de</strong> uma forma mais equilibrada entre<br />
Abril e Outubro (quotas entre 8% e 10%), com quotas<br />
superiores à procura nacional. Os meses <strong>de</strong> menor<br />
procura são os <strong>de</strong> inverno (Nov<strong>em</strong>bro a Março), para<br />
ambos os mercados, com quotas <strong>de</strong> procura, neste<br />
caso, superiores para os fluxos nacionais.<br />
evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
4.000<br />
3.500<br />
3.000<br />
2.500<br />
2.000<br />
1.500<br />
1.000<br />
500<br />
0<br />
617,1<br />
Merc. Nacional<br />
Merc. Externo<br />
1.175,6<br />
724,5<br />
1.481,3<br />
1.003,8<br />
2.067,9<br />
926,2<br />
2.123,6<br />
1.094,8<br />
2.697,6<br />
1.108,0<br />
2.592,5<br />
Dos mercados externos com maior predominância <strong>em</strong><br />
<strong>Portugal</strong> <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a França, com pi‑<br />
cos <strong>de</strong> procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respec‑<br />
tivamente 23,3% e 17,0%), e superiores ao valor al‑<br />
cançado pelo conjunto dos mercados estrangeiros para<br />
esse mês (13,0%).<br />
O Reino unido, com quotas <strong>de</strong> procura muito s<strong>em</strong>e‑<br />
lhantes entre Maio e Set<strong>em</strong>bro (entre 11% e 12%), e<br />
a Al<strong>em</strong>anha, entre Março e Outubro (9% e 11%), <strong>de</strong>‑<br />
notaram, no entanto, uma ligeira preferência pelo mês<br />
<strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro, registando quotas <strong>de</strong> procura neste mês<br />
<strong>de</strong> 12% e 11%, respectivamente.<br />
O mercado holandês assinalou quotas mais elevadas<br />
entre Maio e Set<strong>em</strong>bro, mas optou preferencialmente<br />
pelo mês <strong>de</strong> Julho (15% da procura incidiu neste mês),<br />
com um valor <strong>de</strong> representação bastante superior à<br />
média obtida para a globalida<strong>de</strong> dos mercados exter‑<br />
nos neste mesmo mês (12%).<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
1.470,4<br />
3.106,0<br />
2.196,7<br />
3.395,7<br />
1.318,7<br />
2.918,7<br />
987,4,1<br />
2.353,0<br />
823,3<br />
1.288,9<br />
725,8,1<br />
1.003,4
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />
ticos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> foi <strong>de</strong> 41,3%, reflectindo uma dimi‑<br />
nuição <strong>de</strong> 1,7 p.p., <strong>em</strong> relação a 2007.<br />
As taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevadas registaram‑<br />
‑se nos meses <strong>de</strong> Verão (<strong>de</strong> Julho a Set<strong>em</strong>bro), com o<br />
mês <strong>de</strong> Agosto a alcançar o valor máximo do ano<br />
(65,2%). Os meses com taxas <strong>de</strong> ocupação mais bai‑<br />
xas foram Janeiro e Dez<strong>em</strong>bro com 24,2% e 23,2%,<br />
respectivamente.<br />
evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
80<br />
%<br />
80<br />
60<br />
60<br />
40<br />
40<br />
20<br />
24,2<br />
24,2<br />
31,4<br />
31,4<br />
39,5<br />
39,5<br />
38,6<br />
38,6<br />
45,8<br />
45,9<br />
PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 38<br />
Em comparação com o ano <strong>de</strong> 2007, todos os meses<br />
apresentaram <strong>de</strong>créscimos, com excepção <strong>de</strong> Feverei‑<br />
ro (+1,3 p.p.), Março (+2,2 p.p., motivados pela ocor‑<br />
rência da Páscoa) e Maio (+1,2 p.p.). O mês <strong>de</strong> Abril<br />
apresentou o <strong>de</strong>créscimo mais acentuado ( ‑5,5 p.p.),<br />
justificado pelo facto <strong>de</strong>, <strong>em</strong> 2007, a Páscoa ter sido<br />
<strong>em</strong> Abril.<br />
20<br />
0<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos JANhoteleiros, FEV al<strong>de</strong>amentos e MAR apartamentos ABR turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-cama <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> vs. áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong><br />
e % regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />
45,8<br />
65 %<br />
60 65<br />
55 60<br />
60,6<br />
50 55<br />
45 50<br />
60,6<br />
40 45<br />
41,3<br />
40,8<br />
43,3<br />
35 40<br />
30 35<br />
25 30<br />
20 25<br />
15 20<br />
10 15<br />
105<br />
41,3<br />
31,5<br />
31,5<br />
28,7<br />
28,7<br />
40,8<br />
30,4<br />
30,4<br />
43,3<br />
36,9<br />
36,9<br />
05<br />
0<br />
<strong>Portugal</strong> Norte Centro LVT Alentejo Algarve Ma<strong>de</strong>ira Açores<br />
FONTE: INE – Instituto <strong>Portugal</strong> Nacional <strong>de</strong> Estatística Norte Centro LVT Alentejo Algarve Ma<strong>de</strong>ira Açores<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
45,9<br />
53,9<br />
53,9<br />
65,2<br />
65,2<br />
51,8<br />
51,8<br />
40,1<br />
40,1<br />
28,3<br />
28,3<br />
23,2<br />
23,2
39 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />
Numa perspectiva regional, conclui ‑se que a Região<br />
Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira apresentou a taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑cama mais elevada do país (60,6%), e que na compa‑<br />
ração com o ano prece<strong>de</strong>nte evi<strong>de</strong>nciou uma tendência<br />
<strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>, ao registar um ligeiro acréscimo <strong>de</strong><br />
0,3 p.p.<br />
Relativamente às restantes Áreas Regionais <strong>de</strong> Turis‑<br />
mo, o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> foi, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> ocupação ‑cama,<br />
inferior ao <strong>de</strong> 2007, com a ART Lisboa e Vale do Tejo<br />
( ‑3,2 p.p.), a Região Autónoma dos Açores ( ‑2,9 p.p.)<br />
e o Algarve ( ‑2,7 p.p.) a assinalar<strong>em</strong> os <strong>de</strong>créscimos<br />
mais acentuados.<br />
Como a informação disponível, para os anos <strong>de</strong> 2007 e<br />
<strong>2008</strong>, não permite processar as taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑quarto e os valores <strong>de</strong> RevPar por ART, optou ‑se por<br />
divulgar esses indicadores por regiões NuTS ii, <strong>em</strong><br />
virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estas duas nomenclaturas territoriais ape‑<br />
nas apresentar<strong>em</strong> diferenças ao nível das regiões Cen‑<br />
tro, Lisboa e Alentejo, mantendo ‑se as restantes<br />
iguais.<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por nuTs ii [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
57,1<br />
34,41<br />
<strong>Portugal</strong><br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
49,3<br />
27,95<br />
Norte<br />
Revpar<br />
41,5<br />
20,79<br />
63,3<br />
49,09<br />
<strong>Portugal</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, registou uma taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑quarto <strong>de</strong> 57,1%, valor que foi inferior ao <strong>de</strong> 2007 <strong>em</strong><br />
‑1,9 p.p. Nas regiões da Ma<strong>de</strong>ira, Lisboa e Algarve fo‑<br />
ram observadas taxas médias <strong>de</strong> ocupação ‑quarto su‑<br />
periores à média nacional, <strong>em</strong>bora estas duas últimas<br />
regiões tenham assinalado também os maiores <strong>de</strong>‑<br />
créscimos ( ‑4,5 e ‑3 p.p., respectivamente). Em rela‑<br />
ção à Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira, as médias alcan‑<br />
çadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram s<strong>em</strong>elhantes às <strong>de</strong> 2007 (+0,1<br />
p.p. <strong>em</strong> <strong>2008</strong>).<br />
Ao nível do RevPar, <strong>Portugal</strong> apresentou uma média <strong>de</strong><br />
34,41€ <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, contra 35,10€ <strong>em</strong> 2007, ou seja,<br />
uma diferença <strong>de</strong> 0,70€ separou os dois anos. Note ‑se<br />
que este ligeiro aumento reflecte a evolução observa‑<br />
da nos proveitos <strong>de</strong> aposento (+1,7%), e no número<br />
<strong>de</strong> quartos disponíveis (+2,6%).<br />
Lisboa foi o <strong>de</strong>stino com maiores níveis <strong>de</strong> RevPar<br />
(49,09€), seguido da Ma<strong>de</strong>ira (38,56€) e do Algarve<br />
(com 32,89€). As duas primeiras regiões registaram<br />
níveis <strong>de</strong> RevPar superiores à média nacional, e a Ma‑<br />
<strong>de</strong>ira foi mesmo a única região do país que alcançou<br />
um acréscimo homólogo <strong>de</strong> 1,20€.<br />
44,4<br />
26,18<br />
*<strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
60,3<br />
32,89<br />
49,2<br />
27,28<br />
64,4<br />
38,56,4<br />
Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Ma<strong>de</strong>ira<br />
€<br />
80,00<br />
70,00<br />
60,00<br />
50,00<br />
40,00<br />
30,00<br />
20,00<br />
10,00<br />
0,00
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />
dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />
regiOnais<br />
ÁREA REgiONAL<br />
DE TuRiSMO<br />
DO NORTE
área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO nOrTe<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Norte (ART Norte), com<br />
38.817 camas distribuídas por 465 estabelecimentos<br />
hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, re‑<br />
presentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, cerca <strong>de</strong> 14% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
alojamento existente a nível nacional. Mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ssa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento está concentrada <strong>em</strong><br />
hotéis (58%) e 51% <strong>de</strong>ssa capacida<strong>de</strong> localiza‑se na<br />
região do gran<strong>de</strong> Porto. Este <strong>de</strong>stino turístico registou<br />
um aumento, face ao ano prece<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> mais 2.396<br />
camas (+7%). Na tipologia hotéis (+9 unida<strong>de</strong>s), o<br />
aumento atingido foi <strong>de</strong> mais 2.609 camas (+13,0%).<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
Tipologias <strong>2008</strong><br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE • 42<br />
Embora com uma representativida<strong>de</strong> reduzida ao nível<br />
do número <strong>de</strong> camas (1,8%), as 11 pousadas existen‑<br />
tes na região, com 682 camas, representaram 29% da<br />
capacida<strong>de</strong> do País, para esta tipologia.<br />
Este <strong>de</strong>stino turístico abarca o Pólo <strong>de</strong> Desenvolvimen‑<br />
to Turístico do Douro (PDT Douro), região que <strong>de</strong>tém<br />
2.313 camas <strong>em</strong> 34 estabelecimentos hoteleiros, ou<br />
seja, 6% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento da ART. Os ho‑<br />
téis, <strong>em</strong> número <strong>de</strong> 9, concentram 52% da capacida<strong>de</strong><br />
total.<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Hotéis 22.677 2.609 58,4<br />
Hotéis‑Apartamentos 1.076 63 2,8<br />
Pousadas 682 91 1,8<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 120 0 0,3<br />
Apartamentos Turísticos 377 105 1,0<br />
Outros 13.885 ‑1.213 35,8<br />
Total 38.817 2.396 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
arT norte ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 213,7 2,5 5,3 13,9 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 2.412,8 1,7 39,3 6,1 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 4.250,8 0,5 21,8 5,2 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
43 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE<br />
Dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />
26,8%<br />
2,7%<br />
0,2%<br />
2,4%<br />
0,6%<br />
67,3%<br />
Em <strong>2008</strong>, a ART do Norte alcançou 214 milhões <strong>de</strong> eu‑<br />
ros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros,<br />
al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, que traduziram<br />
um aumento <strong>de</strong> 2,5%, face a 2007, e um crescimento<br />
médio anual <strong>de</strong> 13,9% nos últimos três anos.<br />
Os 2,4 milhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s que permaneceram na ho‑<br />
telaria da região, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 4,3 mi‑<br />
lhões <strong>de</strong> dormidas, indicadores que registaram ligeiros<br />
aumentos homólogos <strong>de</strong> 1,7% e 0,5%, respectiva‑<br />
mente. Embora se tenham verificado aumentos ligei‑<br />
ros nestes indicadores, a estada média mantém ‑se,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>em</strong> 1,8 noites.<br />
A hotelaria do PDT Douro recebeu quase 6 mil hóspe‑<br />
<strong>de</strong>s, que originaram 216 mil dormidas (5,1% das dor‑<br />
midas da ART Norte), valor inferior <strong>em</strong> 12 mil dormi‑<br />
das ao <strong>de</strong> 2007 ( ‑5,7%) e <strong>em</strong> 5 mil face a 2006.<br />
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Do total <strong>de</strong> dormidas da ART Norte, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 57%<br />
foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, registando‑<br />
‑se um <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong> 2,2%, e 43% por re‑<br />
si<strong>de</strong>ntes no estrangeiro, com um aumento <strong>de</strong> 4,3%,<br />
face a 2007.<br />
Verifica ‑se assim que a procura na hotelaria para este<br />
<strong>de</strong>stino é maioritariamente originada pelo mercado<br />
nacional, observando ‑se, no entanto, um ligeiro au‑<br />
mento relativo da quota gerada pelo mercado externo<br />
(40% <strong>em</strong> 2006 vs. 43% <strong>em</strong> <strong>2008</strong>).<br />
Os hotéis captaram 67,3% das dormidas assinaladas<br />
para este <strong>de</strong>stino, ou seja, 2 milhões e 860 mil, que<br />
significaram um ligeiro acréscimo homólogo da procu‑<br />
ra, na ord<strong>em</strong> dos 2%, traduzido <strong>em</strong> mais 52 mil dormi‑<br />
das, face a 2007.<br />
O sentido positivo na evolução da procura turística<br />
para a ART Norte <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, veio consolidar a boa per‑<br />
formance registada pelo <strong>de</strong>stino, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006. Com<br />
efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a ART Norte evoluiu a uma<br />
taxa média anual acima da média nacional, registando<br />
nas dormidas um aumento <strong>de</strong> 5,2% (+2,2% para o<br />
total do país), nos hóspe<strong>de</strong>s +6,1% (+4,3% para o<br />
país) e nos proveitos totais um significativo aumento<br />
<strong>de</strong> 13,9% (+6,2% para o país).<br />
arT norte ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 2.417,7 ‑2,2 ‑53,2 2,7 <br />
Mercado Externo 1.833,1 4,3 75,0 8,7 <br />
Mercado global 4.250,8 0,5 21,8 5,2 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />
Hóteis-Apartamentos<br />
Outros<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Com efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a procura nacional na<br />
ART Norte cresceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong> 2,7% e<br />
<strong>de</strong> 8,7% para a procura externa, valor este que ultra‑<br />
passou <strong>em</strong> larga medida a taxa <strong>de</strong> crescimento obser‑<br />
vada para o país (2,7% para a procura nacional e 1,9%<br />
para a procura externa).<br />
Relativamente ao PDT Douro, a representação do mer‑<br />
cado nacional no número global <strong>de</strong> dormidas é ainda<br />
mais acentuada do que na ART (77%), mas com o<br />
mercado externo a evoluir <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota (18%<br />
<strong>em</strong> 2006 vs. 23% <strong>em</strong> <strong>2008</strong>). As dormidas dos resi<strong>de</strong>n‑<br />
tes, apesar <strong>de</strong> atingir<strong>em</strong> posição maioritária, apresen‑<br />
taram um significativo <strong>de</strong>créscimo ( ‑12%).
