18.04.2013 Views

GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal

GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal

GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CHINA<br />

58<br />

48 VISTA DO OBSERVATÓRIO<br />

ASTRONÓMICO DE PEQUIM<br />

Ferdinand Verbiest, S.J.<br />

(Países Baixos – China, 1623-1688),<br />

e outros In Ilustrações dos Instrumentos<br />

Recém – construídos para o Observatório<br />

China, 1674<br />

Xilogravura sobre papel<br />

38,5 x 77 cm<br />

The British Library, Londres | 15268.B.3<br />

A estratégia dos missionários europeus na<br />

China consistia em convencer os chineses<br />

quanto ao valor das verda<strong>de</strong>s científicas<br />

para assim os conduzir às verda<strong>de</strong>s<br />

teológicas. Ferdinand Verbiest , jesuíta flamengo,<br />

em 1669 foi chamado para exercer<br />

o cargo <strong>de</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte do Tribunal<br />

Astronómico Imperial. O jovem imperador<br />

Kangxi aceitou uma proposta sua para<br />

a criação <strong>de</strong> novos instrumentos para o<br />

Observatório da capital. Os instrumentos<br />

foram instalados em 1673 e Verbiest viria<br />

a produzir um guia explanatório. Em 1674,<br />

o seu Xinzhi Lingtai yixiang zhi tornou-se<br />

a primeira obra técnica publicada pela<br />

Imprensa Imperial.<br />

Redigido em chinês por trinta e um colaboradores,<br />

é constituída por catorze capítulos<br />

recheados <strong>de</strong> explicações e <strong>de</strong> cálculos,<br />

seguidos <strong>de</strong> dois capítulos ilustrativos.<br />

À vista geral do Observatório aqui ilustrada<br />

seguem-se cento e cinco estampas todas<br />

elas cuidadosamente impressas num magnífico<br />

papel branco <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Pedro Álvares Cabral encontra a costa do Brasil, 1500, nome dado à ma<strong>de</strong>ira<br />

cor <strong>de</strong> fogo aí existente e que era um corante têxtil. Com uma paisagem<br />

<strong>de</strong>slumbrante e uma flora e fauna extraordinárias, esta terra <strong>de</strong> paraíso era<br />

habitado por índios Tupi, e mesmo sendo motivo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> fascínio para a Europa,<br />

esta não se revelou, ao longo do século XVI, como fonte para produção <strong>de</strong> riquezas<br />

imediatas.<br />

Foi só durante o século XVII, com a produção do açúcar servida pela mão-<strong>de</strong>-obra<br />

escrava oriunda <strong>de</strong> África, que o Brasil constituiu po<strong>de</strong>roso instrumento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento económico da Coroa portuguesa.<br />

Ao contrário dos outros territórios do Império português, lugares estratégicos<br />

numa re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong> comunicação, o Brasil era um imenso território cujo<br />

povoamento sistemático, com instalação <strong>de</strong> capitanias, se iniciou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1530.<br />

O engenho <strong>de</strong> açúcar foi, ao longo do século XVII, a força económica que levou<br />

à mudança do mo<strong>de</strong>lo social, pautado pelos valores da fé cristã. Neste contexto<br />

construiram-se numerosas igrejas cujo equipamento litúrgico se <strong>de</strong>finiu por uma<br />

expressivida<strong>de</strong> excessiva e poética, servindo a iconografia cristã marcadamente<br />

brasileira.<br />

BRASIL<br />

59

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!