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O Turismo em 2008 - Turismo de Portugal

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1 •<br />

O <strong>Turismo</strong><br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>


• 2


O TurismO<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


Índice<br />

sumário executivo 6<br />

O <strong>Turismo</strong> na economia nacional 10<br />

enquadramento <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> no <strong>Turismo</strong> mundial e europeu 14<br />

movimento <strong>de</strong> Fluxos Turísticos 18<br />

<strong>Portugal</strong> como <strong>de</strong>stino Turístico 28<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho dos <strong>de</strong>stinos regionais<br />

Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Norte 40<br />

Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Centro 48<br />

Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo 56<br />

Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Alentejo 64<br />

Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Algarve 72<br />

Região Autónoma dos Açores 80<br />

Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira 88<br />

conceitos estatísticos 96


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


sumáriO<br />

execuTivO


sumáriO execuTivO<br />

O <strong>Turismo</strong> <strong>em</strong> <strong>2008</strong> é a publicação que reúne e analisa<br />

os principais indicadores estatísticos da activida<strong>de</strong> tu‑<br />

rística <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, com base <strong>em</strong> informação <strong>de</strong> diver‑<br />

sas fontes, <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas.<br />

A presente publicação apresenta a informação estatís‑<br />

tica mais relevante sobre o turismo <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e uma<br />

análise regional organizada <strong>de</strong> acordo com as Áreas<br />

Regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> (ART), <strong>de</strong>finidas nos termos do<br />

novo regime para efeitos <strong>de</strong> organização e planeamen‑<br />

to turístico <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> continental (<strong>de</strong>creto ‑lei<br />

n.º 67/<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Abril), assim como das Regiões<br />

Autónomas dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira.<br />

A publicação está estruturada <strong>em</strong> duas partes:<br />

• Numa primeira parte, correspon<strong>de</strong>nte aos quatro pri‑<br />

meiros capítulos, apresenta ‑se uma análise da acti‑<br />

vida<strong>de</strong> turística <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, com a abordag<strong>em</strong> da<br />

importância económica do turismo nacional, do seu<br />

posicionamento no Mundo e na Europa e da avalia‑<br />

ção do respectivo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, nas perspectivas da<br />

oferta e da procura.<br />

• Numa segunda parte, correspon<strong>de</strong>nte ao quinto ca‑<br />

pítulo, é efectuada uma análise aos aspectos mais<br />

relevantes que caracterizam as cinco Áreas Regio‑<br />

nais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Continente e as Regiões Autóno‑<br />

mas dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira.<br />

SuMÁRiO ExECuTiVO • 8<br />

A informação constante <strong>de</strong>sta publicação permite tra‑<br />

çar o retrato do <strong>Turismo</strong> <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> para <strong>2008</strong>,<br />

<strong>de</strong>stacando ‑se os seguintes aspectos:<br />

• O movimento <strong>de</strong> fluxos turísticos <strong>de</strong> 13,4 milhões <strong>de</strong><br />

passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos internacionais<br />

nos aeroportos nacionais revela um crescimento ho‑<br />

mólogo <strong>de</strong> 3,2%, que se ficou a <strong>de</strong>ver à variação<br />

positiva dos voos low cost (+25,5%), porquanto as<br />

outras tipologias <strong>de</strong> voos apresentaram <strong>de</strong>crésci‑<br />

mos.<br />

• Estes fluxos traduziram ‑se num ligeiro acréscimo <strong>de</strong><br />

0,5% nas receitas turísticas, face a 2007, que atingi‑<br />

ram os 7,4 mil milhões <strong>de</strong> euros <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>. De<br />

salientar que o aumento <strong>de</strong> 4,4% registado no pri‑<br />

meiro s<strong>em</strong>estre indiciava um bom ano turístico, no<br />

entanto, <strong>de</strong>vido à recessão económica com que o<br />

mundo se confrontou no segundo s<strong>em</strong>estre, verificou‑<br />

‑se neste s<strong>em</strong>estre um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,1%, que<br />

condicionou o resultado final.<br />

• Apesar da conjuntura económica <strong>de</strong>sfavorável, o<br />

Consumo Turístico interior <strong>de</strong> 17,5 mil milhões <strong>de</strong><br />

euros traduziu ‑se num crescimento <strong>de</strong> 2,5% relati‑<br />

vamente a 2007, consi<strong>de</strong>rado um ano turístico <strong>de</strong><br />

excepção. De salientar ainda que este aumento cor‑<br />

respon<strong>de</strong>u a um incr<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> +0,6 p.p. face à va‑<br />

riação positiva <strong>de</strong> 1,9% do PIB.<br />

• Em <strong>2008</strong>, registaram ‑se 39,2 milhões <strong>de</strong> dormidas<br />

nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e<br />

apartamentos turísticos, que se saldaram num <strong>de</strong>‑<br />

créscimo <strong>de</strong> 1,3% face a 2007, justificado pela evo‑<br />

lução negativa <strong>de</strong> 5,4% registada no segundo se‑<br />

mestre, porquanto no primeiro s<strong>em</strong>estre se tinha<br />

verificado um aumento <strong>de</strong> 2%.<br />

• Esta procura hoteleira traduziu ‑se num ligeiro au‑<br />

mento <strong>de</strong> 1,1 % no total <strong>de</strong> proveitos registados nos<br />

estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e aparta‑<br />

mentos turísticos, que atingiram os 2 mil milhões <strong>de</strong><br />

euros.


9 • SuMÁRiO ExECuTiVO<br />

• Os cinco países que concentram 67% das dormidas<br />

dos resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro (Espanha, Reino uni‑<br />

do, França, Al<strong>em</strong>anha e Holanda) apresentaram no<br />

seu conjunto uma diminuição <strong>de</strong> 3,3%, para a qual<br />

muito contribuiu o <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 5,2% registado<br />

pelo mercado do Reino Unido, como reacção à <strong>de</strong>s‑<br />

valorização da libra face ao euro.<br />

• De assinalar, no entanto, as evoluções positivas que<br />

os mercados da França e da Holanda registaram, <strong>de</strong><br />

10,3% e 8,1%, respectivamente, resultado do acrés‑<br />

cimo <strong>de</strong> voos realizados para estes mercados, nome‑<br />

adamente para a Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira.<br />

• Apesar do comportamento negativo das dormidas<br />

nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e<br />

apar ta mentos turísticos registado no país, a Região<br />

Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira apresentou um significativo<br />

crescimento <strong>de</strong> 3,6%.<br />

• A estrutura da oferta <strong>de</strong> camas dos estabelecimentos<br />

hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos,<br />

ao contrário da tendência das dormidas, apresentou<br />

um aumento <strong>de</strong> 3,5% no país, tendo ‑se verificado<br />

variações positivas <strong>em</strong> todas as regiões (Áreas Re‑<br />

gionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e Regiões Autónomas).<br />

• De relevar ainda que as regiões on<strong>de</strong> se registaram<br />

maiores aumentos na oferta <strong>de</strong> camas, ART Norte<br />

(+6,6%) e Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira (+4,4%),<br />

foram também as regiões com comportamentos po‑<br />

sitivos nas dormidas.<br />

• Este <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho turístico reflectiu ‑se quer na evo‑<br />

lução das taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama, que, com o valor<br />

<strong>de</strong> 41,3% registado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, se traduziu numa di‑<br />

minuição homóloga <strong>de</strong> 1,7 p.p., quer ainda ao nível<br />

do RevPar, que atingiu o valor <strong>de</strong> 34,41€ o que repre‑<br />

sentou um ligeiro <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 0,70€, face a<br />

2007.<br />

• Em <strong>2008</strong>, na sequência da instabilida<strong>de</strong> económica e<br />

à s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> outras regiões mundiais, assistiu‑<br />

‑se a um crescimento do turismo interno <strong>de</strong> 2% e a<br />

uma retracção <strong>de</strong> 3,8% nas viagens dos resi<strong>de</strong>ntes<br />

para o estrangeiro. De assinalar ainda que se realiza‑<br />

ram no próprio país 85% dos 10,5 milhões <strong>de</strong> via‑<br />

gens dos resi<strong>de</strong>ntes.<br />

Em síntese, o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, que ficará na história pelo<br />

início da crise financeira que abalou os mercados mun‑<br />

diais a partir <strong>de</strong> meados do ano, apresentou para o<br />

turismo <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> duas velocida<strong>de</strong>s: a primeira me‑<br />

ta<strong>de</strong> do ano com a manutenção do bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho<br />

<strong>de</strong> 2007, e a segunda meta<strong>de</strong> a ressentir ‑se da retrac‑<br />

ção económica dos seus principais mercados.


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O TurismO<br />

na ecOnOmia<br />

naciOnal


O TurismO na ecOnOmia naciOnal<br />

O ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> foi particularmente difícil para as eco‑<br />

nomias mundiais, tendo ‑se assistido não só a violentas<br />

flutuações no preço do petróleo, com subidas históri‑<br />

cas no primeiro s<strong>em</strong>estre seguidas <strong>de</strong> quedas brutais<br />

no segundo s<strong>em</strong>estre, como também à espiral <strong>de</strong>scen‑<br />

<strong>de</strong>nte dos mercados financeiros, que se traduz na <strong>de</strong>‑<br />

gradação das «economias reais» no último s<strong>em</strong>estre<br />

do ano.<br />

O turismo dificilmente po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reflectir esta<br />

conjuntura, que se traduziu num crescimento <strong>de</strong> 5%,<br />

no primeiro s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, das chegadas <strong>de</strong> turis‑<br />

tas internacionais no mundo, e numa diminuição <strong>de</strong><br />

1,3% no último s<strong>em</strong>estre, o que se saldou numa varia‑<br />

ção <strong>de</strong> +2% no final do ano, relativamente a 2007.<br />

Estes resultados correspond<strong>em</strong> unicamente às chega‑<br />

das <strong>de</strong> turistas internacionais, porque para muitos<br />

<strong>de</strong>stinos o turismo interno revestiu ‑se <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> im‑<br />

portância. Esta foi a situação verificada <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>,<br />

que apesar da grave situação económica com um cres‑<br />

cimento <strong>de</strong> 1,9% do PIB a preços correntes, apresen‑<br />

tou um aumento <strong>de</strong> 2,5% do consumo turístico inte‑<br />

rior.<br />

Em termos globais, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a procura turística re‑<br />

ceptora e interna avaliada pelo consumo ultrapassou<br />

os 17,5 mil milhões <strong>de</strong> euros, ou seja, mais 435 mi‑<br />

lhões <strong>de</strong> euros do que <strong>em</strong> 2007 (+2,5%).<br />

O TuRiSMO NA ECONOMiA NACiONAL • 12<br />

consumo Turístico interior<br />

Milhões <strong>de</strong> Euros<br />

18.000<br />

17.000<br />

16.000<br />

15.000<br />

14.000<br />

13.000<br />

12.000<br />

8,4%<br />

Consumo Turístico Interior<br />

12,7%<br />

Legenda: * (Estimados) P (Preliminares) D (Definitivos)<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

2,5%<br />

2006D 2007P <strong>2008</strong>*<br />

15.149 17.078 17.513


13 • O TuRiSMO NA ECONOMiA NACiONAL<br />

Este incr<strong>em</strong>ento, registado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, torna ‑se ainda<br />

mais relevante se consi<strong>de</strong>rarmos que se está a compa‑<br />

rar o ano <strong>de</strong> 2007, um dos melhores anos turísticos do<br />

País, com um ano que <strong>em</strong> termos económicos corres‑<br />

pon<strong>de</strong>u ao início <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>saceleração num contexto<br />

<strong>de</strong> crise mundial.<br />

consumo Turístico interior no PiBpm<br />

Milhões <strong>de</strong> Euros<br />

180.000 11,5%<br />

120.000<br />

60.000<br />

0<br />

PIBpm<br />

9,7%<br />

2006 D 2007 P <strong>2008</strong>*<br />

Consumo Turístico Interior<br />

10,5%<br />

Importância do CTI no PIBpm<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

10,5%<br />

10,5%<br />

9,5%<br />

8,5%<br />

Apesar da conjuntura económica <strong>de</strong>sfavorável, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong> o crescimento do consumo turístico interior<br />

(+2,5%) versus a evolução da economia nacional ava‑<br />

liada a preços <strong>de</strong> mercado (+1,9%), revela que o tu‑<br />

rismo cresceu a um ritmo superior ao da economia, o<br />

que já se tinha verificado <strong>em</strong> anos anteriores, nomea‑<br />

damente 8,4% vs. 4,2%, <strong>em</strong> 2006, e 12,7% vs. 4,9%,<br />

<strong>em</strong> 2007, mas com uma diferença menos acentuada.<br />

Essa pequena diferença nos ritmos <strong>de</strong> crescimento<br />

traduziu ‑se na subida ligeira do peso do consumo tu‑<br />

rístico interior no Produto Interno Bruto a preços <strong>de</strong><br />

mercado, que representou 10,53%, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, contra<br />

10,46% registado <strong>em</strong> 2007.


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enquadramenTO<br />

<strong>de</strong> POrTugal<br />

nO TurismO<br />

mundial e eurOPeu


As chegadas <strong>de</strong> turistas internacionais atingiram, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, um total <strong>de</strong> 922 milhões <strong>em</strong> todo o mundo, que<br />

significou um crescimento <strong>de</strong> 2% face a 2007. Este<br />

incr<strong>em</strong>ento contraria a tendência <strong>de</strong> crescimento mé‑<br />

dio anual <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 6% verificado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005.<br />

É, no entanto, <strong>de</strong> ressalvar que o crescimento regista‑<br />

do no fim do ano se ficou a <strong>de</strong>ver fundamentalmente<br />

ao segundo s<strong>em</strong>estre, que, com um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

1%, contrariou o crescimento <strong>de</strong> 5% registado no pri‑<br />

meiro s<strong>em</strong>estre.<br />

uma análise por regiões do mundo revela que a Euro‑<br />

pa, apesar <strong>de</strong> continuar a ser o <strong>de</strong>stino mais procurado,<br />

com 53% do total mundial, foi o único continente que<br />

apresentou uma estagnação (+0,3% face a 2007), en‑<br />

quanto as regiões <strong>de</strong> Ásia e África, com crescimentos<br />

na ord<strong>em</strong> dos 6%, representam <strong>em</strong> conjunto apenas<br />

25% do total mundial <strong>de</strong> chegadas <strong>de</strong> turistas interna‑<br />

cionais.<br />

De <strong>de</strong>stacar que as sub ‑regiões da Europa do Sul/Me‑<br />

diterrâneo e do Centro/Este com variações positivas<br />

<strong>de</strong> 0,8% e <strong>de</strong> 3,1%, respectivamente,contrariaram os<br />

<strong>de</strong>créscimos das regiões do Norte ( ‑1,9%) e do Oci‑<br />

<strong>de</strong>nte ( ‑1,1%).<br />

As receitas internacionais do turismo, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, regis‑<br />

taram 642 mil milhões <strong>de</strong> euros, o que se traduziu<br />

num crescimento <strong>de</strong> 2,6% face a 2007, seguindo as‑<br />

sim a tendência verificada para as chegadas.<br />

ENquADRAMENTO DE PORTugAL NO TuRiSMO MuNDiAL E EuROPEu • 16<br />

enquadramenTO <strong>de</strong> POrTugal<br />

nO TurismO mundial e eurOPeu<br />

A Europa, que representa 50,2% do total mundial,<br />

apresentou um pequeno crescimento das receitas in‑<br />

ternacionais <strong>de</strong> 1,4%, quando avaliadas a preços cor‑<br />

rentes, pois a preços constantes, essa variação é mes‑<br />

mo negativa, <strong>de</strong> ‑1,1%.<br />

A análise comparativa, entre 2007 e <strong>2008</strong>, das taxas<br />

<strong>de</strong> variação revela para <strong>Portugal</strong> uma estagnação das<br />

Receitas Internacionais a preços correntes (+0,5%),<br />

motivado pelo <strong>de</strong>créscimo ocorrido no segundo s<strong>em</strong>es‑<br />

tre <strong>de</strong> ‑2,1%, já que no primeiro s<strong>em</strong>estre os resulta‑<br />

dos atingiram acréscimos muito favoráveis (+4,3%).<br />

No contexto mundial, <strong>Portugal</strong> posicionou ‑se, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, na 25.ª posição do ranking, <strong>de</strong>scendo 2 lugares<br />

relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007, <strong>em</strong>bora a sua repre‑<br />

sentação se tivesse mantido <strong>em</strong> 1,2%.<br />

No âmbito da procura turística para o <strong>de</strong>stino Europa,<br />

<strong>Portugal</strong> ocupou o 15.º lugar do ranking das receitas<br />

internacionais <strong>de</strong> turismo, com uma quota <strong>de</strong> 2,3%,<br />

que mantém <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007.<br />

Na Europa, a região do Sul/Mediterrâneo, on<strong>de</strong> se in‑<br />

clui <strong>Portugal</strong>, é a mais importante <strong>em</strong> termos turísti‑<br />

cos, representando 38,8% das receitas <strong>de</strong>ste Conti‑<br />

nente, com 124,9 mil milhões <strong>de</strong> euros, e com um<br />

crescimento <strong>de</strong> 2,9%, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, superior à registada<br />

para o total <strong>de</strong>sta macrorregião.<br />

receitas internacionais do <strong>Turismo</strong> (mil milhões <strong>de</strong> euros) ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

mundo 642,0 2,6 16,0 4,0<br />

europa 322,1 1,4 4,6 3,3<br />

<strong>Portugal</strong> 7,4 0,5 0,0 5,6<br />

FONTE: OMT


17 • ENquADRAMENTO DE PORTugAL NO TuRiSMO MuNDiAL E EuROPEu<br />

evolução <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> no Top mundial e europeu – quota e ranking<br />

Quota Receitas Mundo<br />

Quota Receitas Europa<br />

FONTE: INE – OMT<br />

3,00<br />

2,50<br />

2,00<br />

1,50<br />

1,00<br />

0,50<br />

Se alargarmos a análise para o conjunto dos países da<br />

Bacia do Mediterrâneo, incluindo os países do Norte <strong>de</strong><br />

África, <strong>Portugal</strong> <strong>de</strong>tém a 8.ª posição no indicador das<br />

receitas internacionais <strong>de</strong> turismo, contra a 6.ª posi‑<br />

ção registada <strong>em</strong> 2007. O Egipto e a Croácia, com<br />

crescimentos <strong>de</strong> 8,8%, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foram os mercados<br />

turísticos que subiram no ranking. Para esta perfor‑<br />

mance muito contribuiu o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acessos<br />

mais fáceis, aliado a preços mais atractivos quando<br />

comparados com os <strong>de</strong>stinos da Zona Euro.<br />

Analisando, no entanto, a situação nos últimos três<br />

anos, assistiu ‑se a uma tendência <strong>de</strong> recuperação para<br />

<strong>Portugal</strong>, com valores acima da performance do <strong>de</strong>sti‑<br />

no Europa (+5,6% <strong>de</strong> variação média anual para Por‑<br />

tugal vs. +3,3% <strong>de</strong> variação média ao ano para a Eu‑<br />

ropa, no período 2006 ‑<strong>2008</strong>) e do conjunto dos<br />

<strong>de</strong>stinos mundiais (+5,6% para <strong>Portugal</strong> contra +4,0%<br />

para o mundo), <strong>em</strong> parte explicado por fenómenos <strong>de</strong><br />

natureza cambial, <strong>de</strong>signadamente a <strong>de</strong>svalorização<br />

do dolar face ao euro.<br />

13º<br />

23º<br />

2006 2007<br />

<strong>2008</strong><br />

1,13<br />

2,22<br />

14º<br />

23º<br />

1,18<br />

2,33<br />

1,15<br />

2,30<br />

<strong>Portugal</strong> registou uma variação média anual positiva<br />

<strong>de</strong> 5,6% no período 2006 ‑<strong>2008</strong>, acima dos aumentos<br />

médios anuais <strong>de</strong> 5,4% apresentados pela Turquia e<br />

Tunísia, e apenas superado pelo Egipto (+10,1%) e<br />

pela Croácia (+8,4%). Destinos como a Espanha<br />

(+1,2%) e a França (+1,1%) registaram uma perfor‑<br />

mance inferior ao da geração <strong>de</strong> receitas para os <strong>de</strong>s‑<br />

tinos nacionais.<br />

15º<br />

25º


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


mOvimenTO<br />

<strong>de</strong> FluxOs<br />

TurÍsTicOs


mOvimenTO <strong>de</strong> FluxOs TurÍsTicOs<br />

Movimentos nos Aeroportos<br />

Em <strong>2008</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaram nos aeroportos nacionais<br />

13,4 milhões <strong>de</strong> passageiros, o que se traduziu num<br />

acréscimo <strong>de</strong> 3,2% face a 2007, dos quais 82,4%<br />

oriundos <strong>de</strong> voos internacionais e 17,6% <strong>de</strong> voos do‑<br />

mésticos.<br />

MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 20<br />

O acréscimo do número <strong>de</strong> passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barca‑<br />

dos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> ficou a <strong>de</strong>ver ‑se ao aumento <strong>de</strong> 25,5%<br />

registado por aqueles que optaram por viajar <strong>em</strong> voos<br />

low ‑cost, pois nas outras tipologias <strong>de</strong> voos registaram‑<br />

‑se <strong>de</strong>créscimos <strong>de</strong> 2,5% nos voos tradicionais e<br />

12,9% nos voos charter.<br />

Passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos internacionais ∆ 08/07 quota<br />

Por aeroportos e tipo <strong>de</strong> vôo (milhares) <strong>2008</strong> % abs. %<br />

Porto 2.232,4 14,8 288 16,7<br />

Tradicionais 1.202,1 0,6 7 15,0<br />

Low Cost 939,0 44,9 291 23,4<br />

Charters 91,3 ‑9,8 ‑10 6,8<br />

lisboa 6.752,8 2,1 142 50,5<br />

Tradicionais 5.401,1 ‑0,2 ‑10 67,2<br />

Low Cost 1.104,2 18,8 175 27,5<br />

Charters 247,5 ‑8,7 ‑24 18,5<br />

Faro 2.669,4 -0,3 -8 19,9<br />

Tradicionais 221,4 ‑31,7 ‑103 2,8<br />

Low Cost 1.846,8 14,9 240 46,0<br />

Charters 601,2 ‑19,4 ‑145 45,0<br />

Ponta <strong>de</strong>lgada 451,7 -2,3 -11 3,4<br />

Tradicionais<br />

Low Cost<br />

378,0 ‑1,2 ‑5 4,7<br />

Charters 73,7 ‑7,6 ‑6 5,5<br />

Funchal 1.277,3 0,4 5 9,5<br />

Tradicionais 829,7 ‑10,0 ‑92 10,3<br />

Low Cost 124,6 * 110 3,1<br />

Charters 323,0 ‑3,9 ‑13 24,2<br />

Total 13.383,6 3,2 416 100,0<br />

Tradicionais 8.032,3 ‑2,5 ‑202 100,0<br />

Low Cost 4.014,8 25,5 816 100,0<br />

Charters 1.336,6 ‑12,9 ‑198 100,0<br />

* Em Out/2007 iniciou‑se a operação low‑cost para voos internacionais e <strong>em</strong> Out/<strong>2008</strong> para voos domésticos<br />

FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>


21 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />

Os aeroportos <strong>de</strong> Lisboa e Faro concentraram 70% do<br />

movimento proveniente <strong>de</strong> voos internacionais, ou<br />

seja, 9,4 milhões <strong>de</strong> passageiros. O comportamento<br />

<strong>de</strong>stes dois aeroportos foi. contudo, diferenciado: en‑<br />

quanto o aeroporto <strong>de</strong> Lisboa aumentou 2,1% face a<br />

2007 (ou seja, +142 mil passageiros), o <strong>de</strong> Faro <strong>de</strong>‑<br />

cresceu 0,3%.<br />

As quotas dos passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>em</strong> voos<br />

low ‑cost nestes dois aeroportos, <strong>em</strong> relação ao total<br />

do país neste tipo <strong>de</strong> tarifa, foram <strong>de</strong> 46% para Faro e<br />

<strong>de</strong> 28% para Lisboa. Esta forte representativida<strong>de</strong>, as‑<br />

sociada aos acréscimos <strong>de</strong> 175 mil passageiros <strong>em</strong> Lis‑<br />

boa e 240 mil passageiros <strong>em</strong> Faro, <strong>de</strong>terminaram os<br />

resultados globais atingidos.<br />

Relativamente ao aeroporto <strong>de</strong> Faro, a estabilida<strong>de</strong><br />

atingida foi motivada exclusivamente pelo aumento<br />

dos voos low ‑cost, já que os voos tradicionais alcança‑<br />

ram o <strong>de</strong>créscimo mais acentuado do país ( ‑31,7%).<br />

O aeroporto do Porto, terceiro maior do país, com 2,2<br />

milhões <strong>de</strong> passageiros e uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

17%, registou entre 2007 e <strong>2008</strong> o maior crescimento<br />

(+14,8%). Relativamente a 2006, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaram<br />

neste aeroporto mais 588 mil passageiros <strong>de</strong> voos low‑<br />

‑cost, o que perfez um aumento médio anual <strong>de</strong> 20%,<br />

mais 396 mil oriundos <strong>de</strong> voos tradicionais, que ape‑<br />

nas cresceram 0,3% ao ano, e os <strong>de</strong> voos charter<br />

apresentaram mesmo um <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong><br />

5,0% ( ‑6 mil passageiros que <strong>em</strong> 2006).<br />

Em Outubro <strong>de</strong> 2007 teve início, no aeroporto do Fun‑<br />

chal, a operação low ‑cost para voos internacionais e<br />

<strong>em</strong> Outubro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, para voos domésticos. Esta nova<br />

operação foi essencial para que este aeroporto, que<br />

Passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos<br />

internacionais por aeroporto – milhares<br />

4.000.0<br />

3.500.0<br />

3.000.0<br />

2.500.0<br />

2.000.0<br />

1.500.0<br />

1.000.0<br />

500.0<br />

0<br />

852,8<br />

1.042,5<br />

1.º S<strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

1.º S<strong>em</strong> 2007<br />

3.014,2<br />

Porto Lisboa Faro Ponta<br />

Delgada<br />

FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

3.181,7<br />

1.198,4<br />

1.197,7<br />

202,5<br />

202,1<br />

601,8<br />

624,7<br />

Funchal<br />

representou 10% do movimento global do país, com<br />

1,3 milhões <strong>de</strong> passageiros, apresentasse, face a 2007,<br />

um ligeiro aumento homólogo (+0,4%), tendo presen‑<br />

te que os passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos tradi‑<br />

cionais (que representaram 65% do movimento total<br />

<strong>de</strong>ste aeroporto) e charters <strong>de</strong>cresceram, respectiva‑<br />

mente, 10% e 3,9%.<br />

O aeroporto <strong>de</strong> Ponta Delgada acolheu 452 mil passa‑<br />

geiros e apresentou, relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007,<br />

um <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong> 2,3%, ou seja, menos 11<br />

mil passageiros, dos quais 6 mil seriam utilizadores <strong>de</strong><br />

voos charter e 5 mil <strong>de</strong> voos tradicionais. Os passagei‑<br />

ros <strong>de</strong> voos tradicionais representaram, neste aero‑<br />

porto, 84% do movimento global.<br />

A crise económica mundial ocorrida <strong>em</strong> meados do ano<br />

<strong>de</strong> <strong>2008</strong> traduziu ‑se por comportamentos diferencia‑<br />

dos da economia, entre o primeiro e o segundo s<strong>em</strong>es‑<br />

tre, que se reflectiram no movimento <strong>de</strong> passageiros<br />

nos aeroportos.<br />

uma análise por s<strong>em</strong>estres do número <strong>de</strong> passageiros<br />

chegados aos aeroportos nacionais, com orig<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

voos internacionais, revela que o aeroporto <strong>de</strong> Lisboa<br />

apresentou tendências opostas nos dois s<strong>em</strong>estres re‑<br />

ferenciados e, aten<strong>de</strong>ndo à quota que este aeroporto<br />

<strong>de</strong>tém no país (51% do movimento global), as suas<br />

evoluções são <strong>de</strong>terminantes nos resultados globais.<br />

Em relação ao primeiro s<strong>em</strong>estre, o número <strong>de</strong> passa‑<br />

geiros neste aeroporto foi <strong>de</strong> 3,2 milhões e represen‑<br />

tou, face ao s<strong>em</strong>estre homólogo <strong>de</strong> 2007, um acrésci‑<br />

mo <strong>de</strong> 5,6%. O movimento global nos aeroportos<br />

nacionais, neste mesmo período, foi <strong>de</strong> 6,2 milhões e<br />

aumentou 6,5%, face ao ano prece<strong>de</strong>nte.<br />

Passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos<br />

internacionais por aeroporto – milhares<br />

4.000.0<br />

3.500.0<br />

3.000.0<br />

2.500.0<br />

2.000.0<br />

1.500.0<br />

1.000.0<br />

500.0<br />

0<br />

1.091,4<br />

1.189,9<br />

2.º S<strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

2.º S<strong>em</strong> 2007<br />

3.597,1<br />

Porto Lisboa Faro Ponta<br />

Delgada<br />

FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

3.571,1<br />

1.478,7<br />

1.471,7<br />

260,0<br />

249,6<br />

671,0<br />

652,6<br />

Funchal


Relativamente ao segundo s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o valor<br />

alcançado pelo aeroporto <strong>de</strong> Lisboa foi <strong>de</strong> 3,6 milhões,<br />

o que se traduziu num ligeiro <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong><br />