evolução da quota dos mercados<br />
externos vs mercado nacional nas<br />
dormidas* [2006-<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
%<br />
90<br />
100<br />
80<br />
90<br />
70<br />
80<br />
59,6<br />
58,4<br />
56,9<br />
60<br />
70<br />
50<br />
60<br />
40<br />
50<br />
30<br />
40<br />
59,6<br />
58,4<br />
56,9<br />
20<br />
30<br />
40,4<br />
41,6<br />
43,1<br />
10<br />
20<br />
0<br />
10<br />
40,4<br />
2006<br />
41,6<br />
2007<br />
43,1<br />
<strong>2008</strong><br />
0 Mercado Externo<br />
2006<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
2007 <strong>2008</strong><br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
Mercado Nacional<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Volume<br />
<strong>de</strong> Dormidas (milhares)<br />
Volume<br />
<strong>de</strong> 600,0 Dormidas (milhares)<br />
600,0<br />
500,0<br />
500,0<br />
400,0<br />
400,0<br />
300,0<br />
300,0<br />
200,0<br />
Espanha<br />
Espanha<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE • 44<br />
Avaliando o conjunto dos mercados externos para a<br />
ART Norte, verificamos que a Espanha, com 539 mil<br />
dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, é o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong><br />
dos fluxos internacionais para este <strong>de</strong>stino.<br />
Os <strong>de</strong>z principais mercados externos para a região,<br />
responsáveis por acréscimos médios anuais na ord<strong>em</strong><br />
dos 9%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, ultrapassaram os 80% da<br />
procura externa registada no <strong>de</strong>stino (o Top5 concen‑<br />
trou 64% da procura internacional).<br />
O conjunto dos 10 mercados têm vindo a assinalar um<br />
bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nos últimos três anos <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />
quota (apenas –0,2 p.p. face a 2006), o que revela<br />
uma tendência para a pouca diversificação <strong>de</strong> merca‑<br />
dos <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> da procura externa nesta região, <strong>em</strong>bo‑<br />
ra se tenha assistido a <strong>de</strong>créscimos, entre 2007 e<br />
<strong>2008</strong>, na Espanha ( ‑10 mil dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), Reino<br />
unido ( ‑15 mil) e EuA ( ‑4 mil).<br />
Consi<strong>de</strong>rando a evolução <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 <strong>de</strong>stes merca‑<br />
dos, com excepção da diminuição <strong>de</strong> 3 mil dormidas<br />
por parte do mercado inglês, todos os outros apresen‑<br />
taram aumentos, com especial <strong>de</strong>staque para a França<br />
(+54 mil dormidas, que correspon<strong>de</strong>ram a um cresci‑<br />
mento médio ao ano <strong>de</strong> 17%), para o Brasil (+50 mil<br />
dormidas, ou seja, +26%) e para a Espanha (+47 mil,<br />
com crescimento <strong>de</strong> 5%).<br />
PdT douro ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 165,7 ‑11,8 ‑22,2 ‑4,4 <br />
Mercado Externo 50,6 25,6 10,3 13,1 <br />
Mercado global 216,3 ‑5,2 ‑11,9 ‑1,1 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />
200,0<br />
100,0<br />
Reino Unido<br />
Reino Unido<br />
EUA<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
Polónia<br />
Holanda<br />
França<br />
Itália<br />
Itália<br />
Brasil<br />
Brasil<br />
Bélgica<br />
100,0<br />
0,0<br />
-10,0 EUA 5,0 0,0<br />
Polónia<br />
5,0 Holanda 10,0<br />
15,0<br />
20,0 25,0 Bélgica 30,0<br />
0,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
% 08/07<br />
FONTE: -10,0 INE – Instituto Nacional 5,0 <strong>de</strong> Estatística 0,0 5,0 10,0<br />
15,0<br />
20,0 25,0 30,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
França<br />
% 08/07
45 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE<br />
Comportamento Sazonal da Procura<br />
A procura para a ART Norte, medida pelo número <strong>de</strong><br />
dormidas na hotelaria, apresentou um pico <strong>de</strong> sazo‑<br />
nalida<strong>de</strong> muito marcado nos meses <strong>de</strong> Verão, <strong>em</strong><br />
particular no mês <strong>de</strong> Agosto, com os resi<strong>de</strong>ntes a apre‑<br />
sentar<strong>em</strong> uma maior dispersão ao longo do ano,<br />
comparativamente com o mercado externo, o qual<br />
está maioritariamente concentrado entre Abril e Outu‑<br />
bro.<br />
Os meses <strong>de</strong> menor procura foram Janeiro, Fevereiro,<br />
Nov<strong>em</strong>bro e Dez<strong>em</strong>bro, para ambos os mercados, sen‑<br />
do <strong>de</strong> salientar que a procura externa assinalou quotas<br />
mensais superiores à procura nacional entre Maio e<br />
Set<strong>em</strong>bro e <strong>em</strong> Março (mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>).<br />
evolução mensal das dormidas* na hotelaria – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
350<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
138,6<br />
75,1<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
158,4<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
85,0<br />
190,3<br />
147,7<br />
181,5<br />
135,3<br />
205,4<br />
193,5<br />
185,0<br />
163,9<br />
Dos mercados externos mais importantes para este<br />
<strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a França, com pi‑<br />
cos <strong>de</strong> procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respec‑<br />
tivamente 21,6% e 18,7%), ultrapassando cada um<br />
<strong>de</strong>les a quota alcançada pelo conjunto dos mercados<br />
externos, que foi <strong>de</strong> 14,7%.<br />
As dormidas com orig<strong>em</strong> no Reino unido e na Al<strong>em</strong>a‑<br />
nha ocorreram <strong>em</strong> maior número no mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>‑<br />
bro, registando quotas <strong>de</strong> procura neste mês <strong>de</strong> 13,7%<br />
e 14%, respectivamente, superiores à média dos mer‑<br />
cados externos, que foi <strong>de</strong> 11,6%.<br />
De <strong>de</strong>stacar ainda Março, mês <strong>em</strong> que ocorreu a Pás‑<br />
coa, <strong>em</strong> que a procura da Espanha (12,1%) atingiu<br />
uma quota bastante superior relativamente aos res‑<br />
tantes mercados do Top5.<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
221,2<br />
215,5<br />
307,2<br />
269,0<br />
250,3<br />
212,1<br />
217,0<br />
163,2<br />
190,4<br />
92,1<br />
172,4<br />
80,6
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />
ticos da ART Norte foi <strong>de</strong> 31,5%, reflectindo uma ligei‑<br />
ra quebra <strong>de</strong> 0,9 p.p. comparativamente a 2007, e<br />
situando ‑se abaixo da média nacional (41,3%).<br />
Evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação‑cama* [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
60<br />
%<br />
60<br />
40<br />
40<br />
20<br />
20<br />
0<br />
19,5<br />
19,5<br />
23,6<br />
23,6<br />
30,2<br />
30,2<br />
29,1<br />
29,1<br />
35,3<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE • 46<br />
As maiores taxas <strong>de</strong> ocupação registaram ‑se nos me‑<br />
ses <strong>de</strong> Verão (Julho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro), variando en‑<br />
tre 36,3% e 48,4%, sendo Janeiro o mês <strong>de</strong> menor<br />
procura, seguido <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro e Fevereiro.<br />
Na comparação com os meses homólogos anteriores,<br />
Março apresentou o maior aumento (+3,9 p.p., motiva‑<br />
do pelo factor Páscoa). Em Abril e <strong>de</strong> Junho a Dez<strong>em</strong>bro<br />
assistiu ‑se a quebras generalizadas, a mais acentuada<br />
das quais ocorreu <strong>em</strong> Abril ( ‑4,3 p.p., também motiva‑<br />
da pelo facto <strong>de</strong> <strong>em</strong> 2007 a Páscoa ter sido <strong>em</strong> Abril).<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês 0 <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto JANNacional <strong>de</strong> FEV Estatística MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Taxas % <strong>de</strong> ocupação‑quarto e RevPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />
70<br />
40,65<br />
%<br />
60<br />
61,3<br />
70<br />
50<br />
60<br />
49,6<br />
26,75 61,3<br />
50,5<br />
40,65<br />
49,3<br />
40<br />
50<br />
30<br />
28,02 49,6<br />
26,75<br />
50,5<br />
27,95<br />
49,3<br />
40<br />
20<br />
30<br />
10<br />
20<br />
0<br />
28,02<br />
27,95<br />
10<br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
Pousadas Total<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
Revpar<br />
0<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos Hotéis e apartamentos turísticos Hotéis-Apartam.<br />
excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
Pousadas Total<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
Revpar<br />
35,3<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
31,6<br />
31,6<br />
36,1<br />
36,1<br />
48,4<br />
48,4<br />
40,3<br />
40,3<br />
32,7<br />
32,7<br />
25,6<br />
25,6<br />
22,5<br />
22,5<br />
€<br />
45,00<br />
40,00 €<br />
35,00 45,00<br />
30,00 40,00<br />
25,00 35,00<br />
20,00 30,00<br />
15,00 25,00<br />
10,00 20,00<br />
5,00 15,00<br />
0,00 10,00<br />
5,00<br />
0,00
47 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE<br />
Em <strong>2008</strong>, os hotéis ‑apartamentos foram a tipologia<br />
que na ART Norte registou o nível <strong>de</strong> ocupação ‑quarto<br />
mais elevado (61,3%), com mais 2,5 p.p. que <strong>em</strong><br />
2007, tendo ficado acima da taxa média global <strong>de</strong>ste<br />
<strong>de</strong>stino (49,3%), mas abaixo da taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑quarto dos hotéis ‑apartamentos a nível nacional<br />
(62,8%). O rácio <strong>de</strong> RevPar apurado para esta tipolo‑<br />
gia foi <strong>de</strong> 26,75€ e representou um <strong>de</strong>créscimo, face a<br />
2007, <strong>de</strong> 1,01€, não acompanhando, portanto, o au‑<br />
mento do indicador das taxas <strong>de</strong> ocupação. Para esta<br />
situação muito contribuiu o gran<strong>de</strong> aumento verifica‑<br />
do, entre 2007 e <strong>2008</strong>, no número <strong>de</strong> quartos<br />
(+10,4%).<br />
As pousadas, <strong>em</strong>bora tenham registado o RevPar mais<br />
elevado (40,65€), apresentaram o maior <strong>de</strong>créscimo<br />
face a 2007 ( ‑7,45€). Esta evolução foi motivada não<br />
só pelo <strong>de</strong>créscimo registado na taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑quarto ( ‑0,8 p.p.) como também pela diminuição <strong>de</strong><br />
5,8% verificada nos proveitos com orig<strong>em</strong> nos serviços<br />
<strong>de</strong> aposento.
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />
dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />
regiOnais<br />
ÁREA REgiONAL<br />
DE TuRiSMO<br />
DO CENTRO
A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Centro (ART Centro)<br />
com 24.524 camas, <strong>em</strong> 297 unida<strong>de</strong>s hoteleiras, regis‑<br />
tou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um aumento, face ao ano prece<strong>de</strong>nte,<br />
<strong>de</strong> 544 camas (+2,3%), <strong>em</strong>bora tenha diminuído o nú‑<br />
mero <strong>de</strong> estabelecimentos hoteleiros ( ‑4 unida<strong>de</strong>s).<br />
Este acréscimo no número <strong>de</strong> camas <strong>de</strong>veu ‑se à aber‑<br />
tura <strong>de</strong> seis novos hotéis com mais 950 camas e é, <strong>de</strong><br />
facto, nesta tipologia que se localiza 62% das camas<br />
<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino turístico. O número global <strong>de</strong> camas<br />
existentes na ART Centro representou, no ano <strong>em</strong> aná‑<br />
lise, 64% da NUTS II Centro e 9% da capacida<strong>de</strong> total<br />
do país.<br />
As regiões do Baixo Vouga (nomeadamente Aveiro,<br />
que concentrou 29% da capacida<strong>de</strong> da NUTS III, on<strong>de</strong><br />
está inserida), Baixo Mon<strong>de</strong>go (<strong>em</strong> que Coimbra e Fi‑<br />
gueira da Foz, <strong>em</strong> conjunto, representaram 84% da<br />
capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong>ssa NuTS iii) e Pinhal Litoral (com<br />
Leiria a representar 52%) concentraram 55% do total<br />
<strong>de</strong> camas da ART Centro.<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO • 50<br />
área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO cenTrO<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
Tipologias <strong>2008</strong><br />
A ART Centro abrange, entre outros, os concelhos per‑<br />
tencentes aos Pólos <strong>de</strong> Desenvolvimento Turístico <strong>de</strong><br />
Leiria ‑Fátima (PDT Leiria ‑Fátima) e da Serra da Estrela<br />
(PDT Serra da Estrela).<br />
Analisando cada um <strong>de</strong>stes pólos, sob o ponto <strong>de</strong> vista<br />
da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas que apresentam, constatou‑<br />
‑se que, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o PDT Leiria ‑Fátima dispunha <strong>de</strong><br />
8.964 camas distribuídas por 81 estabelecimentos ho‑<br />
teleiros e o PDT Serra da Estrela <strong>de</strong> 4.060 camas <strong>em</strong><br />
43 estabelecimentos hoteleiros. O número <strong>de</strong> camas<br />
do PDT Leiria ‑Fátima representa 37% da capacida<strong>de</strong><br />
da ART Centro e o PDT Serra da Estrela t<strong>em</strong> uma quo‑<br />
ta <strong>de</strong> 17%, o que significa que estes dois Pólos <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento Turístico concentram 54% da capaci‑<br />
da<strong>de</strong> total da região.<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Hotéis 15.154 950 61,8<br />
Hotéis‑Apartamentos 675 44 2,8<br />
Pousadas 291 ‑48 1,2<br />
Apartamentos Turísticos 403 18 1,6<br />
Outros 8.001 ‑420 32,6<br />
Total 24.524 544 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
arT centro ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 189,4 4,7 8,6 7,8 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 1.437,8 1,6 23,0 4,8 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 2.571,2 0,3 6,4 3,9 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
NOTA: Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Centro, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Centro.<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
51 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO<br />
Em <strong>2008</strong>, a NuTS ii Centro 1 atingiu 189,4 milhões <strong>de</strong><br />
euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hote‑<br />
leiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, que su‑<br />
peraram o montante <strong>de</strong> 2007 <strong>em</strong> +4,7%. Os proveitos<br />
foram gerados <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte por 1,4 milhões <strong>de</strong><br />
hóspe<strong>de</strong>s registados na ART Centro, os quais <strong>de</strong>ram<br />
orig<strong>em</strong> a 2,6 milhões <strong>de</strong> dormidas, indicadores que<br />
apresentaram, face a 2007, uma tendência <strong>de</strong> ligeira<br />
subida (+23 mil hóspe<strong>de</strong>s e +6,4 mil dormidas, <strong>em</strong><br />
valores absolutos). Embora se tenham verificado au‑<br />
mentos pouco significativos nestes indicadores, a esta‑<br />
da média associada manteve ‑se <strong>em</strong> 1,8 noites, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2006.<br />
Os Pólos <strong>de</strong> Desenvolvimento Turístico concentraram,<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 48% das dormidas totais da ART Centro: o<br />
PDT Leiria ‑Fátima representou 31% e o PDT Serra da<br />
Estrela 17%.<br />
A hotelaria do PDT Leiria ‑Fátima recebeu 421 mil hós‑<br />
pe<strong>de</strong>s, que originaram 805 mil dormidas, valor inferior<br />
dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />
4%<br />
2%<br />
1%<br />
21%<br />
72%<br />
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Do total <strong>de</strong> dormidas registadas, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, na ART<br />
Centro, 72% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> Portu‑<br />
gal, que <strong>de</strong>cresceram ligeiramente face a 2007<br />
( ‑0,3%), e 28% por resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro, com<br />
um aumento homólogo <strong>de</strong> 1,6%.<br />
<strong>em</strong> 24 mil dormidas ao <strong>de</strong> 2007 ( ‑2,9%), mas mais 88<br />
mil face a 2006, isto é, assistiu ‑se a um crescimento<br />
médio anual, entre 2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 6%. No que diz<br />
respeito ao PDT Serra da Estrela, os 290 mil hóspe<strong>de</strong>s<br />
originaram 442 mil dormidas, ou seja, apresentou,<br />
face a 2007, um crescimento no número <strong>de</strong> dormidas<br />
<strong>de</strong> 11,1% (+44 mil).<br />
Do conjunto dos estabelecimentos hoteleiros e aparta‑<br />
mentos turísticos existentes na ART Centro, os hotéis<br />
captaram 72% das dormidas efectuadas na região (1<br />
milhão e 860,5 mil), tipologia que assinalou um acrés‑<br />
cimo homólogo da procura <strong>de</strong> 1,1%, traduzido <strong>em</strong> +20<br />
mil dormidas, face a 2007.<br />
As taxas médias <strong>de</strong> crescimento, entre 2006 e <strong>2008</strong>,<br />
dos vários indicadores <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino turístico foram<br />
superiores à média nacional, registando acréscimos <strong>de</strong><br />
7,8% para os proveitos (6,2% no total do país), 4,8%<br />
para os hóspe<strong>de</strong>s (4,3% no país) e 3,9% para as dor‑<br />
midas (2,2% a nível nacional).<br />
1 Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Centro por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Centro.<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Hóteis-Apartamentos<br />
Outros<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
A procura turística para este <strong>de</strong>stino é maioritariamen‑<br />
te originada pelo mercado interno (72%), que registou<br />
mais 89 mil dormidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>em</strong>bora tenha per‑<br />
dido quota ( ‑2 p.p.), <strong>de</strong>vido ao acréscimo <strong>de</strong> 98 mil<br />
dormidas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro.<br />
arT centro ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 1.846,8 ‑0,3 ‑4,9 2,5 <br />
Mercado Externo 724,4 1,6 11,3 7,6 <br />
Mercado global 2.571,2 0,3 6,4 3,9 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
evolução da quota dos mercados externos<br />
vs. mercado nacional nas dormidas*<br />
[2006-<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Mercado Externo<br />
Mercado Nacional<br />
73,7<br />
26,3<br />
72,2<br />
27,8<br />
2006 2007 <strong>2008</strong><br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
71,8<br />
28,2<br />
Note ‑se que, neste <strong>de</strong>stino, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a pro‑<br />
cura nacional e internacional cresceram a ritmos mé‑<br />
dios anuais <strong>de</strong> 2,5% e <strong>de</strong> 7,6%, respectivamente. Este<br />
aumento médio anual da procura externa ultrapassou<br />
<strong>em</strong> larga medida a taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 1,9% ob‑<br />
servada para o país.<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO • 52<br />
As dormidas na hotelaria registadas no PDT Leiria‑<br />
‑Fátima apresentaram, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um certo equilíbrio<br />
entre o mercado interno (42%) e o externo (58%),<br />
mas registaram evoluções diferentes na comparação<br />
com o ano <strong>de</strong> 2007, com as dormidas dos resi<strong>de</strong>ntes a<br />
aumentar 6,5% e a dos estrangeiros a <strong>de</strong>crescer<br />
8,7%.<br />
De <strong>de</strong>stacar que o mercado nacional <strong>de</strong>ste Pólo repre‑<br />
senta 18% das dormidas dos resi<strong>de</strong>ntes na ART Cen‑<br />
tro, enquanto os estrangeiros concentram neste Pólo<br />
uma quota <strong>de</strong> 64% das dormidas <strong>de</strong> estrangeiros do<br />
total da região.<br />
No caso do PDT Serra da Estrela o mercado externo<br />
praticamente não t<strong>em</strong> expressão, pois 89% das dormi‑<br />
das são <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e assinalaram signi‑<br />
ficativos aumentos, não só na comparação com 2007<br />
(+11,3%), como no crescimento médio anual entre<br />
2006 e <strong>2008</strong> <strong>de</strong> mais 76 mil dormidas.<br />
Avaliando o conjunto dos mercados externos para a<br />
ART Centro, verificamos que a Espanha, com 253 mil<br />
dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, é o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong><br />
dos fluxos internacionais para o <strong>de</strong>stino.<br />
Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros representa‑<br />
ram 84% das dormidas <strong>de</strong> estrangeiros neste <strong>de</strong>stino<br />
turístico e proporcionaram, entre 2006 e <strong>2008</strong>, um au‑<br />
mento médio ao ano <strong>de</strong> 6%. Relativamente aos cinco<br />
principais mercados externos, a sua quota no total das<br />
dormidas <strong>de</strong> estrangeiros foi <strong>de</strong> 72%.<br />
PdT leiria-Fátima ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 340,6 6,5 20,7 6,3 <br />
Mercado Externo 464,7 ‑8,7 ‑44,4 5,7 <br />
Mercado global 805,3 ‑2,9 ‑23,7 6,0 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
PdT serra da estrela ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 392,7 11,3 39,9 11,4 <br />
Mercado Externo 49,4 9,4 4,3 19,1 <br />
Mercado global 442,0 11,1 44,1 12,1 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
300,0<br />
250,0<br />
200,0<br />
150,0<br />
100,0<br />
53 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO<br />
volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />
Volume<br />
<strong>de</strong> Dormidas<br />
(milhares)<br />
50,0<br />
0,0<br />
EUA<br />
Reino Unido<br />
Bélgica<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
Holanda<br />
Brasil<br />
Dinamarca<br />
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Espanha<br />
Itália<br />
A Espanha, com uma quota <strong>de</strong> 35% da procura exter‑<br />
na, registou um aumento médio anual, entre 2006 e<br />
<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 9%, traduzido <strong>em</strong> mais 42 mil dormidas <strong>em</strong><br />
termos absolutos. A França, segundo mercado mais<br />
importante para esta região (17% da procura exter‑<br />
na), registou um aumento homólogo absoluto <strong>de</strong> 10<br />
mil dormidas (+9,2%) só <strong>em</strong> <strong>2008</strong> e uma variação<br />
média anual <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />
A itália posicionou ‑se no terceiro lugar <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />
procura externa para a ART Centro (quota <strong>de</strong> 7%),<br />
muito próxima dos mercados da Al<strong>em</strong>anha e Brasil,<br />
com quotas <strong>de</strong> 6,5% e 6%, respectivamente. O mer‑<br />
Comportamento Sazonal da Procura<br />
A procura para a ART Centro apresenta um pico <strong>de</strong><br />
sazonalida<strong>de</strong> muito marcado <strong>em</strong> Agosto, com o merca‑<br />
do externo a atingir os 18% e o mercado nacional os<br />
14%. Embora o mês mais procurado por ambos os<br />
mercados seja Agosto, o mercado externo concentra<br />
mais a procura <strong>em</strong> Julho e Set<strong>em</strong>bro, enquanto os re‑<br />
si<strong>de</strong>ntes têm uma maior dispersão ao longo do ano.<br />
Os meses <strong>de</strong> menor procura para os mercados exter‑<br />
nos são os <strong>de</strong> inverno (Nov<strong>em</strong>bro a Fevereiro), com<br />
quotas entre os 3,6% e 4,2%, e para o mercado nacio‑<br />
nal são os meses <strong>de</strong> Janeiro e Fevereiro, com quotas<br />
<strong>de</strong> 5,5% e <strong>de</strong> 7%, respectivamente. Note ‑se que os<br />
registos <strong>de</strong> menor procura para o mercado nacional<br />
são, no entanto, superiores às quotas <strong>de</strong> menor procu‑<br />
ra do mercado externo.<br />
França<br />
% 08/07<br />
cado italiano, <strong>em</strong>bora com <strong>de</strong>créscimos médios <strong>de</strong> 1%<br />
ao ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, registou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> um significativo<br />
aumento <strong>de</strong> 5,5% face a 2007.<br />
Do conjunto dos cinco principais mercados para este<br />
<strong>de</strong>stino, <strong>de</strong>stacou ‑se, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o Brasil, com 6% <strong>de</strong><br />
quota, como o mercado que atingiu o aumento percen‑<br />
tual mais elevado (+18,7%) e o segundo maior, <strong>em</strong><br />
termos absolutos (+7 mil dormidas).<br />
Dos mercados externos mais importantes para o <strong>de</strong>s‑<br />
tino <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a itália, com picos <strong>de</strong><br />
procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respectiva‑<br />
mente 24,5% e 26,3%), que ultrapassaram a quota do<br />
conjunto dos mercados externos (17,5%) <strong>em</strong> mais <strong>de</strong><br />
7 p.p. De assinalar que o mercado espanhol foi o que,<br />
no mês <strong>de</strong> Março (mês <strong>em</strong> que se realizou a Páscoa),<br />
maior quota <strong>de</strong> procura apresentou <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong><br />
(11%).<br />
A França incidiu no mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro o seu período<br />
máximo <strong>de</strong> procura com 19,5% <strong>de</strong> quota. De <strong>de</strong>stacar<br />
ainda a Al<strong>em</strong>anha, cujo mês <strong>de</strong> maior procura é Maio,<br />
com 13,9%, quota superior <strong>em</strong> 3,9 p.p. à média <strong>de</strong><br />
procura dos mercados externos (10%).
evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
A taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabelecimentos hote‑<br />
leiros e apartamentos turísticos da ART Centro, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, foi <strong>de</strong> 30,3%, reflectindo um ligeiro <strong>de</strong>créscimo<br />
<strong>de</strong> 0,3 p.p. face a 2007 e situando ‑se bastante abaixo<br />
da média nacional (41,3%).<br />
As taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevadas neste <strong>de</strong>s‑<br />
tino turístico registaram ‑se nos meses <strong>de</strong> Verão (Ju‑<br />
lho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro), variando entre 34,4% e<br />
49,9%, mas com valores muito inferiores aos das mé‑<br />
dias nacionais, que naqueles meses variaram entre<br />
evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação – cama* [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
102,1<br />
27,5<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
19,9<br />
128,5<br />
30,6<br />
26,0<br />
152,4<br />
52,2<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
29,8<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
133,4<br />
52,9<br />
27,4<br />
147,9<br />
72,6<br />
30,0<br />
132,0<br />
64,0<br />
27,5<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO • 54<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
51,8% <strong>em</strong> Set<strong>em</strong>bro e 65,2% <strong>em</strong> Agosto. Os meses<br />
que apresentaram as taxas médias mais baixas foram<br />
Janeiro com 19,9% e Dez<strong>em</strong>bro com 22,4%.<br />
Os meses <strong>de</strong> Março (+6 p.p.), Fevereiro (+3 p.p.) e<br />
Janeiro (+1,3 p.p.) apresentaram as maiores varia‑<br />
ções homólogas. O aumento relativo ao mês <strong>de</strong> Março<br />
foi motivado, como já se referiu, à ocorrência da época<br />
da Páscoa.<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
169,1<br />
92,5<br />
34,4<br />
258,0<br />
126,8<br />
49,9<br />
172,3<br />
93,6<br />
35,9<br />
167,9<br />
58,3<br />
30,7<br />
125,4<br />
27,6<br />
26,0<br />
130,9<br />
25,8<br />
22,4
20<br />
0<br />
19,9<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
55 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
40,7<br />
21,02<br />
Em <strong>2008</strong>, os hotéis ‑apartamentos foram a tipologia da<br />
NuTS ii Centro 2 que registou os maiores níveis <strong>de</strong> ta‑<br />
xas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto (56,5%), com mais 0,3 p.p.<br />
que <strong>em</strong> 2007, tendo ficado acima da taxa média das<br />
tipologias neste <strong>de</strong>stino (41,5%), mas abaixo da taxa<br />
<strong>de</strong> ocupação quarto dos hotéis ‑apartamentos a nível<br />
nacional (62,8%).<br />
O RevPar para esta tipologia não acompanhou os au‑<br />
mentos verificados nas taxas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto,<br />
tendo ‑se observado um <strong>de</strong>créscimo absoluto <strong>de</strong> 1,48€<br />
face a 2007 ( ‑4,8%). Esta diminuição reflecte também<br />
o <strong>de</strong>créscimo observado nos proveitos <strong>de</strong> aposento<br />
dos hotéis ‑apartamentos que, comparativamente com<br />
2007, registou uma quebra <strong>de</strong> 4,5%.<br />
As pousadas constitu<strong>em</strong> a tipologia que apresentou o<br />
RevPar mais elevado (43,16€), valor muito superior à<br />
média das tipologias existentes nesta região (20,79€).<br />
Esta tipologia foi mesmo a única a registar um aumen‑<br />
to significativo neste rácio (+1,87€, ou seja, +4,5%).<br />
2 Não é possível apresentar valores <strong>de</strong> RevPar para a ART Centro, pelo que se optou por fazer a análise com os dados relativos à NUTS II<br />
Centro.<br />
43,16<br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
Pousadas Total<br />
Revpar<br />
56,5<br />
29,36<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />
Nota: Os dados <strong>de</strong>ste gráfico são referentes à NUTS II Centro e não à área regional <strong>de</strong> turismo.<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
32,8<br />
41,5<br />
20,75<br />
!<br />
22,4<br />
€<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />
dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />
regiOnais<br />
ÁREA REgiONAL<br />
DE TuRiSMO<br />
DE LISBOA<br />
E VALE DO TEJO
A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo<br />
(ART Lisboa e Vale do Tejo) apresentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, mais<br />
<strong>de</strong> 65 mil camas (<strong>em</strong> 435 estabelecimentos hoteleiros e<br />
12 al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos) e represen‑<br />
tou 24% da capacida<strong>de</strong> existente no país. Face ao ano<br />
prece<strong>de</strong>nte, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta região aumentou 2.227<br />
camas, ou seja, +3,5%. Refira ‑se que 98% <strong>de</strong>sse<br />
aumento (2.176 camas) ocorreu na tipologia hotéis.<br />
Consi<strong>de</strong>rando a capacida<strong>de</strong> global <strong>de</strong> que a ART Lisboa<br />
e Vale do Tejo dispunha <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os 196 hotéis exis‑<br />
tentes neste <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>tinham 72% <strong>de</strong>ssas camas<br />
(47.124), apresentando assim uma dimensão média,<br />
por estabelecimento, <strong>de</strong> 240 camas. A região da gran‑<br />
ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO • 58<br />
área regiOnal <strong>de</strong> TurismO <strong>de</strong> lisBOa<br />
e vale dO TejO<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
Tipologias <strong>2008</strong><br />
<strong>de</strong> Lisboa concentrou 75% <strong>de</strong>ssas camas (35.533 ca‑<br />
mas), que representam um aumento <strong>de</strong> 4,7% (+1.581<br />
camas), face a 2007.<br />
O Pólo <strong>de</strong> Desenvolvimento Turístico do Oeste (PDT<br />
Oeste), que está integrado na ART Lisboa e Vale do<br />
Tejo, dispunha <strong>de</strong> 10% da capacida<strong>de</strong> da ART, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, ou seja, 6.571 camas, <strong>em</strong> 63 estabelecimentos<br />
hoteleiros e apartamentos turísticos. A capacida<strong>de</strong> dis‑<br />
ponível neste PDT apresentou um significativo acrésci‑<br />
mo <strong>de</strong> 10,4% (+619 camas) face a 2007, recaindo a<br />
totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse aumento na tipologia hotéis, que con‑<br />
centrou assim 60% das camas existentes (3.922<br />
camas <strong>em</strong> 22 unida<strong>de</strong>s hoteleiras).<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Hotéis 47.124 2.176 71,5<br />
Hotéis‑Apartamentos 2.918 ‑238 4,4<br />
Pousadas 218 0 0,3<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 1.339 823 2,0<br />
Apartamentos Turísticos 1.201 ‑23 1,8<br />
Outros 13.095 ‑511 19,9<br />
Total 65.895 2.227 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
arT lisboa e vale do Tejo ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 570,5 ‑1,1 ‑6,6 7,1 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 4.548,9 0,2 9,2 4,0 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 9.823,3 ‑2,4 ‑243,3 2,2 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
NOTA: Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa e não à ART Lisboa e Vale do Tejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART.<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
59 • ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO<br />
Em <strong>2008</strong>, a NuTS ii Lisboa 1 alcançou os 570,5 milhões<br />
<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos ho‑<br />
teleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, re‑<br />
presentando assim um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 1,1% face a<br />
2007. Note ‑se que a NuTS ii Lisboa representou <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> número <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s, cerca <strong>de</strong><br />
84% da ART Lisboa e Vale do Tejo.<br />
A ART Lisboa e Vale do Tejo recebeu 4,5 milhões <strong>de</strong><br />
hóspe<strong>de</strong>s <strong>em</strong> <strong>2008</strong> que <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 9,8 milhões <strong>de</strong><br />
dormidas, indicadores que registaram evoluções con‑<br />
trárias face a 2007. O número <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />
assinalou tendência para um ligeiro acréscimo <strong>de</strong> 0,2%<br />
face a 2007, enquanto as dormidas <strong>de</strong>cresceram 2,4%,<br />
o que não alterou a estada média, que se mantém <strong>em</strong><br />
2,2 noites, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />
dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />
4,7%<br />
1,4%<br />
0,5%<br />
1,2%<br />
16,0%<br />
76,2%<br />
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Das dormidas efectuadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> na ART Lisboa e<br />
Vale do Tejo, 67% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no<br />
estrangeiro, que registaram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 3,8%,<br />
e 33% por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, com um ligeiro au‑<br />
mento homólogo <strong>de</strong> 0,5%.<br />
Os hotéis captaram 76,4% das dormidas efectuadas<br />
na região (7 milhões 489,3 mil), tipologia que verificou<br />
um <strong>de</strong>créscimo homólogo da procura da ord<strong>em</strong> dos<br />
3%, traduzido <strong>em</strong> menos 204 mil dormidas face a<br />
2007.<br />
Entre 2006 e <strong>2008</strong> a ART Lisboa e Vale do Tejo t<strong>em</strong><br />
vindo a registar aumentos significativos nos proveitos<br />
totais (+7,1%), com taxas <strong>de</strong> crescimento médias<br />
anuais um pouco acima da média nacional (+6,2%).<br />
Os hóspe<strong>de</strong>s (+4,0%) e as dormidas (+2,2%) regista‑<br />
ram acréscimos médios anuais idênticos aos valores<br />
médios registados a nível nacional (+4,3% e +2,2%,<br />
respectivamente).<br />
arT lisboa e vale do Tejo ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 3.209,1 0,5 15,4 3,5 <br />
Mercado Externo 6.614,2 ‑3,8 ‑258,7 1,6 <br />
Mercado global 9.823,3 ‑2,4 ‑243,3 2,2 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />
Hóteis-Apartamentos<br />
Outros<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
A procura turística para este <strong>de</strong>stino é maioritariamen‑<br />
te originada pelo mercado externo, que assinalou uma<br />
diminuição <strong>de</strong> quota, <strong>em</strong>bora pouco acentuada, entre<br />
2006 e <strong>2008</strong> (67% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 68% <strong>em</strong> 2006).<br />
1 Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Lisboa e Vale do Tejo.
evolução da quota dos mercados externos<br />
vs. mercado nacional nas dormidas*<br />
[2006-<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Mercado Externo<br />
Mercado Nacional<br />
31,9<br />
68,1<br />
31,7<br />
68,3<br />
2006 2007 <strong>2008</strong><br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
32,7<br />
67,3<br />
Com efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong> a procura externa cres‑<br />
ceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong> 1,6%, enquanto o mer‑<br />
cado nacional apresentou um aumento médio na or‑<br />
d<strong>em</strong> dos 3,5%, que ultrapassou a taxa média <strong>de</strong><br />
crescimento do país (+2,7%).<br />
ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO • 60<br />
O PDT Oeste atingiu as 647 mil dormidas, o que repre‑<br />
sentou 7% da ART Lisboa e Vale do Tejo, das quais<br />
57% (367 mil) com orig<strong>em</strong> no mercado externo e 43%<br />
(280 mil) no mercado interno. De <strong>de</strong>stacar o significa‑<br />
tivo aumento alcançado pelo número <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong><br />
não resi<strong>de</strong>ntes, que face a 2007 cresceram 11,3%.<br />
Consi<strong>de</strong>rando a evolução <strong>de</strong>ste PDT entre 2006 e <strong>2008</strong>,<br />
verifica ‑se um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 11% para<br />
o mercado externo e <strong>de</strong> 7% para os resi<strong>de</strong>ntes.<br />
Apesar do aumento assinalado, entre 2006 e <strong>2008</strong>, na<br />
procura externa para este <strong>de</strong>stino (+1,6%), quando<br />
consi<strong>de</strong>ramos apenas os <strong>de</strong>z principais mercados es‑<br />
trangeiros verifica ‑se a existência <strong>de</strong> um ligeiro <strong>de</strong>‑<br />
créscimo ( ‑0,2%) e, consequente, redução na quota<br />
atingida ( ‑2,8 p.p.), o que revelou uma diversificação<br />
<strong>de</strong> mercados <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> da procura externa para esta<br />
região. A mesma situação ocorre quando analisado o<br />
conjunto dos cinco principais mercados, que registou<br />
um <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong> 1,7%, entre 2006 e<br />
<strong>2008</strong>, e diminuição da quota nesse triénio <strong>de</strong> ‑3,7 p.p.<br />
(54% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 58% <strong>em</strong> 2006).<br />
PdT Oeste ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 366,8 2,7 9,6 7,2 <br />
Mercado Externo 280,6 11,3 28,5 10,9 <br />
Mercado global 647,4 6,3 38,1 8,8 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
61 • ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO<br />
volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />
Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />
(milhares)<br />
1400,0<br />
1200,0<br />
1000,0<br />
800,0<br />
600,0<br />
400,0<br />
200,0<br />
Itália<br />
EUA<br />
Espanha<br />
Bélgica<br />
0,0<br />
-20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Reino Unido<br />
Suiça<br />
Na ART Lisboa e Vale do Tejo, a Espanha, com 1.331<br />
mil dormidas e uma quota <strong>de</strong> 20% da procura externa,<br />
registou uma diminuição média anual, entre 2006 e<br />
<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 6%, o que significa menos 178 mil dormidas<br />
<strong>em</strong> termos absolutos.<br />
A Al<strong>em</strong>anha, o segundo mercado mais importante para<br />
esta região (9% da procura externa), registou um au‑<br />
mento homólogo absoluto <strong>de</strong> 25 mil dormidas (4%)<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, apresentando ligeiras variações médias anu‑<br />
ais positivas <strong>de</strong> 1% entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />
Comportamento Sazonal da Procura<br />
A procura pela ART Lisboa e Vale do Tejo, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />
apresentou uma quota ligeiramente superior no mês<br />
<strong>de</strong> Agosto, mais marcada pelo conjunto dos mercados<br />
externos (13%). A procura do mercado externo, entre<br />
Abril e Outubro, oscilou entre 9% e 13 % e <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>‑<br />
bro a Março, entre 5% a 8%.<br />
O mercado interno ten<strong>de</strong> a uma distribuição mais ho‑<br />
mogénea ao longo do ano, com quotas <strong>de</strong> procura que<br />
variaram entre 8% e 11%, com excepção dos meses<br />
França<br />
Holanda<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
Brasil<br />
% 08/07<br />
O Reino unido, terceiro mercado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> procu‑<br />
ra externa para a ART Lisboa e Vale do Tejo, com uma<br />
quota (8,5%) muito próxima da França e da Itália, <strong>de</strong>‑<br />
cresceu 6% ( ‑37 mil dormidas), face a 2007, <strong>em</strong>bora<br />
apresente crescimentos médios anuais <strong>de</strong> 2,7%, <strong>de</strong>s‑<br />
<strong>de</strong> 2006. De <strong>de</strong>stacar o Brasil (posicionado <strong>em</strong> sexto<br />
lugar no ranking dos principais mercados para esta<br />
ART) com 431 mil dormidas, que se traduziram num<br />
significativo aumento <strong>de</strong> 18%, face a 2007 (+65 mil<br />
dormidas) e <strong>de</strong> 20% <strong>em</strong> cada ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />
<strong>de</strong> Janeiro, Fevereiro e Dez<strong>em</strong>bro, que apresentaram<br />
valores na ord<strong>em</strong> dos 6%.<br />
Dos mercados externos mais importantes para o <strong>de</strong>s‑<br />
tino, <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a itália, com picos <strong>de</strong><br />
procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respectiva‑<br />
mente 20,2% e 20,8%), e a França, que distribuiu pe‑<br />
los meses <strong>de</strong> Agosto (13,9%) e Maio (13,5%) a sua<br />
opção <strong>de</strong> permanência neste <strong>de</strong>stino.
evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
900<br />
800<br />
700<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
Os al<strong>em</strong>ães preferiram os meses <strong>de</strong> Maio e Outubro,<br />
seguidos do <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro, registando quotas <strong>de</strong> procu‑<br />
ra <strong>de</strong> 12,2% e 11,8% respectivamente.<br />
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />
ticos da ART Lisboa e Vale do Tejo foi <strong>de</strong> 42,9%, o que<br />
se traduziu <strong>em</strong> menos 1,1 p.p. <strong>em</strong> relação a 2007, mas<br />
foi superior ao valor médio alcançado a nível nacional<br />
(41,3%).<br />
%<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
205,0<br />
309,1<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />
26,3<br />
213,5<br />
33,6<br />
42,0<br />
44,1<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
374,9<br />
261,9<br />
561,7<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
263,5<br />
593,0<br />
ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO • 62<br />
313,0<br />
693,1<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
50,5<br />
265,7<br />
579,7<br />
43,6<br />
Os resi<strong>de</strong>ntes no Reino unido procuram esta região<br />
maioritariamente <strong>em</strong> Set<strong>em</strong>bro (11,1% da procura),<br />
mostrando também regularida<strong>de</strong> na procura nos me‑<br />
ses entre Abril e Outubro, com quotas que rondam os<br />
10%.<br />
Os meses <strong>de</strong> Verão (Julho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro) e o<br />
mês <strong>de</strong> Maio registaram os valores máximos do ano <strong>de</strong><br />
<strong>2008</strong>. Os meses que registaram as taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑cama mais baixas foram os <strong>de</strong> Inverno, com valores a<br />
variar<strong>em</strong> entre 25,7% e 33,6%.<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
292,6<br />
693,6<br />
48,3<br />
351,9<br />
826,0<br />
57,3<br />
299,8<br />
706,8<br />
49,2<br />
289,2<br />
309,1<br />
44,6<br />
205,0<br />
624,0<br />
30,6<br />
210,7<br />
295,2<br />
25,7
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
63 • ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto* e revPar, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
64,1<br />
50,30<br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
Pousadas Total<br />
Revpar<br />
*<strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />
NOTA: Os dados apresentados neste gráfico diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa e não à área regional <strong>de</strong> turismo<br />
FONTE: TP - <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
53,0<br />
45,70<br />
Os meses <strong>de</strong> Fevereiro (+3,6 p.p.), Março (+2,9 p.p.)<br />
e Maio (+2,5 p.p.) foram os únicos que registaram<br />
acréscimos nas taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama, quando com‑<br />
paradas com o ano <strong>de</strong> 2007. Relativamente ao aumen‑<br />
to verificado no mês <strong>de</strong> Março, a justificação pren<strong>de</strong> ‑se<br />
com a ocorrência da época da Páscoa nesse mês, no<br />
ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />
Em <strong>2008</strong>, os hotéis foram a tipologia da NuTS ii Lis‑<br />
boa 2 que registou os maiores níveis <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong><br />
ocupação ‑quarto, mas que correspon<strong>de</strong>u a um <strong>de</strong>crés‑<br />
cimo <strong>de</strong> 4,1 p.p. face a 2006. Essa taxa média foi no<br />
entanto superior não só à registada para a globalida<strong>de</strong><br />
das tipologias neste <strong>de</strong>stino (57,1%), como também à<br />
dos hotéis a nível nacional (56,3%). As pousadas, com<br />
um índice <strong>de</strong> ocupação ‑cama <strong>de</strong> 62,9%, foram, das<br />
tipologias consi<strong>de</strong>radas, a única que registou um au‑<br />
mento face ao ano prece<strong>de</strong>nte (+1,9 p.p.).<br />
Esta última tipologia foi também a que registou o rácio<br />
<strong>de</strong> RevPar mais elevado (55,10€) e que apresentou a<br />
única variação positiva (+5,80€), face a 2007. Os ho‑<br />
téis, com o segundo valor <strong>de</strong> RevPar mais elevado<br />
(50,30€), assinalaram um <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong><br />
2,60€.<br />
2 Os valores <strong>de</strong> Taxas <strong>de</strong> Ocupação‑Cama e RevPar diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART<br />
Lisboa e Vale do Tejo.<br />
62,9<br />
55,10<br />
63,3<br />
49,10<br />
!<br />
€<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />
dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />
regiOnais<br />
ÁREA REgiONAL<br />
DE TuRiSMO<br />
DO ALENTEJO
A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Alentejo (ART Alente‑<br />
jo), com 8.853 camas <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros,<br />
al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, representava<br />
apenas 3% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento existente <strong>em</strong><br />
<strong>Portugal</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
Cerca <strong>de</strong> 38% da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, das 139 uni‑<br />
da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> neste <strong>de</strong>sti‑<br />
no turístico, é oferecida <strong>em</strong> Hotéis (dimensão média<br />
unitária <strong>de</strong> 109 camas), tipologia que registou um au‑<br />
mento <strong>de</strong> 1,5%, face a 2007.<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO • 66<br />
área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO alenTejO<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
Tipologias <strong>2008</strong><br />
As 14 Pousadas existentes na região representam 34%<br />
da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas da oferta nacional nesta tipo‑<br />
logia.<br />
Na ART Alentejo estão integrados os Pólos <strong>de</strong> Desen‑<br />
volvimento Turístico do Litoral Alentejano (PDT Litoral<br />
Alentejano) e do Alqueva (PDT Alqueva).<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Hotéis 3.384 49 38,2<br />
Hotéis‑Apartamentos 812 ‑9 9,2<br />
Pousadas 809 ‑1 9,1<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 134 13 1,5<br />
Apartamentos Turísticos 410 0 4,6<br />
Outros 3.304 ‑3 37,3<br />
Total 8.853 49 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 56,9 ‑4,0 ‑2,4 8,6 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 599,1 ‑1,8 ‑10,9 5,9 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 981,9 ‑1,6 ‑15,6 6,5 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
NOTA: Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Alentejo.<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
67 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO<br />
dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />
6,6%<br />
0,9%<br />
27,9%<br />
14,1%<br />
3,2%<br />
47,3%<br />
O PDT Litoral Alentejano é uma região que oferece<br />
2.691 camas, distribuídas por 36 estabelecimentos ho‑<br />
teleiros e 5 al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos.<br />
Esta capacida<strong>de</strong> representa 30% das camas existentes<br />
na ART Alentejo.<br />
As 281 camas existentes no PDT Alqueva representam<br />
3% da ART Alentejo, e estão distribuídas por 7 estabe‑<br />
lecimentos hoteleiros.<br />
Em <strong>2008</strong>, a NuTS ii Alentejo 1 alcançou 56,9 milhões<br />
<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos ho‑<br />
teleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, o que<br />
representou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 4,0% <strong>em</strong> relação a<br />
2007. Note ‑se que a ART Alentejo representa, <strong>em</strong> ter‑<br />
mos <strong>de</strong> número <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s, cerca <strong>de</strong> 90% da NUTS<br />
ii Alentejo.<br />
A ART Alentejo atraiu 599 mil hóspe<strong>de</strong>s <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os<br />
quais <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 982 mil dormidas no mesmo<br />
ano, indicadores que registaram diminuições <strong>de</strong> 1,8%<br />
e 1,6%, respectivamente, face a 2007. Contudo, <strong>em</strong>‑<br />
bora se tenham verificado ligeiras quebras nestes indi‑<br />
cadores, a estada média associada manteve ‑se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2006, <strong>em</strong> 1,6 noites.<br />
O PDT Litoral Alentejano registou 239 mil dormidas,<br />
que traduziram uma representação <strong>de</strong> 24% na ART<br />
Alentejo. Este indicador reflectiu, face a 2007, um <strong>de</strong>‑<br />
créscimo <strong>de</strong> 4,6% ( ‑12 mil dormidas) e no período en‑<br />
tre 2006 e <strong>2008</strong> apresentou também um <strong>de</strong>créscimo<br />
médio ao ano <strong>de</strong> 2,1%.<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />
Hóteis-Apartamentos<br />
Outros<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
As 39 mil dormidas registadas no PDT Alqueva, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, que representam apenas 4% da ART Alentejo,<br />
correspon<strong>de</strong>ram a um aumento <strong>de</strong> 13,8% (+5 mil dor‑<br />
midas) face ao ano prece<strong>de</strong>nte. Este Pólo t<strong>em</strong> apre‑<br />
sentado um comportamento francamente favorável,<br />
com um acréscimo <strong>de</strong> 13 mil dormidas, entre 2006 e<br />
<strong>2008</strong>, que correspon<strong>de</strong>u a um crescimento médio anu‑<br />
al <strong>de</strong> 24%.<br />
No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />
mentos e apartamentos turísticos, os Hotéis captaram<br />
47,3% das dormidas que ocorreram na ART Alentejo<br />
(ou sejam, 465 mil dormidas), tipologia que verificou<br />
um acréscimo homólogo da procura <strong>de</strong> 4%, traduzido<br />
<strong>em</strong> mais 16 mil dormidas, face a 2007.<br />
A ART Alentejo t<strong>em</strong> vindo a registar uma evolução sig‑<br />
nificativa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, com aumentos médios anuais<br />
<strong>de</strong> 5,9% para os hóspe<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> 6,5% para as dormi‑<br />
das, valores superiores à média do País (4,3% para os<br />
hóspe<strong>de</strong>s e 2,2% para as dormidas).<br />
Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Alentejo.
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Das dormidas efectuadas na ART Alentejo, 73% foram<br />
geradas por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, que registaram<br />
uma quebra <strong>de</strong> 5,3%. Relativamente ao mercado ex‑<br />
terno que contribuiu com 27% da procura, a tendência<br />
<strong>de</strong> evolução foi contrária e apresentou um aumento<br />
face ao ano anterior <strong>de</strong> 10,3%.<br />
Nesta região, a procura turística é maioritariamente<br />
originada pelo mercado nacional, que com excepção<br />
da evolução negativa registada entre 2007 e <strong>2008</strong>,<br />
apresentou um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 6,3%,<br />
quando consi<strong>de</strong>ramos o período compreendido entre<br />
2006 e <strong>2008</strong>. A representação do mercado nacional<br />
atingiu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um valor idêntico ao <strong>de</strong> 2006 (73,3%<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong> e 73,6% <strong>em</strong> 2006).<br />
No PDT Litoral Alentejano existe também uma clara<br />
prepon<strong>de</strong>rância do mercado interno, que é responsável<br />
por 77% das dormidas. As dormidas dos resi<strong>de</strong>ntes as‑<br />
sinalaram contudo um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 10,2%, enquanto<br />
o mercado externo apresentou um significativo aumen‑<br />
to <strong>de</strong> 21,7%. De <strong>de</strong>stacar que, as dormidas neste pólo<br />
turístico representam, 26% e 21%, respectivamente,<br />
do mercado interno e externo da ART Alentejo.<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO • 68<br />
evolução da quota dos mercados externos<br />
vs mercado nacional nas dormidas*<br />
[2006-<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Mercado Externo<br />
Mercado Nacional<br />
73,6<br />
26,4<br />
76,2<br />
23,8<br />
73,3<br />
26,7<br />
2006 2007 <strong>2008</strong><br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
arT alentejo ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas*(milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 719,9 ‑5,3 ‑39,9 6,3 <br />
Mercado Externo 262,0 10,3 24,4 7,0 <br />
Mercado global 981,9 ‑1,6 ‑15,6 6,5 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
PdT litoral alentejano ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 185,2 ‑10,2 ‑21,1 ‑4,5 <br />
Mercado Externo 54,1 21,7 9,6 7,8 <br />
Mercado global 239,3 ‑4,6 ‑11,5 ‑2,1 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
69 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO<br />
No que respeita ao PDT Alqueva, 89% das dormidas<br />
são <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e assinalaram significa‑<br />
tivos aumentos, não só na comparação com 2007,<br />
como no crescimento médio anual <strong>de</strong> 22,6% (+12 mil<br />
dormidas), entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />
Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros para a região,<br />
responsáveis por acréscimos médios anuais na ord<strong>em</strong><br />
dos 5%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, ultrapassaram os 80% da<br />
procura externa registada no <strong>de</strong>stino (o Top5 concen‑<br />
trou 59% da procura internacional). Contudo, <strong>em</strong>bora<br />
o Top10 tenha vindo a registar uma evolução favorável<br />
ao longo dos últimos anos <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota, t<strong>em</strong> ‑se<br />
assistido a um <strong>de</strong>créscimo ( ‑3,5 p.p face a 2006), as‑<br />
sim como para o Top5 ( ‑2,7 p.p.), o que revela uma<br />
tendência para a diversificação da procura noutros<br />
mercados <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>.<br />
Espanha, com 65 mil dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, é o primeiro<br />
mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> dos fluxos internacionais para a<br />
ART Alentejo, com uma quota <strong>de</strong> 25% da procura ex‑<br />
terna registou um aumento médio anual, entre 2006 e<br />
<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 9%, que se traduziu <strong>em</strong> mais 10 mil dormi‑<br />
das <strong>em</strong> termos absolutos.<br />
O segundo mercado mais forte para este <strong>de</strong>stino foi a<br />
Al<strong>em</strong>anha (12% da procura externa) e registou, <strong>em</strong><br />
<strong>2008</strong>, um significativo acréscimo <strong>de</strong> 19% (+5 mil dor‑<br />
midas), apresentando também variações médias anu‑<br />
ais positivas <strong>de</strong> 5% entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />
A França, <strong>em</strong>bora seja o terceiro mercado <strong>em</strong> termos<br />
<strong>de</strong> procura para esta região com 25 mil dormidas (10%<br />
<strong>de</strong> quota), registou um acréscimo médio anual, entre<br />
2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 15%, ou seja, mais 6 mil dormidas.<br />
PdT alqueva ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 34,7 12,5 3,9 22,6 <br />
Mercado Externo 4,2 25,2 0,8 31,2 <br />
Mercado global 38,9 13,8 4,7 23,5 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercado externo, TOP 10<br />
Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />
(milhares)<br />
70,0<br />
60,0<br />
50,0<br />
40,0<br />
30,0<br />
20,0<br />
Reino Unido<br />
Itália França<br />
Holanda<br />
10,0<br />
EUA<br />
Brasil<br />
Canadá<br />
Bélgica<br />
0,0<br />
-30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0<br />
20,0<br />
30,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Espanha<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
% 08/07
Comportamento Sazonal da Procura<br />
A procura, avaliada pelas dormidas, para a ART Alen‑<br />
tejo não apresenta uma sazonalida<strong>de</strong> muito marcada,<br />
com uns picos <strong>de</strong> procura mais elevados no Verão, <strong>em</strong><br />
particular no mês <strong>de</strong> Agosto. A procura externa<br />
<strong>de</strong>senvolve ‑se maioritariamente entre Abril e Outubro<br />
(com quotas entre 8% e 13%) e a procura nacional,<br />
para além dos meses <strong>de</strong> Julho (10%), Agosto (16%) e<br />
Set<strong>em</strong>bro (10%) apresenta uma quota ligeiramente<br />
mais elevada nos meses <strong>de</strong> Março (Páscoa) e Maio.<br />
Dos mercados estrangeiros mais importantes para o<br />
<strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stacaram ‑se a França e a Espanha, com pi‑<br />
cos <strong>de</strong> procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto, <strong>de</strong> 20%<br />
e 16%, respectivamente, ultrapassando assim os 13%<br />
do conjunto dos mercados externos.<br />
evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
36,1<br />
9,2<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
44,2<br />
12,9<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />
ticos da ART Alentejo foi <strong>de</strong> 30,5% (mais 1,0 p.p. face<br />
a 2006), valor inferior à média nacional (42,9%).<br />
A taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevada na ART do<br />
Alentejo verificou ‑se durante o mês <strong>de</strong> Agosto (51,5%)<br />
que mesmo assim registou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 4,8 p.p.<br />
face a 2007. Os meses <strong>de</strong> Maio (33,5%) e Março<br />
59,8<br />
20,2<br />
54,5<br />
21,0<br />
62,4<br />
26,7<br />
57,0<br />
22,7<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO • 70<br />
Os resi<strong>de</strong>ntes na Al<strong>em</strong>anha prefer<strong>em</strong> o mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>‑<br />
bro, seguido <strong>de</strong> Maio e Junho, registando quotas <strong>de</strong><br />
procura <strong>de</strong> 15%, 14% e 9%, respectivamente, supe‑<br />
riores à média dos mercados estrangeiros.<br />
O Reino unido t<strong>em</strong> uma distribuição mais equitativa<br />
entre Março e Outubro, com quotas <strong>de</strong> procura entre<br />
7% e 15%. Os meses <strong>de</strong> menor procura apresentam<br />
quotas entre 3% e 5% (Nov<strong>em</strong>bro a Fevereiro).<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
70,8<br />
28,5<br />
111,3<br />
33,2<br />
75,0<br />
34,8<br />
(31,1%) registaram valores superiores aos que foram<br />
alcançados nos meses <strong>de</strong> Verão, este último motivado,<br />
como se referiu, pela ocorrência da Páscoa. O mês <strong>de</strong><br />
Janeiro, com 17,6% <strong>de</strong> ocupação ‑cama, assinalou o<br />
valor mais baixo do ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> e o mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro<br />
com 40,5% <strong>de</strong> ocupação, alcançou a variação positiva<br />
mais acentuada (+13 p.p.).<br />
56,2<br />
29,3<br />
48,8<br />
13,3<br />
43,9<br />
10,2
%<br />
71 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO<br />
60<br />
evolução 40 mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
20<br />
60<br />
0<br />
40<br />
JAN FEV MAR** 31,1 ABR<br />
29,3<br />
MAI 33,5 JUN 31,0<br />
36,2<br />
JUL AGO<br />
40,5<br />
SET OUT<br />
30,8<br />
NOV DEZ<br />
24,7<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
24,0<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu 17,6a<br />
Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
20<br />
19,5<br />
0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />
40<br />
10<br />
40<br />
0<br />
30<br />
0<br />
Em <strong>2008</strong>, os Hotéis da Hotéis NuTS ii Alentejo, Hotéis-Apartam. registaram<br />
0<br />
Em Pousadas termos <strong>de</strong> RevPar, os Total Hotéis constituíram a tipolo‑<br />
uma Taxa taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
média <strong>de</strong> ocupação ‑quarto Revpar <strong>de</strong> 44,6%, me‑ gia que apresentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o valor mais baixo<br />
nos 0,3 p.p. que <strong>em</strong> 2007, tendo ficado ligeiramente (23,34 €), <strong>em</strong>bora ligeiramente acima (+0,50 €) ao<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />
NOTA: acima Os dados da apresentados taxa média neste gráfico <strong>de</strong>ste diz<strong>em</strong> <strong>de</strong>stino respeito à NUTS (44,4%) II Alentejo, mas por não abai‑ ser possível o alcançado cálculo circunscrito <strong>em</strong> à ART 2007. Alentejo<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
xo da taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto dos Hotéis a nível na‑<br />
