GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal
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BRASIL 60 MAPA DA COSTA DO BRASIL ENTRE PERNAMBUCO E O RIO DA PRATA in Atlas Náutico França, c. 1538 44,5 x 62,4 cm Koninklije Bibliotheek, Haia | 129 A 24 Este mapa pertence a um atlas manuscrito que contém cartas náuticas da Europa, da África e da América e que hoje se encontra na Biblioteca Nacional dos Países Baixos, em Haia. Trata-se de um atlas elaborado na Normandia, traçado por cartógrafos portugueses ao serviço de armadores franceses, ou por cartógrafos franceses, com base em mapas portugueses. A obra foi, provavelmente, oferecida por armadores da Normandia, a Henrique, delfim de França, futuro rei Henrique II (r. 1547-1559), encontrando-se o escudo de armas do príncipe no segundo mapa, que representa o Mediterrâneo Oriental. No mapa da costa do Brasil o interior da América do Sul encontra-se preenchido com representações de contactos entre europeus e autóctones. O desenho dos índios e dos europeus, da vegetação, dos animais aponta para um trabalho feito em Dieppe, pelas semelhanças que apresenta com os mapas do atlas Vallard e de alguns mapas do cartógrafo Pierre Desceliers. 49 50 anterior a 1689 COROA DE PENAS Tupinambá, Brasil, Rectrizes de arara, fibras 65 x 35 cm Museu Nacional da Dinamarca, Colecções Etnográficas | HC.56 O primeiro encontro dos viajantes europeus no Brasil deu-se com as tribos costeiras. Eram os tupis – os tupiniquins, na primeira fase e os tupinambás, na segunda – guerreiros que tinham invadido as áreas da costa. Antes do seu contacto com os europeus, os tupinambás não costumavam usar vestuário. Em ocasiões especiais adornavam-se com penas, colando-as directamente na pele ou incorporando- -as nas suas indumentárias. As peças de vestuário mais elaboradas eram as capas de penas. Um dos tipos de toucado tupinambá é uma espécie de gorro com ou sem penas que pendem sobre o pescoço, mas mais imponentes são as faixas com penas que se projectam na vertical em redor de toda a cabeça. Esta magnífica coroa foi referida pela primeira vez na Kunstkammer real dinamarquesa, em 1689. BRASIL 61
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MAPA DA COSTA DO BRASIL<br />
ENTRE PERNAMBUCO<br />
E O RIO DA PRATA<br />
in Atlas Náutico<br />
França, c. 1538<br />
44,5 x 62,4 cm<br />
Koninklije Bibliotheek, Haia | 129 A 24<br />
Este mapa pertence a um atlas<br />
manuscrito que contém cartas náuticas<br />
da Europa, da África e da América e que<br />
hoje se encontra na Biblioteca Nacional<br />
dos Países Baixos, em Haia.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um atlas elaborado na<br />
Normandia, traçado por cartógrafos<br />
portugueses ao serviço <strong>de</strong> armadores<br />
franceses, ou por cartógrafos franceses,<br />
com base em mapas portugueses.<br />
A obra foi, provavelmente, oferecida por<br />
armadores da Normandia, a Henrique,<br />
<strong>de</strong>lfim <strong>de</strong> França, futuro rei Henrique II<br />
(r. 1547-1559), encontrando-se o escudo<br />
<strong>de</strong> armas do príncipe no segundo mapa,<br />
que representa o Mediterrâneo Oriental.<br />
No mapa da costa do Brasil o interior da<br />
América do Sul encontra-se preenchido<br />
com representações <strong>de</strong> contactos entre<br />
europeus e autóctones. O <strong>de</strong>senho dos<br />
índios e dos europeus, da vegetação,<br />
dos animais aponta para um trabalho<br />
feito em Dieppe, pelas semelhanças que<br />
apresenta com os mapas do atlas Vallard<br />
e <strong>de</strong> alguns mapas do cartógrafo Pierre<br />
Desceliers.<br />
49 50<br />
anterior a 1689<br />
COROA DE PENAS<br />
Tupinambá, Brasil,<br />
Rectrizes <strong>de</strong> arara, fibras<br />
65 x 35 cm<br />
Museu Nacional da Dinamarca,<br />
Colecções Etnográficas | HC.56<br />
O primeiro encontro dos viajantes<br />
europeus no Brasil <strong>de</strong>u-se com as tribos<br />
costeiras. Eram os tupis – os tupiniquins,<br />
na primeira fase e os tupinambás,<br />
na segunda – guerreiros que tinham<br />
invadido as áreas da costa.<br />
Antes do seu contacto com os europeus,<br />
os tupinambás não costumavam<br />
usar vestuário. Em ocasiões especiais<br />
adornavam-se com penas, colando-as<br />
directamente na pele ou incorporando-<br />
-as nas suas indumentárias. As peças <strong>de</strong><br />
vestuário mais elaboradas eram as capas<br />
<strong>de</strong> penas.<br />
Um dos tipos <strong>de</strong> toucado tupinambá<br />
é uma espécie <strong>de</strong> gorro com ou sem<br />
penas que pen<strong>de</strong>m sobre o pescoço,<br />
mas mais imponentes são as faixas com<br />
penas que se projectam na vertical em<br />
redor <strong>de</strong> toda a cabeça.<br />
Esta magnífica coroa foi referida pela<br />
primeira vez na Kunstkammer real<br />
dinamarquesa, em 1689.<br />
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