0,7%. Os aeroportos nacionais acolheram, nesse perí‑<br />

odo, 7,1 milhões <strong>de</strong> passageiros, que representaram<br />

uma relativa igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> valores face a 2007<br />

(+0,5%).<br />

O aeroporto do Porto, que <strong>de</strong>tém 17% do movimento<br />

global, também apresentou evoluções com intensida‑<br />

<strong>de</strong>s diferentes, <strong>em</strong>bora com a mesma tendência. No<br />

primeiro s<strong>em</strong>estre atingiu 1 milhão <strong>de</strong> passageiros e<br />

no segundo, 1,2 milhões, que representaram aumen‑<br />

tos homólogos <strong>de</strong> 22,2% e 9,0%, respectivamente.<br />

Situação idêntica ocorreu no aeroporto do Funchal,<br />

com 625 mil passageiros nos primeiros seis meses,<br />

que significaram um acréscimo <strong>de</strong> 3,8%, e 653 mil<br />

passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados no segundo s<strong>em</strong>estre,<br />

que representaram, face ao s<strong>em</strong>estre homólogo <strong>de</strong><br />

2007, um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,7%.<br />

Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros com <strong>de</strong>s<strong>em</strong>‑<br />

barques nos aeroportos nacionais, responsáveis por<br />

um aumento médio ao ano <strong>de</strong> 8,4% entre 2006 e<br />

<strong>2008</strong>, ultrapassaram os 70% <strong>de</strong> representação no to‑<br />

tal <strong>de</strong> passageiros (o Top5 concentrou 54% do movi‑<br />

mento global). Essa quota aumentou 3 p.p. <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006.<br />

MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 22<br />

volume <strong>de</strong> passageiros* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />

Volume <strong>de</strong><br />

Passageiros<br />

Des<strong>em</strong>barcados<br />

[Milhares]<br />

2.800,0<br />

2.600,0<br />

2.400,0<br />

2.200,0<br />

2.000,0<br />

1.800,0<br />

1.600,0<br />

1.400,0<br />

1.200,0<br />

1.000,0<br />

800,0<br />

600,0<br />

400,0<br />

200,0<br />

Espanha<br />

0,0<br />

-5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0<br />

* <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>de</strong> voos internacionais<br />

FONTE: ANA – Aeroportos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

Irlanda<br />

Holanda<br />

R. Unido<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

Itália<br />

Bélgica<br />

Brasil<br />

França<br />

Suiça<br />

% 08/07<br />

O Reino unido, com 2,7 milhões <strong>de</strong> passageiros e uma<br />

quota <strong>de</strong> 20% nas chegadas <strong>de</strong> estrangeiros a Portu‑<br />

gal, registou um crescimento médio anual, entre 2006<br />

e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 7,4%, traduzindo ‑se esta percentag<strong>em</strong>, <strong>em</strong><br />

termos absolutos, <strong>em</strong> mais 364 mil passageiros.<br />

A Espanha, segundo maior mercado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />

passageiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados (1,4 milhões, que signifi‑<br />

caram 11% das chegadas do estrangeiro), registou um<br />

aumento homólogo absoluto <strong>de</strong> 266 mil passageiros<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 (+11%), <strong>em</strong>bora com um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

3%, entre 2007 e <strong>2008</strong>.<br />

Os mercados da Al<strong>em</strong>anha e da França, com 1,2 mi‑<br />

lhões <strong>de</strong> passageiros cada, posicionaram ‑se <strong>em</strong> tercei‑<br />

ro e quarto lugares, respectivamente, com quotas <strong>de</strong><br />

9%, e contribuíram conjuntamente com mais 310 mil<br />

passageiros <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 até <strong>2008</strong>, o que equivaleu a<br />

um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 4,5% para a Al<strong>em</strong>a‑<br />

nha e <strong>de</strong> 9,9% para a França.<br />

Em quinto lugar surgiu o Brasil, com 633 mil passagei‑<br />

ros, que representaram 5% do total <strong>de</strong> passageiros<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcados <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, e que mant<strong>em</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006, um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 8,6%.


23 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />

Movimentos nos Portos Marítimos<br />

Em <strong>2008</strong>, os portos marítimos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> registaram<br />

838 mil passageiros <strong>em</strong> trânsito (cruzeiros), o que sig‑<br />

nificou um acréscimo <strong>de</strong> 25,9% relativamente a 2007,<br />

ou seja, mais 172 mil passageiros.<br />

Passageiros <strong>em</strong> trânsito por portos<br />

marítimos [<strong>2008</strong>]<br />

Funchal<br />

47%<br />

FONTE: PM – Portos Marítimos<br />

Ponta<br />

Delgada<br />

5%<br />

Douro/<br />

Leixões<br />

3%<br />

Portimão<br />

1%<br />

Lisboa<br />

44%<br />

O Porto do Funchal e <strong>de</strong> Lisboa representaram 91% do<br />

total <strong>de</strong> passageiros <strong>em</strong> trânsito a nível nacional, com<br />

395 mil e 368,6 mil passageiros, respectivamente, o<br />

que significou, face a 2007, aumentos <strong>de</strong> 21,4% e<br />

34,8%, respectivamente (+70 mil passageiros no Fun‑<br />

chal e +95 mil passageiros <strong>em</strong> Lisboa).<br />

Procura Turística dos Resi<strong>de</strong>ntes<br />

Em <strong>2008</strong>, o número <strong>de</strong> viagens turísticas efectuadas<br />

pelos resi<strong>de</strong>ntes foi <strong>de</strong> 10,5 milhões, valor que supe‑<br />

rou <strong>em</strong> 1,1% o número <strong>de</strong> 2007. Este ligeiro aumento<br />

ficou a <strong>de</strong>ver ‑se às viagens efectuadas <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong><br />

(8,9 milhões), que se traduziram num aumento homó‑<br />

logo <strong>de</strong> 2%, já que as que se <strong>de</strong>stinaram ao estrangei‑<br />

ro diminuíram 3,8%.<br />

Os resi<strong>de</strong>ntes optaram <strong>de</strong> uma forma clara por viajar<br />

<strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> (85% do total das viagens turísticas efec‑<br />

tuadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), <strong>em</strong>bora esse valor tenha sofrido um<br />

<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 3 p.p. entre 2006 e 2007, para voltar a<br />

registar um ligeiro aumento <strong>em</strong> <strong>2008</strong> (+0,8 p.p.).<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista sazonal, as viagens dos resi<strong>de</strong>ntes<br />

atingiram o seu número máximo nos meses <strong>de</strong> Verão<br />

e <strong>em</strong> Dez<strong>em</strong>bro. Entre Julho e Set<strong>em</strong>bro efectuaram‑<br />

‑se 42% do total das viagens do ano e <strong>em</strong> Dez<strong>em</strong>bro,<br />

12%.<br />

Ao longo do ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> a evolução do número <strong>de</strong><br />

viagens turísticas efectuadas pelos resi<strong>de</strong>ntes teve um<br />

comportamento algo diferenciado e contrário ao que<br />

ocorreu nos estabelecimentos hoteleiros.<br />

Efectivamente constatou ‑se que, no primeiro s<strong>em</strong>estre<br />

do ano, se registaram 3,6 milhões <strong>de</strong> viagens, contra<br />

4,4 milhões <strong>em</strong> 2007, o que se traduziu num <strong>de</strong>crésci‑<br />

mo <strong>de</strong> 17,5%, ou seja, menos 767 mil viagens. Apenas<br />

os meses <strong>de</strong> Março (mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>) e Maio registaram aumentos homólogos <strong>de</strong><br />

6,1% e 1,8%, respectivamente.<br />

Procura Turística dos resi<strong>de</strong>ntes ∆ 08/07 quota<br />

<strong>de</strong>stino da viag<strong>em</strong> (milhares) <strong>2008</strong> % abs. %<br />

<strong>Portugal</strong> 8.935,2 2,0 175 85,0<br />

Estrangeiro 1.576,9 ‑3,8 ‑62 15,0<br />

Total 10.512,1 1,1 113 100,0<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


evolução mensal das viagens dos resi<strong>de</strong>ntes – milhares<br />

2.200<br />

2.000<br />

1.800<br />

1.600<br />

1.400<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

2007<br />

<strong>2008</strong><br />

576,8<br />

376,1<br />

739,4<br />

477,6<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Relativamente ao segundo s<strong>em</strong>estre, com 6,9 milhões<br />

<strong>de</strong> viagens, atingiu ‑se um acréscimo homólogo <strong>de</strong><br />

14,6% (+880 mil viagens). Para esta evolução contri‑<br />

buiu o aumento <strong>de</strong> movimento nos meses <strong>de</strong> Verão<br />

(+456 mil viagens, que figuraram um aumento <strong>de</strong><br />

11,6%) e também mais 237 mil viagens realizadas <strong>em</strong><br />

Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> <strong>2008</strong> (+23,7%).<br />

As viagens turísticas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes para o estrangeiro<br />

fizeram ‑se sobretudo pela via aérea (52,5%, que re‑<br />

presentaram 829 mil viagens). Em 2007, o avião foi<br />

também o meio <strong>de</strong> transporte mais usado, com uma<br />

quota no total <strong>de</strong> 58,1%.<br />

855,9<br />

907,8<br />

738,4<br />

525,6<br />

614,0<br />

625,3<br />

862,2<br />

707,2<br />

MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 24<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

1.128,1<br />

1.297,2<br />

viagens por país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino [<strong>2008</strong>]<br />

Outros<br />

48%<br />

1.941,3<br />

2.144,4<br />

868,9<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

3%<br />

953,1<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

559,7<br />

Reino<br />

Unido<br />

3%<br />

610,4<br />

515,9<br />

Espanha<br />

35%<br />

França<br />

11%<br />

652,2<br />

998,8<br />

1.235,3


25 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />

Dos resi<strong>de</strong>ntes que optaram viajar para o estrangeiro<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 69% fê ‑lo para a Zona Euro (70% <strong>em</strong> 2007),<br />

e Espanha foi o país mais procurado (35% do total)<br />

com 545 mil viagens. Relativamente ao ano prece<strong>de</strong>n‑<br />

te, este mercado per<strong>de</strong>u 8,2 p.p. <strong>de</strong> quota e menos<br />

163 mil viagens turísticas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes.<br />

Para França realizaram ‑se 171 mil viagens turísticas<br />

dos resi<strong>de</strong>ntes, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, e <strong>em</strong>bora se tivess<strong>em</strong> reali‑<br />

zado menos 3 mil viagens do que no ano anterior, a<br />

quota manteve ‑se <strong>em</strong> 11%.<br />

Nas viagens turísticas realizadas pelos resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong><br />

<strong>Portugal</strong>, o automóvel foi o meio <strong>de</strong> transporte preferi‑<br />

do (96,4% do total <strong>de</strong> viagens).<br />

viagens por nuTs ii [<strong>2008</strong>]<br />

Alentejo<br />

12%<br />

Algarve<br />

16%<br />

Lisboa<br />

14%<br />

Açores<br />

2%<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

1%<br />

Norte<br />

22%<br />

Centro<br />

33%<br />

As regiões Centro e Norte foram as mais visitadas pe‑<br />

los resi<strong>de</strong>ntes e 55% das viagens <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> (4,9<br />

milhões) foram feitas para estes <strong>de</strong>stinos. Em 2007<br />

estes mesmos <strong>de</strong>stinos tinham acolhido 49% das via‑<br />

gens, ou seja, 4,4 milhões <strong>de</strong> viagens.<br />

As regiões do Algarve e <strong>de</strong> Lisboa surgiram <strong>em</strong> terceiro<br />

e quarto lugares, respectivamente, com 16% e 14%<br />

<strong>de</strong> quota. Para estes <strong>de</strong>stinos realizaram ‑se conjunta‑<br />

mente 2,6 milhões <strong>de</strong> viagens, que, relativamente a<br />

2007, representaram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 304 mil via‑<br />

gens turísticas ( ‑10,5%).<br />

A região do Alentejo posicionou ‑se na quinta posição<br />

com 12% do total das viagens turísticas, ou seja, 1,1<br />

milhões. Esta região <strong>de</strong>cresceu 1,9% <strong>em</strong> relação ao<br />

ano prece<strong>de</strong>nte, o que correspon<strong>de</strong>u a menos 21 mil<br />

viagens.<br />

As regiões dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira não foram além <strong>de</strong><br />

2% e 1% <strong>de</strong> quota, respectivamente. Estes dois <strong>de</strong>sti‑<br />

nos acolheram 315 mil viagens turísticas e apresenta‑<br />

ram, face a 2007, um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 17 mil viagens.<br />

Consi<strong>de</strong>rando os quatro principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino<br />

nas viagens turísticas dos resi<strong>de</strong>ntes, o motivo <strong>de</strong> «La‑<br />

zer, Recreio e Férias» correspon<strong>de</strong>u s<strong>em</strong>pre a mais <strong>de</strong><br />

60% no conjunto <strong>de</strong> razões apresentadas, para a rea‑<br />

lização das viagens.<br />

viagens dos resi<strong>de</strong>ntes, por país <strong>de</strong>stino<br />

e motivo [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

18,7<br />

21,3<br />

60,0<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

Lazer, Recreio e Férias<br />

Visita a Familiares e Amigos<br />

Negócios/Profissionais<br />

30,8<br />

2,1<br />

67,1<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

17,0<br />

18,9<br />

64,1<br />

24,4<br />

10,0<br />

65,5<br />

Espanha França Reino Unido<br />

Espanha foi, como se referiu, o <strong>de</strong>stino preferido pelos<br />

resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e a motivação <strong>de</strong> viajar por<br />

«Lazer, Recreio e Férias» justificou 67% do total (365<br />

mil viagens). A segunda motivação, com 31% das res‑<br />

postas, que fundamentou 168 mil viagens, pren<strong>de</strong>u ‑se<br />

com motivos <strong>de</strong> «Negócios/Motivos Profissionais».<br />

França foi o segundo país para on<strong>de</strong> os resi<strong>de</strong>ntes mais<br />

viajaram <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, e 64% <strong>de</strong>ssas viagens (110 mil)<br />

aconteceram por «Lazer, Recreio e Férias». Para este<br />

mercado a segunda motivação referida foi «Visita a<br />

Familiares e Amigos», e registou 32 mil viagens (19%<br />

do total <strong>de</strong> viagens realizadas para este país). Relacio‑<br />

nadas com «Negócios/Motivos Profissionais», realizaram‑<br />

‑se 29 mil viagens (17% do total).


Viajar para o Reino unido e para a Al<strong>em</strong>anha por «La‑<br />

zer, Recreio e Férias» representou, para cada um <strong>de</strong>s‑<br />

tes países, 66% e 60% das motivações. O segundo<br />

motivo das viagens para o Reino unido foi «Negócios/<br />

Motivos Profissionais» (24% das viagens realizadas),<br />

enquanto para a Al<strong>em</strong>anha a segunda motivação foi<br />

«Visita a Familiares e Amigos», com 21% das viagens<br />

realizadas.<br />

Nas viagens turísticas realizadas <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, o moti‑<br />

vo principal e comum a todas as regiões, com valores<br />

s<strong>em</strong>pre superiores a 50%, foi «Lazer, Recreio e Fé‑<br />

rias».<br />

As regiões do Centro e Norte foram o <strong>de</strong>stino, respec‑<br />

tivamente, <strong>de</strong> 1,8 milhões e <strong>de</strong> 2 milhões das viagens<br />

dos resi<strong>de</strong>ntes. Nestas regiões foi comum a motivação<br />

maioritária <strong>de</strong> viajar por «Lazer, Recreio e Férias», com<br />

62% e 59% das respostas, respectivamente.<br />

viagens dos resi<strong>de</strong>ntes, por nuTs ii e motivo [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

4,2<br />

37,3<br />

58,5<br />

Norte<br />

Lazer, Recreio e Férias<br />

Visita a Familiares e Amigos<br />

Negócios/Profissionais<br />

5,2<br />

33,2<br />

61,6<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

10,5<br />

38,9<br />

50,6<br />

MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS • 26<br />

Refira ‑se, no entanto, que a região do Algarve, com<br />

1,4 milhões <strong>de</strong> viagens, totalizou, com esta motivação<br />

(«Lazer, Recreio e Férias»), o mesmo número <strong>de</strong> via‑<br />

gens que a região Norte (1,2 milhões).<br />

A «Visita a Familiares e Amigos» foi a segunda motiva‑<br />

ção para quase todas as regiões, com excepção da Ma‑<br />

<strong>de</strong>ira, on<strong>de</strong> a motivação «Negócios/Motivos Profissio‑<br />

nais» aparece como segunda escolha.<br />

Nas viagens turísticas realizadas pelos resi<strong>de</strong>ntes<br />

durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, cada turista gastou <strong>em</strong> média<br />

48,59€ por dia. Esse valor superou <strong>em</strong> 11,25€ o que<br />

se registou <strong>em</strong> 2007, ou seja, +30,1%.<br />

A <strong>de</strong>spesa média diária efectuada por turista, nas via‑<br />

gens <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, representou cerca <strong>de</strong> um terço do<br />

valor das viagens realizadas no estrangeiro no entan‑<br />

to, o aumento verificado, entre 2007 e <strong>2008</strong>, no turis‑<br />

mo interno correspon<strong>de</strong>u a 41,7%, enquanto para o<br />

estrangeiro esse acréscimo foi <strong>de</strong> 19,7%.<br />

1,8<br />

32,6<br />

65,5<br />

Centro Lisboa Alentejo<br />

Algarve Açores Ma<strong>de</strong>ira<br />

Procura Turística dos resi<strong>de</strong>ntes ∆ 08/07<br />

<strong>de</strong>spesa média diária por turista – € <strong>2008</strong> % abs.<br />

<strong>Portugal</strong> 36,95 41,7 10,88<br />

Estrangeiro 80,84 19,7 13,29<br />

Total 48,59 30,1 11,25<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

3,1<br />

10,5<br />

86,4<br />

13,5<br />

32,6<br />

53,9<br />

16,5<br />

11,4<br />

72,1


27 • MOViMENTO DE FLuxOS TuRíSTiCOS<br />

Balança Turística<br />

As receitas do turismo atingiram 7,4 mil milhões <strong>de</strong> eu‑<br />

ros, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, ou seja, +0,5% face a 2007, o que signi‑<br />

ficou um acréscimo absoluto <strong>de</strong> 38 milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Para este ligeiro aumento global, contribuíram princi‑<br />

palmente a França, que, com uma representativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 16% no total das receitas, aumentou 6,3% (+71<br />

milhões <strong>de</strong> euros), face a 2007; a Al<strong>em</strong>anha, que, com<br />

uma quota <strong>de</strong> 11% apresentou um acréscimo <strong>de</strong> 2,9%<br />

(+23 milhões <strong>de</strong> euros), e a Holanda (4% <strong>de</strong> quota),<br />

com um aumento homólogo <strong>de</strong> 7,6%, ou seja, +21<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

O Reino unido, principal mercado <strong>em</strong>issor para Portu‑<br />

gal, com uma quota <strong>de</strong> 22% no total das receitas do<br />

turismo, apresentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um <strong>de</strong>créscimo homó‑<br />

logo <strong>de</strong> 8,4% ( ‑150 milhões <strong>de</strong> euros), principalmente<br />

motivado pelo facto <strong>de</strong> a libra esterlina ter <strong>de</strong>svaloriza‑<br />

do face ao euro, <strong>em</strong> especial no último trimestre do<br />

ano, levando os britânicos a reduzir<strong>em</strong> as viagens para<br />

a Zona Euro.<br />

O mercado espanhol, que faz parte dos cinco principais<br />

mercados <strong>em</strong>issores para <strong>Portugal</strong>, com uma quota <strong>de</strong><br />

15%, apresentou também um ligeiro <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

1,8% ( ‑21 milhões <strong>de</strong> euros).<br />

As <strong>de</strong>spesas do turismo ascen<strong>de</strong>ram a 2,9 mil milhões<br />

<strong>de</strong> euros, que se traduziram, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, num saldo po‑<br />

sitivo da balança turística <strong>de</strong> 4,5 mil milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Este montante representou um <strong>de</strong>créscimo absoluto<br />

<strong>de</strong> 32 milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Entre 2006 e <strong>2008</strong>, o crescimento médio anual das<br />

receitas (5,6%) foi apenas ligeiramente superior ao<br />

crescimento verificado nas <strong>de</strong>spesas (5,2%), que sig‑<br />

nifica, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> saldo, um crescimento médio ao<br />

ano na ord<strong>em</strong> dos 5,9%.<br />

receitas <strong>de</strong> turismo por país <strong>de</strong> residência<br />

[<strong>2008</strong>]<br />

Outros<br />

33%<br />

EUA<br />

3%<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

11%<br />

FONTE: BP – Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

Espanha<br />

15%<br />

Reino<br />

Unido<br />

22%<br />

França<br />

16%<br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> cobertura do sector do turismo foi<br />

<strong>de</strong> 27%, o que significou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 5,5 p.p.<br />

face ao ano <strong>de</strong> 2007. A balança corrente atingiu um<br />

saldo negativo <strong>de</strong> 20.163 milhões <strong>de</strong> euros, com o<br />

contributo do saldo positivo da balança turística (7.440<br />

milhões <strong>de</strong> euros).<br />

S<strong>em</strong> o contributo do sector do turismo, a balança cor‑<br />

rente atingiu um saldo negativo <strong>de</strong> 27.603 milhões <strong>de</strong><br />

euros, valor que correspon<strong>de</strong>u a um agravamento do<br />

saldo (+4.827 milhões <strong>de</strong> euros) face ao período ho‑<br />

mólogo do ano prece<strong>de</strong>nte. Ao longo dos anos, o saldo<br />

da balança turística t<strong>em</strong> contribuído positivamente<br />

para a diminuição do défice da balança comercial.<br />

<strong>2008</strong> ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

Balança Turística (milhões <strong>de</strong> €) % abs. 08/06<br />

Receitas 7.440,1 0,5 38 5,6<br />

Despesas 2.938,8 2,4 70 5,2<br />

saldo 4.501,3 -0,7 -32 5,9<br />

FONTE: BP – Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

Balança corrente e <strong>de</strong> capital <strong>2008</strong><br />

(1) Saldo da Balança Corrente (milhões <strong>de</strong> €) ‑20.163,0 <br />

(2) Saldo da Balança Turística (milhões <strong>de</strong> €) 7.440,1 <br />

(3) Saldo da Balança Corrente (s<strong>em</strong> <strong>Turismo</strong>) [(1)‑(2)] (milhões <strong>de</strong> €) ‑27.603,1 <br />

(4) Taxa <strong>de</strong> cobertura [(2)/(3)*100] (%) 27,0 <br />

FONTE: BP – Banco <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


POrTugal<br />

cOmO <strong>de</strong>sTinO<br />

TurÍsTicO


POrTugal cOmO <strong>de</strong>sTinO TurÍsTicO<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

Em <strong>2008</strong> existiam <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> 2.041 estabelecimen‑<br />

tos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos,<br />

com uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 273.975 camas, o que, <strong>em</strong><br />

relação ao ano <strong>de</strong> 2007, representa um aumento <strong>de</strong><br />

9 estabelecimentos e 3,5% das camas. Relativamente<br />

às outras tipologias <strong>de</strong> <strong>em</strong>preendimentos turísticos,<br />

<strong>Portugal</strong> dispunha <strong>de</strong> 1.047 estabelecimentos <strong>de</strong> Turis‑<br />

mo <strong>de</strong> Habitação e <strong>Turismo</strong> no Espaço Rural com<br />

11.692 camas e <strong>de</strong> 229 Parques <strong>de</strong> Campismo <strong>em</strong><br />

funcionamento, com capacida<strong>de</strong> para alojar 185.302<br />

campistas.<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e regiões autónomas <strong>2008</strong><br />

PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 30<br />

Incidindo a análise exclusivamente sobre o número <strong>de</strong><br />

camas dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos<br />

e apartamentos turísticos, por ser o mais representati‑<br />

vo, constatou ‑se que 74% da oferta <strong>de</strong> camas do país<br />

se concentram nas Áreas Regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> (ART)<br />

do Algarve, Lisboa e Vale do Tejo e Norte. Todas as ART<br />

apresentaram acréscimos significativos face a 2007.<br />

Os maiores aumentos relativos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> regis‑<br />

taram ‑se na ART Norte e na Região Autónoma da<br />

Ma<strong>de</strong>ira, com 6,6% e 4,4%, respectivamente.<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Norte 38.817 2.396 14,2<br />

Centro 24.524 544 9,0<br />

Lisboa e Vale do Tejo 65.895 2.227 24,1<br />

Alentejo 8.853 49 3,2<br />

Algarve 98.724 2.544 36,0<br />

R. A. Açores 8.662 265 3,2<br />

R. A. Ma<strong>de</strong>ira 28.500 1.203 10,4<br />

Total 273.975 9.228 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

capacida<strong>de</strong>* <strong>em</strong> camas por tipologia – quota [<strong>2008</strong>]<br />

12,7%<br />

5,2%<br />

0,9%<br />

17,9%<br />

13,2%<br />

50,1%<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />

Hóteis-Apartamentos<br />

Outros<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


31 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />

capacida<strong>de</strong>* <strong>em</strong> camas por tipologia, áreas regionais <strong>de</strong> turismo e regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

10,9<br />

20,0<br />

2,5<br />

34,3<br />

11,0<br />

16,5<br />

23,0<br />

59,7<br />

2,3<br />

8,4<br />

3,1<br />

Hóteis Hóteis- Pousadas Al<strong>de</strong>amentos<br />

-Apartamentos<br />

Turísticos<br />

Norte Centro LVT Alentejo Algarve Açores Ma<strong>de</strong>ira<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turístico<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

As ART do Algarve e <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo são as<br />

regiões que <strong>de</strong>tiveram as maiores quotas <strong>de</strong> capacida‑<br />

<strong>de</strong> e que apresentaram os menores crescimentos rela‑<br />

tivos, respectivamente 2,6% e 3,5%.<br />

Cerca <strong>de</strong> 50% das camas existentes nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />

ticos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> pertenc<strong>em</strong> aos hotéis (137.328 ca‑<br />

mas), tipologia que t<strong>em</strong> vindo a aumentar, <strong>em</strong> termos<br />

<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento, a uma taxa média <strong>de</strong><br />

3,8% ao ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />

De um total <strong>de</strong> 659 hotéis existentes no país, mais <strong>de</strong><br />