cional (56,3%). As pousadas foram, no entanto, a ti‑ As Pousadas, com uma representativida<strong>de</strong> nesta re‑<br />
pologia que apresentou a taxa média <strong>de</strong> ocupação ‑quarto gião <strong>de</strong> 9,1%, aferida pela capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, fo‑<br />
mais elevada com 49,6% e a única que apresentou um ram a tipologia que apresentou não só a taxa <strong>de</strong><br />
aumento, <strong>em</strong> relação ao ano <strong>de</strong> 2007, <strong>de</strong> 0,9 p.p., fi‑ ocupação ‑quarto mais elevada, como também o valor<br />
cando não só acima da taxa média do <strong>de</strong>stino (44,4%), <strong>de</strong> RevPar mais alto (43,21 €) <strong>em</strong>bora este último rá‑<br />
como também da tipologia Pousadas, a nível nacional cio tenha assinalado, relativamente a 2007, um <strong>de</strong>‑<br />
(49,4%).<br />
créscimo <strong>de</strong> 9,40 €, motivado pela acentuada quebra<br />
<strong>de</strong> 22,5% nos proveitos provenientes do aposento.<br />
2 Os valores <strong>de</strong> Taxas <strong>de</strong> Ocupação Cama e RevPar diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART<br />
Alentejo.<br />
17,6<br />
24,7<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
30<br />
32,5<br />
30<br />
% €<br />
20<br />
50 23,34<br />
25,69<br />
26,18<br />
20<br />
50<br />
49,6<br />
44,6<br />
31,1<br />
29,3<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
Revpar<br />
20<br />
25,69<br />
23,34<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />
NOTA: Os dados apresentados neste gráfico diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Alentejo<br />
FONTE: 10 TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
33,5<br />
31,0<br />
% €<br />
50 50<br />
49,6<br />
44,6<br />
43,21<br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
32,5<br />
Pousadas Total<br />
36,2<br />
43,21<br />
51,5<br />
51,5<br />
40,5<br />
44,4<br />
44,4<br />
26,18<br />
30,8<br />
24,0<br />
19,5<br />
40<br />
10<br />
40<br />
0<br />
30<br />
20<br />
10
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />
dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />
regiOnais<br />
ÁREA REgiONAL<br />
DE TuRiSMO<br />
DO ALgARVE
A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Algarve (ART Algarve),<br />
com mais <strong>de</strong> 98 mil camas <strong>em</strong> 255 estabelecimentos<br />
hoteleiros e 162 al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísti‑<br />
cos, concentrou 36% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento<br />
existente a nível nacional.<br />
Cerca <strong>de</strong> 82% da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas das 417 uni‑<br />
da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> é oferecida<br />
<strong>em</strong> Hotéis, Hotéis ‑Apartamentos e Apartamentos Tu‑<br />
rísticos, fundamentalmente concentrada no Concelho<br />
<strong>de</strong> Albufeira (41% do total <strong>de</strong> Hotéis, Hotéis‑<br />
‑Apartamentos e Apartamentos Turísticos da ART Al‑<br />
garve). O conjunto <strong>de</strong>stas tipologias registou um au‑<br />
mento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, relativamente a 2007, na ord<strong>em</strong><br />
dos 2,4% (+1.872 camas).<br />
Embora com uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apenas 33%,<br />
avaliada pela capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, os 137 Aparta‑<br />
mentos Turísticos existentes na região totalizaram<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE • 74<br />
área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO algarve<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
Tipologias <strong>2008</strong><br />
90% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta nacional nesta tipologia<br />
<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s. Os Hotéis ‑Apartamentos, <strong>em</strong>bora com<br />
uma quota menor (21,0%), perfizeram 60% da capa‑<br />
cida<strong>de</strong> total do País, nesta tipologia.<br />
Em <strong>2008</strong>, a ART Algarve atingiu 582 milhões <strong>de</strong> euros<br />
<strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros,<br />
al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, que represen‑<br />
taram uma ténue tendência <strong>de</strong> aumento (+0,1%),<br />
face a 2007.<br />
Os proveitos foram gerados, <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte, pelos<br />
2,9 milhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s registados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os quais<br />
<strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 14,3 milhões <strong>de</strong> dormidas, indicado‑<br />
res que diminuíram, face a 2007, na ord<strong>em</strong> dos 0,7%<br />
e 3,0%, respectivamente. A estada média associada a<br />
este <strong>de</strong>stino turístico é <strong>de</strong> 4,9 noites ( ‑0,2 noites que<br />
<strong>em</strong> 2006).<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Hotéis 27.500 960 27,9<br />
Hotéis‑Apartamentos 20.768 29 21,0<br />
Pousadas 240 72 0,2<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 12.245 751 12,4<br />
Apartamentos Turísticos 32.608 883 33,0<br />
Outros 5.363 ‑151 5,4<br />
Total 98.724 2.544 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
arT algarve ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 581,5 0,1 0,4 4,6 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 2.927,8 ‑0,7 ‑20,8 2,6 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 14.265,2 ‑3,0 ‑439,2 0,4 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
75 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE<br />
dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />
23,4%<br />
10,3%<br />
0,3%<br />
3,9%<br />
27,8%<br />
34,2%<br />
No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />
mentos e apartamentos turísticos, os Hotéis captaram<br />
34% das dormidas efectuadas na região (4.880,4 mil<br />
dormidas <strong>em</strong> Hotéis), que traduziram, no entanto, um<br />
<strong>de</strong>créscimo homólogo da procura <strong>de</strong> 6,6%, nesta tipo‑<br />
logia, traduzido <strong>em</strong> menos 342 mil dormidas. Os Apar‑<br />
tamentos Turísticos sendo, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>,<br />
responsáveis por 33% da oferta <strong>de</strong>sta região, concen‑<br />
traram 28% das dormidas totais (3.966,8 mil dormi‑<br />
das), que reflectiram um ligeiro aumento <strong>de</strong> 0,5% face<br />
a 2007 (+21 mil dormidas). Os Hotéis ‑Apartamentos,<br />
com uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 23% na região, rece‑<br />
beram 606 mil hóspe<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 3.338<br />
mil dormidas. Na comparação com o ano prece<strong>de</strong>nte,<br />
este número <strong>de</strong> dormidas traduziu um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />
1,1%, ou seja, menos 37 mil dormidas.<br />
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Das dormidas assinaladas nos estabelecimentos hote‑<br />
leiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos da ART<br />
Algarve, 75% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no estran‑<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />
Hóteis-Apartamentos<br />
Outros<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Embora <strong>em</strong> <strong>2008</strong> as evoluções não tenham sido positi‑<br />
vas, para alguns dos indicadores, na comparação com<br />
o ano prece<strong>de</strong>nte, a ART Algarve registou, entre 2006<br />
e <strong>2008</strong>, aumentos médios anuais <strong>de</strong> 4,6% para os pro‑<br />
veitos totais, 2,6% para os hóspe<strong>de</strong>s e 0,4% para as<br />
dormidas, mas que se situaram, no entanto, aquém<br />
das taxas médias <strong>de</strong> crescimento verificadas a nível<br />
nacional e que foram, respectivamente, <strong>de</strong> 6,2%,<br />
4,3% e 2,2%.<br />
geiro, apesar <strong>de</strong> ter<strong>em</strong> registado uma quebra <strong>de</strong> 5,6%,<br />
relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007, enquanto o mercado<br />
interno assinalou mais 189 mil dormidas, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
arT algarve ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 3.537,1 5,6 188,7 3,1 <br />
Mercado Externo 10.728,1 ‑5,5 ‑627,9 ‑0,5 <br />
Mercado global 14.265,2 ‑3,0 ‑439,2 0,4 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
A procura turística para esta área regional é maiorita‑<br />
riamente originada pelo mercado externo, que t<strong>em</strong><br />
mantido, s<strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s oscilações, a sua quota ao lon‑<br />
go do período <strong>em</strong> análise (75,2% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs 76,5%<br />
<strong>em</strong> 2006).<br />
evolução da quota do mercado externo<br />
vs mercado nacional nas dormidas*<br />
[2006-<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Mercado Externo<br />
Mercado Nacional<br />
23,5<br />
76,5<br />
22,8<br />
77,2<br />
24,8<br />
75,2<br />
2006 2007 <strong>2008</strong><br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução do mercado externo, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />
Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />
(milhares)<br />
5000,0<br />
4000,0<br />
3000,0<br />
2000,0<br />
1000,0<br />
Reino Unido<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE • 76<br />
Apesar da relativa estabilida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota,<br />
do mercado externo nesta área regional, constatou ‑se<br />
que, no período compreendido entre 2006 e <strong>2008</strong>, a<br />
procura externa <strong>de</strong>cresceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong><br />
0,5% e a procura nacional aumentou, <strong>em</strong> média, 3,1%<br />
ao ano. O crescimento verificado pelo mercado inter‑<br />
no, neste <strong>de</strong>stino, situou ‑se acima do valor obtido para<br />
o total do País (+2,7%), enquanto o valor obtido para<br />
o mercado externo ficou claramente abaixo (<strong>em</strong> Portu‑<br />
gal, o mercado externo cresceu <strong>em</strong> média 1,9%, no<br />
período referenciado).<br />
Avaliando o conjunto dos mercados estrangeiros para<br />
a ART Algarve, verificamos que o Reino Unido, com 4,7<br />
milhões <strong>de</strong> dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi o primeiro mercado<br />
<strong>de</strong> orig<strong>em</strong> dos fluxos internacionais para este <strong>de</strong>stino<br />
turístico.<br />
Os <strong>de</strong>z mercados estrangeiros mais fortes, <strong>em</strong> termos<br />
<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> dormidas para esta região, foram res‑<br />
ponsáveis por ligeiros <strong>de</strong>créscimos médios anuais na<br />
ord<strong>em</strong> dos 0,9%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, <strong>em</strong>bora tenham<br />
representado quase 70% da procura externa neste<br />
<strong>de</strong>stino.<br />
É <strong>de</strong> assinalar que 53% da procura internacional para<br />
este <strong>de</strong>stino <strong>em</strong> <strong>2008</strong> assentou apenas <strong>em</strong> três merca‑<br />
dos, Reino unido, Al<strong>em</strong>anha e Holanda, o que <strong>de</strong>nota<br />
a gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino turístico, por um<br />
número restrito <strong>de</strong> mercados <strong>em</strong>issores.<br />
Espanha<br />
Canadá<br />
França<br />
Polónia<br />
0,0<br />
Bélgica<br />
Noruega<br />
-30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0<br />
30,0 % 08/07<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Irlanda<br />
Holanda
77 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE<br />
O Reino Unido, com uma quota <strong>de</strong> 33% da procura<br />
externa, registou, entre 2006 e <strong>2008</strong>, um <strong>de</strong>créscimo<br />
médio anual <strong>de</strong> 3,0%, traduzindo ‑se, <strong>em</strong> termos abso‑<br />
lutos, <strong>em</strong> menos 298 mil dormidas.<br />
A Al<strong>em</strong>anha (10,0% da procura externa) registou tam‑<br />
bém uma quebra <strong>de</strong> praticamente 5% ( ‑166 mil dor‑<br />
midas). Por outro lado, a Holanda, terceiro mercado<br />
<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> procura externa para a ART Algarve,<br />
com uma quota idêntica à da Al<strong>em</strong>anha (10%), t<strong>em</strong><br />
Comportamento Sazonal da Procura<br />
A procura para a ART Algarve apresentou um pico <strong>de</strong><br />
sazonalida<strong>de</strong> muito marcado nos meses <strong>de</strong> Verão, mais<br />
especificamente <strong>em</strong> Julho e Agosto, com as quotas da<br />
procura externa a atingiram os 14% e a quota da pro‑<br />
cura nacional os 27%. No entanto, <strong>em</strong>bora os picos <strong>de</strong><br />
sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambos os mercados sejam nestes dois<br />
meses referidos, a procura externa <strong>de</strong>senvolve ‑se <strong>de</strong><br />
uma forma mais equilibrada entre Maio e Outubro<br />
(quotas entre 9% e 14%), enquanto a procura nacio‑<br />
nal se concentra nos três meses <strong>de</strong> Verão (54% da<br />
procura).<br />
Os meses <strong>de</strong> menor movimento são os <strong>de</strong> inverno<br />
(Nov<strong>em</strong>bro a Março), para ambos os mercados, sendo<br />
<strong>de</strong> salientar que a procura nacional assinalou, nesse<br />
período quotas mensais inferiores à procura externa<br />
<strong>em</strong> praticamente 1,0 p.p..<br />
Dos mercados estrangeiros mais importantes para o<br />
<strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stacou ‑se a Espanha, com um pico <strong>de</strong> pro‑<br />
evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
1.600<br />
1.400<br />
1.200<br />
1.000<br />
800<br />
600<br />
400<br />
200<br />
0<br />
77,2<br />
393,7<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
118,7<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
555,4<br />
245,4<br />
746,6<br />
190,3<br />
756,7<br />
243,0<br />
1.138,5<br />
343,8<br />
1.215,2<br />
vindo a registar <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhos mais favoráveis, com<br />
um aumento médio <strong>de</strong> 5,5% ao ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, que<br />
correspon<strong>de</strong>u a mais 140 mil dormidas.<br />
A França apesar <strong>de</strong> representar uma quota <strong>de</strong> 2,0%<br />
das dormidas, foi o mercado <strong>em</strong>issor que, <strong>de</strong>pois da<br />
Holanda, apresentou os maiores crescimentos entre<br />
2006 e <strong>2008</strong>, com um aumento médio anual <strong>de</strong> 20,1%<br />
que se traduziu, <strong>em</strong> termos absolutos, <strong>em</strong> mais 89 mil<br />
dormidas que <strong>em</strong> 2006.<br />
cura muito significativo <strong>em</strong> Agosto (25,6%), valor su‑<br />
perior <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 11,9 p.p. da quota do conjunto dos<br />
mercados externos (13,7%).<br />
O Reino unido, sendo o principal mercado para esta<br />
área regional, apresentou valores mais significativos<br />
entre os meses <strong>de</strong> Maio e Set<strong>em</strong>bro, com quotas na<br />
ord<strong>em</strong> dos 12% e valores ligeiramente inferiores <strong>em</strong><br />
Outubro (cerca <strong>de</strong> 10%). A Al<strong>em</strong>anha, com excepção<br />
<strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro, que apresenta uma quota <strong>de</strong> 12,4%, re‑<br />
parte as suas dormidas pelos meses <strong>de</strong> Março a Outu‑<br />
bro (quotas entre 8% e 11%).<br />
A Holanda e a Irlanda, respectivamente, o 3º e 4º<br />
mercados externos para este <strong>de</strong>stino, prefer<strong>em</strong> o mês<br />
<strong>de</strong> Julho, com quotas <strong>de</strong> 15,3% e 20,0%, valores que<br />
são superiores à média <strong>de</strong> procura do conjunto dos<br />
mercados externos para este mês (13,7%).<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
560,4<br />
1.468,8<br />
961,9<br />
1.474,3<br />
387,7<br />
1.306,3<br />
163,9<br />
976,3<br />
117,2<br />
413,6<br />
127,6<br />
283,3
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />
ticos da ART Algarve foi <strong>de</strong> 43,3%, reflectindo uma<br />
diminuição <strong>de</strong> 2,7 p.p. relativamente a 2007, mas<br />
situando ‑se acima da média nacional (41,3%).<br />
As maiores taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama registaram ‑se<br />
nos meses <strong>de</strong> Verão (Julho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro), va‑<br />
%<br />
riando entre 57,6% e 78,1%, sendo Dez<strong>em</strong>bro o mês<br />
<strong>de</strong> 80 menor procura, seguido <strong>de</strong> Janeiro e Nov<strong>em</strong>bro.<br />
60<br />
evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* 45,7 [<strong>2008</strong>] 53,1<br />
37,5<br />
40<br />
29,2<br />
33,3<br />
%<br />
19,8<br />
80 20<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE • 78<br />
Na comparação com o ano <strong>de</strong> 2007 todos os meses<br />
apresentaram <strong>de</strong>créscimos nas taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑cama, tendo sido <strong>em</strong> Abril que se registou o maior<br />
<strong>de</strong>créscimo ( ‑8,7 p.p.), motivado pelo facto <strong>de</strong>, <strong>em</strong><br />
2007, a Páscoa ter sido nesse mês. Maio foi o mês que<br />
registou o <strong>de</strong>créscimo homólogo menos acentuado<br />
( ‑0,1 p.p.).<br />
600<br />
66,3<br />
57,6<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI 45,7 JUN 53,1 JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
37,5<br />
38,6<br />
* <strong>em</strong> 40 estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos 33,3<br />
29,2<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
19,8<br />
20<br />
22,7<br />
17,2<br />
0<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />
% €<br />
70<br />
60<br />
57,7<br />
60<br />
60,5<br />
60,0<br />
60,3<br />
50<br />
53,27<br />
50<br />
40<br />
%<br />
45,39<br />
40<br />
€<br />
30<br />
70<br />
20<br />
31,46<br />
32,89<br />
30<br />
70<br />
20<br />
60<br />
10<br />
60,5<br />
60,0<br />
57,7<br />
60,3<br />
60<br />
10<br />
50<br />
0<br />
53,27<br />
50<br />
0<br />
40<br />
Hotéis<br />
45,39<br />
Hotéis-Apartam.<br />
Pousadas Total<br />
40<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
Revpar<br />
30<br />
31,46<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />
FONTE: 20 TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
32,89<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
Pousadas Total<br />
Revpar<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
66,3<br />
78,1<br />
78,1<br />
57,6<br />
38,6<br />
22,7<br />
17,2<br />
70<br />
10<br />
0
79 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE<br />
Em <strong>2008</strong>, os Hotéis e os Hotéis ‑Apartamentos foram<br />
as tipologias da ART Algarve que registaram os maio‑<br />
res níveis <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto, com 60,5% e<br />
60,0%, respectivamente. Apesar do <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 3,9<br />
p.p. que os Hotéis registaram face a 2007, posicionaram‑<br />
‑se, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, acima da taxa média global encontrada<br />
para este <strong>de</strong>stino (57,1%) e da taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑quarto dos Hotéis a nível nacional (56,3%). Os Hotéis‑<br />
‑Apartamentos assinalaram também uma quebra <strong>de</strong><br />
2,0 p.p. na taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto face a 2007.<br />
O número <strong>de</strong> quartos disponíveis <strong>em</strong> Hotéis ao longo<br />
<strong>de</strong> 2007, apresentou, no conjunto do ano, valores le‑<br />
v<strong>em</strong>ente inferiores à capacida<strong>de</strong> disponível <strong>em</strong> núme‑<br />
ro <strong>de</strong> quartos <strong>de</strong> 2006 ( ‑0,9%), não tendo contudo<br />
efeitos sobre as taxas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto. Por outro<br />
lado, os Hotéis ‑Apartamentos apresentaram um acrés‑<br />
cimo <strong>de</strong> 1,4% da capacida<strong>de</strong> disponível <strong>em</strong> quartos, o<br />
que po<strong>de</strong> ter influenciado negativamente a taxa <strong>de</strong><br />
ocupação ‑quarto.<br />
Em termos <strong>de</strong> RevPar, foram as Pousadas que apresen‑<br />
taram os valores mais elevados (53,27 €), tendo regis‑<br />
tado, face a 2007, um aumento <strong>de</strong> 6,42 € Euros. O<br />
RevPar para esta tipologia ultrapassou os valores mé‑<br />
dios globais para esta área regional (32,89 €) e os<br />
valores médios nacionais para esta tipologia (43,27 €).<br />
Note ‑se que este aumento reflecte o acréscimo verifi‑<br />
cado nos proveitos <strong>de</strong> aposento <strong>de</strong>sta tipologia, que<br />
registou +50%, relativamente a 2007.