34% da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento (47.124 camas)<br />

concentrou ‑se na ART Lisboa e Vale do Tejo, seguida<br />

das ART Algarve, com 20% (27.500 camas), e Norte,<br />

com 17% (22.677 camas).<br />

Em <strong>2008</strong>, os al<strong>de</strong>amentos e os apartamentos turísticos<br />

totalizaram 239 unida<strong>de</strong>s, que representavam 18,4%<br />

da oferta existente <strong>em</strong> camas no país, ou seja, 50.452<br />

camas. A ART Algarve concentra 89% da capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alojamento <strong>de</strong>stas tipologias, isto é, 44.853 camas,<br />

que correspond<strong>em</strong> a 162 unida<strong>de</strong>s.<br />

1,8<br />

10,0<br />

33,9<br />

9,1<br />

12,2<br />

28,5<br />

3,0<br />

85,8<br />

9,4<br />

2,0<br />

90,1<br />

3,3<br />

Apartamentos<br />

Turísticos<br />

10,6<br />

13,1<br />

10,4<br />

36,0<br />

Outros Total<br />

Os 132 hotéis ‑apartamentos existentes no país repre‑<br />

sentaram cerca <strong>de</strong> 13% do total da capacida<strong>de</strong> global,<br />

e 48% <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s localizam ‑se na ART Algarve,<br />

que concentrou 60% das camas disponíveis nesta tipo‑<br />

logia (20.768 camas).<br />

As pousadas (42) constituíram a tipologia com a repre‑<br />

sentativida<strong>de</strong> mais baixa ao nível da capacida<strong>de</strong> nacio‑<br />

nal (0,9%, ou seja, 2.389 camas). Mais <strong>de</strong> 59% das<br />

pousadas situavam ‑se nas ART Alentejo (33%) e Norte<br />

(26%), o que significa uma concentração <strong>de</strong> 62%<br />

(1.491 camas) da oferta <strong>de</strong> camas <strong>de</strong>sta tipologia nes‑<br />

tas duas regiões.<br />

Prosseguindo a análise exclusivamente ao movimento<br />

nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apar‑<br />

tamentos turísticos, conclui ‑se que <strong>Portugal</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />

alcançou 1.964,6 milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais,<br />

que representaram um crescimento médio ao ano <strong>de</strong><br />

6,2% entre 2006 e <strong>2008</strong> e um ligeiro aumento <strong>de</strong><br />

1,1% face a 2007.<br />

8,1<br />

31,9<br />

33,9<br />

3,2<br />

24,1<br />

9,0<br />

14,2


Os proveitos foram gerados, principalmente, pelo mo‑<br />

vimento <strong>de</strong> quase 14 milhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s, que pro‑<br />

porcionaram 39,2 milhões <strong>de</strong> dormidas. O número <strong>de</strong><br />

hóspe<strong>de</strong>s alcançado <strong>em</strong> <strong>2008</strong> possibilitou um ligeiro<br />

aumento homólogo (+0,7%), <strong>em</strong>bora o número <strong>de</strong><br />

dormidas geradas fosse inferior ao do ano anterior <strong>em</strong><br />

‑1,3%. Esta situação indicou uma diminuição da esta‑<br />

da média <strong>de</strong> 0,1 noites face aos dois anos imediata‑<br />

mente prece<strong>de</strong>ntes, que se fixaram numa média <strong>de</strong><br />

2,9 noites.<br />

No que diz respeito às dormidas <strong>em</strong> outros <strong>em</strong>preen‑<br />

dimentos turísticos, durante o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, salienta‑<br />

mos o <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> Habitação e o <strong>Turismo</strong> no Espaço<br />

Rural com 523,5 mil dormidas, que, <strong>em</strong>bora tivess<strong>em</strong><br />

registado um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 21,2% face a 2007, au‑<br />

mentaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>em</strong> termos absolutos, 24 mil<br />

dormidas. Em relação aos Parques <strong>de</strong> Campismo, on<strong>de</strong><br />

se atingiram 6,8 milhões <strong>de</strong> dormidas, igualou ‑se o<br />

valor obtido <strong>em</strong> 2006 e, <strong>em</strong> relação a 2007, o <strong>de</strong>crés‑<br />

cimo foi <strong>de</strong> 2,9%.<br />

PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 32<br />

∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 1.964,6 1,1 22,0 6,2 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 13.456,4 0,7 90,2 4,3 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 39.227,9 ‑1,3 ‑508,6 2,2 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Hóteis Hóteis- Pousadas Al<strong>de</strong>amentos<br />

-Apartamentos<br />

Turísticos<br />

Algarve LVT Ma<strong>de</strong>ira Norte Centro Açores Alentejo<br />

Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos establecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amenteos e apartamentos turísticos (%)<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Consi<strong>de</strong>rando a representativida<strong>de</strong> das Áreas Regio‑<br />

nais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e das Regiões Autónomas relativamen‑<br />

te ao número <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro<br />

alcançado <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, a ART Algarve foi o principal <strong>de</strong>s‑<br />

tino regional da procura, com 41%, seguido da ART<br />

Lisboa e Vale do Tejo, com 25%, e da Região Autónoma<br />

da Ma<strong>de</strong>ira, com 21%, captando, estes três <strong>de</strong>stinos,<br />

77% do fluxo global <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong> não resi<strong>de</strong>ntes.<br />

Do conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />

mentos e apartamentos turísticos do país, os hotéis<br />

constituíram a tipologia que captou 55% das dormidas<br />

totais (21,7 milhões). Esta tipologia apresentou, con‑<br />

tudo, um <strong>de</strong>créscimo da procura na ord<strong>em</strong> dos 2%,<br />

traduzido <strong>em</strong> ‑487 mil dormidas face a 2007. Do total<br />

<strong>de</strong> dormidas <strong>em</strong> hotéis, cerca <strong>de</strong> 37% ocorreu na ART<br />

Lisboa e Vale do Tejo e 26% na ART Algarve.<br />

Os hotéis ‑apartamentos registaram 6,2 milhões <strong>de</strong><br />

dormidas, menos 101 mil face a 2007 ( ‑1,6%),<br />

posicionando ‑se <strong>em</strong> segundo lugar <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> im‑<br />

portância na captação <strong>de</strong> fluxos, com 16%. Cerca <strong>de</strong><br />

51% das dormidas geradas por esta tipologia foram<br />

efectuadas na ART Algarve, que apresentou uma ligei‑<br />

ra diminuição <strong>de</strong> 1,1% ( ‑37 mil dormidas) relativa‑<br />

mente ao ano anterior.<br />

representativida<strong>de</strong> das áreas regionais <strong>de</strong> turismo e regiões autónomas<br />

na captação <strong>de</strong> fluxos por tipologia [<strong>2008</strong>]<br />

4,1<br />

9,8<br />

19,1<br />

36,7<br />

25,9<br />

38,4 26,7<br />

6,9<br />

51,3<br />

10,4<br />

22,7<br />

4,6<br />

15,4<br />

15,8<br />

7,3<br />

85,9<br />

3,7<br />

2,3<br />

92,7<br />

Apartamentos<br />

Turísticos<br />

3,3<br />

14,2<br />

26,4<br />

37,0<br />

15,1<br />

2,8<br />

7,0<br />

20,8<br />

25,2<br />

40,9<br />

Outros Total


33 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />

Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Do total <strong>de</strong> dormidas que ocorreram no ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong><br />

<strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, 67% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no es‑<br />

trangeiro (26,2 milhões) e reflectiram, no cômputo do<br />

ano, um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,1%, motivado pela evolução<br />

negativa <strong>de</strong> 5,4% registada no segundo s<strong>em</strong>estre do<br />

ano, face ao mesmo período <strong>de</strong> 2007, já que os resul‑<br />

tados obtidos no primeiro s<strong>em</strong>estre (+2% face a 2007)<br />

anteviam um <strong>de</strong>sfecho diferente para o final do ano.<br />

Entre 2006 e <strong>2008</strong>, as dormidas tanto da procura ex‑<br />

terna como da nacional cresceram, <strong>em</strong>bora o mercado<br />

nacional apresentasse um ritmo médio anual <strong>de</strong> cres‑<br />

cimento um pouco mais elevado, à s<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> ou‑<br />

tras regiões mundiais, assistindo ‑se a uma preferência<br />

pelo turismo interno <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento das viagens <strong>de</strong> sa‑<br />

ída dos próprios países.<br />

∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 13.023,7 0,4 55,6 2,7 <br />

2007<br />

Mercado Externo 26.204,2 ‑2,1 ‑564,3 1,9 <br />

2007<br />

Mercado global 39.227,9 ‑1,3 ‑508,6 2,2 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Esta tendência começa a reflectir ‑se na estagnação da<br />

quota gerada pelo mercado externo que se t<strong>em</strong> obser‑<br />

vado nos últimos anos (66,8% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 67,1% <strong>em</strong><br />

2006); no entanto, continuamos a ser um país funda‑<br />

mentalmente receptor, pois a procura turística para o<br />

<strong>de</strong>stino <strong>Portugal</strong> continua a ser maioritariamente origi‑<br />

nada pelo mercado externo.<br />

No que respeita ao mercado nacional, as áreas regio‑<br />

nais <strong>de</strong> turismo que ultrapassaram, <strong>de</strong> um modo mais<br />

significativo, a média anual <strong>de</strong> crescimento entre 2006<br />

e <strong>2008</strong>, foram o Algarve (+3,1%), Lisboa e Vale do<br />

Tejo (+3,5%) e o Alentejo (+6,3%).<br />

Relativamente à procura externa, a mesma situação<br />

ocorreu nas ART Alentejo (+7%), Centro (+7,6%) e<br />

Norte (+8,7%), b<strong>em</strong> como na Região Autónoma da<br />

Ma<strong>de</strong>ira, com 5,3% <strong>de</strong> aumento médio anual. De refe‑<br />

rir que as únicas regiões que apresentaram evoluções<br />

negativas <strong>em</strong> termos da procura externa, entre 2006 e<br />

<strong>2008</strong>, foram os Açores e o Algarve, com <strong>de</strong>créscimos<br />

<strong>de</strong> 5,2% e 0,5%, respectivamente.


evolução da procura externa para as áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong><br />

e regiões autónomas – quota<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

2006<br />

Algarve LVT Ma<strong>de</strong>ira Norte Centro Açores Alentejo<br />

Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

As ART Algarve e Lisboa e Vale do Tejo foram as que<br />

alcançaram, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, as representações relativas<br />

mais elevadas na captação <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong> estrangei‑<br />

ros, com 41% e 25%, respectivamente, <strong>em</strong>bora com<br />

<strong>de</strong>créscimos <strong>de</strong> 2006 para <strong>2008</strong>. A ART Algarve apre‑<br />

sentou mesmo um ligeiro <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong><br />

0,5%, e Lisboa e Vale do Tejo assinalou o crescimento<br />

menos acentuado (+1,6% ao ano).<br />

Em termos da importância que a procura externa as‑<br />

sume na procura total <strong>de</strong> cada região, verificou ‑se que<br />

a Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira (87,7%), a ART Algar‑<br />

ve (75,2%) e a ART Lisboa e Vale do Tejo (67,3%) fo‑<br />

ram os <strong>de</strong>stinos regionais mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos mer‑<br />

cados internacionais, todos com valores acima da<br />

média nacional, que foi, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 67%.<br />

6,2<br />

19,5<br />

25,4<br />

43,0<br />

PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 34<br />

6,6 7,0<br />

19,4<br />

25,7<br />

42,4<br />

20,8<br />

25,2<br />

40,9<br />

2007 <strong>2008</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, 67% das dormidas dos turistas internacio‑<br />

nais na hotelaria, <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, estavam <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> 5 mercados externos: Reino Unido, Al<strong>em</strong>anha, Es‑<br />

panha, Holanda e França. Esta concentração num nú‑<br />

mero restrito <strong>de</strong> mercados <strong>em</strong>issores é ainda mais<br />

evi<strong>de</strong>nte nas regiões do Algarve e da Ma<strong>de</strong>ira, cuja<br />

quota ultrapassa os 70% da procura externa <strong>de</strong>ssas<br />

regiões.


35 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />

representativida<strong>de</strong> da procura externa por áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong><br />

e regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

Açores<br />

Açores<br />

Algarve<br />

Algarve<br />

Alentejo<br />

Alentejo<br />

LVT<br />

LVT<br />

Centro<br />

Centro<br />

Norte<br />

Norte<br />

<strong>Portugal</strong><br />

<strong>Portugal</strong><br />

Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />

Unida<strong>de</strong>: FONTE: INE Dormidas – Instituto <strong>de</strong> estrangeiros Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

Ma<strong>de</strong>ira<br />

Açores<br />

Açores<br />

Algarve<br />

Algarve<br />

Alentejo<br />

Alentejo<br />

LVT<br />

LVT<br />

Centro<br />

Centro<br />

Norte<br />

Norte<br />

<strong>Portugal</strong><br />

<strong>Portugal</strong><br />

26,7<br />

26,7<br />

28,2<br />

28,2<br />

Representativida<strong>de</strong> dos 5 principais mercados da procura externa por Áreas Regionais<br />

<strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />

32,3<br />

32,3<br />

43,1<br />

43,1<br />

45,8<br />

45,8<br />

53,0<br />

53,0<br />

Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />

FONTE: Unida<strong>de</strong>: INE Dormidas – Instituto <strong>de</strong> estrangeiros Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

59,4<br />

59,4<br />

67,3<br />

67,3<br />

66,8<br />

66,8<br />

65,2<br />

65,2<br />

67,1<br />

67,1<br />

69,3<br />

69,3<br />

71,8<br />

71,8<br />

75,2<br />

75,2<br />

79,0<br />

79,0<br />

87,7<br />

87,7


Alargando o leque aos <strong>de</strong>z principais mercados exter‑<br />

nos, verificou ‑se que estes foram responsáveis por<br />

82% do total das dormidas <strong>de</strong> estrangeiros registadas<br />

<strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>. O Reino unido, primeiro mercado <strong>de</strong> ori‑<br />

g<strong>em</strong> das dormidas internacionais, com 7,7 milhões <strong>de</strong><br />

dormidas, que lhe permitiram uma representação no<br />

total <strong>de</strong> 28%, registou, contudo, um <strong>de</strong>créscimo ho‑<br />

mólogo <strong>de</strong> 5,2%, equivalente a menos 403 mil dormi‑<br />

das, facto motivado <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte pela <strong>de</strong>svaloriza‑<br />

ção da libra esterlina face ao euro, que induziu à<br />

realização <strong>de</strong> menos viagens para <strong>de</strong>stinos da Zona<br />

Euro. Aten<strong>de</strong>ndo aos bons resultados obtidos entre<br />

2006 e 2007 (+6,7%), este mercado apresentou um<br />

ligeiro crescimento médio anual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 (+0,3%).<br />

A Al<strong>em</strong>anha, com uma quota <strong>de</strong> 14% da procura ex‑<br />

terna (segundo mercado <strong>em</strong>issor para <strong>Portugal</strong>), t<strong>em</strong><br />

vindo a registar um <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho inferior ao dos outros<br />

países, e apresentou mesmo um valor médio negativo<br />

<strong>de</strong> 2,7%, na evolução entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />

O mercado espanhol, que foi o terceiro mais importan‑<br />

te, com 12% da procura externa, apresentou, contu‑<br />

do, um dos maiores <strong>de</strong>créscimos absolutos face a 2007<br />

( ‑311 mil dormidas, ou seja, ‑9,2%). Consi<strong>de</strong>rando a<br />

evolução <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, o mercado espanhol contribuiu<br />

com menos 125 mil dormidas ( ‑2,0% <strong>de</strong> crescimento<br />

ao ano).<br />

PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 36<br />

representativida<strong>de</strong> das áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> e regiões autónomas na captação<br />

<strong>de</strong> fluxos, por mercado <strong>em</strong>issor [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

24,2<br />

7,7<br />

65,0<br />

36,3<br />

16,7<br />

39,0<br />

Reino Unido Al<strong>em</strong>anha Espanha Holanda França Irlanda Itália Brasil Bélgica EUA<br />

Algarve LVT Ma<strong>de</strong>ira Norte Centro Açores Alentejo<br />

Unida<strong>de</strong>: Dormidas <strong>de</strong> estrangeiros nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos (%)<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

17,5<br />

7,2<br />

43,3<br />

20,7<br />

11,2<br />

11,8<br />

69,7<br />

23,7<br />

35,0<br />

18,3<br />

6,5<br />

12,5 11,4<br />

79,1<br />

13,7<br />

10,8<br />

58,2<br />

8,8<br />

19,8<br />

2,8<br />

64,0<br />

4,4<br />

A Holanda, apesar <strong>de</strong> se apresentar como o quarto<br />

mercado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> dormidas externas para Portu‑<br />

gal (quota <strong>de</strong> 8%), e ao contrário dos três principais<br />

mercados, registou aumentos médios anuais, entre<br />

2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 2,9% (+56 mil dormidas).<br />

A França, <strong>em</strong>bora com uma representativida<strong>de</strong> mais<br />

reduzida (6%), foi dos países que obteve os maiores<br />

crescimentos médios anuais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 (13,2%),<br />

sendo <strong>de</strong> salientar que, só <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, registou uma<br />

taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 10,3%, o que <strong>em</strong> termos ab‑<br />

solutos significa mais 148 mil dormidas oriundas <strong>de</strong>s‑<br />

te mercado.<br />

Incidindo a análise sobre o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stes fluxos<br />

(Top10) <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, é notório o seu grau <strong>de</strong> concen‑<br />

tração, <strong>em</strong> particular no que se refere ao Reino unido,<br />

Al<strong>em</strong>anha, Holanda e irlanda, os quais eleg<strong>em</strong> a ART<br />

Algarve como o principal <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> férias.<br />

O posicionamento da ART Lisboa e Vale do Tejo na cap‑<br />

tação <strong>de</strong> fluxos do Brasil, EUA, Itália, Espanha e França<br />

é igualmente maioritário, ocupando a região da Ma<strong>de</strong>i‑<br />

ra uma posição dominante nos fluxos provenientes da<br />

Suécia, Noruega e Finlândia.<br />

7,9<br />

24,6<br />

32,1<br />

30,4<br />

9,2<br />

5,5<br />

62,9<br />

12,6


37 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />

Comportamento Sazonal da Procura<br />

A procura para <strong>Portugal</strong> apresenta um pico <strong>de</strong> sazona‑<br />

lida<strong>de</strong> mais marcado nos meses <strong>de</strong> Verão, principal‑<br />

mente <strong>em</strong> Agosto, <strong>em</strong> que a quota <strong>de</strong> procura externa<br />

atinge os 13% e a quota <strong>de</strong> procura nacional os 17%.<br />

No entanto, <strong>em</strong>bora os picos <strong>de</strong> sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> am‑<br />

bos os mercados sejam <strong>em</strong> Agosto, a procura externa<br />

<strong>de</strong>senvolve ‑se <strong>de</strong> uma forma mais equilibrada entre<br />

Abril e Outubro (quotas entre 8% e 10%), com quotas<br />

superiores à procura nacional. Os meses <strong>de</strong> menor<br />

procura são os <strong>de</strong> inverno (Nov<strong>em</strong>bro a Março), para<br />

ambos os mercados, com quotas <strong>de</strong> procura, neste<br />

caso, superiores para os fluxos nacionais.<br />

evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

4.000<br />

3.500<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

617,1<br />

Merc. Nacional<br />

Merc. Externo<br />

1.175,6<br />

724,5<br />

1.481,3<br />

1.003,8<br />

2.067,9<br />

926,2<br />

2.123,6<br />

1.094,8<br />

2.697,6<br />

1.108,0<br />

2.592,5<br />

Dos mercados externos com maior predominância <strong>em</strong><br />

<strong>Portugal</strong> <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a França, com pi‑<br />

cos <strong>de</strong> procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respec‑<br />

tivamente 23,3% e 17,0%), e superiores ao valor al‑<br />

cançado pelo conjunto dos mercados estrangeiros para<br />

esse mês (13,0%).<br />

O Reino unido, com quotas <strong>de</strong> procura muito s<strong>em</strong>e‑<br />

lhantes entre Maio e Set<strong>em</strong>bro (entre 11% e 12%), e<br />

a Al<strong>em</strong>anha, entre Março e Outubro (9% e 11%), <strong>de</strong>‑<br />

notaram, no entanto, uma ligeira preferência pelo mês<br />

<strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro, registando quotas <strong>de</strong> procura neste mês<br />

<strong>de</strong> 12% e 11%, respectivamente.<br />

O mercado holandês assinalou quotas mais elevadas<br />

entre Maio e Set<strong>em</strong>bro, mas optou preferencialmente<br />

pelo mês <strong>de</strong> Julho (15% da procura incidiu neste mês),<br />

com um valor <strong>de</strong> representação bastante superior à<br />

média obtida para a globalida<strong>de</strong> dos mercados exter‑<br />

nos neste mesmo mês (12%).<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

1.470,4<br />

3.106,0<br />

2.196,7<br />

3.395,7<br />

1.318,7<br />

2.918,7<br />

987,4,1<br />

2.353,0<br />

823,3<br />

1.288,9<br />

725,8,1<br />

1.003,4


Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />

ticos <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> foi <strong>de</strong> 41,3%, reflectindo uma dimi‑<br />

nuição <strong>de</strong> 1,7 p.p., <strong>em</strong> relação a 2007.<br />

As taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevadas registaram‑<br />

‑se nos meses <strong>de</strong> Verão (<strong>de</strong> Julho a Set<strong>em</strong>bro), com o<br />

mês <strong>de</strong> Agosto a alcançar o valor máximo do ano<br />

(65,2%). Os meses com taxas <strong>de</strong> ocupação mais bai‑<br />

xas foram Janeiro e Dez<strong>em</strong>bro com 24,2% e 23,2%,<br />

respectivamente.<br />

evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

80<br />

%<br />

80<br />

60<br />

60<br />

40<br />

40<br />

20<br />

24,2<br />

24,2<br />

31,4<br />

31,4<br />

39,5<br />

39,5<br />

38,6<br />

38,6<br />

45,8<br />

45,9<br />

PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO • 38<br />

Em comparação com o ano <strong>de</strong> 2007, todos os meses<br />

apresentaram <strong>de</strong>créscimos, com excepção <strong>de</strong> Feverei‑<br />

ro (+1,3 p.p.), Março (+2,2 p.p., motivados pela ocor‑<br />

rência da Páscoa) e Maio (+1,2 p.p.). O mês <strong>de</strong> Abril<br />

apresentou o <strong>de</strong>créscimo mais acentuado ( ‑5,5 p.p.),<br />

justificado pelo facto <strong>de</strong>, <strong>em</strong> 2007, a Páscoa ter sido<br />

<strong>em</strong> Abril.<br />

20<br />

0<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos JANhoteleiros, FEV al<strong>de</strong>amentos e MAR apartamentos ABR turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-cama <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> vs. áreas regionais <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong><br />

e % regiões autónomas [<strong>2008</strong>]<br />

45,8<br />

65 %<br />

60 65<br />

55 60<br />

60,6<br />

50 55<br />

45 50<br />

60,6<br />

40 45<br />

41,3<br />

40,8<br />

43,3<br />

35 40<br />

30 35<br />

25 30<br />

20 25<br />

15 20<br />

10 15<br />

105<br />

41,3<br />

31,5<br />

31,5<br />

28,7<br />

28,7<br />

40,8<br />

30,4<br />

30,4<br />

43,3<br />

36,9<br />

36,9<br />

05<br />

0<br />

<strong>Portugal</strong> Norte Centro LVT Alentejo Algarve Ma<strong>de</strong>ira Açores<br />

FONTE: INE – Instituto <strong>Portugal</strong> Nacional <strong>de</strong> Estatística Norte Centro LVT Alentejo Algarve Ma<strong>de</strong>ira Açores<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

45,9<br />

53,9<br />

53,9<br />

65,2<br />

65,2<br />

51,8<br />

51,8<br />

40,1<br />

40,1<br />

28,3<br />

28,3<br />

23,2<br />

23,2


39 • PORTugAL COMO DESTiNO TuRíSTiCO<br />

Numa perspectiva regional, conclui ‑se que a Região<br />

Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira apresentou a taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑cama mais elevada do país (60,6%), e que na compa‑<br />

ração com o ano prece<strong>de</strong>nte evi<strong>de</strong>nciou uma tendência<br />

<strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>, ao registar um ligeiro acréscimo <strong>de</strong><br />

0,3 p.p.<br />

Relativamente às restantes Áreas Regionais <strong>de</strong> Turis‑<br />

mo, o ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> foi, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> ocupação ‑cama,<br />

inferior ao <strong>de</strong> 2007, com a ART Lisboa e Vale do Tejo<br />

( ‑3,2 p.p.), a Região Autónoma dos Açores ( ‑2,9 p.p.)<br />

e o Algarve ( ‑2,7 p.p.) a assinalar<strong>em</strong> os <strong>de</strong>créscimos<br />

mais acentuados.<br />

Como a informação disponível, para os anos <strong>de</strong> 2007 e<br />

<strong>2008</strong>, não permite processar as taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑quarto e os valores <strong>de</strong> RevPar por ART, optou ‑se por<br />

divulgar esses indicadores por regiões NuTS ii, <strong>em</strong><br />

virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estas duas nomenclaturas territoriais ape‑<br />

nas apresentar<strong>em</strong> diferenças ao nível das regiões Cen‑<br />

tro, Lisboa e Alentejo, mantendo ‑se as restantes<br />

iguais.<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por nuTs ii [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

57,1<br />

34,41<br />

<strong>Portugal</strong><br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

49,3<br />

27,95<br />

Norte<br />

Revpar<br />

41,5<br />

20,79<br />

63,3<br />

49,09<br />

<strong>Portugal</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, registou uma taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑quarto <strong>de</strong> 57,1%, valor que foi inferior ao <strong>de</strong> 2007 <strong>em</strong><br />

‑1,9 p.p. Nas regiões da Ma<strong>de</strong>ira, Lisboa e Algarve fo‑<br />

ram observadas taxas médias <strong>de</strong> ocupação ‑quarto su‑<br />

periores à média nacional, <strong>em</strong>bora estas duas últimas<br />

regiões tenham assinalado também os maiores <strong>de</strong>‑<br />

créscimos ( ‑4,5 e ‑3 p.p., respectivamente). Em rela‑<br />

ção à Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira, as médias alcan‑<br />

çadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foram s<strong>em</strong>elhantes às <strong>de</strong> 2007 (+0,1<br />

p.p. <strong>em</strong> <strong>2008</strong>).<br />

Ao nível do RevPar, <strong>Portugal</strong> apresentou uma média <strong>de</strong><br />

34,41€ <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, contra 35,10€ <strong>em</strong> 2007, ou seja,<br />

uma diferença <strong>de</strong> 0,70€ separou os dois anos. Note ‑se<br />

que este ligeiro aumento reflecte a evolução observa‑<br />

da nos proveitos <strong>de</strong> aposento (+1,7%), e no número<br />

<strong>de</strong> quartos disponíveis (+2,6%).<br />

Lisboa foi o <strong>de</strong>stino com maiores níveis <strong>de</strong> RevPar<br />

(49,09€), seguido da Ma<strong>de</strong>ira (38,56€) e do Algarve<br />

(com 32,89€). As duas primeiras regiões registaram<br />

níveis <strong>de</strong> RevPar superiores à média nacional, e a Ma‑<br />

<strong>de</strong>ira foi mesmo a única região do país que alcançou<br />

um acréscimo homólogo <strong>de</strong> 1,20€.<br />

44,4<br />

26,18<br />

*<strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

60,3<br />

32,89<br />

49,2<br />

27,28<br />

64,4<br />

38,56,4<br />

Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Ma<strong>de</strong>ira<br />

€<br />

80,00<br />

70,00<br />

60,00<br />

50,00<br />

40,00<br />

30,00<br />

20,00<br />

10,00<br />

0,00


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />

dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />

regiOnais<br />

ÁREA REgiONAL<br />

DE TuRiSMO<br />

DO NORTE


área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO nOrTe<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Norte (ART Norte), com<br />

38.817 camas distribuídas por 465 estabelecimentos<br />

hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, re‑<br />

presentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, cerca <strong>de</strong> 14% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alojamento existente a nível nacional. Mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ssa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento está concentrada <strong>em</strong><br />

hotéis (58%) e 51% <strong>de</strong>ssa capacida<strong>de</strong> localiza‑se na<br />

região do gran<strong>de</strong> Porto. Este <strong>de</strong>stino turístico registou<br />

um aumento, face ao ano prece<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> mais 2.396<br />

camas (+7%). Na tipologia hotéis (+9 unida<strong>de</strong>s), o<br />

aumento atingido foi <strong>de</strong> mais 2.609 camas (+13,0%).<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

Tipologias <strong>2008</strong><br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE • 42<br />

Embora com uma representativida<strong>de</strong> reduzida ao nível<br />

do número <strong>de</strong> camas (1,8%), as 11 pousadas existen‑<br />

tes na região, com 682 camas, representaram 29% da<br />

capacida<strong>de</strong> do País, para esta tipologia.<br />

Este <strong>de</strong>stino turístico abarca o Pólo <strong>de</strong> Desenvolvimen‑<br />

to Turístico do Douro (PDT Douro), região que <strong>de</strong>tém<br />

2.313 camas <strong>em</strong> 34 estabelecimentos hoteleiros, ou<br />

seja, 6% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento da ART. Os ho‑<br />

téis, <strong>em</strong> número <strong>de</strong> 9, concentram 52% da capacida<strong>de</strong><br />

total.<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Hotéis 22.677 2.609 58,4<br />

Hotéis‑Apartamentos 1.076 63 2,8<br />

Pousadas 682 91 1,8<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 120 0 0,3<br />

Apartamentos Turísticos 377 105 1,0<br />

Outros 13.885 ‑1.213 35,8<br />

Total 38.817 2.396 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

arT norte ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 213,7 2,5 5,3 13,9 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 2.412,8 1,7 39,3 6,1 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 4.250,8 0,5 21,8 5,2 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


43 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE<br />

Dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />

26,8%<br />

2,7%<br />

0,2%<br />

2,4%<br />

0,6%<br />

67,3%<br />

Em <strong>2008</strong>, a ART do Norte alcançou 214 milhões <strong>de</strong> eu‑<br />

ros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros,<br />

al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, que traduziram<br />

um aumento <strong>de</strong> 2,5%, face a 2007, e um crescimento<br />

médio anual <strong>de</strong> 13,9% nos últimos três anos.<br />

Os 2,4 milhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s que permaneceram na ho‑<br />

telaria da região, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 4,3 mi‑<br />

lhões <strong>de</strong> dormidas, indicadores que registaram ligeiros<br />

aumentos homólogos <strong>de</strong> 1,7% e 0,5%, respectiva‑<br />

mente. Embora se tenham verificado aumentos ligei‑<br />

ros nestes indicadores, a estada média mantém ‑se,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>em</strong> 1,8 noites.<br />

A hotelaria do PDT Douro recebeu quase 6 mil hóspe‑<br />

<strong>de</strong>s, que originaram 216 mil dormidas (5,1% das dor‑<br />

midas da ART Norte), valor inferior <strong>em</strong> 12 mil dormi‑<br />

das ao <strong>de</strong> 2007 ( ‑5,7%) e <strong>em</strong> 5 mil face a 2006.<br />

Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Do total <strong>de</strong> dormidas da ART Norte, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 57%<br />

foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, registando‑<br />

‑se um <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong> 2,2%, e 43% por re‑<br />

si<strong>de</strong>ntes no estrangeiro, com um aumento <strong>de</strong> 4,3%,<br />

face a 2007.<br />

Verifica ‑se assim que a procura na hotelaria para este<br />

<strong>de</strong>stino é maioritariamente originada pelo mercado<br />

nacional, observando ‑se, no entanto, um ligeiro au‑<br />

mento relativo da quota gerada pelo mercado externo<br />

(40% <strong>em</strong> 2006 vs. 43% <strong>em</strong> <strong>2008</strong>).<br />

Os hotéis captaram 67,3% das dormidas assinaladas<br />

para este <strong>de</strong>stino, ou seja, 2 milhões e 860 mil, que<br />

significaram um ligeiro acréscimo homólogo da procu‑<br />

ra, na ord<strong>em</strong> dos 2%, traduzido <strong>em</strong> mais 52 mil dormi‑<br />

das, face a 2007.<br />

O sentido positivo na evolução da procura turística<br />

para a ART Norte <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, veio consolidar a boa per‑<br />

formance registada pelo <strong>de</strong>stino, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006. Com<br />

efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a ART Norte evoluiu a uma<br />

taxa média anual acima da média nacional, registando<br />

nas dormidas um aumento <strong>de</strong> 5,2% (+2,2% para o<br />

total do país), nos hóspe<strong>de</strong>s +6,1% (+4,3% para o<br />

país) e nos proveitos totais um significativo aumento<br />

<strong>de</strong> 13,9% (+6,2% para o país).<br />

arT norte ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 2.417,7 ‑2,2 ‑53,2 2,7 <br />

Mercado Externo 1.833,1 4,3 75,0 8,7 <br />

Mercado global 4.250,8 0,5 21,8 5,2 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />

Hóteis-Apartamentos<br />

Outros<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Com efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a procura nacional na<br />

ART Norte cresceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong> 2,7% e<br />

<strong>de</strong> 8,7% para a procura externa, valor este que ultra‑<br />

passou <strong>em</strong> larga medida a taxa <strong>de</strong> crescimento obser‑<br />

vada para o país (2,7% para a procura nacional e 1,9%<br />

para a procura externa).<br />

Relativamente ao PDT Douro, a representação do mer‑<br />

cado nacional no número global <strong>de</strong> dormidas é ainda<br />

mais acentuada do que na ART (77%), mas com o<br />

mercado externo a evoluir <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota (18%<br />

<strong>em</strong> 2006 vs. 23% <strong>em</strong> <strong>2008</strong>). As dormidas dos resi<strong>de</strong>n‑<br />

tes, apesar <strong>de</strong> atingir<strong>em</strong> posição maioritária, apresen‑<br />

taram um significativo <strong>de</strong>créscimo ( ‑12%).


evolução da quota dos mercados<br />

externos vs mercado nacional nas<br />

dormidas* [2006-<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

%<br />

90<br />

100<br />

80<br />

90<br />

70<br />

80<br />

59,6<br />

58,4<br />

56,9<br />

60<br />

70<br />

50<br />

60<br />

40<br />

50<br />

30<br />

40<br />

59,6<br />

58,4<br />

56,9<br />

20<br />

30<br />

40,4<br />

41,6<br />

43,1<br />

10<br />

20<br />

0<br />

10<br />

40,4<br />

2006<br />

41,6<br />

2007<br />

43,1<br />

<strong>2008</strong><br />

0 Mercado Externo<br />

2006<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

2007 <strong>2008</strong><br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

Mercado Nacional<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Volume<br />

<strong>de</strong> Dormidas (milhares)<br />

Volume<br />

<strong>de</strong> 600,0 Dormidas (milhares)<br />

600,0<br />

500,0<br />

500,0<br />

400,0<br />

400,0<br />

300,0<br />

300,0<br />

200,0<br />

Espanha<br />

Espanha<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE • 44<br />

Avaliando o conjunto dos mercados externos para a<br />

ART Norte, verificamos que a Espanha, com 539 mil<br />

dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, é o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong><br />

dos fluxos internacionais para este <strong>de</strong>stino.<br />

Os <strong>de</strong>z principais mercados externos para a região,<br />

responsáveis por acréscimos médios anuais na ord<strong>em</strong><br />

dos 9%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, ultrapassaram os 80% da<br />

procura externa registada no <strong>de</strong>stino (o Top5 concen‑<br />

trou 64% da procura internacional).<br />

O conjunto dos 10 mercados têm vindo a assinalar um<br />

bom <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho nos últimos três anos <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />

quota (apenas –0,2 p.p. face a 2006), o que revela<br />

uma tendência para a pouca diversificação <strong>de</strong> merca‑<br />

dos <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> da procura externa nesta região, <strong>em</strong>bo‑<br />

ra se tenha assistido a <strong>de</strong>créscimos, entre 2007 e<br />

<strong>2008</strong>, na Espanha ( ‑10 mil dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), Reino<br />

unido ( ‑15 mil) e EuA ( ‑4 mil).<br />

Consi<strong>de</strong>rando a evolução <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 <strong>de</strong>stes merca‑<br />

dos, com excepção da diminuição <strong>de</strong> 3 mil dormidas<br />

por parte do mercado inglês, todos os outros apresen‑<br />

taram aumentos, com especial <strong>de</strong>staque para a França<br />

(+54 mil dormidas, que correspon<strong>de</strong>ram a um cresci‑<br />

mento médio ao ano <strong>de</strong> 17%), para o Brasil (+50 mil<br />

dormidas, ou seja, +26%) e para a Espanha (+47 mil,<br />

com crescimento <strong>de</strong> 5%).<br />

PdT douro ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 165,7 ‑11,8 ‑22,2 ‑4,4 <br />

Mercado Externo 50,6 25,6 10,3 13,1 <br />

Mercado global 216,3 ‑5,2 ‑11,9 ‑1,1 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />

200,0<br />

100,0<br />

Reino Unido<br />

Reino Unido<br />

EUA<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

Polónia<br />

Holanda<br />

França<br />

Itália<br />

Itália<br />

Brasil<br />

Brasil<br />

Bélgica<br />

100,0<br />

0,0<br />

-10,0 EUA 5,0 0,0<br />

Polónia<br />

5,0 Holanda 10,0<br />

15,0<br />

20,0 25,0 Bélgica 30,0<br />

0,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

% 08/07<br />

FONTE: -10,0 INE – Instituto Nacional 5,0 <strong>de</strong> Estatística 0,0 5,0 10,0<br />

15,0<br />

20,0 25,0 30,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

França<br />

% 08/07


45 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE<br />

Comportamento Sazonal da Procura<br />

A procura para a ART Norte, medida pelo número <strong>de</strong><br />

dormidas na hotelaria, apresentou um pico <strong>de</strong> sazo‑<br />

nalida<strong>de</strong> muito marcado nos meses <strong>de</strong> Verão, <strong>em</strong><br />

particular no mês <strong>de</strong> Agosto, com os resi<strong>de</strong>ntes a apre‑<br />

sentar<strong>em</strong> uma maior dispersão ao longo do ano,<br />

comparativamente com o mercado externo, o qual<br />

está maioritariamente concentrado entre Abril e Outu‑<br />

bro.<br />

Os meses <strong>de</strong> menor procura foram Janeiro, Fevereiro,<br />

Nov<strong>em</strong>bro e Dez<strong>em</strong>bro, para ambos os mercados, sen‑<br />

do <strong>de</strong> salientar que a procura externa assinalou quotas<br />

mensais superiores à procura nacional entre Maio e<br />

Set<strong>em</strong>bro e <strong>em</strong> Março (mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>).<br />

evolução mensal das dormidas* na hotelaria – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

138,6<br />

75,1<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

158,4<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

85,0<br />

190,3<br />

147,7<br />

181,5<br />

135,3<br />

205,4<br />

193,5<br />

185,0<br />

163,9<br />

Dos mercados externos mais importantes para este<br />

<strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a França, com pi‑<br />

cos <strong>de</strong> procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respec‑<br />

tivamente 21,6% e 18,7%), ultrapassando cada um<br />

<strong>de</strong>les a quota alcançada pelo conjunto dos mercados<br />

externos, que foi <strong>de</strong> 14,7%.<br />

As dormidas com orig<strong>em</strong> no Reino unido e na Al<strong>em</strong>a‑<br />

nha ocorreram <strong>em</strong> maior número no mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>‑<br />

bro, registando quotas <strong>de</strong> procura neste mês <strong>de</strong> 13,7%<br />

e 14%, respectivamente, superiores à média dos mer‑<br />

cados externos, que foi <strong>de</strong> 11,6%.<br />

De <strong>de</strong>stacar ainda Março, mês <strong>em</strong> que ocorreu a Pás‑<br />

coa, <strong>em</strong> que a procura da Espanha (12,1%) atingiu<br />

uma quota bastante superior relativamente aos res‑<br />

tantes mercados do Top5.<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

221,2<br />

215,5<br />

307,2<br />

269,0<br />

250,3<br />

212,1<br />

217,0<br />

163,2<br />

190,4<br />

92,1<br />

172,4<br />

80,6


Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />

ticos da ART Norte foi <strong>de</strong> 31,5%, reflectindo uma ligei‑<br />

ra quebra <strong>de</strong> 0,9 p.p. comparativamente a 2007, e<br />

situando ‑se abaixo da média nacional (41,3%).<br />

Evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação‑cama* [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

60<br />

%<br />

60<br />

40<br />

40<br />

20<br />

20<br />

0<br />

19,5<br />

19,5<br />

23,6<br />

23,6<br />

30,2<br />

30,2<br />

29,1<br />

29,1<br />

35,3<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE • 46<br />

As maiores taxas <strong>de</strong> ocupação registaram ‑se nos me‑<br />

ses <strong>de</strong> Verão (Julho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro), variando en‑<br />

tre 36,3% e 48,4%, sendo Janeiro o mês <strong>de</strong> menor<br />

procura, seguido <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro e Fevereiro.<br />

Na comparação com os meses homólogos anteriores,<br />

Março apresentou o maior aumento (+3,9 p.p., motiva‑<br />

do pelo factor Páscoa). Em Abril e <strong>de</strong> Junho a Dez<strong>em</strong>bro<br />

assistiu ‑se a quebras generalizadas, a mais acentuada<br />

das quais ocorreu <strong>em</strong> Abril ( ‑4,3 p.p., também motiva‑<br />

da pelo facto <strong>de</strong> <strong>em</strong> 2007 a Páscoa ter sido <strong>em</strong> Abril).<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês 0 <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto JANNacional <strong>de</strong> FEV Estatística MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Taxas % <strong>de</strong> ocupação‑quarto e RevPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />

70<br />

40,65<br />

%<br />

60<br />

61,3<br />

70<br />

50<br />

60<br />

49,6<br />

26,75 61,3<br />

50,5<br />

40,65<br />

49,3<br />

40<br />

50<br />

30<br />

28,02 49,6<br />

26,75<br />

50,5<br />

27,95<br />

49,3<br />

40<br />

20<br />

30<br />

10<br />

20<br />

0<br />

28,02<br />

27,95<br />

10<br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

Pousadas Total<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

Revpar<br />

0<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos Hotéis e apartamentos turísticos Hotéis-Apartam.<br />

excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

Pousadas Total<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

Revpar<br />

35,3<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

31,6<br />

31,6<br />

36,1<br />

36,1<br />

48,4<br />

48,4<br />

40,3<br />

40,3<br />

32,7<br />

32,7<br />

25,6<br />

25,6<br />

22,5<br />

22,5<br />

€<br />

45,00<br />

40,00 €<br />

35,00 45,00<br />

30,00 40,00<br />

25,00 35,00<br />

20,00 30,00<br />

15,00 25,00<br />

10,00 20,00<br />

5,00 15,00<br />

0,00 10,00<br />

5,00<br />

0,00


47 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO NORTE<br />

Em <strong>2008</strong>, os hotéis ‑apartamentos foram a tipologia<br />

que na ART Norte registou o nível <strong>de</strong> ocupação ‑quarto<br />

mais elevado (61,3%), com mais 2,5 p.p. que <strong>em</strong><br />

2007, tendo ficado acima da taxa média global <strong>de</strong>ste<br />

<strong>de</strong>stino (49,3%), mas abaixo da taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑quarto dos hotéis ‑apartamentos a nível nacional<br />

(62,8%). O rácio <strong>de</strong> RevPar apurado para esta tipolo‑<br />

gia foi <strong>de</strong> 26,75€ e representou um <strong>de</strong>créscimo, face a<br />

2007, <strong>de</strong> 1,01€, não acompanhando, portanto, o au‑<br />

mento do indicador das taxas <strong>de</strong> ocupação. Para esta<br />

situação muito contribuiu o gran<strong>de</strong> aumento verifica‑<br />

do, entre 2007 e <strong>2008</strong>, no número <strong>de</strong> quartos<br />

(+10,4%).<br />

As pousadas, <strong>em</strong>bora tenham registado o RevPar mais<br />

elevado (40,65€), apresentaram o maior <strong>de</strong>créscimo<br />

face a 2007 ( ‑7,45€). Esta evolução foi motivada não<br />

só pelo <strong>de</strong>créscimo registado na taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑quarto ( ‑0,8 p.p.) como também pela diminuição <strong>de</strong><br />

5,8% verificada nos proveitos com orig<strong>em</strong> nos serviços<br />

<strong>de</strong> aposento.


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />

dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />

regiOnais<br />

ÁREA REgiONAL<br />

DE TuRiSMO<br />

DO CENTRO


A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Centro (ART Centro)<br />

com 24.524 camas, <strong>em</strong> 297 unida<strong>de</strong>s hoteleiras, regis‑<br />

tou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um aumento, face ao ano prece<strong>de</strong>nte,<br />

<strong>de</strong> 544 camas (+2,3%), <strong>em</strong>bora tenha diminuído o nú‑<br />

mero <strong>de</strong> estabelecimentos hoteleiros ( ‑4 unida<strong>de</strong>s).<br />

Este acréscimo no número <strong>de</strong> camas <strong>de</strong>veu ‑se à aber‑<br />

tura <strong>de</strong> seis novos hotéis com mais 950 camas e é, <strong>de</strong><br />

facto, nesta tipologia que se localiza 62% das camas<br />

<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino turístico. O número global <strong>de</strong> camas<br />

existentes na ART Centro representou, no ano <strong>em</strong> aná‑<br />

lise, 64% da NUTS II Centro e 9% da capacida<strong>de</strong> total<br />

do país.<br />

As regiões do Baixo Vouga (nomeadamente Aveiro,<br />

que concentrou 29% da capacida<strong>de</strong> da NUTS III, on<strong>de</strong><br />

está inserida), Baixo Mon<strong>de</strong>go (<strong>em</strong> que Coimbra e Fi‑<br />

gueira da Foz, <strong>em</strong> conjunto, representaram 84% da<br />

capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong>ssa NuTS iii) e Pinhal Litoral (com<br />

Leiria a representar 52%) concentraram 55% do total<br />

<strong>de</strong> camas da ART Centro.<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO • 50<br />

área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO cenTrO<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

Tipologias <strong>2008</strong><br />

A ART Centro abrange, entre outros, os concelhos per‑<br />

tencentes aos Pólos <strong>de</strong> Desenvolvimento Turístico <strong>de</strong><br />

Leiria ‑Fátima (PDT Leiria ‑Fátima) e da Serra da Estrela<br />

(PDT Serra da Estrela).<br />

Analisando cada um <strong>de</strong>stes pólos, sob o ponto <strong>de</strong> vista<br />

da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas que apresentam, constatou‑<br />

‑se que, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o PDT Leiria ‑Fátima dispunha <strong>de</strong><br />

8.964 camas distribuídas por 81 estabelecimentos ho‑<br />

teleiros e o PDT Serra da Estrela <strong>de</strong> 4.060 camas <strong>em</strong><br />

43 estabelecimentos hoteleiros. O número <strong>de</strong> camas<br />

do PDT Leiria ‑Fátima representa 37% da capacida<strong>de</strong><br />

da ART Centro e o PDT Serra da Estrela t<strong>em</strong> uma quo‑<br />

ta <strong>de</strong> 17%, o que significa que estes dois Pólos <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Turístico concentram 54% da capaci‑<br />

da<strong>de</strong> total da região.<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Hotéis 15.154 950 61,8<br />

Hotéis‑Apartamentos 675 44 2,8<br />

Pousadas 291 ‑48 1,2<br />

Apartamentos Turísticos 403 18 1,6<br />

Outros 8.001 ‑420 32,6<br />

Total 24.524 544 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

arT centro ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 189,4 4,7 8,6 7,8 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 1.437,8 1,6 23,0 4,8 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 2.571,2 0,3 6,4 3,9 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

NOTA: Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Centro, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Centro.<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


51 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO<br />

Em <strong>2008</strong>, a NuTS ii Centro 1 atingiu 189,4 milhões <strong>de</strong><br />

euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hote‑<br />

leiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, que su‑<br />

peraram o montante <strong>de</strong> 2007 <strong>em</strong> +4,7%. Os proveitos<br />

foram gerados <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte por 1,4 milhões <strong>de</strong><br />

hóspe<strong>de</strong>s registados na ART Centro, os quais <strong>de</strong>ram<br />

orig<strong>em</strong> a 2,6 milhões <strong>de</strong> dormidas, indicadores que<br />

apresentaram, face a 2007, uma tendência <strong>de</strong> ligeira<br />

subida (+23 mil hóspe<strong>de</strong>s e +6,4 mil dormidas, <strong>em</strong><br />

valores absolutos). Embora se tenham verificado au‑<br />

mentos pouco significativos nestes indicadores, a esta‑<br />

da média associada manteve ‑se <strong>em</strong> 1,8 noites, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006.<br />

Os Pólos <strong>de</strong> Desenvolvimento Turístico concentraram,<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, 48% das dormidas totais da ART Centro: o<br />

PDT Leiria ‑Fátima representou 31% e o PDT Serra da<br />

Estrela 17%.<br />

A hotelaria do PDT Leiria ‑Fátima recebeu 421 mil hós‑<br />

pe<strong>de</strong>s, que originaram 805 mil dormidas, valor inferior<br />

dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />

4%<br />

2%<br />

1%<br />

21%<br />

72%<br />

Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Do total <strong>de</strong> dormidas registadas, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, na ART<br />

Centro, 72% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> Portu‑<br />

gal, que <strong>de</strong>cresceram ligeiramente face a 2007<br />

( ‑0,3%), e 28% por resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro, com<br />

um aumento homólogo <strong>de</strong> 1,6%.<br />

<strong>em</strong> 24 mil dormidas ao <strong>de</strong> 2007 ( ‑2,9%), mas mais 88<br />

mil face a 2006, isto é, assistiu ‑se a um crescimento<br />

médio anual, entre 2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 6%. No que diz<br />

respeito ao PDT Serra da Estrela, os 290 mil hóspe<strong>de</strong>s<br />

originaram 442 mil dormidas, ou seja, apresentou,<br />

face a 2007, um crescimento no número <strong>de</strong> dormidas<br />

<strong>de</strong> 11,1% (+44 mil).<br />

Do conjunto dos estabelecimentos hoteleiros e aparta‑<br />

mentos turísticos existentes na ART Centro, os hotéis<br />

captaram 72% das dormidas efectuadas na região (1<br />

milhão e 860,5 mil), tipologia que assinalou um acrés‑<br />

cimo homólogo da procura <strong>de</strong> 1,1%, traduzido <strong>em</strong> +20<br />

mil dormidas, face a 2007.<br />

As taxas médias <strong>de</strong> crescimento, entre 2006 e <strong>2008</strong>,<br />

dos vários indicadores <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino turístico foram<br />

superiores à média nacional, registando acréscimos <strong>de</strong><br />

7,8% para os proveitos (6,2% no total do país), 4,8%<br />

para os hóspe<strong>de</strong>s (4,3% no país) e 3,9% para as dor‑<br />

midas (2,2% a nível nacional).<br />

1 Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Centro por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Centro.<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Hóteis-Apartamentos<br />

Outros<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

A procura turística para este <strong>de</strong>stino é maioritariamen‑<br />

te originada pelo mercado interno (72%), que registou<br />

mais 89 mil dormidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>em</strong>bora tenha per‑<br />

dido quota ( ‑2 p.p.), <strong>de</strong>vido ao acréscimo <strong>de</strong> 98 mil<br />

dormidas <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro.<br />

arT centro ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 1.846,8 ‑0,3 ‑4,9 2,5 <br />

Mercado Externo 724,4 1,6 11,3 7,6 <br />

Mercado global 2.571,2 0,3 6,4 3,9 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


evolução da quota dos mercados externos<br />

vs. mercado nacional nas dormidas*<br />

[2006-<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Mercado Externo<br />

Mercado Nacional<br />

73,7<br />

26,3<br />

72,2<br />

27,8<br />

2006 2007 <strong>2008</strong><br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

71,8<br />

28,2<br />

Note ‑se que, neste <strong>de</strong>stino, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a pro‑<br />

cura nacional e internacional cresceram a ritmos mé‑<br />

dios anuais <strong>de</strong> 2,5% e <strong>de</strong> 7,6%, respectivamente. Este<br />

aumento médio anual da procura externa ultrapassou<br />

<strong>em</strong> larga medida a taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 1,9% ob‑<br />

servada para o país.<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO • 52<br />

As dormidas na hotelaria registadas no PDT Leiria‑<br />

‑Fátima apresentaram, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um certo equilíbrio<br />

entre o mercado interno (42%) e o externo (58%),<br />

mas registaram evoluções diferentes na comparação<br />

com o ano <strong>de</strong> 2007, com as dormidas dos resi<strong>de</strong>ntes a<br />

aumentar 6,5% e a dos estrangeiros a <strong>de</strong>crescer<br />

8,7%.<br />

De <strong>de</strong>stacar que o mercado nacional <strong>de</strong>ste Pólo repre‑<br />

senta 18% das dormidas dos resi<strong>de</strong>ntes na ART Cen‑<br />

tro, enquanto os estrangeiros concentram neste Pólo<br />

uma quota <strong>de</strong> 64% das dormidas <strong>de</strong> estrangeiros do<br />

total da região.<br />

No caso do PDT Serra da Estrela o mercado externo<br />

praticamente não t<strong>em</strong> expressão, pois 89% das dormi‑<br />

das são <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e assinalaram signi‑<br />

ficativos aumentos, não só na comparação com 2007<br />

(+11,3%), como no crescimento médio anual entre<br />

2006 e <strong>2008</strong> <strong>de</strong> mais 76 mil dormidas.<br />

Avaliando o conjunto dos mercados externos para a<br />

ART Centro, verificamos que a Espanha, com 253 mil<br />

dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, é o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong><br />

dos fluxos internacionais para o <strong>de</strong>stino.<br />

Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros representa‑<br />

ram 84% das dormidas <strong>de</strong> estrangeiros neste <strong>de</strong>stino<br />

turístico e proporcionaram, entre 2006 e <strong>2008</strong>, um au‑<br />

mento médio ao ano <strong>de</strong> 6%. Relativamente aos cinco<br />

principais mercados externos, a sua quota no total das<br />

dormidas <strong>de</strong> estrangeiros foi <strong>de</strong> 72%.<br />

PdT leiria-Fátima ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 340,6 6,5 20,7 6,3 <br />

Mercado Externo 464,7 ‑8,7 ‑44,4 5,7 <br />

Mercado global 805,3 ‑2,9 ‑23,7 6,0 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

PdT serra da estrela ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 392,7 11,3 39,9 11,4 <br />

Mercado Externo 49,4 9,4 4,3 19,1 <br />

Mercado global 442,0 11,1 44,1 12,1 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


300,0<br />

250,0<br />

200,0<br />

150,0<br />

100,0<br />

53 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO<br />

volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />

Volume<br />

<strong>de</strong> Dormidas<br />

(milhares)<br />

50,0<br />

0,0<br />

EUA<br />

Reino Unido<br />

Bélgica<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

Holanda<br />

Brasil<br />

Dinamarca<br />

-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 70 80<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Espanha<br />