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />
dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />
regiOnais<br />
ÁREA REgiONAL<br />
DE TuRiSMO<br />
DOS AçORES
egiãO auTónOma dOs açOres<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
A região dos Açores, com 8.662 camas <strong>em</strong> 83 estabe‑<br />
lecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos, con‑<br />
centrou apenas 3% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento exis‑<br />
tente a nível nacional.<br />
Cerca <strong>de</strong> 75% da capacida<strong>de</strong> das 83 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alo‑<br />
jamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foi oferecida <strong>em</strong> hotéis<br />
(dimensão média unitária <strong>de</strong> 176 camas), tipologia<br />
que registou um acréscimo <strong>de</strong> 4,2%, face a 2007.<br />
Em <strong>2008</strong>, os Açores alcançaram 55 milhões <strong>de</strong> euros<br />
<strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros e<br />
apartamentos turísticos, o que representou um ligeiro<br />
<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 0,6% face a 2007.<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
Tipologias <strong>2008</strong><br />
REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES • 82<br />
Os proveitos foram sobretudo gerados pelos 354 mil<br />
hóspe<strong>de</strong>s registados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os quais <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong><br />
a 1.128 mil dormidas, indicadores que registaram evo‑<br />
luções opostas face a 2007: o crescimento <strong>de</strong> 0,8%<br />
dos hóspe<strong>de</strong>s foi acompanhado <strong>de</strong> uma diminuição <strong>de</strong><br />
4,8% nas dormidas. A estada média associada a esta<br />
região t<strong>em</strong> vindo assim a <strong>de</strong>crescer ligeiramente,<br />
situando ‑se actualmente <strong>em</strong> 3,2 noites ( ‑0,3 noites<br />
que <strong>em</strong> 2006).<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Hotéis 6.523 265 75,3<br />
Hotéis‑Apartamentos 561 ‑145 6,5<br />
Pousadas 107 6 1,2<br />
Apartamentos Turísticos 451 141 5,2<br />
Outros 1.020 ‑2 11,8<br />
Total 8.662 265 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
região autónoma dos açores ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 54,6 ‑0,6 ‑0,3 0,4 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 353,5 0,8 2,6 2,4 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 1.127,5 ‑4,8 ‑56,9 ‑2,3 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
83 • REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES<br />
dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />
1,2%<br />
3,2%<br />
6,3%<br />
8,3%<br />
81,0%<br />
No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros e aparta‑<br />
mentos turísticos, os hotéis captaram 81% das dormi‑<br />
das efectuadas na região (914 mil dormidas <strong>em</strong> ho‑<br />
téis), tipologia que verificou um <strong>de</strong>créscimo homólogo<br />
da procura <strong>de</strong> 5,4%, traduzido <strong>em</strong> menos 52 mil dor‑<br />
midas face a 2007.<br />
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Do total <strong>de</strong> dormidas registadas nos Açores, 53% fo‑<br />
ram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro, que regis‑<br />
taram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 7,6% face a 2007, e 47% por<br />
resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, que também apresentaram<br />
uma diminuição homóloga <strong>de</strong> 4,5%.<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />
Outros<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
No período compreendido entre 2006 e <strong>2008</strong> constatou‑<br />
‑se que esta região apresentou, relativamente aos<br />
hóspe<strong>de</strong>s que permaneceram nos estabelecimentos<br />
hoteleiros e apartamentos turísticos e aos proveitos<br />
totais alcançados, crescimentos médios anuais <strong>de</strong><br />
2,4% (+16 mil hóspe<strong>de</strong>s) e 0,4% (+479 mil euros),<br />
respectivamente. Pelo contrário as dormidas, neste<br />
mesmo período, apresentaram uma diminuição média<br />
ao ano <strong>de</strong> 2,3% ( ‑53 mil dormidas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006), daí a<br />
quebra referida na estada média alcançada para esta<br />
região.<br />
Ainda que a procura turística para este <strong>de</strong>stino perten‑<br />
ça maioritariamente ao mercado externo, é notória a<br />
evolução do mercado nacional, caminhando ‑se para<br />
um equilíbrio <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> procura. Efectivamente,<br />
nos últimos anos, t<strong>em</strong> vindo a observar ‑se o aumento<br />
relativo da quota gerada pelo mercado nacional (47%<br />
<strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 43,6% <strong>em</strong> 2006) e a consequente perda<br />
<strong>de</strong> quota do mercado externo.<br />
região autónoma dos açores ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 529,9 ‑1,4 ‑7,8 1,5 <br />
Mercado Externo 597,6 ‑7,6 ‑49,1 ‑5,2 <br />
Mercado global 1.127,5 ‑4,8 ‑56,9 ‑2,3 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
evolução da quota do mercado externo<br />
vs. mercado nacional nas dormidas*<br />
[2006-<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Mercado Externo<br />
Mercado Nacional<br />
43,6<br />
56,4<br />
45,4<br />
54,6<br />
47,0<br />
53,0<br />
2006 2007 <strong>2008</strong><br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução do mercado externo, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />
Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />
(milhares)<br />
140,0<br />
120,0<br />
100,0<br />
80,0<br />
60,0<br />
40,0<br />
20,0<br />
Noruega<br />
EUA<br />
Dinamarca<br />
REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES • 84<br />
Note ‑se que, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a procura nacional<br />
cresceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong> 1,5% para os Aço‑<br />
res, contra um <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong> 5,2% do<br />
mercado externo. Os valores observados para a procu‑<br />
ra nacional ficaram, no entanto, abaixo das taxas <strong>de</strong><br />
crescimento médias observadas para o país (+2,7%)<br />
no período <strong>em</strong> referência.<br />
Avaliando o conjunto dos mercados estrangeiros para<br />
os Açores, verificamos que a Dinamarca, com 121 mil<br />
dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong><br />
dos fluxos internacionais para o <strong>de</strong>stino.<br />
Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros para a região<br />
ultrapassaram 88% da procura externa e foram res‑<br />
ponsáveis por <strong>de</strong>créscimos médios anuais <strong>de</strong> ‑6,8%,<br />
entre 2006 e <strong>2008</strong> (o Top5 concentrou 64% da procura<br />
internacional).<br />
Dos <strong>de</strong>z mercados principais para este <strong>de</strong>stino, apenas<br />
a Holanda e a França apresentaram taxas <strong>de</strong> cresci‑<br />
mento positivas, entre 2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 14,6% e 7,7%,<br />
o que se traduziu num aumento <strong>de</strong> 10 e <strong>de</strong> 3 mil dor‑<br />
midas absolutas, respectivamente. Estes mercados<br />
apresentaram também acréscimos significativos, face<br />
a 2007, <strong>de</strong> 31,4% para a Holanda e 15,9% para a<br />
França.<br />
0,0<br />
-60,0 -50,0 -40,0 -30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 % 08/07<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Suécia<br />
Espanha<br />
Finlândia<br />
Reino Unido<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
França<br />
Holanda
85 • REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES<br />
Comportamento Sazonal da Procura<br />
Numa perspectiva sazonal, foi também nos meses <strong>de</strong><br />
Verão que se concentrou a maior parte da procura ex‑<br />
terna para este <strong>de</strong>stino. De facto a procura nos Açores<br />
apresentou um pico <strong>de</strong> sazonalida<strong>de</strong> mais elevado <strong>em</strong><br />
Agosto, tanto para o mercado externo (17%) como<br />
para o mercado interno (16%). No caso da procura<br />
externa, o mês <strong>de</strong> Julho atingiu o segundo valor mais<br />
elevado (16%).<br />
Apesar <strong>de</strong> os picos <strong>de</strong> procura ser<strong>em</strong> mais evi<strong>de</strong>ntes<br />
no Verão, os mercados externos distribu<strong>em</strong> ainda as<br />
suas dormidas entre Maio e Outubro, com quotas mais<br />
baixas nos meses <strong>de</strong> Janeiro, Fevereiro e Dez<strong>em</strong>bro.<br />
Os cinco mercados estrangeiros mais importantes para<br />
este <strong>de</strong>stino escolheram preferencialmente o mês <strong>de</strong><br />
Julho para a sua permanência.<br />
evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
110<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
21,3<br />
12,6<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
24,1<br />
16,1<br />
40,0<br />
32,7<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
47,9<br />
45,2<br />
54,1<br />
63,1<br />
54,4<br />
69,0<br />
De facto, apesar <strong>de</strong> Agosto apresentar uma ligeira su‑<br />
periorida<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação a Julho, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> concen‑<br />
tração no volume <strong>de</strong> dormidas, quando analisamos o<br />
comportamento inerente aos cinco principais merca‑<br />
dos estrangeiros, constatou ‑se que os valores mais<br />
elevados recaíram <strong>em</strong> Julho. A Holanda (quinto merca‑<br />
do mais importante) apresentou, para este mês, 23%<br />
<strong>de</strong> procura, ou seja, 6,2 p.p. acima da média obtida<br />
para a globalida<strong>de</strong> dos mercados estrangeiros no mes‑<br />
mo mês.<br />
Os mercados escandinavos da Dinamarca, Suécia e<br />
Finlândia (posicionados <strong>em</strong> primeiro, segundo e quarto<br />
lugares, respectivamente), apesar <strong>de</strong> ter<strong>em</strong> optado<br />
preferencialmente por Julho com 11,4%, 13,8% e<br />
12,5% da procura, respectivamente, distribuíram a<br />
sua permanência <strong>de</strong> uma forma equilibrada entre os<br />
meses <strong>de</strong> Maio e Outubro, com quotas que rondaram<br />
os 11%.<br />
Os resi<strong>de</strong>ntes na Al<strong>em</strong>anha (terceiro mercado mais<br />
forte, para este <strong>de</strong>stino, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), para além <strong>de</strong> Julho<br />
(16,7%), preferiram também o mês <strong>de</strong> Agosto (16,2%<br />
da procura).<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
64,2<br />
94,3<br />
83,9<br />
100,2<br />
52,9<br />
71,4<br />
40,4<br />
47,7<br />
29,0<br />
30,1<br />
17,9<br />
15,2
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros e apartamentos turísticos da região<br />
autónoma dos Açores foi <strong>de</strong> 37% ( ‑2,8 p.p. que <strong>em</strong><br />
2007), valor inferior à média nacional (41,3%).<br />
As taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevadas na região<br />
dos Açores verificaram ‑se durante os meses <strong>de</strong> Verão,<br />
com <strong>de</strong>staque para os meses <strong>de</strong> Julho e Agosto que,<br />
com taxas <strong>de</strong> 59% e 67,9%, respectivamente, regis‑<br />
taram <strong>de</strong>créscimos <strong>de</strong> 2 e 4,6 p.p. face a 2007. Os<br />
meses com as taxas <strong>de</strong> ocupação mais baixas foram<br />
Dez<strong>em</strong>bro % e Janeiro, que apresentaram valores infe‑<br />
riores 70 a 15%.<br />
60<br />
REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES • 86<br />
Com excepção <strong>de</strong> Maio (+0,3 p.p.), todos os meses<br />
apresentaram diminuições nas taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />
‑cama, relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007.<br />
Os hotéis foram a tipologia que registou a taxa <strong>de</strong><br />
ocupação ‑quarto mais elevada (50%), com mais 1,7<br />
p.p. que <strong>em</strong> 2007, tendo ficado ligeiramente acima da<br />
taxa média das tipologias neste <strong>de</strong>stino (49,2%), mas<br />
abaixo da taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto dos hotéis a nível<br />
nacional (56,3%).<br />
48,4 59,0<br />
47,5<br />
50<br />
44,6<br />
evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* 37,0<br />
[<strong>2008</strong>]<br />
40<br />
29,0<br />
32,8<br />
30<br />
%<br />
20<br />
70<br />
14,9<br />
18,5<br />
67,9<br />
22,8<br />
13,1<br />
10<br />
60<br />
0<br />
50<br />
JAN FEV MAR**<br />
40<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos 29,0 turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: 30 INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
18,5<br />
14,9<br />
20<br />
ABR<br />
37,0<br />
44,6<br />
MAI<br />
48,4<br />
JUN JUL<br />
59,0<br />
AGO<br />
47,5<br />
SET OUT<br />
32,8<br />
NOV<br />
22,8<br />
DEZ<br />
13,1<br />
10<br />
0<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />
% €<br />
50 50<br />
50,0<br />
49,2<br />
40<br />
30<br />
%<br />
20<br />
16,94<br />
€<br />
20<br />
50 50<br />
10<br />
40<br />
50,0<br />
45,1<br />
49,2<br />
10<br />
40<br />
0<br />
30<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
10<br />
0<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
Hotéis 27,81<br />
Hotéis-Apartam.<br />
Revpar<br />
16,94<br />
20<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
Revpar<br />
27,81<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
45,1<br />
67,9<br />
27,28<br />
Total 27,28<br />
Total<br />
40<br />
30<br />
0<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0
87 • REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES<br />
Em termos <strong>de</strong> RevPar, os hotéis registaram um <strong>de</strong>crés‑<br />
cimo <strong>de</strong> 1,10€ face a 2007. Este <strong>de</strong>créscimo foi resul‑<br />
tante da <strong>de</strong>scida observada nos proveitos <strong>de</strong> aposento<br />
( ‑0,4%).<br />
Os hotéis ‑apartamentos, <strong>em</strong>bora com uma represen‑<br />
tativida<strong>de</strong> nesta região <strong>de</strong> apenas 6,5%, aferida pela<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, registaram uma taxa <strong>de</strong><br />
ocupação ‑quarto ligeiramente abaixo à dos hotéis<br />
(45,1%), com um significativo <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,2 p.p.<br />
face a 2007.<br />
No que diz respeito ao RevPar para os hotéis‑<br />
‑apartamentos (16,94€), constatou ‑se que assinala‑<br />
ram um significativo <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 8,66€ relativa‑<br />
mente a 2007, motivado pela acentuada diminuição <strong>de</strong><br />
49,7% que ocorreu nos proveitos <strong>de</strong> aposento para<br />
esta tipologia.