Itália<br />

A Espanha, com uma quota <strong>de</strong> 35% da procura exter‑<br />

na, registou um aumento médio anual, entre 2006 e<br />

<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 9%, traduzido <strong>em</strong> mais 42 mil dormidas <strong>em</strong><br />

termos absolutos. A França, segundo mercado mais<br />

importante para esta região (17% da procura exter‑<br />

na), registou um aumento homólogo absoluto <strong>de</strong> 10<br />

mil dormidas (+9,2%) só <strong>em</strong> <strong>2008</strong> e uma variação<br />

média anual <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />

A itália posicionou ‑se no terceiro lugar <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />

procura externa para a ART Centro (quota <strong>de</strong> 7%),<br />

muito próxima dos mercados da Al<strong>em</strong>anha e Brasil,<br />

com quotas <strong>de</strong> 6,5% e 6%, respectivamente. O mer‑<br />

Comportamento Sazonal da Procura<br />

A procura para a ART Centro apresenta um pico <strong>de</strong><br />

sazonalida<strong>de</strong> muito marcado <strong>em</strong> Agosto, com o merca‑<br />

do externo a atingir os 18% e o mercado nacional os<br />

14%. Embora o mês mais procurado por ambos os<br />

mercados seja Agosto, o mercado externo concentra<br />

mais a procura <strong>em</strong> Julho e Set<strong>em</strong>bro, enquanto os re‑<br />

si<strong>de</strong>ntes têm uma maior dispersão ao longo do ano.<br />

Os meses <strong>de</strong> menor procura para os mercados exter‑<br />

nos são os <strong>de</strong> inverno (Nov<strong>em</strong>bro a Fevereiro), com<br />

quotas entre os 3,6% e 4,2%, e para o mercado nacio‑<br />

nal são os meses <strong>de</strong> Janeiro e Fevereiro, com quotas<br />

<strong>de</strong> 5,5% e <strong>de</strong> 7%, respectivamente. Note ‑se que os<br />

registos <strong>de</strong> menor procura para o mercado nacional<br />

são, no entanto, superiores às quotas <strong>de</strong> menor procu‑<br />

ra do mercado externo.<br />

França<br />

% 08/07<br />

cado italiano, <strong>em</strong>bora com <strong>de</strong>créscimos médios <strong>de</strong> 1%<br />

ao ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, registou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> um significativo<br />

aumento <strong>de</strong> 5,5% face a 2007.<br />

Do conjunto dos cinco principais mercados para este<br />

<strong>de</strong>stino, <strong>de</strong>stacou ‑se, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o Brasil, com 6% <strong>de</strong><br />

quota, como o mercado que atingiu o aumento percen‑<br />

tual mais elevado (+18,7%) e o segundo maior, <strong>em</strong><br />

termos absolutos (+7 mil dormidas).<br />

Dos mercados externos mais importantes para o <strong>de</strong>s‑<br />

tino <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a itália, com picos <strong>de</strong><br />

procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respectiva‑<br />

mente 24,5% e 26,3%), que ultrapassaram a quota do<br />

conjunto dos mercados externos (17,5%) <strong>em</strong> mais <strong>de</strong><br />

7 p.p. De assinalar que o mercado espanhol foi o que,<br />

no mês <strong>de</strong> Março (mês <strong>em</strong> que se realizou a Páscoa),<br />

maior quota <strong>de</strong> procura apresentou <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong><br />

(11%).<br />

A França incidiu no mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro o seu período<br />

máximo <strong>de</strong> procura com 19,5% <strong>de</strong> quota. De <strong>de</strong>stacar<br />

ainda a Al<strong>em</strong>anha, cujo mês <strong>de</strong> maior procura é Maio,<br />

com 13,9%, quota superior <strong>em</strong> 3,9 p.p. à média <strong>de</strong><br />

procura dos mercados externos (10%).


evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

A taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabelecimentos hote‑<br />

leiros e apartamentos turísticos da ART Centro, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, foi <strong>de</strong> 30,3%, reflectindo um ligeiro <strong>de</strong>créscimo<br />

<strong>de</strong> 0,3 p.p. face a 2007 e situando ‑se bastante abaixo<br />

da média nacional (41,3%).<br />

As taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevadas neste <strong>de</strong>s‑<br />

tino turístico registaram ‑se nos meses <strong>de</strong> Verão (Ju‑<br />

lho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro), variando entre 34,4% e<br />

49,9%, mas com valores muito inferiores aos das mé‑<br />

dias nacionais, que naqueles meses variaram entre<br />

evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação – cama* [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

102,1<br />

27,5<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

19,9<br />

128,5<br />

30,6<br />

26,0<br />

152,4<br />

52,2<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

29,8<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

133,4<br />

52,9<br />

27,4<br />

147,9<br />

72,6<br />

30,0<br />

132,0<br />

64,0<br />

27,5<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO • 54<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

51,8% <strong>em</strong> Set<strong>em</strong>bro e 65,2% <strong>em</strong> Agosto. Os meses<br />

que apresentaram as taxas médias mais baixas foram<br />

Janeiro com 19,9% e Dez<strong>em</strong>bro com 22,4%.<br />

Os meses <strong>de</strong> Março (+6 p.p.), Fevereiro (+3 p.p.) e<br />

Janeiro (+1,3 p.p.) apresentaram as maiores varia‑<br />

ções homólogas. O aumento relativo ao mês <strong>de</strong> Março<br />

foi motivado, como já se referiu, à ocorrência da época<br />

da Páscoa.<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

169,1<br />

92,5<br />

34,4<br />

258,0<br />

126,8<br />

49,9<br />

172,3<br />

93,6<br />

35,9<br />

167,9<br />

58,3<br />

30,7<br />

125,4<br />

27,6<br />

26,0<br />

130,9<br />

25,8<br />

22,4


20<br />

0<br />

19,9<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

55 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO CENTRO<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

40,7<br />

21,02<br />

Em <strong>2008</strong>, os hotéis ‑apartamentos foram a tipologia da<br />

NuTS ii Centro 2 que registou os maiores níveis <strong>de</strong> ta‑<br />

xas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto (56,5%), com mais 0,3 p.p.<br />

que <strong>em</strong> 2007, tendo ficado acima da taxa média das<br />

tipologias neste <strong>de</strong>stino (41,5%), mas abaixo da taxa<br />

<strong>de</strong> ocupação quarto dos hotéis ‑apartamentos a nível<br />

nacional (62,8%).<br />

O RevPar para esta tipologia não acompanhou os au‑<br />

mentos verificados nas taxas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto,<br />

tendo ‑se observado um <strong>de</strong>créscimo absoluto <strong>de</strong> 1,48€<br />

face a 2007 ( ‑4,8%). Esta diminuição reflecte também<br />

o <strong>de</strong>créscimo observado nos proveitos <strong>de</strong> aposento<br />

dos hotéis ‑apartamentos que, comparativamente com<br />

2007, registou uma quebra <strong>de</strong> 4,5%.<br />

As pousadas constitu<strong>em</strong> a tipologia que apresentou o<br />

RevPar mais elevado (43,16€), valor muito superior à<br />

média das tipologias existentes nesta região (20,79€).<br />

Esta tipologia foi mesmo a única a registar um aumen‑<br />

to significativo neste rácio (+1,87€, ou seja, +4,5%).<br />

2 Não é possível apresentar valores <strong>de</strong> RevPar para a ART Centro, pelo que se optou por fazer a análise com os dados relativos à NUTS II<br />

Centro.<br />

43,16<br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

Pousadas Total<br />

Revpar<br />

56,5<br />

29,36<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />

Nota: Os dados <strong>de</strong>ste gráfico são referentes à NUTS II Centro e não à área regional <strong>de</strong> turismo.<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

32,8<br />

41,5<br />

20,75<br />

!<br />

22,4<br />

€<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />

dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />

regiOnais<br />

ÁREA REgiONAL<br />

DE TuRiSMO<br />

DE LISBOA<br />

E VALE DO TEJO


A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo<br />

(ART Lisboa e Vale do Tejo) apresentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, mais<br />

<strong>de</strong> 65 mil camas (<strong>em</strong> 435 estabelecimentos hoteleiros e<br />

12 al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos) e represen‑<br />

tou 24% da capacida<strong>de</strong> existente no país. Face ao ano<br />

prece<strong>de</strong>nte, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta região aumentou 2.227<br />

camas, ou seja, +3,5%. Refira ‑se que 98% <strong>de</strong>sse<br />

aumento (2.176 camas) ocorreu na tipologia hotéis.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a capacida<strong>de</strong> global <strong>de</strong> que a ART Lisboa<br />

e Vale do Tejo dispunha <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os 196 hotéis exis‑<br />

tentes neste <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>tinham 72% <strong>de</strong>ssas camas<br />

(47.124), apresentando assim uma dimensão média,<br />

por estabelecimento, <strong>de</strong> 240 camas. A região da gran‑<br />

ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO • 58<br />

área regiOnal <strong>de</strong> TurismO <strong>de</strong> lisBOa<br />

e vale dO TejO<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

Tipologias <strong>2008</strong><br />

<strong>de</strong> Lisboa concentrou 75% <strong>de</strong>ssas camas (35.533 ca‑<br />

mas), que representam um aumento <strong>de</strong> 4,7% (+1.581<br />

camas), face a 2007.<br />

O Pólo <strong>de</strong> Desenvolvimento Turístico do Oeste (PDT<br />

Oeste), que está integrado na ART Lisboa e Vale do<br />

Tejo, dispunha <strong>de</strong> 10% da capacida<strong>de</strong> da ART, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, ou seja, 6.571 camas, <strong>em</strong> 63 estabelecimentos<br />

hoteleiros e apartamentos turísticos. A capacida<strong>de</strong> dis‑<br />

ponível neste PDT apresentou um significativo acrésci‑<br />

mo <strong>de</strong> 10,4% (+619 camas) face a 2007, recaindo a<br />

totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse aumento na tipologia hotéis, que con‑<br />

centrou assim 60% das camas existentes (3.922<br />

camas <strong>em</strong> 22 unida<strong>de</strong>s hoteleiras).<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Hotéis 47.124 2.176 71,5<br />

Hotéis‑Apartamentos 2.918 ‑238 4,4<br />

Pousadas 218 0 0,3<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 1.339 823 2,0<br />

Apartamentos Turísticos 1.201 ‑23 1,8<br />

Outros 13.095 ‑511 19,9<br />

Total 65.895 2.227 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

arT lisboa e vale do Tejo ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 570,5 ‑1,1 ‑6,6 7,1 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 4.548,9 0,2 9,2 4,0 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 9.823,3 ‑2,4 ‑243,3 2,2 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

NOTA: Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa e não à ART Lisboa e Vale do Tejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART.<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


59 • ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO<br />

Em <strong>2008</strong>, a NuTS ii Lisboa 1 alcançou os 570,5 milhões<br />

<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos ho‑<br />

teleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, re‑<br />

presentando assim um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 1,1% face a<br />

2007. Note ‑se que a NuTS ii Lisboa representou <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> número <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s, cerca <strong>de</strong><br />

84% da ART Lisboa e Vale do Tejo.<br />

A ART Lisboa e Vale do Tejo recebeu 4,5 milhões <strong>de</strong><br />

hóspe<strong>de</strong>s <strong>em</strong> <strong>2008</strong> que <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 9,8 milhões <strong>de</strong><br />

dormidas, indicadores que registaram evoluções con‑<br />

trárias face a 2007. O número <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />

assinalou tendência para um ligeiro acréscimo <strong>de</strong> 0,2%<br />

face a 2007, enquanto as dormidas <strong>de</strong>cresceram 2,4%,<br />

o que não alterou a estada média, que se mantém <strong>em</strong><br />

2,2 noites, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />

dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />

4,7%<br />

1,4%<br />

0,5%<br />

1,2%<br />

16,0%<br />

76,2%<br />

Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Das dormidas efectuadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> na ART Lisboa e<br />

Vale do Tejo, 67% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no<br />

estrangeiro, que registaram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 3,8%,<br />

e 33% por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, com um ligeiro au‑<br />

mento homólogo <strong>de</strong> 0,5%.<br />

Os hotéis captaram 76,4% das dormidas efectuadas<br />

na região (7 milhões 489,3 mil), tipologia que verificou<br />

um <strong>de</strong>créscimo homólogo da procura da ord<strong>em</strong> dos<br />

3%, traduzido <strong>em</strong> menos 204 mil dormidas face a<br />

2007.<br />

Entre 2006 e <strong>2008</strong> a ART Lisboa e Vale do Tejo t<strong>em</strong><br />

vindo a registar aumentos significativos nos proveitos<br />

totais (+7,1%), com taxas <strong>de</strong> crescimento médias<br />

anuais um pouco acima da média nacional (+6,2%).<br />

Os hóspe<strong>de</strong>s (+4,0%) e as dormidas (+2,2%) regista‑<br />

ram acréscimos médios anuais idênticos aos valores<br />

médios registados a nível nacional (+4,3% e +2,2%,<br />

respectivamente).<br />

arT lisboa e vale do Tejo ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 3.209,1 0,5 15,4 3,5 <br />

Mercado Externo 6.614,2 ‑3,8 ‑258,7 1,6 <br />

Mercado global 9.823,3 ‑2,4 ‑243,3 2,2 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />

Hóteis-Apartamentos<br />

Outros<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

A procura turística para este <strong>de</strong>stino é maioritariamen‑<br />

te originada pelo mercado externo, que assinalou uma<br />

diminuição <strong>de</strong> quota, <strong>em</strong>bora pouco acentuada, entre<br />

2006 e <strong>2008</strong> (67% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 68% <strong>em</strong> 2006).<br />

1 Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Lisboa e Vale do Tejo.


evolução da quota dos mercados externos<br />

vs. mercado nacional nas dormidas*<br />

[2006-<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Mercado Externo<br />

Mercado Nacional<br />

31,9<br />

68,1<br />

31,7<br />

68,3<br />

2006 2007 <strong>2008</strong><br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

32,7<br />

67,3<br />

Com efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong> a procura externa cres‑<br />

ceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong> 1,6%, enquanto o mer‑<br />

cado nacional apresentou um aumento médio na or‑<br />

d<strong>em</strong> dos 3,5%, que ultrapassou a taxa média <strong>de</strong><br />

crescimento do país (+2,7%).<br />

ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO • 60<br />

O PDT Oeste atingiu as 647 mil dormidas, o que repre‑<br />

sentou 7% da ART Lisboa e Vale do Tejo, das quais<br />

57% (367 mil) com orig<strong>em</strong> no mercado externo e 43%<br />

(280 mil) no mercado interno. De <strong>de</strong>stacar o significa‑<br />

tivo aumento alcançado pelo número <strong>de</strong> dormidas <strong>de</strong><br />

não resi<strong>de</strong>ntes, que face a 2007 cresceram 11,3%.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a evolução <strong>de</strong>ste PDT entre 2006 e <strong>2008</strong>,<br />

verifica ‑se um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 11% para<br />

o mercado externo e <strong>de</strong> 7% para os resi<strong>de</strong>ntes.<br />

Apesar do aumento assinalado, entre 2006 e <strong>2008</strong>, na<br />

procura externa para este <strong>de</strong>stino (+1,6%), quando<br />

consi<strong>de</strong>ramos apenas os <strong>de</strong>z principais mercados es‑<br />

trangeiros verifica ‑se a existência <strong>de</strong> um ligeiro <strong>de</strong>‑<br />

créscimo ( ‑0,2%) e, consequente, redução na quota<br />

atingida ( ‑2,8 p.p.), o que revelou uma diversificação<br />

<strong>de</strong> mercados <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> da procura externa para esta<br />

região. A mesma situação ocorre quando analisado o<br />

conjunto dos cinco principais mercados, que registou<br />

um <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong> 1,7%, entre 2006 e<br />

<strong>2008</strong>, e diminuição da quota nesse triénio <strong>de</strong> ‑3,7 p.p.<br />

(54% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 58% <strong>em</strong> 2006).<br />

PdT Oeste ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 366,8 2,7 9,6 7,2 <br />

Mercado Externo 280,6 11,3 28,5 10,9 <br />

Mercado global 647,4 6,3 38,1 8,8 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


61 • ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO<br />

volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercados externos, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />

Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />

(milhares)<br />

1400,0<br />

1200,0<br />

1000,0<br />

800,0<br />

600,0<br />

400,0<br />

200,0<br />

Itália<br />

EUA<br />

Espanha<br />

Bélgica<br />

0,0<br />

-20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Reino Unido<br />

Suiça<br />

Na ART Lisboa e Vale do Tejo, a Espanha, com 1.331<br />

mil dormidas e uma quota <strong>de</strong> 20% da procura externa,<br />

registou uma diminuição média anual, entre 2006 e<br />

<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 6%, o que significa menos 178 mil dormidas<br />

<strong>em</strong> termos absolutos.<br />

A Al<strong>em</strong>anha, o segundo mercado mais importante para<br />

esta região (9% da procura externa), registou um au‑<br />

mento homólogo absoluto <strong>de</strong> 25 mil dormidas (4%)<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong>, apresentando ligeiras variações médias anu‑<br />

ais positivas <strong>de</strong> 1% entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />

Comportamento Sazonal da Procura<br />

A procura pela ART Lisboa e Vale do Tejo, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />

apresentou uma quota ligeiramente superior no mês<br />

<strong>de</strong> Agosto, mais marcada pelo conjunto dos mercados<br />

externos (13%). A procura do mercado externo, entre<br />

Abril e Outubro, oscilou entre 9% e 13 % e <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>‑<br />

bro a Março, entre 5% a 8%.<br />

O mercado interno ten<strong>de</strong> a uma distribuição mais ho‑<br />

mogénea ao longo do ano, com quotas <strong>de</strong> procura que<br />

variaram entre 8% e 11%, com excepção dos meses<br />

França<br />

Holanda<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

Brasil<br />

% 08/07<br />

O Reino unido, terceiro mercado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> procu‑<br />

ra externa para a ART Lisboa e Vale do Tejo, com uma<br />

quota (8,5%) muito próxima da França e da Itália, <strong>de</strong>‑<br />

cresceu 6% ( ‑37 mil dormidas), face a 2007, <strong>em</strong>bora<br />

apresente crescimentos médios anuais <strong>de</strong> 2,7%, <strong>de</strong>s‑<br />

<strong>de</strong> 2006. De <strong>de</strong>stacar o Brasil (posicionado <strong>em</strong> sexto<br />

lugar no ranking dos principais mercados para esta<br />

ART) com 431 mil dormidas, que se traduziram num<br />

significativo aumento <strong>de</strong> 18%, face a 2007 (+65 mil<br />

dormidas) e <strong>de</strong> 20% <strong>em</strong> cada ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006.<br />

<strong>de</strong> Janeiro, Fevereiro e Dez<strong>em</strong>bro, que apresentaram<br />

valores na ord<strong>em</strong> dos 6%.<br />

Dos mercados externos mais importantes para o <strong>de</strong>s‑<br />

tino, <strong>de</strong>stacaram ‑se a Espanha e a itália, com picos <strong>de</strong><br />

procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto (respectiva‑<br />

mente 20,2% e 20,8%), e a França, que distribuiu pe‑<br />

los meses <strong>de</strong> Agosto (13,9%) e Maio (13,5%) a sua<br />

opção <strong>de</strong> permanência neste <strong>de</strong>stino.


evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

900<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

Os al<strong>em</strong>ães preferiram os meses <strong>de</strong> Maio e Outubro,<br />

seguidos do <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro, registando quotas <strong>de</strong> procu‑<br />

ra <strong>de</strong> 12,2% e 11,8% respectivamente.<br />

Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />

ticos da ART Lisboa e Vale do Tejo foi <strong>de</strong> 42,9%, o que<br />

se traduziu <strong>em</strong> menos 1,1 p.p. <strong>em</strong> relação a 2007, mas<br />

foi superior ao valor médio alcançado a nível nacional<br />

(41,3%).<br />

%<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

205,0<br />

309,1<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />

26,3<br />

213,5<br />

33,6<br />

42,0<br />

44,1<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

374,9<br />

261,9<br />

561,7<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

263,5<br />

593,0<br />

ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO • 62<br />

313,0<br />

693,1<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

50,5<br />

265,7<br />

579,7<br />

43,6<br />

Os resi<strong>de</strong>ntes no Reino unido procuram esta região<br />

maioritariamente <strong>em</strong> Set<strong>em</strong>bro (11,1% da procura),<br />

mostrando também regularida<strong>de</strong> na procura nos me‑<br />

ses entre Abril e Outubro, com quotas que rondam os<br />

10%.<br />

Os meses <strong>de</strong> Verão (Julho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro) e o<br />

mês <strong>de</strong> Maio registaram os valores máximos do ano <strong>de</strong><br />

<strong>2008</strong>. Os meses que registaram as taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑cama mais baixas foram os <strong>de</strong> Inverno, com valores a<br />

variar<strong>em</strong> entre 25,7% e 33,6%.<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

292,6<br />

693,6<br />

48,3<br />

351,9<br />

826,0<br />

57,3<br />

299,8<br />

706,8<br />

49,2<br />

289,2<br />

309,1<br />

44,6<br />

205,0<br />

624,0<br />

30,6<br />

210,7<br />

295,2<br />

25,7


* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

63 • ÁREA REgIONAL DE TURISMO DE LISBOA E VALE DO TEJO<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto* e revPar, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

64,1<br />

50,30<br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

Pousadas Total<br />

Revpar<br />

*<strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />

NOTA: Os dados apresentados neste gráfico diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa e não à área regional <strong>de</strong> turismo<br />

FONTE: TP - <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

53,0<br />

45,70<br />

Os meses <strong>de</strong> Fevereiro (+3,6 p.p.), Março (+2,9 p.p.)<br />

e Maio (+2,5 p.p.) foram os únicos que registaram<br />

acréscimos nas taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama, quando com‑<br />

paradas com o ano <strong>de</strong> 2007. Relativamente ao aumen‑<br />

to verificado no mês <strong>de</strong> Março, a justificação pren<strong>de</strong> ‑se<br />

com a ocorrência da época da Páscoa nesse mês, no<br />

ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Em <strong>2008</strong>, os hotéis foram a tipologia da NuTS ii Lis‑<br />

boa 2 que registou os maiores níveis <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong><br />

ocupação ‑quarto, mas que correspon<strong>de</strong>u a um <strong>de</strong>crés‑<br />

cimo <strong>de</strong> 4,1 p.p. face a 2006. Essa taxa média foi no<br />

entanto superior não só à registada para a globalida<strong>de</strong><br />

das tipologias neste <strong>de</strong>stino (57,1%), como também à<br />

dos hotéis a nível nacional (56,3%). As pousadas, com<br />

um índice <strong>de</strong> ocupação ‑cama <strong>de</strong> 62,9%, foram, das<br />

tipologias consi<strong>de</strong>radas, a única que registou um au‑<br />

mento face ao ano prece<strong>de</strong>nte (+1,9 p.p.).<br />

Esta última tipologia foi também a que registou o rácio<br />

<strong>de</strong> RevPar mais elevado (55,10€) e que apresentou a<br />

única variação positiva (+5,80€), face a 2007. Os ho‑<br />

téis, com o segundo valor <strong>de</strong> RevPar mais elevado<br />

(50,30€), assinalaram um <strong>de</strong>créscimo homólogo <strong>de</strong><br />

2,60€.<br />

2 Os valores <strong>de</strong> Taxas <strong>de</strong> Ocupação‑Cama e RevPar diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Lisboa, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART<br />

Lisboa e Vale do Tejo.<br />

62,9<br />

55,10<br />

63,3<br />

49,10<br />

!<br />

€<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />

dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />

regiOnais<br />

ÁREA REgiONAL<br />

DE TuRiSMO<br />

DO ALENTEJO


A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Alentejo (ART Alente‑<br />

jo), com 8.853 camas <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros,<br />

al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, representava<br />

apenas 3% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento existente <strong>em</strong><br />

<strong>Portugal</strong>, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

Cerca <strong>de</strong> 38% da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, das 139 uni‑<br />

da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> neste <strong>de</strong>sti‑<br />

no turístico, é oferecida <strong>em</strong> Hotéis (dimensão média<br />

unitária <strong>de</strong> 109 camas), tipologia que registou um au‑<br />

mento <strong>de</strong> 1,5%, face a 2007.<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO • 66<br />

área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO alenTejO<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

Tipologias <strong>2008</strong><br />

As 14 Pousadas existentes na região representam 34%<br />

da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas da oferta nacional nesta tipo‑<br />

logia.<br />

Na ART Alentejo estão integrados os Pólos <strong>de</strong> Desen‑<br />

volvimento Turístico do Litoral Alentejano (PDT Litoral<br />

Alentejano) e do Alqueva (PDT Alqueva).<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Hotéis 3.384 49 38,2<br />

Hotéis‑Apartamentos 812 ‑9 9,2<br />

Pousadas 809 ‑1 9,1<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 134 13 1,5<br />

Apartamentos Turísticos 410 0 4,6<br />

Outros 3.304 ‑3 37,3<br />

Total 8.853 49 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 56,9 ‑4,0 ‑2,4 8,6 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 599,1 ‑1,8 ‑10,9 5,9 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 981,9 ‑1,6 ‑15,6 6,5 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

NOTA: Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Alentejo.<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


67 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO<br />

dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />

6,6%<br />

0,9%<br />

27,9%<br />

14,1%<br />

3,2%<br />

47,3%<br />

O PDT Litoral Alentejano é uma região que oferece<br />

2.691 camas, distribuídas por 36 estabelecimentos ho‑<br />

teleiros e 5 al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos.<br />

Esta capacida<strong>de</strong> representa 30% das camas existentes<br />

na ART Alentejo.<br />

As 281 camas existentes no PDT Alqueva representam<br />

3% da ART Alentejo, e estão distribuídas por 7 estabe‑<br />

lecimentos hoteleiros.<br />

Em <strong>2008</strong>, a NuTS ii Alentejo 1 alcançou 56,9 milhões<br />

<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos ho‑<br />

teleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, o que<br />

representou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 4,0% <strong>em</strong> relação a<br />

2007. Note ‑se que a ART Alentejo representa, <strong>em</strong> ter‑<br />

mos <strong>de</strong> número <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s, cerca <strong>de</strong> 90% da NUTS<br />

ii Alentejo.<br />

A ART Alentejo atraiu 599 mil hóspe<strong>de</strong>s <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os<br />

quais <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 982 mil dormidas no mesmo<br />

ano, indicadores que registaram diminuições <strong>de</strong> 1,8%<br />

e 1,6%, respectivamente, face a 2007. Contudo, <strong>em</strong>‑<br />

bora se tenham verificado ligeiras quebras nestes indi‑<br />

cadores, a estada média associada manteve ‑se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2006, <strong>em</strong> 1,6 noites.<br />

O PDT Litoral Alentejano registou 239 mil dormidas,<br />

que traduziram uma representação <strong>de</strong> 24% na ART<br />

Alentejo. Este indicador reflectiu, face a 2007, um <strong>de</strong>‑<br />

créscimo <strong>de</strong> 4,6% ( ‑12 mil dormidas) e no período en‑<br />

tre 2006 e <strong>2008</strong> apresentou também um <strong>de</strong>créscimo<br />

médio ao ano <strong>de</strong> 2,1%.<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />

Hóteis-Apartamentos<br />

Outros<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

As 39 mil dormidas registadas no PDT Alqueva, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, que representam apenas 4% da ART Alentejo,<br />

correspon<strong>de</strong>ram a um aumento <strong>de</strong> 13,8% (+5 mil dor‑<br />

midas) face ao ano prece<strong>de</strong>nte. Este Pólo t<strong>em</strong> apre‑<br />

sentado um comportamento francamente favorável,<br />

com um acréscimo <strong>de</strong> 13 mil dormidas, entre 2006 e<br />

<strong>2008</strong>, que correspon<strong>de</strong>u a um crescimento médio anu‑<br />

al <strong>de</strong> 24%.<br />

No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />

mentos e apartamentos turísticos, os Hotéis captaram<br />

47,3% das dormidas que ocorreram na ART Alentejo<br />

(ou sejam, 465 mil dormidas), tipologia que verificou<br />

um acréscimo homólogo da procura <strong>de</strong> 4%, traduzido<br />

<strong>em</strong> mais 16 mil dormidas, face a 2007.<br />

A ART Alentejo t<strong>em</strong> vindo a registar uma evolução sig‑<br />

nificativa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, com aumentos médios anuais<br />

<strong>de</strong> 5,9% para os hóspe<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> 6,5% para as dormi‑<br />

das, valores superiores à média do País (4,3% para os<br />

hóspe<strong>de</strong>s e 2,2% para as dormidas).<br />

Os proveitos totais diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Alentejo.


Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Das dormidas efectuadas na ART Alentejo, 73% foram<br />

geradas por resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, que registaram<br />

uma quebra <strong>de</strong> 5,3%. Relativamente ao mercado ex‑<br />

terno que contribuiu com 27% da procura, a tendência<br />

<strong>de</strong> evolução foi contrária e apresentou um aumento<br />

face ao ano anterior <strong>de</strong> 10,3%.<br />

Nesta região, a procura turística é maioritariamente<br />

originada pelo mercado nacional, que com excepção<br />

da evolução negativa registada entre 2007 e <strong>2008</strong>,<br />

apresentou um crescimento médio ao ano <strong>de</strong> 6,3%,<br />

quando consi<strong>de</strong>ramos o período compreendido entre<br />

2006 e <strong>2008</strong>. A representação do mercado nacional<br />

atingiu, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um valor idêntico ao <strong>de</strong> 2006 (73,3%<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong> e 73,6% <strong>em</strong> 2006).<br />

No PDT Litoral Alentejano existe também uma clara<br />

prepon<strong>de</strong>rância do mercado interno, que é responsável<br />

por 77% das dormidas. As dormidas dos resi<strong>de</strong>ntes as‑<br />

sinalaram contudo um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 10,2%, enquanto<br />

o mercado externo apresentou um significativo aumen‑<br />

to <strong>de</strong> 21,7%. De <strong>de</strong>stacar que, as dormidas neste pólo<br />

turístico representam, 26% e 21%, respectivamente,<br />

do mercado interno e externo da ART Alentejo.<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO • 68<br />

evolução da quota dos mercados externos<br />

vs mercado nacional nas dormidas*<br />

[2006-<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Mercado Externo<br />

Mercado Nacional<br />

73,6<br />

26,4<br />

76,2<br />

23,8<br />

73,3<br />

26,7<br />

2006 2007 <strong>2008</strong><br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

arT alentejo ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas*(milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 719,9 ‑5,3 ‑39,9 6,3 <br />

Mercado Externo 262,0 10,3 24,4 7,0 <br />

Mercado global 981,9 ‑1,6 ‑15,6 6,5 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

PdT litoral alentejano ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 185,2 ‑10,2 ‑21,1 ‑4,5 <br />

Mercado Externo 54,1 21,7 9,6 7,8 <br />

Mercado global 239,3 ‑4,6 ‑11,5 ‑2,1 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


69 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO<br />

No que respeita ao PDT Alqueva, 89% das dormidas<br />

são <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e assinalaram significa‑<br />

tivos aumentos, não só na comparação com 2007,<br />

como no crescimento médio anual <strong>de</strong> 22,6% (+12 mil<br />

dormidas), entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />

Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros para a região,<br />

responsáveis por acréscimos médios anuais na ord<strong>em</strong><br />

dos 5%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, ultrapassaram os 80% da<br />

procura externa registada no <strong>de</strong>stino (o Top5 concen‑<br />

trou 59% da procura internacional). Contudo, <strong>em</strong>bora<br />

o Top10 tenha vindo a registar uma evolução favorável<br />

ao longo dos últimos anos <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota, t<strong>em</strong> ‑se<br />

assistido a um <strong>de</strong>créscimo ( ‑3,5 p.p face a 2006), as‑<br />

sim como para o Top5 ( ‑2,7 p.p.), o que revela uma<br />

tendência para a diversificação da procura noutros<br />

mercados <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>.<br />

Espanha, com 65 mil dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, é o primeiro<br />

mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> dos fluxos internacionais para a<br />

ART Alentejo, com uma quota <strong>de</strong> 25% da procura ex‑<br />

terna registou um aumento médio anual, entre 2006 e<br />

<strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 9%, que se traduziu <strong>em</strong> mais 10 mil dormi‑<br />

das <strong>em</strong> termos absolutos.<br />

O segundo mercado mais forte para este <strong>de</strong>stino foi a<br />

Al<strong>em</strong>anha (12% da procura externa) e registou, <strong>em</strong><br />

<strong>2008</strong>, um significativo acréscimo <strong>de</strong> 19% (+5 mil dor‑<br />

midas), apresentando também variações médias anu‑<br />

ais positivas <strong>de</strong> 5% entre 2006 e <strong>2008</strong>.<br />

A França, <strong>em</strong>bora seja o terceiro mercado <strong>em</strong> termos<br />

<strong>de</strong> procura para esta região com 25 mil dormidas (10%<br />

<strong>de</strong> quota), registou um acréscimo médio anual, entre<br />

2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 15%, ou seja, mais 6 mil dormidas.<br />

PdT alqueva ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 34,7 12,5 3,9 22,6 <br />

Mercado Externo 4,2 25,2 0,8 31,2 <br />

Mercado global 38,9 13,8 4,7 23,5 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução dos mercado externo, TOP 10<br />

Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />

(milhares)<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

Reino Unido<br />

Itália França<br />

Holanda<br />

10,0<br />

EUA<br />

Brasil<br />

Canadá<br />

Bélgica<br />

0,0<br />

-30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0<br />

20,0<br />

30,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Espanha<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

% 08/07


Comportamento Sazonal da Procura<br />

A procura, avaliada pelas dormidas, para a ART Alen‑<br />

tejo não apresenta uma sazonalida<strong>de</strong> muito marcada,<br />

com uns picos <strong>de</strong> procura mais elevados no Verão, <strong>em</strong><br />

particular no mês <strong>de</strong> Agosto. A procura externa<br />

<strong>de</strong>senvolve ‑se maioritariamente entre Abril e Outubro<br />

(com quotas entre 8% e 13%) e a procura nacional,<br />

para além dos meses <strong>de</strong> Julho (10%), Agosto (16%) e<br />

Set<strong>em</strong>bro (10%) apresenta uma quota ligeiramente<br />

mais elevada nos meses <strong>de</strong> Março (Páscoa) e Maio.<br />

Dos mercados estrangeiros mais importantes para o<br />

<strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stacaram ‑se a França e a Espanha, com pi‑<br />

cos <strong>de</strong> procura muito significativos <strong>em</strong> Agosto, <strong>de</strong> 20%<br />

e 16%, respectivamente, ultrapassando assim os 13%<br />

do conjunto dos mercados externos.<br />

evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

36,1<br />

9,2<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

44,2<br />

12,9<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />

ticos da ART Alentejo foi <strong>de</strong> 30,5% (mais 1,0 p.p. face<br />

a 2006), valor inferior à média nacional (42,9%).<br />

A taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevada na ART do<br />

Alentejo verificou ‑se durante o mês <strong>de</strong> Agosto (51,5%)<br />

que mesmo assim registou um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 4,8 p.p.<br />

face a 2007. Os meses <strong>de</strong> Maio (33,5%) e Março<br />

59,8<br />

20,2<br />

54,5<br />

21,0<br />

62,4<br />

26,7<br />

57,0<br />

22,7<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO • 70<br />

Os resi<strong>de</strong>ntes na Al<strong>em</strong>anha prefer<strong>em</strong> o mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>‑<br />

bro, seguido <strong>de</strong> Maio e Junho, registando quotas <strong>de</strong><br />

procura <strong>de</strong> 15%, 14% e 9%, respectivamente, supe‑<br />

riores à média dos mercados estrangeiros.<br />

O Reino unido t<strong>em</strong> uma distribuição mais equitativa<br />

entre Março e Outubro, com quotas <strong>de</strong> procura entre<br />

7% e 15%. Os meses <strong>de</strong> menor procura apresentam<br />

quotas entre 3% e 5% (Nov<strong>em</strong>bro a Fevereiro).<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

70,8<br />

28,5<br />

111,3<br />

33,2<br />

75,0<br />

34,8<br />

(31,1%) registaram valores superiores aos que foram<br />

alcançados nos meses <strong>de</strong> Verão, este último motivado,<br />

como se referiu, pela ocorrência da Páscoa. O mês <strong>de</strong><br />

Janeiro, com 17,6% <strong>de</strong> ocupação ‑cama, assinalou o<br />

valor mais baixo do ano <strong>de</strong> <strong>2008</strong> e o mês <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro<br />

com 40,5% <strong>de</strong> ocupação, alcançou a variação positiva<br />

mais acentuada (+13 p.p.).<br />

56,2<br />

29,3<br />

48,8<br />

13,3<br />

43,9<br />

10,2


%<br />

71 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALENTEJO<br />

60<br />

evolução 40 mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

20<br />

60<br />

0<br />

40<br />

JAN FEV MAR** 31,1 ABR<br />

29,3<br />

MAI 33,5 JUN 31,0<br />

36,2<br />

JUL AGO<br />

40,5<br />

SET OUT<br />

30,8<br />

NOV DEZ<br />

24,7<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

24,0<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu 17,6a<br />

Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

20<br />

19,5<br />

0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />

40<br />

10<br />

40<br />

0<br />

30<br />

0<br />

Em <strong>2008</strong>, os Hotéis da Hotéis NuTS ii Alentejo, Hotéis-Apartam. registaram<br />

0<br />

Em Pousadas termos <strong>de</strong> RevPar, os Total Hotéis constituíram a tipolo‑<br />

uma Taxa taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

média <strong>de</strong> ocupação ‑quarto Revpar <strong>de</strong> 44,6%, me‑ gia que apresentou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, o valor mais baixo<br />

nos 0,3 p.p. que <strong>em</strong> 2007, tendo ficado ligeiramente (23,34 €), <strong>em</strong>bora ligeiramente acima (+0,50 €) ao<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />

NOTA: acima Os dados da apresentados taxa média neste gráfico <strong>de</strong>ste diz<strong>em</strong> <strong>de</strong>stino respeito à NUTS (44,4%) II Alentejo, mas por não abai‑ ser possível o alcançado cálculo circunscrito <strong>em</strong> à ART 2007. Alentejo<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

xo da taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto dos Hotéis a nível na‑<br />

cional (56,3%). As pousadas foram, no entanto, a ti‑ As Pousadas, com uma representativida<strong>de</strong> nesta re‑<br />

pologia que apresentou a taxa média <strong>de</strong> ocupação ‑quarto gião <strong>de</strong> 9,1%, aferida pela capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, fo‑<br />

mais elevada com 49,6% e a única que apresentou um ram a tipologia que apresentou não só a taxa <strong>de</strong><br />

aumento, <strong>em</strong> relação ao ano <strong>de</strong> 2007, <strong>de</strong> 0,9 p.p., fi‑ ocupação ‑quarto mais elevada, como também o valor<br />

cando não só acima da taxa média do <strong>de</strong>stino (44,4%), <strong>de</strong> RevPar mais alto (43,21 €) <strong>em</strong>bora este último rá‑<br />

como também da tipologia Pousadas, a nível nacional cio tenha assinalado, relativamente a 2007, um <strong>de</strong>‑<br />

(49,4%).<br />

créscimo <strong>de</strong> 9,40 €, motivado pela acentuada quebra<br />

<strong>de</strong> 22,5% nos proveitos provenientes do aposento.<br />

2 Os valores <strong>de</strong> Taxas <strong>de</strong> Ocupação Cama e RevPar diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART<br />

Alentejo.<br />

17,6<br />

24,7<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

30<br />

32,5<br />

30<br />

% €<br />

20<br />

50 23,34<br />

25,69<br />

26,18<br />

20<br />

50<br />

49,6<br />

44,6<br />

31,1<br />

29,3<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

Revpar<br />

20<br />

25,69<br />

23,34<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />

NOTA: Os dados apresentados neste gráfico diz<strong>em</strong> respeito à NUTS II Alentejo, por não ser possível o cálculo circunscrito à ART Alentejo<br />

FONTE: 10 TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

33,5<br />

31,0<br />

% €<br />

50 50<br />

49,6<br />

44,6<br />

43,21<br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

32,5<br />

Pousadas Total<br />

36,2<br />

43,21<br />

51,5<br />

51,5<br />

40,5<br />

44,4<br />

44,4<br />

26,18<br />

30,8<br />

24,0<br />

19,5<br />

40<br />

10<br />

40<br />

0<br />

30<br />

20<br />

10


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />

dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />

regiOnais<br />

ÁREA REgiONAL<br />

DE TuRiSMO<br />

DO ALgARVE


A Área Regional <strong>de</strong> <strong>Turismo</strong> do Algarve (ART Algarve),<br />

com mais <strong>de</strong> 98 mil camas <strong>em</strong> 255 estabelecimentos<br />

hoteleiros e 162 al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísti‑<br />

cos, concentrou 36% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento<br />

existente a nível nacional.<br />

Cerca <strong>de</strong> 82% da capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas das 417 uni‑<br />

da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> é oferecida<br />

<strong>em</strong> Hotéis, Hotéis ‑Apartamentos e Apartamentos Tu‑<br />

rísticos, fundamentalmente concentrada no Concelho<br />

<strong>de</strong> Albufeira (41% do total <strong>de</strong> Hotéis, Hotéis‑<br />

‑Apartamentos e Apartamentos Turísticos da ART Al‑<br />

garve). O conjunto <strong>de</strong>stas tipologias registou um au‑<br />

mento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, relativamente a 2007, na ord<strong>em</strong><br />

dos 2,4% (+1.872 camas).<br />

Embora com uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apenas 33%,<br />

avaliada pela capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, os 137 Aparta‑<br />

mentos Turísticos existentes na região totalizaram<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE • 74<br />

área regiOnal <strong>de</strong> TurismO dO algarve<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

Tipologias <strong>2008</strong><br />

90% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta nacional nesta tipologia<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s. Os Hotéis ‑Apartamentos, <strong>em</strong>bora com<br />

uma quota menor (21,0%), perfizeram 60% da capa‑<br />

cida<strong>de</strong> total do País, nesta tipologia.<br />

Em <strong>2008</strong>, a ART Algarve atingiu 582 milhões <strong>de</strong> euros<br />

<strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros,<br />

al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, que represen‑<br />

taram uma ténue tendência <strong>de</strong> aumento (+0,1%),<br />

face a 2007.<br />

Os proveitos foram gerados, <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte, pelos<br />

2,9 milhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s registados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os quais<br />

<strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 14,3 milhões <strong>de</strong> dormidas, indicado‑<br />

res que diminuíram, face a 2007, na ord<strong>em</strong> dos 0,7%<br />

e 3,0%, respectivamente. A estada média associada a<br />

este <strong>de</strong>stino turístico é <strong>de</strong> 4,9 noites ( ‑0,2 noites que<br />

<strong>em</strong> 2006).<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Hotéis 27.500 960 27,9<br />

Hotéis‑Apartamentos 20.768 29 21,0<br />

Pousadas 240 72 0,2<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 12.245 751 12,4<br />

Apartamentos Turísticos 32.608 883 33,0<br />

Outros 5.363 ‑151 5,4<br />

Total 98.724 2.544 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

arT algarve ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 581,5 0,1 0,4 4,6 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 2.927,8 ‑0,7 ‑20,8 2,6 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 14.265,2 ‑3,0 ‑439,2 0,4 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


75 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE<br />

dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />

23,4%<br />

10,3%<br />

0,3%<br />

3,9%<br />

27,8%<br />

34,2%<br />

No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />

mentos e apartamentos turísticos, os Hotéis captaram<br />

34% das dormidas efectuadas na região (4.880,4 mil<br />

dormidas <strong>em</strong> Hotéis), que traduziram, no entanto, um<br />

<strong>de</strong>créscimo homólogo da procura <strong>de</strong> 6,6%, nesta tipo‑<br />

logia, traduzido <strong>em</strong> menos 342 mil dormidas. Os Apar‑<br />

tamentos Turísticos sendo, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>,<br />

responsáveis por 33% da oferta <strong>de</strong>sta região, concen‑<br />

traram 28% das dormidas totais (3.966,8 mil dormi‑<br />

das), que reflectiram um ligeiro aumento <strong>de</strong> 0,5% face<br />

a 2007 (+21 mil dormidas). Os Hotéis ‑Apartamentos,<br />

com uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 23% na região, rece‑<br />

beram 606 mil hóspe<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a 3.338<br />

mil dormidas. Na comparação com o ano prece<strong>de</strong>nte,<br />

este número <strong>de</strong> dormidas traduziu um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong><br />

1,1%, ou seja, menos 37 mil dormidas.<br />

Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Das dormidas assinaladas nos estabelecimentos hote‑<br />

leiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos da ART<br />

Algarve, 75% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no estran‑<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />

Hóteis-Apartamentos<br />

Outros<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Embora <strong>em</strong> <strong>2008</strong> as evoluções não tenham sido positi‑<br />

vas, para alguns dos indicadores, na comparação com<br />

o ano prece<strong>de</strong>nte, a ART Algarve registou, entre 2006<br />

e <strong>2008</strong>, aumentos médios anuais <strong>de</strong> 4,6% para os pro‑<br />

veitos totais, 2,6% para os hóspe<strong>de</strong>s e 0,4% para as<br />

dormidas, mas que se situaram, no entanto, aquém<br />

das taxas médias <strong>de</strong> crescimento verificadas a nível<br />

nacional e que foram, respectivamente, <strong>de</strong> 6,2%,<br />

4,3% e 2,2%.<br />

geiro, apesar <strong>de</strong> ter<strong>em</strong> registado uma quebra <strong>de</strong> 5,6%,<br />

relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007, enquanto o mercado<br />

interno assinalou mais 189 mil dormidas, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

arT algarve ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 3.537,1 5,6 188,7 3,1 <br />

Mercado Externo 10.728,1 ‑5,5 ‑627,9 ‑0,5 <br />

Mercado global 14.265,2 ‑3,0 ‑439,2 0,4 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


A procura turística para esta área regional é maiorita‑<br />

riamente originada pelo mercado externo, que t<strong>em</strong><br />

mantido, s<strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s oscilações, a sua quota ao lon‑<br />

go do período <strong>em</strong> análise (75,2% <strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs 76,5%<br />

<strong>em</strong> 2006).<br />

evolução da quota do mercado externo<br />

vs mercado nacional nas dormidas*<br />

[2006-<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Mercado Externo<br />

Mercado Nacional<br />

23,5<br />

76,5<br />

22,8<br />

77,2<br />

24,8<br />

75,2<br />

2006 2007 <strong>2008</strong><br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução do mercado externo, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />

Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />

(milhares)<br />

5000,0<br />

4000,0<br />

3000,0<br />

2000,0<br />

1000,0<br />

Reino Unido<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE • 76<br />

Apesar da relativa estabilida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota,<br />

do mercado externo nesta área regional, constatou ‑se<br />

que, no período compreendido entre 2006 e <strong>2008</strong>, a<br />

procura externa <strong>de</strong>cresceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong><br />

0,5% e a procura nacional aumentou, <strong>em</strong> média, 3,1%<br />

ao ano. O crescimento verificado pelo mercado inter‑<br />

no, neste <strong>de</strong>stino, situou ‑se acima do valor obtido para<br />

o total do País (+2,7%), enquanto o valor obtido para<br />

o mercado externo ficou claramente abaixo (<strong>em</strong> Portu‑<br />

gal, o mercado externo cresceu <strong>em</strong> média 1,9%, no<br />

período referenciado).<br />

Avaliando o conjunto dos mercados estrangeiros para<br />

a ART Algarve, verificamos que o Reino Unido, com 4,7<br />

milhões <strong>de</strong> dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi o primeiro mercado<br />

<strong>de</strong> orig<strong>em</strong> dos fluxos internacionais para este <strong>de</strong>stino<br />

turístico.<br />

Os <strong>de</strong>z mercados estrangeiros mais fortes, <strong>em</strong> termos<br />

<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> dormidas para esta região, foram res‑<br />

ponsáveis por ligeiros <strong>de</strong>créscimos médios anuais na<br />

ord<strong>em</strong> dos 0,9%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, <strong>em</strong>bora tenham<br />

representado quase 70% da procura externa neste<br />

<strong>de</strong>stino.<br />

É <strong>de</strong> assinalar que 53% da procura internacional para<br />

este <strong>de</strong>stino <strong>em</strong> <strong>2008</strong> assentou apenas <strong>em</strong> três merca‑<br />

dos, Reino unido, Al<strong>em</strong>anha e Holanda, o que <strong>de</strong>nota<br />

a gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino turístico, por um<br />

número restrito <strong>de</strong> mercados <strong>em</strong>issores.<br />

Espanha<br />

Canadá<br />

França<br />

Polónia<br />

0,0<br />

Bélgica<br />

Noruega<br />

-30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0<br />

30,0 % 08/07<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Irlanda<br />

Holanda


77 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE<br />

O Reino Unido, com uma quota <strong>de</strong> 33% da procura<br />

externa, registou, entre 2006 e <strong>2008</strong>, um <strong>de</strong>créscimo<br />

médio anual <strong>de</strong> 3,0%, traduzindo ‑se, <strong>em</strong> termos abso‑<br />

lutos, <strong>em</strong> menos 298 mil dormidas.<br />

A Al<strong>em</strong>anha (10,0% da procura externa) registou tam‑<br />

bém uma quebra <strong>de</strong> praticamente 5% ( ‑166 mil dor‑<br />

midas). Por outro lado, a Holanda, terceiro mercado<br />

<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> procura externa para a ART Algarve,<br />

com uma quota idêntica à da Al<strong>em</strong>anha (10%), t<strong>em</strong><br />

Comportamento Sazonal da Procura<br />

A procura para a ART Algarve apresentou um pico <strong>de</strong><br />

sazonalida<strong>de</strong> muito marcado nos meses <strong>de</strong> Verão, mais<br />

especificamente <strong>em</strong> Julho e Agosto, com as quotas da<br />

procura externa a atingiram os 14% e a quota da pro‑<br />

cura nacional os 27%. No entanto, <strong>em</strong>bora os picos <strong>de</strong><br />

sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambos os mercados sejam nestes dois<br />

meses referidos, a procura externa <strong>de</strong>senvolve ‑se <strong>de</strong><br />

uma forma mais equilibrada entre Maio e Outubro<br />

(quotas entre 9% e 14%), enquanto a procura nacio‑<br />

nal se concentra nos três meses <strong>de</strong> Verão (54% da<br />

procura).<br />

Os meses <strong>de</strong> menor movimento são os <strong>de</strong> inverno<br />

(Nov<strong>em</strong>bro a Março), para ambos os mercados, sendo<br />

<strong>de</strong> salientar que a procura nacional assinalou, nesse<br />

período quotas mensais inferiores à procura externa<br />

<strong>em</strong> praticamente 1,0 p.p..<br />

Dos mercados estrangeiros mais importantes para o<br />

<strong>de</strong>stino <strong>de</strong>stacou ‑se a Espanha, com um pico <strong>de</strong> pro‑<br />

evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

1.600<br />

1.400<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

77,2<br />

393,7<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

118,7<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

555,4<br />

245,4<br />

746,6<br />

190,3<br />

756,7<br />

243,0<br />

1.138,5<br />

343,8<br />

1.215,2<br />

vindo a registar <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhos mais favoráveis, com<br />

um aumento médio <strong>de</strong> 5,5% ao ano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, que<br />

correspon<strong>de</strong>u a mais 140 mil dormidas.<br />

A França apesar <strong>de</strong> representar uma quota <strong>de</strong> 2,0%<br />

das dormidas, foi o mercado <strong>em</strong>issor que, <strong>de</strong>pois da<br />

Holanda, apresentou os maiores crescimentos entre<br />

2006 e <strong>2008</strong>, com um aumento médio anual <strong>de</strong> 20,1%<br />

que se traduziu, <strong>em</strong> termos absolutos, <strong>em</strong> mais 89 mil<br />

dormidas que <strong>em</strong> 2006.<br />

cura muito significativo <strong>em</strong> Agosto (25,6%), valor su‑<br />

perior <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 11,9 p.p. da quota do conjunto dos<br />

mercados externos (13,7%).<br />

O Reino unido, sendo o principal mercado para esta<br />

área regional, apresentou valores mais significativos<br />

entre os meses <strong>de</strong> Maio e Set<strong>em</strong>bro, com quotas na<br />

ord<strong>em</strong> dos 12% e valores ligeiramente inferiores <strong>em</strong><br />

Outubro (cerca <strong>de</strong> 10%). A Al<strong>em</strong>anha, com excepção<br />

<strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro, que apresenta uma quota <strong>de</strong> 12,4%, re‑<br />

parte as suas dormidas pelos meses <strong>de</strong> Março a Outu‑<br />

bro (quotas entre 8% e 11%).<br />

A Holanda e a Irlanda, respectivamente, o 3º e 4º<br />

mercados externos para este <strong>de</strong>stino, prefer<strong>em</strong> o mês<br />

<strong>de</strong> Julho, com quotas <strong>de</strong> 15,3% e 20,0%, valores que<br />

são superiores à média <strong>de</strong> procura do conjunto dos<br />

mercados externos para este mês (13,7%).<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

560,4<br />

1.468,8<br />

961,9<br />

1.474,3<br />

387,7<br />

1.306,3<br />

163,9<br />

976,3<br />

117,2<br />

413,6<br />

127,6<br />

283,3


Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />

ticos da ART Algarve foi <strong>de</strong> 43,3%, reflectindo uma<br />

diminuição <strong>de</strong> 2,7 p.p. relativamente a 2007, mas<br />

situando ‑se acima da média nacional (41,3%).<br />

As maiores taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama registaram ‑se<br />

nos meses <strong>de</strong> Verão (Julho, Agosto e Set<strong>em</strong>bro), va‑<br />

%<br />

riando entre 57,6% e 78,1%, sendo Dez<strong>em</strong>bro o mês<br />

<strong>de</strong> 80 menor procura, seguido <strong>de</strong> Janeiro e Nov<strong>em</strong>bro.<br />

60<br />

evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* 45,7 [<strong>2008</strong>] 53,1<br />

37,5<br />

40<br />

29,2<br />

33,3<br />

%<br />

19,8<br />

80 20<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE • 78<br />

Na comparação com o ano <strong>de</strong> 2007 todos os meses<br />

apresentaram <strong>de</strong>créscimos nas taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑cama, tendo sido <strong>em</strong> Abril que se registou o maior<br />

<strong>de</strong>créscimo ( ‑8,7 p.p.), motivado pelo facto <strong>de</strong>, <strong>em</strong><br />

2007, a Páscoa ter sido nesse mês. Maio foi o mês que<br />

registou o <strong>de</strong>créscimo homólogo menos acentuado<br />

( ‑0,1 p.p.).<br />

600<br />

66,3<br />

57,6<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI 45,7 JUN 53,1 JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

37,5<br />

38,6<br />

* <strong>em</strong> 40 estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos 33,3<br />

29,2<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

19,8<br />

20<br />

22,7<br />

17,2<br />

0<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />

% €<br />

70<br />

60<br />

57,7<br />

60<br />

60,5<br />

60,0<br />

60,3<br />

50<br />

53,27<br />

50<br />

40<br />

%<br />

45,39<br />

40<br />

€<br />

30<br />

70<br />

20<br />

31,46<br />

32,89<br />

30<br />

70<br />

20<br />

60<br />

10<br />

60,5<br />

60,0<br />

57,7<br />

60,3<br />

60<br />

10<br />

50<br />

0<br />

53,27<br />

50<br />

0<br />

40<br />

Hotéis<br />

45,39<br />

Hotéis-Apartam.<br />

Pousadas Total<br />

40<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

Revpar<br />

30<br />

31,46<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />

FONTE: 20 TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

32,89<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

Pousadas Total<br />

Revpar<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

66,3<br />

78,1<br />

78,1<br />

57,6<br />

38,6<br />

22,7<br />

17,2<br />

70<br />

10<br />

0


79 • ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO DO ALgARVE<br />

Em <strong>2008</strong>, os Hotéis e os Hotéis ‑Apartamentos foram<br />

as tipologias da ART Algarve que registaram os maio‑<br />

res níveis <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto, com 60,5% e<br />

60,0%, respectivamente. Apesar do <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 3,9<br />

p.p. que os Hotéis registaram face a 2007, posicionaram‑<br />

‑se, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, acima da taxa média global encontrada<br />

para este <strong>de</strong>stino (57,1%) e da taxa <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑quarto dos Hotéis a nível nacional (56,3%). Os Hotéis‑<br />

‑Apartamentos assinalaram também uma quebra <strong>de</strong><br />

2,0 p.p. na taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto face a 2007.<br />

O número <strong>de</strong> quartos disponíveis <strong>em</strong> Hotéis ao longo<br />

<strong>de</strong> 2007, apresentou, no conjunto do ano, valores le‑<br />

v<strong>em</strong>ente inferiores à capacida<strong>de</strong> disponível <strong>em</strong> núme‑<br />

ro <strong>de</strong> quartos <strong>de</strong> 2006 ( ‑0,9%), não tendo contudo<br />

efeitos sobre as taxas <strong>de</strong> ocupação ‑quarto. Por outro<br />

lado, os Hotéis ‑Apartamentos apresentaram um acrés‑<br />

cimo <strong>de</strong> 1,4% da capacida<strong>de</strong> disponível <strong>em</strong> quartos, o<br />

que po<strong>de</strong> ter influenciado negativamente a taxa <strong>de</strong><br />

ocupação ‑quarto.<br />

Em termos <strong>de</strong> RevPar, foram as Pousadas que apresen‑<br />

taram os valores mais elevados (53,27 €), tendo regis‑<br />

tado, face a 2007, um aumento <strong>de</strong> 6,42 € Euros. O<br />

RevPar para esta tipologia ultrapassou os valores mé‑<br />

dios globais para esta área regional (32,89 €) e os<br />

valores médios nacionais para esta tipologia (43,27 €).<br />

Note ‑se que este aumento reflecte o acréscimo verifi‑<br />

cado nos proveitos <strong>de</strong> aposento <strong>de</strong>sta tipologia, que<br />

registou +50%, relativamente a 2007.