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />
dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />
regiOnais<br />
ÁREA REgiONAL<br />
DE TuRiSMO<br />
DA MADEiRA
egiãO auTónOma da ma<strong>de</strong>ira<br />
Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />
A região da Ma<strong>de</strong>ira, com mais <strong>de</strong> 28 mil camas <strong>em</strong><br />
estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e aparta‑<br />
mentos turísticos, concentra cerca <strong>de</strong> 10% da oferta<br />
<strong>de</strong> alojamento existente a nível nacional.<br />
Cerca <strong>de</strong> 53% da capacida<strong>de</strong> das 193 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alo‑<br />
jamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> é oferecida <strong>em</strong> hotéis,<br />
que apresentaram um aumento <strong>de</strong> 5,4% na oferta <strong>de</strong><br />
camas face a 2007.<br />
Os hotéis ‑apartamentos, com uma representativida<strong>de</strong><br />
da ord<strong>em</strong> dos 28% nesta região, totalizaram 23% da<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta nacional <strong>de</strong>sta tipologia.<br />
capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />
Tipologias <strong>2008</strong><br />
REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA • 90<br />
Em <strong>2008</strong>, a região da Ma<strong>de</strong>ira alcançou os 298 milhões<br />
<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos ho‑<br />
teleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, o que<br />
representou um aumento <strong>de</strong> 5,7% face a 2007.<br />
Estes proveitos foram <strong>em</strong> parte gerados pelos 1,2 mi‑<br />
lhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s registados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os quais <strong>de</strong>‑<br />
ram orig<strong>em</strong> a cerca <strong>de</strong> 6 milhões <strong>de</strong> dormidas, indica‑<br />
dores que se traduziram <strong>em</strong> aumentos face a 2007 na<br />
ord<strong>em</strong> dos 4,2% e 3,6%, respectivamente. A estada<br />
média associada a esta região foi <strong>de</strong> 5,3 noites.<br />
∆ Abs.<br />
08/07<br />
quota<br />
%<br />
Hotéis 14.966 767 52,5<br />
Hotéis‑Apartamentos 7.996 ‑97 28,1<br />
Pousadas 42 0 0,1<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 426 426 1,5<br />
Apartamentos Turísticos 738 23 2,6<br />
Outros 4.332 84 15,2<br />
Total 28.500 1.203 100,0<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
região autónoma da ma<strong>de</strong>ira ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 297,8 5,7 16,0 6,5 <br />
Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 1.176,4 4,2 47,9 5,1 <br />
Dormidas globais* (Milhares) 6.208,1 3,6 218,1 4,1 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
91 • REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA<br />
No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />
mentos e apartamentos turísticos, os hotéis conquista‑<br />
ram mais <strong>de</strong> 50% das dormidas efectuadas na região<br />
(3 milhões e 221 mil), tipologia que verificou um acrés‑<br />
cimo homólogo da procura da ord<strong>em</strong> dos 2%, traduzi‑<br />
do <strong>em</strong> +59 mil dormidas face a 2007. Os hotéis‑apar‑<br />
tamentos captaram 33% das dormidas totais, tendo<br />
registado um aumento <strong>de</strong> 2,4% face a 2007 (+47 mil<br />
dormidas).<br />
dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />
32,9%<br />
11,4%<br />
1,5%<br />
2,2%<br />
0,1%<br />
51,9%<br />
Comportamento dos Mercados Emissores<br />
Do total <strong>de</strong> dormidas efectuadas na região da Ma<strong>de</strong>ira,<br />
cerca <strong>de</strong> 88% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no estran‑<br />
geiro, que registaram um acréscimo <strong>de</strong> 5%. Ao contrá‑<br />
rio, os resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> apresentaram um <strong>de</strong>‑<br />
créscimo homólogo <strong>de</strong> 5,3% face a 2007.<br />
A região da Ma<strong>de</strong>ira registou, entre 2006 e <strong>2008</strong>, au‑<br />
mentos médios anuais <strong>de</strong> 5,1% para os hóspe<strong>de</strong>s,<br />
4,1% para as dormidas e 6,5% nos proveitos totais,<br />
valores acima das taxas <strong>de</strong> crescimento médias verifi‑<br />
cadas a nível nacional (4,3% nos hóspe<strong>de</strong>s, 2,2% nas<br />
dormidas e 6,2% nos proveitos).<br />
Hotéis<br />
Apartamentos Turísticos<br />
Pousadas<br />
Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />
Hóteis-Apartamentos<br />
Outros<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
região autónoma da ma<strong>de</strong>ira ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />
dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />
Mercado Nacional 763,2 ‑5,3 ‑42,6 ‑3,5 <br />
Mercado Externo 5.444,9 5,0 260,7 5,3 <br />
Mercado global 6.208,1 3,6 218,1 4,1 <br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística
A procura turística para esta região é maioritariamente<br />
originada pelo mercado externo e t<strong>em</strong> vindo a aumen‑<br />
tar a sua quota relativa, tendo passado <strong>de</strong> 85,7% <strong>em</strong><br />
2006 para 87,7% <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />
evolução da quota do mercado externo<br />
vs. mercado nacional nas dormidas*<br />
[2006-<strong>2008</strong>]<br />
%<br />
100<br />
95<br />
90<br />
85<br />
80<br />
75<br />
Mercado Externo<br />
Mercado Nacional<br />
14,3<br />
85,7<br />
13,5<br />
86,5<br />
12,3<br />
87,7<br />
2006 2007 <strong>2008</strong><br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Com efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong> a procura nacional para<br />
a região da Ma<strong>de</strong>ira diminuiu 3,5%, enquanto que a<br />
procura externa registou um crescimento médio anual<br />
<strong>de</strong> 5,3%.<br />
volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução do mercado externo, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />
Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />
(milhares)<br />
1800,0<br />
1600,0<br />
1400,0<br />
1200,0<br />
1000,0<br />
800,0<br />
Al<strong>em</strong>anha<br />
REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA • 92<br />
O Reino unido, com 1,8 milhões <strong>de</strong> dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />
foi o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> dos fluxos interna‑<br />
cionais para este <strong>de</strong>stino, logo seguido da Al<strong>em</strong>anha<br />
com 1,3 milhões. Apenas estes dois mercados <strong>em</strong> con‑<br />
junto perfizeram 57% da procura internacional <strong>de</strong>sta<br />
região.<br />
Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros para a região,<br />
responsáveis por acréscimos médios anuais na ord<strong>em</strong><br />
dos 4%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, ultrapassaram os 86% da<br />
procura externa registada no <strong>de</strong>stino, sendo <strong>de</strong> salien‑<br />
tar que só o Top5 concentra 72% da respectiva procu‑<br />
ra internacional.<br />
Embora a procura externa para esta região esteja mui‑<br />
to concentrada num pequeno número <strong>de</strong> mercados,<br />
<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota relativa o Top10 t<strong>em</strong> apresentado<br />
<strong>de</strong>créscimos ( ‑2 p.p face a 2006), o que po<strong>de</strong> indiciar<br />
alguma tendência para a diversificação <strong>de</strong> mercados.<br />
O Reino Unido (32,4% da procura externa) apresen‑<br />
tou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um significativo aumento <strong>de</strong> 22%, con‑<br />
firmando o crescimento médio anual <strong>de</strong> 11%, entre<br />
2006 e <strong>2008</strong>.<br />
A Al<strong>em</strong>anha, com uma quota <strong>de</strong> 24% da procura ex‑<br />
terna, registou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 9,2%, que<br />
se traduziu numa diminuição da quota <strong>de</strong> 4,2 p.p.<br />
A França, com uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apenas 7%<br />
da procura externa (376 mil dormidas), foi o terceiro<br />
mercado <strong>em</strong>issor, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, tendo registado um au‑<br />
mento <strong>de</strong> 22% face a 2007. Em termos <strong>de</strong> quota, este<br />
mercado t<strong>em</strong> vindo a ganhar representativida<strong>de</strong>, com<br />
mais 1,5 p.p. relativamente a 2006.<br />
600,0<br />
Espanha<br />
Suécia Holanda<br />
França<br />
400,0<br />
200,0<br />
Áustria<br />
Bélgica<br />
Dinamarca<br />
Finlândia<br />
-30,0 -20,0<br />
-10,0 0,0 10,0 20,0<br />
30,0 % 08/07<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
Reino Unido
93 • REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA<br />
Comportamento Sazonal da Procura<br />
A Ma<strong>de</strong>ira não apresenta uma sazonalida<strong>de</strong> muito<br />
marcada, tendo no entanto o seu máximo no mês <strong>de</strong><br />
Agosto, tanto para o mercado externo como para o<br />
mercado nacional, com mais incidência para este últi‑<br />
mo (16,1% <strong>de</strong> quota nacional vs. 10,4% <strong>de</strong> quota ex‑<br />
terna).<br />
Efectivamente a procura externa, com excepção do<br />
mês <strong>de</strong> Agosto, <strong>de</strong>senvolveu ‑se <strong>de</strong> uma forma relati‑<br />
vamente equilibrada ao longo <strong>de</strong> todo o ano, com quo‑<br />
tas entre 5% e 10%. Os menores níveis <strong>de</strong> fluxos<br />
externos foram nos meses <strong>de</strong> Janeiro, Nov<strong>em</strong>bro e<br />
Dez<strong>em</strong>bro, com quotas que rondaram os 5%.<br />
O mercado nacional teve maior representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fluxos nos meses <strong>de</strong> Maio a Set<strong>em</strong>bro (quotas entre<br />
9% e 16%). Os meses <strong>de</strong> menor procura são entre<br />
Nov<strong>em</strong>bro e Abril, com quotas inferiores a 7%.<br />
evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
36,8<br />
348,5<br />
Mercado Nacional<br />
Mercado Externo<br />
37,1<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
406,3<br />
54,1<br />
506,8<br />
55,1<br />
519,5<br />
69,0<br />
509,9<br />
70,2<br />
478,1<br />
Dos mercados externos mais importantes para o <strong>de</strong>s‑<br />
tino <strong>de</strong>staca ‑se a Espanha, que, <strong>em</strong>bora com uma re‑<br />
presentativida<strong>de</strong> pequena (4,0%), t<strong>em</strong> um pico <strong>de</strong><br />
procura muito significativo <strong>em</strong> Agosto (38,6%), segui‑<br />
do dos meses <strong>de</strong> Julho e Set<strong>em</strong>bro, com 16,9% e<br />
13,9%, respectivamente, valores muito superiores à<br />
quota do conjunto dos mercados externos.<br />
A França e a Holanda, sendo respectivamente o tercei‑<br />
ro e quinto mercados <strong>em</strong>issores para este <strong>de</strong>stino,<br />
apresentam quotas mais significativas <strong>de</strong> procura nos<br />
meses <strong>de</strong> Maio e Junho, com quotas conjuntas <strong>de</strong> 31%<br />
para a França e <strong>de</strong> 27% para a Holanda.<br />
A Al<strong>em</strong>anha e o Reino unido têm um comportamento<br />
idêntico à média dos mercados externos, repartindo as<br />
suas dormidas ao longo do ano <strong>de</strong> uma forma equili‑<br />
brada.<br />
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
92,2<br />
513,5<br />
122,6<br />
566,3<br />
80,8<br />
496,7<br />
52,9<br />
454,2<br />
43,2<br />
352,2<br />
49,4<br />
292,9
Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />
Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />
mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />
ticos da Ma<strong>de</strong>ira foi <strong>de</strong> 60,6%, reflectindo um aumento<br />
<strong>de</strong> 0,3 p.p. comparativamente a 2007 e situando ‑se<br />
acima % da média nacional (41,3%).<br />
80<br />
57,4<br />
60<br />
evolução mensal 46,1 das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />
40<br />
%<br />
80 20<br />
600<br />
* <strong>em</strong> 40 estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
20<br />
0<br />
57,4<br />
64,7<br />
68,7<br />
* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />
** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />
FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />
0<br />
66,3<br />
64,6<br />
REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA • 94<br />
Com excepção <strong>de</strong> Janeiro, Nov<strong>em</strong>bro e Dez<strong>em</strong>bro, to‑<br />
dos os meses apresentaram taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama<br />
acima dos 50%. Os meses que registaram os maiores<br />
aumentos, face a 2007, foram Fevereiro, com 4,2 p.p.,<br />
e Março, com 3,7 p.p., que coincidiram com os perío‑<br />
dos festivos do Carnaval e da Páscoa.<br />
JAN<br />
46,1<br />
FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV47,1 DEZ<br />
39,7<br />
JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
40<br />
40<br />
%<br />
30<br />
40,84<br />
34,74<br />
38,56<br />
€<br />
30<br />
70<br />
20<br />
69,1<br />
70<br />
20<br />
60<br />
10<br />
61,3<br />
64,4<br />
60<br />
10<br />
50<br />
0<br />
50<br />
0<br />
40<br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
Total<br />
40<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
30<br />
Revpar<br />
40,84<br />
34,74<br />
38,56<br />
30<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, IP<br />
*nos 20estabelecimentos<br />
hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
20<br />
10<br />
10<br />
Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />
64,7<br />
Hotéis Hotéis-Apartam.<br />
Revpar<br />
68,7<br />
66,3<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, IP<br />
*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />
FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />
64,6<br />
68,5,0<br />
68,5,0<br />
Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />
% €<br />
70<br />
60<br />
50<br />
61,3<br />
69,1<br />
64,4<br />
77,3<br />
77,3<br />
Total<br />
67,8<br />
67,8<br />
57,7<br />
57,7<br />
47,1<br />
39,7<br />
70<br />
60<br />
50<br />
0
95 • REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA<br />
Os hotéis, com uma taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto <strong>de</strong><br />
61,3%, apresentaram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,2 p.p. face<br />
ao período homólogo <strong>de</strong> 2007, tendo ficado abaixo da<br />
taxa média das tipologias neste <strong>de</strong>stino (64,4%) e aci‑<br />
ma da taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto dos hotéis a nível na‑<br />
cional (56,3%).<br />
Em termos <strong>de</strong> RevPar, os hotéis, com 40,84€, apresen‑<br />
taram um aumento <strong>de</strong> 1,60€ face a 2007, tendo ultra‑<br />
passado os valores médios nacionais nesta tipologia<br />
(37,73€).<br />
Os hotéis ‑apartamentos registaram um aumento <strong>de</strong><br />
2,1 p.p. na taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto, ficando, no en‑<br />
tanto, acima da média das tipologias nesta região<br />
(64,4%) e acima da média nacional para os hotéis‑<br />
‑apartamentos (62,8%).<br />
Contudo, o RevPar dos hotéis ‑apartamentos, com va‑<br />
lores <strong>de</strong> 34,74€, registou um aumento <strong>de</strong> 2,00€ face a<br />
2007, <strong>de</strong>vido, <strong>em</strong> parte, ao aumento verificado nos<br />
proveitos <strong>de</strong> aposento <strong>de</strong> 6,4%.
www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt
cOnceiTOs<br />
esTaTÍsTicOs
cOnceiTOs esTaTÍsTicOs<br />
ALDEAMENTO TuRíSTiCO<br />
Estabelecimento <strong>de</strong> alojamento turístico constituído<br />
por um conjunto <strong>de</strong> instalações funcionalmente inter‑<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, com expressão arquitectónica homogé‑<br />
nea, situadas num espaço <strong>de</strong>limitado e s<strong>em</strong> soluções<br />
<strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, que se <strong>de</strong>stinam a proporcionar alo‑<br />
jamento e outros serviços compl<strong>em</strong>entares a turistas,<br />
mediante pagamento.<br />
APARTAMENTO TuRíSTiCO<br />
Estabelecimento <strong>de</strong> alojamento turístico, constituído<br />
por fracções mobiladas e equipadas <strong>de</strong> edifícios in<strong>de</strong>‑<br />
pen<strong>de</strong>ntes, que se <strong>de</strong>stina habitualmente a proporcio‑<br />
nar alojamento e outros serviços compl<strong>em</strong>entares a<br />
turistas, mediante pagamento.<br />
ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO<br />
Organização do planeamento turístico, para <strong>Portugal</strong><br />
continental, <strong>em</strong> cinco áreas regionais <strong>de</strong> turismo, <strong>de</strong><br />
acordo com a Nomenclatura das unida<strong>de</strong>s Territoriais<br />
para Fins Estatísticos <strong>de</strong> Nível II (NUTS II), <strong>de</strong>finida<br />
pelo Decreto‑Lei n.º 46/89, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Fevereiro, com a<br />
redacção do Decreto‑Lei n.º 317/99, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Agosto.<br />
Em cada uma das áreas regionais <strong>de</strong> turismo, é criada<br />
uma entida<strong>de</strong> regional <strong>de</strong> turismo que assume a natu‑<br />
reza <strong>de</strong> pessoa colectiva <strong>de</strong> direito público, dotada <strong>de</strong><br />
autonomia financeira e administrativa e património<br />
próprio, a qu<strong>em</strong> incumbe a valorização turística das<br />
respectivas áreas, visando o aproveitamento sustenta‑<br />
do dos recursos turísticos, no quadro das orientações<br />
e directrizes da política <strong>de</strong> turismo <strong>de</strong>finida pelo go‑<br />
verno e nos planos plurianuais das administrações<br />
central e local. Nota – nas áreas regionais <strong>de</strong> turismo<br />
foram criados seis pólos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento turístico:<br />
Douro, Serra da Estrela, Leiria ‑Fátima, Oeste, Litoral<br />
Alentejano e Alqueva.<br />
BALANÇA TURÍSTICA<br />
CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 98<br />
Rubrica da balança <strong>de</strong> pagamentos que engloba todos<br />
os bens e serviços adquiridos por um visitante a título<br />
<strong>de</strong> viagens realizadas, quer <strong>de</strong> natureza privada quer<br />
profissional, para seu uso ou a pedido <strong>de</strong> outros, para<br />
consumo na própria economia visitada ou na <strong>de</strong> resi‑<br />
dência, fornecidos com contrapartida financeira ou<br />
simplesmente oferecidos.<br />
inclu<strong>em</strong> ‑se nesta rubrica bens e serviços como o alo‑<br />
jamento, a alimentação e bebidas, as diversões e os<br />
transportes <strong>de</strong>ntro da(s) economia(s) visitada(s), b<strong>em</strong><br />
como prendas e outros objectos adquiridos na econo‑<br />
mia visitada e levados para a economia <strong>de</strong> residência,<br />
para uso próprio. inclu<strong>em</strong> ‑se as <strong>de</strong>spesas efectuadas<br />
por trabalhadores <strong>de</strong> fronteira e sazonais ou estudan‑<br />
tes e doentes durante a sua estada na economia visi‑<br />
tada, ainda que por períodos superiores a 12 meses.<br />
Exclu<strong>em</strong> ‑se o transporte internacional <strong>em</strong> geral e as<br />
compras e vendas realizadas por visitantes <strong>em</strong> nome<br />
da <strong>em</strong>presa que representam quando realizam viagens<br />
<strong>de</strong> carácter profissional. Esta rubrica regista a crédito<br />
o valor dos bens e serviços adquiridos por visitantes<br />
não resi<strong>de</strong>ntes durante as suas <strong>de</strong>slocações a <strong>Portugal</strong><br />
e, a débito, o valor dos bens e serviços adquiridos por<br />
resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> durante as suas visitas a<br />
outro(s) país(es).<br />
CAPACiDADE DE ALOJAMENTO NOS<br />
ESTABELECIMENTOS DE ALOJAMENTO<br />
TuRíSTiCO COLECTiVO<br />
Número máximo <strong>de</strong> indivíduos que os estabelecimen‑<br />
tos pod<strong>em</strong> alojar num <strong>de</strong>terminado momento ou perí‑<br />
odo, sendo este <strong>de</strong>terminado através do número <strong>de</strong><br />
camas existentes e consi<strong>de</strong>rando como duas as camas<br />
<strong>de</strong> casal. Não se consi<strong>de</strong>ram os estabelecimentos en‑<br />
cerrados.<br />
CAPACiDADE DE ALOJAMENTO<br />
NOS PARquES DE CAMPiSMO<br />
Número máximo <strong>de</strong> campistas que os parques <strong>de</strong> cam‑<br />
pismo pod<strong>em</strong> alojar, tendo <strong>em</strong> conta a área útil <strong>de</strong>sti‑<br />
nada a cada campista, <strong>de</strong> acordo com o estabelecido<br />
para cada categoria: 1* – 13m 2 ; 2* – 15m 2 ; 3* –<br />
18m 2 ; 4* – 22m 2 .