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />

dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />

regiOnais<br />

ÁREA REgiONAL<br />

DE TuRiSMO<br />

DOS AçORES


egiãO auTónOma dOs açOres<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

A região dos Açores, com 8.662 camas <strong>em</strong> 83 estabe‑<br />

lecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos, con‑<br />

centrou apenas 3% da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamento exis‑<br />

tente a nível nacional.<br />

Cerca <strong>de</strong> 75% da capacida<strong>de</strong> das 83 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alo‑<br />

jamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> foi oferecida <strong>em</strong> hotéis<br />

(dimensão média unitária <strong>de</strong> 176 camas), tipologia<br />

que registou um acréscimo <strong>de</strong> 4,2%, face a 2007.<br />

Em <strong>2008</strong>, os Açores alcançaram 55 milhões <strong>de</strong> euros<br />

<strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros e<br />

apartamentos turísticos, o que representou um ligeiro<br />

<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 0,6% face a 2007.<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

Tipologias <strong>2008</strong><br />

REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES • 82<br />

Os proveitos foram sobretudo gerados pelos 354 mil<br />

hóspe<strong>de</strong>s registados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os quais <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong><br />

a 1.128 mil dormidas, indicadores que registaram evo‑<br />

luções opostas face a 2007: o crescimento <strong>de</strong> 0,8%<br />

dos hóspe<strong>de</strong>s foi acompanhado <strong>de</strong> uma diminuição <strong>de</strong><br />

4,8% nas dormidas. A estada média associada a esta<br />

região t<strong>em</strong> vindo assim a <strong>de</strong>crescer ligeiramente,<br />

situando ‑se actualmente <strong>em</strong> 3,2 noites ( ‑0,3 noites<br />

que <strong>em</strong> 2006).<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Hotéis 6.523 265 75,3<br />

Hotéis‑Apartamentos 561 ‑145 6,5<br />

Pousadas 107 6 1,2<br />

Apartamentos Turísticos 451 141 5,2<br />

Outros 1.020 ‑2 11,8<br />

Total 8.662 265 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

região autónoma dos açores ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 54,6 ‑0,6 ‑0,3 0,4 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 353,5 0,8 2,6 2,4 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 1.127,5 ‑4,8 ‑56,9 ‑2,3 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


83 • REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES<br />

dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />

1,2%<br />

3,2%<br />

6,3%<br />

8,3%<br />

81,0%<br />

No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros e aparta‑<br />

mentos turísticos, os hotéis captaram 81% das dormi‑<br />

das efectuadas na região (914 mil dormidas <strong>em</strong> ho‑<br />

téis), tipologia que verificou um <strong>de</strong>créscimo homólogo<br />

da procura <strong>de</strong> 5,4%, traduzido <strong>em</strong> menos 52 mil dor‑<br />

midas face a 2007.<br />

Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Do total <strong>de</strong> dormidas registadas nos Açores, 53% fo‑<br />

ram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no estrangeiro, que regis‑<br />

taram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 7,6% face a 2007, e 47% por<br />

resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong>, que também apresentaram<br />

uma diminuição homóloga <strong>de</strong> 4,5%.<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />

Outros<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

No período compreendido entre 2006 e <strong>2008</strong> constatou‑<br />

‑se que esta região apresentou, relativamente aos<br />

hóspe<strong>de</strong>s que permaneceram nos estabelecimentos<br />

hoteleiros e apartamentos turísticos e aos proveitos<br />

totais alcançados, crescimentos médios anuais <strong>de</strong><br />

2,4% (+16 mil hóspe<strong>de</strong>s) e 0,4% (+479 mil euros),<br />

respectivamente. Pelo contrário as dormidas, neste<br />

mesmo período, apresentaram uma diminuição média<br />

ao ano <strong>de</strong> 2,3% ( ‑53 mil dormidas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006), daí a<br />

quebra referida na estada média alcançada para esta<br />

região.<br />

Ainda que a procura turística para este <strong>de</strong>stino perten‑<br />

ça maioritariamente ao mercado externo, é notória a<br />

evolução do mercado nacional, caminhando ‑se para<br />

um equilíbrio <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> procura. Efectivamente,<br />

nos últimos anos, t<strong>em</strong> vindo a observar ‑se o aumento<br />

relativo da quota gerada pelo mercado nacional (47%<br />

<strong>em</strong> <strong>2008</strong> vs. 43,6% <strong>em</strong> 2006) e a consequente perda<br />

<strong>de</strong> quota do mercado externo.<br />

região autónoma dos açores ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 529,9 ‑1,4 ‑7,8 1,5 <br />

Mercado Externo 597,6 ‑7,6 ‑49,1 ‑5,2 <br />

Mercado global 1.127,5 ‑4,8 ‑56,9 ‑2,3 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


evolução da quota do mercado externo<br />

vs. mercado nacional nas dormidas*<br />

[2006-<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Mercado Externo<br />

Mercado Nacional<br />

43,6<br />

56,4<br />

45,4<br />

54,6<br />

47,0<br />

53,0<br />

2006 2007 <strong>2008</strong><br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução do mercado externo, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />

Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />

(milhares)<br />

140,0<br />

120,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

Noruega<br />

EUA<br />

Dinamarca<br />

REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES • 84<br />

Note ‑se que, entre 2006 e <strong>2008</strong>, a procura nacional<br />

cresceu a um ritmo médio anual <strong>de</strong> 1,5% para os Aço‑<br />

res, contra um <strong>de</strong>créscimo médio anual <strong>de</strong> 5,2% do<br />

mercado externo. Os valores observados para a procu‑<br />

ra nacional ficaram, no entanto, abaixo das taxas <strong>de</strong><br />

crescimento médias observadas para o país (+2,7%)<br />

no período <strong>em</strong> referência.<br />

Avaliando o conjunto dos mercados estrangeiros para<br />

os Açores, verificamos que a Dinamarca, com 121 mil<br />

dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, foi o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong><br />

dos fluxos internacionais para o <strong>de</strong>stino.<br />

Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros para a região<br />

ultrapassaram 88% da procura externa e foram res‑<br />

ponsáveis por <strong>de</strong>créscimos médios anuais <strong>de</strong> ‑6,8%,<br />

entre 2006 e <strong>2008</strong> (o Top5 concentrou 64% da procura<br />

internacional).<br />

Dos <strong>de</strong>z mercados principais para este <strong>de</strong>stino, apenas<br />

a Holanda e a França apresentaram taxas <strong>de</strong> cresci‑<br />

mento positivas, entre 2006 e <strong>2008</strong>, <strong>de</strong> 14,6% e 7,7%,<br />

o que se traduziu num aumento <strong>de</strong> 10 e <strong>de</strong> 3 mil dor‑<br />

midas absolutas, respectivamente. Estes mercados<br />

apresentaram também acréscimos significativos, face<br />

a 2007, <strong>de</strong> 31,4% para a Holanda e 15,9% para a<br />

França.<br />

0,0<br />

-60,0 -50,0 -40,0 -30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 % 08/07<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Suécia<br />

Espanha<br />

Finlândia<br />

Reino Unido<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

França<br />

Holanda


85 • REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES<br />

Comportamento Sazonal da Procura<br />

Numa perspectiva sazonal, foi também nos meses <strong>de</strong><br />

Verão que se concentrou a maior parte da procura ex‑<br />

terna para este <strong>de</strong>stino. De facto a procura nos Açores<br />

apresentou um pico <strong>de</strong> sazonalida<strong>de</strong> mais elevado <strong>em</strong><br />

Agosto, tanto para o mercado externo (17%) como<br />

para o mercado interno (16%). No caso da procura<br />

externa, o mês <strong>de</strong> Julho atingiu o segundo valor mais<br />

elevado (16%).<br />

Apesar <strong>de</strong> os picos <strong>de</strong> procura ser<strong>em</strong> mais evi<strong>de</strong>ntes<br />

no Verão, os mercados externos distribu<strong>em</strong> ainda as<br />

suas dormidas entre Maio e Outubro, com quotas mais<br />

baixas nos meses <strong>de</strong> Janeiro, Fevereiro e Dez<strong>em</strong>bro.<br />

Os cinco mercados estrangeiros mais importantes para<br />

este <strong>de</strong>stino escolheram preferencialmente o mês <strong>de</strong><br />

Julho para a sua permanência.<br />

evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

110<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

21,3<br />

12,6<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

24,1<br />

16,1<br />

40,0<br />

32,7<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

47,9<br />

45,2<br />

54,1<br />

63,1<br />

54,4<br />

69,0<br />

De facto, apesar <strong>de</strong> Agosto apresentar uma ligeira su‑<br />

periorida<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação a Julho, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> concen‑<br />

tração no volume <strong>de</strong> dormidas, quando analisamos o<br />

comportamento inerente aos cinco principais merca‑<br />

dos estrangeiros, constatou ‑se que os valores mais<br />

elevados recaíram <strong>em</strong> Julho. A Holanda (quinto merca‑<br />

do mais importante) apresentou, para este mês, 23%<br />

<strong>de</strong> procura, ou seja, 6,2 p.p. acima da média obtida<br />

para a globalida<strong>de</strong> dos mercados estrangeiros no mes‑<br />

mo mês.<br />

Os mercados escandinavos da Dinamarca, Suécia e<br />

Finlândia (posicionados <strong>em</strong> primeiro, segundo e quarto<br />

lugares, respectivamente), apesar <strong>de</strong> ter<strong>em</strong> optado<br />

preferencialmente por Julho com 11,4%, 13,8% e<br />

12,5% da procura, respectivamente, distribuíram a<br />

sua permanência <strong>de</strong> uma forma equilibrada entre os<br />

meses <strong>de</strong> Maio e Outubro, com quotas que rondaram<br />

os 11%.<br />

Os resi<strong>de</strong>ntes na Al<strong>em</strong>anha (terceiro mercado mais<br />

forte, para este <strong>de</strong>stino, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>), para além <strong>de</strong> Julho<br />

(16,7%), preferiram também o mês <strong>de</strong> Agosto (16,2%<br />

da procura).<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

64,2<br />

94,3<br />

83,9<br />

100,2<br />

52,9<br />

71,4<br />

40,4<br />

47,7<br />

29,0<br />

30,1<br />

17,9<br />

15,2


Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros e apartamentos turísticos da região<br />

autónoma dos Açores foi <strong>de</strong> 37% ( ‑2,8 p.p. que <strong>em</strong><br />

2007), valor inferior à média nacional (41,3%).<br />

As taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama mais elevadas na região<br />

dos Açores verificaram ‑se durante os meses <strong>de</strong> Verão,<br />

com <strong>de</strong>staque para os meses <strong>de</strong> Julho e Agosto que,<br />

com taxas <strong>de</strong> 59% e 67,9%, respectivamente, regis‑<br />

taram <strong>de</strong>créscimos <strong>de</strong> 2 e 4,6 p.p. face a 2007. Os<br />

meses com as taxas <strong>de</strong> ocupação mais baixas foram<br />

Dez<strong>em</strong>bro % e Janeiro, que apresentaram valores infe‑<br />

riores 70 a 15%.<br />

60<br />

REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES • 86<br />

Com excepção <strong>de</strong> Maio (+0,3 p.p.), todos os meses<br />

apresentaram diminuições nas taxas <strong>de</strong> ocupação‑<br />

‑cama, relativamente ao ano <strong>de</strong> 2007.<br />

Os hotéis foram a tipologia que registou a taxa <strong>de</strong><br />

ocupação ‑quarto mais elevada (50%), com mais 1,7<br />

p.p. que <strong>em</strong> 2007, tendo ficado ligeiramente acima da<br />

taxa média das tipologias neste <strong>de</strong>stino (49,2%), mas<br />

abaixo da taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto dos hotéis a nível<br />

nacional (56,3%).<br />

48,4 59,0<br />

47,5<br />

50<br />

44,6<br />

evolução mensal das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* 37,0<br />

[<strong>2008</strong>]<br />

40<br />

29,0<br />

32,8<br />

30<br />

%<br />

20<br />

70<br />

14,9<br />

18,5<br />

67,9<br />

22,8<br />

13,1<br />

10<br />

60<br />

0<br />

50<br />

JAN FEV MAR**<br />

40<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos 29,0 turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: 30 INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

18,5<br />

14,9<br />

20<br />

ABR<br />

37,0<br />

44,6<br />

MAI<br />

48,4<br />

JUN JUL<br />

59,0<br />

AGO<br />

47,5<br />

SET OUT<br />

32,8<br />

NOV<br />

22,8<br />

DEZ<br />

13,1<br />

10<br />

0<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />

% €<br />

50 50<br />

50,0<br />

49,2<br />

40<br />

30<br />

%<br />

20<br />

16,94<br />

€<br />

20<br />

50 50<br />

10<br />

40<br />

50,0<br />

45,1<br />

49,2<br />

10<br />

40<br />

0<br />

30<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

10<br />

0<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

Hotéis 27,81<br />

Hotéis-Apartam.<br />

Revpar<br />

16,94<br />

20<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

Revpar<br />

27,81<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

45,1<br />

67,9<br />

27,28<br />

Total 27,28<br />

Total<br />

40<br />

30<br />

0<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0


87 • REgiãO AuTóNOMA DOS AçORES<br />

Em termos <strong>de</strong> RevPar, os hotéis registaram um <strong>de</strong>crés‑<br />

cimo <strong>de</strong> 1,10€ face a 2007. Este <strong>de</strong>créscimo foi resul‑<br />

tante da <strong>de</strong>scida observada nos proveitos <strong>de</strong> aposento<br />

( ‑0,4%).<br />

Os hotéis ‑apartamentos, <strong>em</strong>bora com uma represen‑<br />

tativida<strong>de</strong> nesta região <strong>de</strong> apenas 6,5%, aferida pela<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>em</strong> camas, registaram uma taxa <strong>de</strong><br />

ocupação ‑quarto ligeiramente abaixo à dos hotéis<br />

(45,1%), com um significativo <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,2 p.p.<br />

face a 2007.<br />

No que diz respeito ao RevPar para os hotéis‑<br />

‑apartamentos (16,94€), constatou ‑se que assinala‑<br />

ram um significativo <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 8,66€ relativa‑<br />

mente a 2007, motivado pela acentuada diminuição <strong>de</strong><br />

49,7% que ocorreu nos proveitos <strong>de</strong> aposento para<br />

esta tipologia.


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


<strong>de</strong>s<strong>em</strong>PenhO<br />

dOs <strong>de</strong>sTinOs<br />

regiOnais<br />

ÁREA REgiONAL<br />

DE TuRiSMO<br />

DA MADEiRA


egiãO auTónOma da ma<strong>de</strong>ira<br />

Principais indicadores <strong>de</strong> Performance<br />

A região da Ma<strong>de</strong>ira, com mais <strong>de</strong> 28 mil camas <strong>em</strong><br />

estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e aparta‑<br />

mentos turísticos, concentra cerca <strong>de</strong> 10% da oferta<br />

<strong>de</strong> alojamento existente a nível nacional.<br />

Cerca <strong>de</strong> 53% da capacida<strong>de</strong> das 193 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alo‑<br />

jamento registadas <strong>em</strong> <strong>2008</strong> é oferecida <strong>em</strong> hotéis,<br />

que apresentaram um aumento <strong>de</strong> 5,4% na oferta <strong>de</strong><br />

camas face a 2007.<br />

Os hotéis ‑apartamentos, com uma representativida<strong>de</strong><br />

da ord<strong>em</strong> dos 28% nesta região, totalizaram 23% da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta nacional <strong>de</strong>sta tipologia.<br />

capacida<strong>de</strong>* (<strong>em</strong> camas)<br />

Tipologias <strong>2008</strong><br />

REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA • 90<br />

Em <strong>2008</strong>, a região da Ma<strong>de</strong>ira alcançou os 298 milhões<br />

<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> proveitos totais nos estabelecimentos ho‑<br />

teleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos, o que<br />

representou um aumento <strong>de</strong> 5,7% face a 2007.<br />

Estes proveitos foram <strong>em</strong> parte gerados pelos 1,2 mi‑<br />

lhões <strong>de</strong> hóspe<strong>de</strong>s registados <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, os quais <strong>de</strong>‑<br />

ram orig<strong>em</strong> a cerca <strong>de</strong> 6 milhões <strong>de</strong> dormidas, indica‑<br />

dores que se traduziram <strong>em</strong> aumentos face a 2007 na<br />

ord<strong>em</strong> dos 4,2% e 3,6%, respectivamente. A estada<br />

média associada a esta região foi <strong>de</strong> 5,3 noites.<br />

∆ Abs.<br />

08/07<br />

quota<br />

%<br />

Hotéis 14.966 767 52,5<br />

Hotéis‑Apartamentos 7.996 ‑97 28,1<br />

Pousadas 42 0 0,1<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos 426 426 1,5<br />

Apartamentos Turísticos 738 23 2,6<br />

Outros 4.332 84 15,2<br />

Total 28.500 1.203 100,0<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

região autónoma da ma<strong>de</strong>ira ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

<strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Proveitos Totais* (Milhões <strong>de</strong> €) 297,8 5,7 16,0 6,5 <br />

Hóspe<strong>de</strong>s globais* (Milhares) 1.176,4 4,2 47,9 5,1 <br />

Dormidas globais* (Milhares) 6.208,1 3,6 218,1 4,1 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


91 • REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA<br />

No conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>a‑<br />

mentos e apartamentos turísticos, os hotéis conquista‑<br />

ram mais <strong>de</strong> 50% das dormidas efectuadas na região<br />

(3 milhões e 221 mil), tipologia que verificou um acrés‑<br />

cimo homólogo da procura da ord<strong>em</strong> dos 2%, traduzi‑<br />

do <strong>em</strong> +59 mil dormidas face a 2007. Os hotéis‑apar‑<br />

tamentos captaram 33% das dormidas totais, tendo<br />

registado um aumento <strong>de</strong> 2,4% face a 2007 (+47 mil<br />

dormidas).<br />

dormidas por tipologias – quota [<strong>2008</strong>]<br />

32,9%<br />

11,4%<br />

1,5%<br />

2,2%<br />

0,1%<br />

51,9%<br />

Comportamento dos Mercados Emissores<br />

Do total <strong>de</strong> dormidas efectuadas na região da Ma<strong>de</strong>ira,<br />

cerca <strong>de</strong> 88% foram geradas por resi<strong>de</strong>ntes no estran‑<br />

geiro, que registaram um acréscimo <strong>de</strong> 5%. Ao contrá‑<br />

rio, os resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> apresentaram um <strong>de</strong>‑<br />

créscimo homólogo <strong>de</strong> 5,3% face a 2007.<br />

A região da Ma<strong>de</strong>ira registou, entre 2006 e <strong>2008</strong>, au‑<br />

mentos médios anuais <strong>de</strong> 5,1% para os hóspe<strong>de</strong>s,<br />

4,1% para as dormidas e 6,5% nos proveitos totais,<br />

valores acima das taxas <strong>de</strong> crescimento médias verifi‑<br />

cadas a nível nacional (4,3% nos hóspe<strong>de</strong>s, 2,2% nas<br />

dormidas e 6,2% nos proveitos).<br />

Hotéis<br />

Apartamentos Turísticos<br />

Pousadas<br />

Al<strong>de</strong>amentos Turísticos<br />

Hóteis-Apartamentos<br />

Outros<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

região autónoma da ma<strong>de</strong>ira ∆ 08/07 ∆ CAGR<br />

dormidas* (milhares) <strong>2008</strong> % abs. 08/06<br />

Mercado Nacional 763,2 ‑5,3 ‑42,6 ‑3,5 <br />

Mercado Externo 5.444,9 5,0 260,7 5,3 <br />

Mercado global 6.208,1 3,6 218,1 4,1 <br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: iNE – instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística


A procura turística para esta região é maioritariamente<br />

originada pelo mercado externo e t<strong>em</strong> vindo a aumen‑<br />

tar a sua quota relativa, tendo passado <strong>de</strong> 85,7% <strong>em</strong><br />

2006 para 87,7% <strong>em</strong> <strong>2008</strong>.<br />

evolução da quota do mercado externo<br />

vs. mercado nacional nas dormidas*<br />

[2006-<strong>2008</strong>]<br />

%<br />

100<br />

95<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

Mercado Externo<br />

Mercado Nacional<br />

14,3<br />

85,7<br />

13,5<br />

86,5<br />

12,3<br />

87,7<br />

2006 2007 <strong>2008</strong><br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Com efeito, entre 2006 e <strong>2008</strong> a procura nacional para<br />

a região da Ma<strong>de</strong>ira diminuiu 3,5%, enquanto que a<br />

procura externa registou um crescimento médio anual<br />

<strong>de</strong> 5,3%.<br />

volume <strong>de</strong> dormidas* e evolução do mercado externo, TOP 10 [<strong>2008</strong>]<br />

Volume <strong>de</strong> Dormidas<br />

(milhares)<br />

1800,0<br />

1600,0<br />

1400,0<br />

1200,0<br />

1000,0<br />

800,0<br />

Al<strong>em</strong>anha<br />

REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA • 92<br />

O Reino unido, com 1,8 milhões <strong>de</strong> dormidas <strong>em</strong> <strong>2008</strong>,<br />

foi o primeiro mercado <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> dos fluxos interna‑<br />

cionais para este <strong>de</strong>stino, logo seguido da Al<strong>em</strong>anha<br />

com 1,3 milhões. Apenas estes dois mercados <strong>em</strong> con‑<br />

junto perfizeram 57% da procura internacional <strong>de</strong>sta<br />

região.<br />

Os <strong>de</strong>z principais mercados estrangeiros para a região,<br />

responsáveis por acréscimos médios anuais na ord<strong>em</strong><br />

dos 4%, entre 2006 e <strong>2008</strong>, ultrapassaram os 86% da<br />

procura externa registada no <strong>de</strong>stino, sendo <strong>de</strong> salien‑<br />

tar que só o Top5 concentra 72% da respectiva procu‑<br />

ra internacional.<br />

Embora a procura externa para esta região esteja mui‑<br />

to concentrada num pequeno número <strong>de</strong> mercados,<br />

<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quota relativa o Top10 t<strong>em</strong> apresentado<br />

<strong>de</strong>créscimos ( ‑2 p.p face a 2006), o que po<strong>de</strong> indiciar<br />

alguma tendência para a diversificação <strong>de</strong> mercados.<br />

O Reino Unido (32,4% da procura externa) apresen‑<br />

tou, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, um significativo aumento <strong>de</strong> 22%, con‑<br />

firmando o crescimento médio anual <strong>de</strong> 11%, entre<br />

2006 e <strong>2008</strong>.<br />

A Al<strong>em</strong>anha, com uma quota <strong>de</strong> 24% da procura ex‑<br />

terna, registou <strong>em</strong> <strong>2008</strong> um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 9,2%, que<br />

se traduziu numa diminuição da quota <strong>de</strong> 4,2 p.p.<br />

A França, com uma representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apenas 7%<br />

da procura externa (376 mil dormidas), foi o terceiro<br />

mercado <strong>em</strong>issor, <strong>em</strong> <strong>2008</strong>, tendo registado um au‑<br />

mento <strong>de</strong> 22% face a 2007. Em termos <strong>de</strong> quota, este<br />

mercado t<strong>em</strong> vindo a ganhar representativida<strong>de</strong>, com<br />

mais 1,5 p.p. relativamente a 2006.<br />

600,0<br />

Espanha<br />

Suécia Holanda<br />

França<br />

400,0<br />

200,0<br />

Áustria<br />

Bélgica<br />

Dinamarca<br />

Finlândia<br />

-30,0 -20,0<br />

-10,0 0,0 10,0 20,0<br />

30,0 % 08/07<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

Reino Unido


93 • REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA<br />

Comportamento Sazonal da Procura<br />

A Ma<strong>de</strong>ira não apresenta uma sazonalida<strong>de</strong> muito<br />

marcada, tendo no entanto o seu máximo no mês <strong>de</strong><br />

Agosto, tanto para o mercado externo como para o<br />

mercado nacional, com mais incidência para este últi‑<br />

mo (16,1% <strong>de</strong> quota nacional vs. 10,4% <strong>de</strong> quota ex‑<br />

terna).<br />

Efectivamente a procura externa, com excepção do<br />

mês <strong>de</strong> Agosto, <strong>de</strong>senvolveu ‑se <strong>de</strong> uma forma relati‑<br />

vamente equilibrada ao longo <strong>de</strong> todo o ano, com quo‑<br />

tas entre 5% e 10%. Os menores níveis <strong>de</strong> fluxos<br />

externos foram nos meses <strong>de</strong> Janeiro, Nov<strong>em</strong>bro e<br />

Dez<strong>em</strong>bro, com quotas que rondaram os 5%.<br />

O mercado nacional teve maior representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fluxos nos meses <strong>de</strong> Maio a Set<strong>em</strong>bro (quotas entre<br />

9% e 16%). Os meses <strong>de</strong> menor procura são entre<br />

Nov<strong>em</strong>bro e Abril, com quotas inferiores a 7%.<br />

evolução mensal das dormidas* – milhares [<strong>2008</strong>]<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

36,8<br />

348,5<br />

Mercado Nacional<br />

Mercado Externo<br />

37,1<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

406,3<br />

54,1<br />

506,8<br />

55,1<br />

519,5<br />

69,0<br />

509,9<br />

70,2<br />

478,1<br />

Dos mercados externos mais importantes para o <strong>de</strong>s‑<br />

tino <strong>de</strong>staca ‑se a Espanha, que, <strong>em</strong>bora com uma re‑<br />

presentativida<strong>de</strong> pequena (4,0%), t<strong>em</strong> um pico <strong>de</strong><br />

procura muito significativo <strong>em</strong> Agosto (38,6%), segui‑<br />

do dos meses <strong>de</strong> Julho e Set<strong>em</strong>bro, com 16,9% e<br />

13,9%, respectivamente, valores muito superiores à<br />

quota do conjunto dos mercados externos.<br />

A França e a Holanda, sendo respectivamente o tercei‑<br />

ro e quinto mercados <strong>em</strong>issores para este <strong>de</strong>stino,<br />

apresentam quotas mais significativas <strong>de</strong> procura nos<br />

meses <strong>de</strong> Maio e Junho, com quotas conjuntas <strong>de</strong> 31%<br />

para a França e <strong>de</strong> 27% para a Holanda.<br />

A Al<strong>em</strong>anha e o Reino unido têm um comportamento<br />

idêntico à média dos mercados externos, repartindo as<br />

suas dormidas ao longo do ano <strong>de</strong> uma forma equili‑<br />

brada.<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

92,2<br />

513,5<br />

122,6<br />

566,3<br />

80,8<br />

496,7<br />

52,9<br />

454,2<br />

43,2<br />

352,2<br />

49,4<br />

292,9


Comportamento da Ocupação e Rentabilida<strong>de</strong><br />

Em <strong>2008</strong>, a taxa <strong>de</strong> ocupação ‑cama nos estabeleci‑<br />

mentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turís‑<br />

ticos da Ma<strong>de</strong>ira foi <strong>de</strong> 60,6%, reflectindo um aumento<br />

<strong>de</strong> 0,3 p.p. comparativamente a 2007 e situando ‑se<br />

acima % da média nacional (41,3%).<br />

80<br />

57,4<br />

60<br />

evolução mensal 46,1 das taxas <strong>de</strong> ocupação-cama* [<strong>2008</strong>]<br />

40<br />

%<br />

80 20<br />

600<br />

* <strong>em</strong> 40 estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

20<br />

0<br />

57,4<br />

64,7<br />

68,7<br />

* <strong>em</strong> estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos<br />

** mês <strong>em</strong> que ocorreu a Páscoa<br />

FONTE: INE – Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

0<br />

66,3<br />

64,6<br />

REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA • 94<br />

Com excepção <strong>de</strong> Janeiro, Nov<strong>em</strong>bro e Dez<strong>em</strong>bro, to‑<br />

dos os meses apresentaram taxas <strong>de</strong> ocupação ‑cama<br />

acima dos 50%. Os meses que registaram os maiores<br />

aumentos, face a 2007, foram Fevereiro, com 4,2 p.p.,<br />

e Março, com 3,7 p.p., que coincidiram com os perío‑<br />

dos festivos do Carnaval e da Páscoa.<br />

JAN<br />

46,1<br />

FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV47,1 DEZ<br />

39,7<br />

JAN FEV MAR** ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

40<br />

40<br />

%<br />

30<br />

40,84<br />

34,74<br />

38,56<br />

€<br />

30<br />

70<br />

20<br />

69,1<br />

70<br />

20<br />

60<br />

10<br />

61,3<br />

64,4<br />

60<br />

10<br />

50<br />

0<br />

50<br />

0<br />

40<br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

Total<br />

40<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

30<br />

Revpar<br />

40,84<br />

34,74<br />

38,56<br />

30<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, IP<br />

*nos 20estabelecimentos<br />

hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

20<br />

10<br />

10<br />

Taxa <strong>de</strong> Ocupação-Quarto<br />

64,7<br />

Hotéis Hotéis-Apartam.<br />

Revpar<br />

68,7<br />

66,3<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, IP<br />

*nos estabelecimentos hoteleiros, al<strong>de</strong>amentos e apartamentos turísticos excepto pensões<br />

FONTE: TP – <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

64,6<br />

68,5,0<br />

68,5,0<br />

Taxas <strong>de</strong> ocupação-quarto e revPar*, por tipologias [<strong>2008</strong>]<br />

% €<br />

70<br />

60<br />

50<br />

61,3<br />

69,1<br />

64,4<br />

77,3<br />

77,3<br />

Total<br />

67,8<br />

67,8<br />

57,7<br />

57,7<br />

47,1<br />

39,7<br />

70<br />

60<br />

50<br />

0


95 • REgiãO AuTóNOMA DA MADEiRA<br />

Os hotéis, com uma taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto <strong>de</strong><br />

61,3%, apresentaram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 2,2 p.p. face<br />

ao período homólogo <strong>de</strong> 2007, tendo ficado abaixo da<br />

taxa média das tipologias neste <strong>de</strong>stino (64,4%) e aci‑<br />

ma da taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto dos hotéis a nível na‑<br />

cional (56,3%).<br />

Em termos <strong>de</strong> RevPar, os hotéis, com 40,84€, apresen‑<br />

taram um aumento <strong>de</strong> 1,60€ face a 2007, tendo ultra‑<br />

passado os valores médios nacionais nesta tipologia<br />

(37,73€).<br />

Os hotéis ‑apartamentos registaram um aumento <strong>de</strong><br />

2,1 p.p. na taxa <strong>de</strong> ocupação ‑quarto, ficando, no en‑<br />

tanto, acima da média das tipologias nesta região<br />

(64,4%) e acima da média nacional para os hotéis‑<br />

‑apartamentos (62,8%).<br />

Contudo, o RevPar dos hotéis ‑apartamentos, com va‑<br />

lores <strong>de</strong> 34,74€, registou um aumento <strong>de</strong> 2,00€ face a<br />

2007, <strong>de</strong>vido, <strong>em</strong> parte, ao aumento verificado nos<br />

proveitos <strong>de</strong> aposento <strong>de</strong> 6,4%.


www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt


cOnceiTOs<br />

esTaTÍsTicOs


cOnceiTOs esTaTÍsTicOs<br />

ALDEAMENTO TuRíSTiCO<br />

Estabelecimento <strong>de</strong> alojamento turístico constituído<br />

por um conjunto <strong>de</strong> instalações funcionalmente inter‑<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, com expressão arquitectónica homogé‑<br />

nea, situadas num espaço <strong>de</strong>limitado e s<strong>em</strong> soluções<br />

<strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, que se <strong>de</strong>stinam a proporcionar alo‑<br />

jamento e outros serviços compl<strong>em</strong>entares a turistas,<br />

mediante pagamento.<br />

APARTAMENTO TuRíSTiCO<br />

Estabelecimento <strong>de</strong> alojamento turístico, constituído<br />

por fracções mobiladas e equipadas <strong>de</strong> edifícios in<strong>de</strong>‑<br />

pen<strong>de</strong>ntes, que se <strong>de</strong>stina habitualmente a proporcio‑<br />

nar alojamento e outros serviços compl<strong>em</strong>entares a<br />

turistas, mediante pagamento.<br />

ÁREA REgiONAL DE TuRiSMO<br />

Organização do planeamento turístico, para <strong>Portugal</strong><br />

continental, <strong>em</strong> cinco áreas regionais <strong>de</strong> turismo, <strong>de</strong><br />

acordo com a Nomenclatura das unida<strong>de</strong>s Territoriais<br />

para Fins Estatísticos <strong>de</strong> Nível II (NUTS II), <strong>de</strong>finida<br />

pelo Decreto‑Lei n.º 46/89, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Fevereiro, com a<br />

redacção do Decreto‑Lei n.º 317/99, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Agosto.<br />

Em cada uma das áreas regionais <strong>de</strong> turismo, é criada<br />

uma entida<strong>de</strong> regional <strong>de</strong> turismo que assume a natu‑<br />

reza <strong>de</strong> pessoa colectiva <strong>de</strong> direito público, dotada <strong>de</strong><br />

autonomia financeira e administrativa e património<br />

próprio, a qu<strong>em</strong> incumbe a valorização turística das<br />

respectivas áreas, visando o aproveitamento sustenta‑<br />

do dos recursos turísticos, no quadro das orientações<br />

e directrizes da política <strong>de</strong> turismo <strong>de</strong>finida pelo go‑<br />

verno e nos planos plurianuais das administrações<br />

central e local. Nota – nas áreas regionais <strong>de</strong> turismo<br />

foram criados seis pólos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento turístico:<br />

Douro, Serra da Estrela, Leiria ‑Fátima, Oeste, Litoral<br />

Alentejano e Alqueva.<br />

BALANÇA TURÍSTICA<br />

CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 98<br />

Rubrica da balança <strong>de</strong> pagamentos que engloba todos<br />

os bens e serviços adquiridos por um visitante a título<br />

<strong>de</strong> viagens realizadas, quer <strong>de</strong> natureza privada quer<br />

profissional, para seu uso ou a pedido <strong>de</strong> outros, para<br />

consumo na própria economia visitada ou na <strong>de</strong> resi‑<br />

dência, fornecidos com contrapartida financeira ou<br />

simplesmente oferecidos.<br />

inclu<strong>em</strong> ‑se nesta rubrica bens e serviços como o alo‑<br />

jamento, a alimentação e bebidas, as diversões e os<br />

transportes <strong>de</strong>ntro da(s) economia(s) visitada(s), b<strong>em</strong><br />

como prendas e outros objectos adquiridos na econo‑<br />

mia visitada e levados para a economia <strong>de</strong> residência,<br />

para uso próprio. inclu<strong>em</strong> ‑se as <strong>de</strong>spesas efectuadas<br />

por trabalhadores <strong>de</strong> fronteira e sazonais ou estudan‑<br />

tes e doentes durante a sua estada na economia visi‑<br />

tada, ainda que por períodos superiores a 12 meses.<br />

Exclu<strong>em</strong> ‑se o transporte internacional <strong>em</strong> geral e as<br />

compras e vendas realizadas por visitantes <strong>em</strong> nome<br />

da <strong>em</strong>presa que representam quando realizam viagens<br />

<strong>de</strong> carácter profissional. Esta rubrica regista a crédito<br />

o valor dos bens e serviços adquiridos por visitantes<br />

não resi<strong>de</strong>ntes durante as suas <strong>de</strong>slocações a <strong>Portugal</strong><br />

e, a débito, o valor dos bens e serviços adquiridos por<br />

resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> durante as suas visitas a<br />

outro(s) país(es).<br />

CAPACiDADE DE ALOJAMENTO NOS<br />

ESTABELECIMENTOS DE ALOJAMENTO<br />

TuRíSTiCO COLECTiVO<br />

Número máximo <strong>de</strong> indivíduos que os estabelecimen‑<br />

tos pod<strong>em</strong> alojar num <strong>de</strong>terminado momento ou perí‑<br />

odo, sendo este <strong>de</strong>terminado através do número <strong>de</strong><br />

camas existentes e consi<strong>de</strong>rando como duas as camas<br />

<strong>de</strong> casal. Não se consi<strong>de</strong>ram os estabelecimentos en‑<br />

cerrados.<br />

CAPACiDADE DE ALOJAMENTO<br />

NOS PARquES DE CAMPiSMO<br />

Número máximo <strong>de</strong> campistas que os parques <strong>de</strong> cam‑<br />

pismo pod<strong>em</strong> alojar, tendo <strong>em</strong> conta a área útil <strong>de</strong>sti‑<br />

nada a cada campista, <strong>de</strong> acordo com o estabelecido<br />

para cada categoria: 1* – 13m 2 ; 2* – 15m 2 ; 3* –<br />

18m 2 ; 4* – 22m 2 .


99 • CONCEiTOS ESTATíSTiCOS<br />

CONSuMO DO TuRiSMO EMiSSOR<br />

Consumo efectuado por visitantes resi<strong>de</strong>ntes no âmbi‑<br />

to <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação ao estrangeiro.<br />

CONSuMO DO TuRiSMO iNTERiOR<br />

Consumo efectuado por visitantes não resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong><br />

<strong>Portugal</strong> (consumo do turismo receptor) e o consumo<br />

dos visitantes resi<strong>de</strong>ntes que viajam unicamente no<br />

interior do país, mas <strong>em</strong> lugares distintos do seu am‑<br />

biente habitual, assim como a componente <strong>de</strong> consu‑<br />

mo interno efectuada pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes no<br />

país na sequência <strong>de</strong> uma viag<strong>em</strong> turística para o ex‑<br />

terior do país (consumo do turismo interno), outras<br />

componentes do consumo turístico, tais como o turis‑<br />

mo por motivo <strong>de</strong> negócios, a valorização dos servi‑<br />

ços <strong>de</strong> habitação das habitações secundárias por con‑<br />

ta própria e as componentes não monetárias do<br />

consumo.<br />

CONSuMO DO TuRiSMO iNTERNO<br />

Consumo efectuado por visitantes resi<strong>de</strong>ntes no âmbi‑<br />

to <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação no interior do país. inclui ‑se a<br />

componente <strong>de</strong> consumo interno efectuada pelos visi‑<br />

tantes resi<strong>de</strong>ntes no país, resultante <strong>de</strong> uma viag<strong>em</strong><br />

turística no exterior do país (componente <strong>de</strong> consumo<br />

interno do turismo <strong>em</strong>issor).<br />

CONSuMO DO TuRiSMO RECEPTOR<br />

Consumo efectuado por visitantes não resi<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong><br />

<strong>Portugal</strong>.<br />

DESPESA TuRíSTiCA<br />

Montante pago pela compra <strong>de</strong> bens e serviços no pró‑<br />

prio país e durante a realização <strong>de</strong> viagens, no país ou<br />

no estrangeiro, pelos visitantes ou por outras entida‑<br />

<strong>de</strong>s <strong>em</strong> seu benefício. inclu<strong>em</strong> ‑se: <strong>de</strong>spesa corrente<br />

(efectuada pelo visitante, mesmo que a viag<strong>em</strong> não<br />

tivesse ocorrido, isto é, que tivesse permanecido na<br />

sua residência habitual); <strong>de</strong>spesa específica (efectua‑<br />

da pelo visitante, <strong>em</strong> resultado da viag<strong>em</strong>, com trans‑<br />

portes, alojamento, l<strong>em</strong>branças ou souvenirs, cultura<br />

e recreio, entre outras).<br />

DESTiNO TuRíSTiCO<br />

Local visitado durante uma <strong>de</strong>slocação ou uma viag<strong>em</strong><br />

turística.<br />

DORMiDA<br />

Permanência <strong>de</strong> um indivíduo num estabelecimento<br />

que fornece alojamento, por um período compreendi‑<br />

do entre as 12 horas <strong>de</strong> um dia e as 12 horas do dia<br />

seguinte.<br />

EMPREENDiMENTO DE TuRiSMO<br />

DE HABITAÇÃO<br />

Estabelecimento <strong>de</strong> natureza familiar que se <strong>de</strong>stina a<br />

prestar serviços <strong>de</strong> alojamento e que, sendo represen‑<br />

tativo <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada época, está instalado <strong>em</strong><br />

imóveis antigos particulares, nomeadamente palácios<br />

e solares, <strong>em</strong> função do seu valor arquitectónico, his‑<br />

tórico ou artístico, po<strong>de</strong>ndo localizar ‑se <strong>em</strong> espaços<br />

rurais ou urbanos e não po<strong>de</strong>ndo possuir mais <strong>de</strong> 15<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento <strong>de</strong>stinadas a hóspe<strong>de</strong>s.<br />

EMPREENDiMENTO DE TuRiSMO<br />

NO ESPAçO RuRAL<br />

Estabelecimento que se <strong>de</strong>stina a prestar serviços <strong>de</strong><br />

alojamento <strong>em</strong> espaços rurais, dispondo para o seu<br />

funcionamento <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>quado conjunto <strong>de</strong> instala‑<br />

ções, estruturas, equipamentos e serviços comple‑<br />

mentares, <strong>de</strong> modo a preservar e valorizar o patrimó‑<br />

nio arquitectónico, histórico, natural e paisagístico da<br />

respectiva região.<br />

Estes <strong>em</strong>preendimentos pod<strong>em</strong> ser classificados num<br />

dos seguintes grupos: agro ‑turismo, casas <strong>de</strong> campo e<br />

hotéis rurais.<br />

ESTABELECIMENTO HOTELEIRO<br />

Estabelecimento cuja activida<strong>de</strong> principal consiste na<br />

prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> alojamento e <strong>de</strong> outros servi‑<br />

ços acessórios ou <strong>de</strong> apoio, com ou s<strong>em</strong> fornecimento<br />

<strong>de</strong> refeições, mediante pagamento.<br />

Os estabelecimentos hoteleiros classificam ‑se <strong>em</strong> ho‑<br />

téis, pensões, pousadas, estalagens, motéis e hotéis‑<br />

‑apartamentos (apart‑hotéis); para fins estatísticos<br />

inclu<strong>em</strong> ‑se ainda os al<strong>de</strong>amentos turísticos e aparta‑<br />

mentos turísticos.


ESTADA MÉDIA NO ESTABELECIMENTO<br />

Relação entre o número <strong>de</strong> dormidas e o número <strong>de</strong><br />

hóspe<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>ram orig<strong>em</strong> a essas dormidas, no pe‑<br />

ríodo <strong>de</strong> referência, na perspectiva da oferta.<br />

gASTO MÉDiO DiÁRiO<br />

gasto médio por visitante, tendo <strong>em</strong> conta a perma‑<br />

nência média no país <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino.<br />

HóSPEDE<br />

indivíduo que efectua pelo menos uma dormida num<br />

estabelecimento <strong>de</strong> alojamento turístico. O indivíduo é<br />

contado tantas vezes quantas as inscrições que fizer<br />

no estabelecimento, no período <strong>de</strong> referência.<br />

HOTEL<br />

Estabelecimento hoteleiro que ocupa um edifício ou<br />

apenas parte in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>le, constituindo as suas<br />

instalações um todo homogéneo, com pisos completos<br />

e contíguos, acesso próprio e directo para uso exclusi‑<br />

vo dos seus utentes, a qu<strong>em</strong> são prestados serviços <strong>de</strong><br />

alojamento t<strong>em</strong>porário e outros serviços acessórios ou<br />

<strong>de</strong> apoio, com ou s<strong>em</strong> fornecimentos <strong>de</strong> refeições, me‑<br />

diante pagamento. Estes estabelecimentos possu<strong>em</strong>,<br />

no mínimo, <strong>de</strong>z unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento. A classifica‑<br />

ção do estabelecimento resulta do preenchimento dos<br />

requisitos mínimos <strong>de</strong> instalações, equipamentos e<br />

serviços fixados <strong>em</strong> regulamento. S<strong>em</strong>pre que dispo‑<br />

nha <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento e zonas comuns fora<br />

do edifício principal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os edifícios constituam<br />

um conjunto harmónico e articulado entre si, inserido<br />

num espaço <strong>de</strong>limitado e apresentando expressão ar‑<br />

quitectónica e características funcionais homogéneas,<br />

po<strong>de</strong>rá, para fins comerciais, usar a expressão resort<br />

ou hotel resort, conjuntamente com o nome.<br />

HOTEL ‑APARTAMENTO<br />

Estabelecimento hoteleiro constituído por um conjunto<br />

<strong>de</strong> pelo menos <strong>de</strong>z apartamentos equipados e in<strong>de</strong>‑<br />

pen<strong>de</strong>ntes (alugados dia a dia a turistas), que ocupa a<br />

totalida<strong>de</strong> ou parte in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um edifício, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que constituído por pisos completos e contíguos, com<br />

acessos próprios e directos aos pisos para uso exclusi‑<br />

vo dos seus utentes, com restaurante e com, pelo me‑<br />

nos, serviço <strong>de</strong> arrumação e limpeza.<br />

CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 100<br />

MOTiVO PRiNCiPAL DA ViAgEM<br />

TuRíSTiCA<br />

Motivo que sustenta a necessida<strong>de</strong> da realização da<br />

viag<strong>em</strong>, ou seja, na ausência do qual a viag<strong>em</strong> não se<br />

teria realizado.<br />

Nota – tipologia <strong>de</strong> motivos: lazer, recreio e férias (re‑<br />

pouso, gastronomia, compras, <strong>de</strong>sporto enquanto es‑<br />

pectador ou praticante <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto), educação, en‑<br />

contros não profissionais, cultura e entretenimento<br />

como espectador, artes, hobbies e jogos, entre outros<br />

motivos não profissionais); profissional ou negócios<br />

(reuniões, convenções, s<strong>em</strong>inários, conferências, con‑<br />

gressos, feiras e exposições, missões, viagens <strong>de</strong> in‑<br />

centivo, vendas, marketing e outros serviços, pesqui‑<br />

sa, ensino, consultoria, cursos <strong>de</strong> idiomas, educação,<br />

investigação, fins artísticos, culturais, religiosos e <strong>de</strong>s‑<br />

portivos); visita a familiares e amigos (participação<br />

<strong>em</strong> funerais, casamentos, aniversários e outros even‑<br />

tos familiares e <strong>de</strong> convívio); saú<strong>de</strong>, por iniciativa vo‑<br />

luntária (tratamentos e cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> estân‑<br />

cias termais, balneares, lares <strong>de</strong> convalescença e<br />

outros tratamentos e curas); religioso (participação<br />

<strong>em</strong> eventos religiosos, entre os quais peregrinações);<br />

outros motivos.<br />

NuTS<br />

Nomenclatura das Unida<strong>de</strong>s Territoriais para fins esta‑<br />

tísticos <strong>de</strong>finidos pelo Decreto ‑Lei n.º 244/2002, <strong>de</strong><br />

5 ‑11.<br />

PAíS DE RESiDÊNCiA<br />

País no qual um indivíduo é consi<strong>de</strong>rado resi<strong>de</strong>nte: 1)<br />

se possuir a sua habitação principal no território eco‑<br />

nómico <strong>de</strong>sse país durante um período superior a um<br />

ano (12 meses); 2) se tiver vivido nesse país por um<br />

período mais curto e pretenda regressar no prazo <strong>de</strong><br />

12 meses, com a intenção <strong>de</strong> aí se instalar, passando a<br />

ter nesse local a sua residência principal.<br />

A residência <strong>de</strong> um indivíduo é <strong>de</strong>terminada pela do<br />

agregado familiar à qual pertence e não pelo local <strong>de</strong><br />

trabalho, mesmo que atravesse a fronteira para traba‑<br />

lhar ou passe alguns períodos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po fora da sua<br />

residência. inclu<strong>em</strong> ‑se, nesta situação, os trabalhado‑<br />

res <strong>de</strong> fronteira e sazonais e os estudantes.


101 • CONCEiTOS ESTATíSTiCOS<br />

PARquE DE CAMPiSMO E CARAVANiSMO<br />

Empreendimento turístico instalado <strong>em</strong> terrenos <strong>de</strong>vi‑<br />

damente <strong>de</strong>limitados e dotados <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong>stina‑<br />

das a permitir a instalação <strong>de</strong> tendas, reboques, cara‑<br />

vanas ou auto ‑caravanas, assim como d<strong>em</strong>ais material<br />

e equipamento necessários à prática do campismo e<br />

do caravanismo.<br />

Nota – os parques <strong>de</strong> campismo e <strong>de</strong> caravanismo po‑<br />

d<strong>em</strong> ser <strong>de</strong> uso público ou privativo, consoante se <strong>de</strong>s‑<br />

tin<strong>em</strong> ao público <strong>em</strong> geral ou apenas aos associados<br />

ou beneficiários das respectivas entida<strong>de</strong>s proprietá‑<br />

rias ou exploradoras.<br />

POuSADA<br />

Estabelecimento hoteleiro instalado <strong>em</strong> imóvel classifi‑<br />

cado como monumento nacional <strong>de</strong> interesse público,<br />

regional ou municipal e que, pelo valor arquitectónico<br />

e histórico, seja representativo <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

época e se situe fora <strong>de</strong> zonas turísticas dotadas <strong>de</strong><br />

suficiente apoio hoteleiro.<br />

As pousadas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> preencher, com as necessárias<br />

adaptações, os requisitos mínimos das instalações e<br />

<strong>de</strong> funcionamento exigidos para os hotéis <strong>de</strong> 4 estre‑<br />

las, nos casos <strong>em</strong> que estejam instaladas <strong>em</strong> edifícios<br />

classificados como monumentos nacionais, e para os<br />

hotéis <strong>de</strong> 3 estrelas nos restantes casos, salvo se a<br />

sua observância se revelar susceptível <strong>de</strong> afectar as<br />

características arquitectónicas ou estruturais dos edi‑<br />

fícios. Estes estabelecimentos pod<strong>em</strong> ter, ou não, res‑<br />

taurante.<br />

PRiNCiPAL MEiO DE TRANSPORTE<br />

uTiLiZADO<br />

Transporte utilizado para percorrer a maior distância<br />

da viag<strong>em</strong>, sendo que no caso <strong>de</strong> ser diferente na ida<br />

e na volta, se opta pelo meio <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> ida.<br />

PROVEiTOS DE APOSENTO<br />

Valores cobrados pelas dormidas <strong>de</strong> todos os hóspe<strong>de</strong>s<br />

nos meios <strong>de</strong> alojamento turístico.<br />

PROVEiTOS TOTAiS DOS MEiOS DE<br />

ALOJAMENTO TuRíSTiCO<br />

Valores resultantes da activida<strong>de</strong> dos meios <strong>de</strong> aloja‑<br />

mento turístico: aposento, restauração e outros <strong>de</strong>cor‑<br />

rentes da própria activida<strong>de</strong> (aluguer <strong>de</strong> salas, lavan‑<br />

daria, tabacaria, telefone, entre outros).<br />

TAxA LíquiDA DE OCuPAçãO ‑CAMA<br />

Relação entre o número <strong>de</strong> dormidas e o número <strong>de</strong><br />

camas disponíveis no período <strong>de</strong> referência, consi<strong>de</strong>‑<br />

rando como duas as camas <strong>de</strong> casal.<br />

A fórmula é «TOL. (cama) = [N.º <strong>de</strong> dormidas durante<br />

o período <strong>de</strong> referência / (N.º <strong>de</strong> camas disponíveis x<br />

N.º <strong>de</strong> dias do período <strong>de</strong> referência)] x 100». Este<br />

indicador permite avaliar a capacida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> aloja‑<br />

mento durante o período <strong>de</strong> referência.<br />

TAxA LíquiDA DE OCuPAçãO ‑quARTO<br />

Relação entre o número <strong>de</strong> quartos ocupados e o nú‑<br />

mero <strong>de</strong> quartos disponíveis no período <strong>de</strong> referência.<br />

A fórmula é «TLOQ = [N.º <strong>de</strong> quartos ocupados duran‑<br />

te o período <strong>de</strong> referência / (N.º <strong>de</strong> quartos disponíveis<br />

x N.º <strong>de</strong> dias do período <strong>de</strong> referência)] x 100». Este<br />

indicador permite avaliar a capacida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> ocu‑<br />

pação durante o período <strong>de</strong> referência.<br />

TAxA DE SAZONALiDADE<br />

indicador que permite avaliar o peso relativo da procu‑<br />

ra turística nos meses <strong>de</strong> maior procura, relativamente<br />

ao total anual, medido através do número <strong>de</strong> dormidas<br />

nos meios <strong>de</strong> alojamento recenseados.<br />

TuRiSMO EMiSSOR<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes,<br />

no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação para fora do país <strong>de</strong> re‑<br />

ferência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora do seu ambiente<br />

habitual.<br />

TuRiSMO iNTERiOR<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes e<br />

não resi<strong>de</strong>ntes no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação no inte‑<br />

rior do país <strong>de</strong> referência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora<br />

do seu ambiente habitual.<br />

TuRiSMO iNTERNACiONAL<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes<br />

no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação para fora do país <strong>de</strong> re‑<br />

ferência e pelos visitantes não resi<strong>de</strong>ntes no âmbito <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong>slocação no interior do país <strong>de</strong> referência, <strong>de</strong>s‑<br />

<strong>de</strong> que fora do seu ambiente habitual. O turismo inter‑<br />

nacional compreen<strong>de</strong> o turismo receptor e o turismo<br />

<strong>em</strong>issor.


TuRiSMO iNTERNO<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes resi<strong>de</strong>ntes<br />

no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação no interior do país <strong>de</strong><br />

referência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora do seu ambien‑<br />

te habitual.<br />

TuRiSMO RECEPTOR<br />

Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos visitantes não resi‑<br />

<strong>de</strong>ntes no âmbito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação ao/no país <strong>de</strong><br />

referência (ou região), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fora do seu ambien‑<br />

te habitual.<br />

TuRiSTA<br />

Visitante que permanece, pelo menos, uma noite num<br />

alojamento colectivo ou particular no lugar visitado.<br />

CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 102<br />

REVPAR (Revenue peR available<br />

ROOm)<br />

Rendimento por quarto disponível, medido pela rela‑<br />

ção entre os proveitos <strong>de</strong> aposento e o número <strong>de</strong><br />

quartos disponíveis, no período <strong>de</strong> referência.<br />

uNiDADE DE TuRiSMO RuRAL<br />

Estabelecimento <strong>de</strong> turismo no espaço rural que presta<br />

serviço <strong>de</strong> hospedag<strong>em</strong> <strong>de</strong> natureza familiar <strong>em</strong> casas<br />

rústicas particulares que se integram na arquitectura<br />

típica regional <strong>em</strong> função da sua traça, materiais cons‑<br />

trutivos e d<strong>em</strong>ais características.


© <strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, iP<br />

Título<br />

O <strong>Turismo</strong> <strong>em</strong> <strong>2008</strong><br />

Direcção <strong>de</strong> Estudos e Planeamento Estratégico/Departamento <strong>de</strong> informação Estatística<br />

equipa técnica<br />

Maria Leonor Silva (mleonor.silva@turismo<strong>de</strong>portugal.pt)<br />

Elaboração e análise <strong>de</strong> dados<br />

edição<br />

Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009


107 • CONCEiTOS ESTATíSTiCOS


CONCEiTOS ESTATíSTiCOS • 108<br />

<strong>Turismo</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, I.P. T: 351 21 114 02 00 proturismo@turismo<strong>de</strong>portugal.pt<br />

Rua Ivone Silva, lote 6 F: 351 21 114 08 30 www.turismo<strong>de</strong>portugal.pt<br />

1050‑124 Lisboa – <strong>Portugal</strong>

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