99 • CONCEiTOS ESTATíSTiCOS<br />
CONSuMO DO TuRiSMO EMiSSOR<br />
Consumo efectuado por visitantes resi<strong>de</strong>ntes no âmbi‑<br />
to <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação ao estrangeiro.<br />
CONSuMO DO TuRiSMO iNTERiOR<br />
Consumo efectuado por visitantes não resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong><br />
<strong>Portugal</strong> (consumo do turismo receptor) e o consumo<br />
dos visitantes resi<strong>de</strong>ntes que viajam unicamente no<br />
interior do país, mas <strong>em</strong> lugares distintos do seu am‑<br />
biente habitual, assim como a componente <strong>de</strong> consu‑<br />
mo interno efectuada pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes no<br />
país na sequência <strong>de</strong> uma viag<strong>em</strong> turística para o ex‑<br />
terior do país (consumo do turismo interno), outras<br />
componentes do consumo turístico, tais como o turis‑<br />
mo por motivo <strong>de</strong> negócios, a valorização dos servi‑<br />
ços <strong>de</strong> habitação das habitações secundárias por con‑<br />
ta própria e as componentes não monetárias do<br />
consumo.<br />
CONSuMO DO TuRiSMO iNTERNO<br />
Consumo efectuado por visitantes resi<strong>de</strong>ntes no âmbi‑<br />
to <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação no interior do país. inclui ‑se a<br />
componente <strong>de</strong> consumo interno efectuada pelos visi‑<br />
tantes resi<strong>de</strong>ntes no país, resultante <strong>de</strong> uma viag<strong>em</strong><br />
turística no exterior do país (componente <strong>de</strong> consumo<br />
interno do turismo <strong>em</strong>issor).<br />
CONSuMO DO TuRiSMO RECEPTOR<br />
Consumo efectuado por visitantes não resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong><br />
<strong>Portugal</strong>.<br />
DESPESA TuRíSTiCA<br />
Montante pago pela compra <strong>de</strong> bens e serviços no pró‑<br />
prio país e durante a realização <strong>de</strong> viagens, no país ou<br />
no estrangeiro, pelos visitantes ou por outras entida‑<br />
<strong>de</strong>s <strong>em</strong> seu benefício. inclu<strong>em</strong> ‑se: <strong>de</strong>spesa corrente<br />
(efectuada pelo visitante, mesmo que a viag<strong>em</strong> não<br />
tivesse ocorrido, isto é, que tivesse permanecido na<br />
sua residência habitual); <strong>de</strong>spesa específica (efectua‑<br />
da pelo visitante, <strong>em</strong> resultado da viag<strong>em</strong>, com trans‑<br />
portes, alojamento, l<strong>em</strong>branças ou souvenirs, cultura<br />
e recreio, entre outras).<br />
DESTiNO TuRíSTiCO<br />
Local visitado durante uma <strong>de</strong>slocação ou uma viag<strong>em</strong><br />
turística.<br />
DORMiDA<br />
Permanência <strong>de</strong> um indivíduo num estabelecimento<br />
que fornece alojamento, por um período compreendi‑<br />
do entre as 12 horas <strong>de</strong> um dia e as 12 horas do dia<br />
seguinte.<br />
EMPREENDiMENTO DE TuRiSMO<br />
DE HABITAÇÃO<br />
Estabelecimento <strong>de</strong> natureza familiar que se <strong>de</strong>stina a<br />
prestar serviços <strong>de</strong> alojamento e que, sendo represen‑<br />
tativo <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada época, está instalado <strong>em</strong><br />
imóveis antigos particulares, nomeadamente palácios<br />
e solares, <strong>em</strong> função do seu valor arquitectónico, his‑<br />
tórico ou artístico, po<strong>de</strong>ndo localizar ‑se <strong>em</strong> espaços<br />
rurais ou urbanos e não po<strong>de</strong>ndo possuir mais <strong>de</strong> 15<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento <strong>de</strong>stinadas a hóspe<strong>de</strong>s.<br />
EMPREENDiMENTO DE TuRiSMO<br />
NO ESPAçO RuRAL<br />
Estabelecimento que se <strong>de</strong>stina a prestar serviços <strong>de</strong><br />
alojamento <strong>em</strong> espaços rurais, dispondo para o seu<br />
funcionamento <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>quado conjunto <strong>de</strong> instala‑<br />
ções, estruturas, equipamentos e serviços comple‑<br />
mentares, <strong>de</strong> modo a preservar e valorizar o patrimó‑<br />
nio arquitectónico, histórico, natural e paisagístico da<br />
respectiva região.<br />
Estes <strong>em</strong>preendimentos pod<strong>em</strong> ser classificados num<br />
dos seguintes grupos: agro ‑turismo, casas <strong>de</strong> campo e<br />
hotéis rurais.<br />
ESTABELECIMENTO HOTELEIRO<br />
Estabelecimento cuja activida<strong>de</strong> principal consiste na<br />
prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> alojamento e <strong>de</strong> outros servi‑<br />
ços acessórios ou <strong>de</strong> apoio, com ou s<strong>em</strong> fornecimento<br />
<strong>de</strong> refeições, mediante pagamento.<br />
Os estabelecimentos hoteleiros classificam ‑se <strong>em</strong> ho‑<br />
téis, pensões, pousadas, estalagens, motéis e hotéis‑<br />
‑apartamentos (apart‑hotéis); para fins estatísticos<br />
inclu<strong>em</strong> ‑se ainda os al<strong>de</strong>amentos turísticos e aparta‑<br />
mentos turísticos.
ESTADA MÉDIA NO ESTABELECIMENTO<br />
Relação entre o número <strong>de</strong> dormidas e o número <strong>de</strong><br />
hóspe<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a essas dormidas, no pe‑<br />
ríodo <strong>de</strong> referência, na perspectiva da oferta.<br />
gASTO MÉDiO DiÁRiO<br />
gasto médio por visitante, tendo <strong>em</strong> conta a perma‑<br />
nência média no país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino.<br />
HóSPEDE<br />
indivíduo que efectua pelo menos uma dormida num<br />
estabelecimento <strong>de</strong> alojamento turístico. O indivíduo é<br />
contado tantas vezes quantas as inscrições que fizer<br />
no estabelecimento, no período <strong>de</strong> referência.<br />
HOTEL<br />
Estabelecimento hoteleiro que ocupa um edifício ou<br />
apenas parte in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>le, constituindo as suas<br />
instalações um todo homogéneo, com pisos completos<br />
e contíguos, acesso próprio e directo para uso exclusi‑<br />
vo dos seus utentes, a qu<strong>em</strong> são prestados serviços <strong>de</strong><br />
alojamento t<strong>em</strong>porário e outros serviços acessórios ou<br />
<strong>de</strong> apoio, com ou s<strong>em</strong> fornecimentos <strong>de</strong> refeições, me‑<br />
diante pagamento. Estes estabelecimentos possu<strong>em</strong>,<br />
no mínimo, <strong>de</strong>z unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento. A classifica‑<br />
ção do estabelecimento resulta do preenchimento dos<br />
requisitos mínimos <strong>de</strong> instalações, equipamentos e<br />
serviços fixados <strong>em</strong> regulamento. S<strong>em</strong>pre que dispo‑<br />
nha <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento e zonas comuns fora<br />
do edifício principal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os edifícios constituam<br />
um conjunto harmónico e articulado entre si, inserido<br />
num espaço <strong>de</strong>limitado e apresentando expressão ar‑<br />
quitectónica e características funcionais homogéneas,<br />
po<strong>de</strong>rá, para fins comerciais, usar a expressão resort<br />
ou hotel resort, conjuntamente com o nome.<br />
HOTEL ‑APARTAMENTO<br />
Estabelecimento hoteleiro constituído por um conjunto<br />
<strong>de</strong> pelo menos <strong>de</strong>z apartamentos equipados e in<strong>de</strong>‑<br />
pen<strong>de</strong>ntes (alugados dia a dia a turistas), que ocupa a<br />
totalida<strong>de</strong> ou parte in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um edifício, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que constituído por pisos completos e contíguos, com<br />
acessos próprios e directos aos pisos para uso exclusi‑<br />
vo dos seus utentes, com restaurante e com, pelo me‑<br />
nos, serviço <strong>de</strong> arrumação e limpeza.<br />
CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 100<br />
MOTiVO PRiNCiPAL DA ViAgEM<br />
TuRíSTiCA<br />
Motivo que sustenta a necessida<strong>de</strong> da realização da<br />
viag<strong>em</strong>, ou seja, na ausência do qual a viag<strong>em</strong> não se<br />
teria realizado.<br />
Nota – tipologia <strong>de</strong> motivos: lazer, recreio e férias (re‑<br />
pouso, gastronomia, compras, <strong>de</strong>sporto enquanto es‑<br />
pectador ou praticante <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto), educação, en‑<br />
contros não profissionais, cultura e entretenimento<br />
como espectador, artes, hobbies e jogos, entre outros<br />
motivos não profissionais); profissional ou negócios<br />
(reuniões, convenções, s<strong>em</strong>inários, conferências, con‑<br />
gressos, feiras e exposições, missões, viagens <strong>de</strong> in‑<br />
centivo, vendas, marketing e outros serviços, pesqui‑<br />
sa, ensino, consultoria, cursos <strong>de</strong> idiomas, educação,<br />
investigação, fins artísticos, culturais, religiosos e <strong>de</strong>s‑<br />
portivos); visita a familiares e amigos (participação<br />
<strong>em</strong> funerais, casamentos, aniversários e outros even‑<br />
tos familiares e <strong>de</strong> convívio); saú<strong>de</strong>, por iniciativa vo‑<br />
luntária (tratamentos e cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> estân‑<br />
cias termais, balneares, lares <strong>de</strong> convalescença e<br />
outros tratamentos e curas); religioso (participação<br />
<strong>em</strong> eventos religiosos, entre os quais peregrinações);<br />
outros motivos.<br />
NuTS<br />
Nomenclatura das Unida<strong>de</strong>s Territoriais para fins esta‑<br />
tísticos <strong>de</strong>finidos pelo Decreto ‑Lei n.º 244/2002, <strong>de</strong><br />
5 ‑11.<br />
PAíS DE RESiDÊNCiA<br />
País no qual um indivíduo é consi<strong>de</strong>rado resi<strong>de</strong>nte: 1)<br />
se possuir a sua habitação principal no território eco‑<br />
nómico <strong>de</strong>sse país durante um período superior a um<br />
ano (12 meses); 2) se tiver vivido nesse país por um<br />
período mais curto e pretenda regressar no prazo <strong>de</strong><br />
12 meses, com a intenção <strong>de</strong> aí se instalar, passando a<br />
ter nesse local a sua residência principal.<br />
A residência <strong>de</strong> um indivíduo é <strong>de</strong>terminada pela do<br />
agregado familiar à qual pertence e não pelo local <strong>de</strong><br />
trabalho, mesmo que atravesse a fronteira para traba‑<br />
lhar ou passe alguns períodos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po fora da sua<br />
residência. inclu<strong>em</strong> ‑se, nesta situação, os trabalhado‑<br />
res <strong>de</strong> fronteira e sazonais e os estudantes.
101 • CONCEiTOS ESTATíSTiCOS<br />
PARquE DE CAMPiSMO E CARAVANiSMO<br />
Empreendimento turístico instalado <strong>em</strong> terrenos <strong>de</strong>vi‑<br />
damente <strong>de</strong>limitados e dotados <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong>stina‑<br />
das a permitir a instalação <strong>de</strong> tendas, reboques, cara‑<br />
vanas ou auto ‑caravanas, assim como d<strong>em</strong>ais material<br />
e equipamento necessários à prática do campismo e<br />
do caravanismo.<br />
Nota – os parques <strong>de</strong> campismo e <strong>de</strong> caravanismo po‑<br />
d<strong>em</strong> ser <strong>de</strong> uso público ou privativo, consoante se <strong>de</strong>s‑<br />
tin<strong>em</strong> ao público <strong>em</strong> geral ou apenas aos associados<br />
ou beneficiários das respectivas entida<strong>de</strong>s proprietá‑<br />
rias ou exploradoras.<br />
POuSADA<br />
Estabelecimento hoteleiro instalado <strong>em</strong> imóvel classifi‑<br />
cado como monumento nacional <strong>de</strong> interesse público,<br />
regional ou municipal e que, pelo valor arquitectónico<br />
e histórico, seja representativo <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />
época e se situe fora <strong>de</strong> zonas turísticas dotadas <strong>de</strong><br />
suficiente apoio hoteleiro.<br />
As pousadas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> preencher, com as necessárias<br />
adaptações, os requisitos mínimos das instalações e<br />
<strong>de</strong> funcionamento exigidos para os hotéis <strong>de</strong> 4 estre‑<br />
las, nos casos <strong>em</strong> que estejam instaladas <strong>em</strong> edifícios<br />
classificados como monumentos nacionais, e para os<br />
hotéis <strong>de</strong> 3 estrelas nos restantes casos, salvo se a<br />
sua observância se revelar susceptível <strong>de</strong> afectar as<br />
características arquitectónicas ou estruturais dos edi‑<br />
fícios. Estes estabelecimentos pod<strong>em</strong> ter, ou não, res‑<br />
taurante.<br />
PRiNCiPAL MEiO DE TRANSPORTE<br />
uTiLiZADO<br />
Transporte utilizado para percorrer a maior distância<br />
da viag<strong>em</strong>, sendo que no caso <strong>de</strong> ser diferente na ida<br />
e na volta, se opta pelo meio <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> ida.<br />
PROVEiTOS DE APOSENTO<br />
Valores cobrados pelas dormidas <strong>de</strong> todos os hóspe<strong>de</strong>s<br />
nos meios <strong>de</strong> alojamento turístico.<br />
PROVEiTOS TOTAiS DOS MEiOS DE<br />
ALOJAMENTO TuRíSTiCO<br />
Valores resultantes da activida<strong>de</strong> dos meios <strong>de</strong> aloja‑<br />
mento turístico: aposento, restauração e outros <strong>de</strong>cor‑<br />
rentes da própria activida<strong>de</strong> (aluguer <strong>de</strong> salas, lavan‑<br />
daria, tabacaria, telefone, entre outros).<br />
TAxA LíquiDA DE OCuPAçãO ‑CAMA<br />
Relação entre o número <strong>de</strong> dormidas e o número <strong>de</strong><br />
camas disponíveis no período <strong>de</strong> referência, consi<strong>de</strong>‑<br />
rando como duas as camas <strong>de</strong> casal.<br />
A fórmula é «TOL. (cama) = [N.º <strong>de</strong> dormidas durante<br />
o período <strong>de</strong> referência / (N.º <strong>de</strong> camas disponíveis x<br />
N.º <strong>de</strong> dias do período <strong>de</strong> referência)] x 100». Este<br />
indicador permite avaliar a capacida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> aloja‑<br />
mento durante o período <strong>de</strong> referência.<br />
TAxA LíquiDA DE OCuPAçãO ‑quARTO<br />
Relação entre o número <strong>de</strong> quartos ocupados e o nú‑<br />
mero <strong>de</strong> quartos disponíveis no período <strong>de</strong> referência.<br />
A fórmula é «TLOQ = [N.º <strong>de</strong> quartos ocupados duran‑<br />
te o período <strong>de</strong> referência / (N.º <strong>de</strong> quartos disponíveis<br />
x N.º <strong>de</strong> dias do período <strong>de</strong> referência)] x 100». Este<br />
indicador permite avaliar a capacida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> ocu‑<br />
pação durante o período <strong>de</strong> referência.<br />
TAxA DE SAZONALiDADE<br />
indicador que permite avaliar o peso relativo da procu‑<br />
ra turística nos meses <strong>de</strong> maior procura, relativamente<br />
ao total anual, medido através do número <strong>de</strong> dormidas<br />
nos meios <strong>de</strong> alojamento recenseados.<br />
TuRiSMO EMiSSOR<br />
Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes,<br />
no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação para fora do país <strong>de</strong> re‑<br />
ferência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora do seu ambiente<br />
habitual.<br />
TuRiSMO iNTERiOR<br />
Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes e<br />
não resi<strong>de</strong>ntes no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação no inte‑<br />
rior do país <strong>de</strong> referência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora<br />
do seu ambiente habitual.<br />
TuRiSMO iNTERNACiONAL<br />
Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes<br />
no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação para fora do país <strong>de</strong> re‑<br />
ferência e pelos visitantes não resi<strong>de</strong>ntes no âmbito <strong>de</strong><br />
uma <strong>de</strong>slocação no interior do país <strong>de</strong> referência, <strong>de</strong>s‑<br />
<strong>de</strong> que fora do seu ambiente habitual. O turismo inter‑<br />
nacional compreen<strong>de</strong> o turismo receptor e o turismo<br />
<strong>em</strong>issor.
TuRiSMO iNTERNO<br />
Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes<br />
no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação no interior do país <strong>de</strong><br />
referência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora do seu ambien‑<br />
te habitual.<br />
TuRiSMO RECEPTOR<br />
Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes não resi‑<br />
<strong>de</strong>ntes no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação ao/no país <strong>de</strong><br />
referência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora do seu ambien‑<br />
te habitual.<br />
TuRiSTA<br />
Visitante que permanece, pelo menos, uma noite num<br />
alojamento colectivo ou particular no lugar visitado.<br />
CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 102<br />
REVPAR (Revenue peR available<br />
ROOm)<br />
Rendimento por quarto disponível, medido pela rela‑<br />
ção entre os proveitos <strong>de</strong> aposento e o número <strong>de</strong><br />
quartos disponíveis, no período <strong>de</strong> referência.<br />
uNiDADE DE TuRiSMO RuRAL<br />
Estabelecimento <strong>de</strong> turismo no espaço rural que presta<br />
serviço <strong>de</strong> hospedag<strong>em</strong> <strong>de</strong> natureza familiar <strong>em</strong> casas<br />
rústicas particulares que se integram na arquitectura<br />
típica regional <strong>em</strong> função da sua traça, materiais cons‑<br />
trutivos e d<strong>em</strong>ais características.
© <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, iP<br />
Título<br />
O <strong>Turismo</strong> <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />
Direcção <strong>de</strong> Estudos e Planeamento Estratégico/Departamento <strong>de</strong> informação Estatística<br />
equipa técnica<br />
Maria Leonor Silva (mleonor.silva@turismo<strong>de</strong>portugal.pt)<br />
Elaboração e análise <strong>de</strong> dados<br />
edição<br />
Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009
107 • CONCEiTOS ESTATíSTiCOS
CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 108<br />
<strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, I.P. T: 351 21 114 02 00 proturismo@turismo<strong>de</strong>portugal.pt<br />
Rua Ivone Silva, lote 6 F: 351 21 114 08 30 www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt<br />
1050‑124 Lisboa – <strong>Portugal</strong>