GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal
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PADRÃO DE SANTO AGOSTINHO Portugal, erigido em 1483 Calcário 213 x 30 x 30 cm Museu Etnográfico da Sociedade de Geografia de Lisboa | SGL-AC-131 Enquanto marcos do domínio português, os padrões eram monumentos de pedra levados de Portugal e erigidos por navegadores para assinalar as terras que tinham acabado de descobrir, sendo também incluídos em mapas. Este padrão terá sido erigido por Diogo Cão quando explorava a costa angolana, no cabo de Santa Maria, a 28 de Agosto de 1483, no dia de Santo Agostinho, sendo um testemunho das pretensões portuguesas sobre África, que mais tarde dariam origem a controvérsias com Espanha, à bula papal de 1493 e ao Tratado de Tordesilhas de 1494. No topo deste padrão – que era sobrepujado por uma cruz de pedra – encontram-se as armas reais portuguesas e uma inscrição em latim e em português nas restantes faces. Retirado do seu local original em 1892 por ordem do governador-geral de Angola, o padrão foi trazido para Lisboa a bordo do Angola. 01 02 DESCOBERTA DA ÍNDIA Oficina de Tournai, Bélgica, início do século XVI Seda e lã 400 x 760 cm Caixa Geral de Depósitos, 3721, em depósito no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa Integrando um grupo de tapeçarias designadas «à maneira de Portugal e da Índia» encomendadas por D. Manuel I, este exemplar poderá representar a chegada de Vasco da Gama a Calecute, ou a Cochim, e o encontro com um dos reis locais. À esquerda, Vasco da Gama entrega uma carta de D. Manuel a um governante indiano seguido do seu séquito. À direita, diversas figuras vão chegando à praia para ver os estrangeiros que carregam as naus (provavelmente São Gabriel, São Rafael e Bérrio) com aves e animais exóticos, entre eles um unicórnio. Refira-se ainda a inscrição «INDAS NOVAE» (Nova Índia) no portal entre as duas torres, à esquerda. Rapidamente conhecidas na Europa, e encomendadas igualmente por outros monarcas, este género de tapeçarias depressa entrou na categoria de «Exotica». Perdido o seu significado inicial de registo glorioso das viagens portuguesas, tornaram-se um repositório de imagens das terras e das gentes desconhecidas. 4 5
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PADRÃO DE<br />
SANTO AGOSTINHO<br />
<strong>Portugal</strong>, erigido em 1483<br />
Calcário<br />
213 x 30 x 30 cm<br />
Museu Etnográfico da Socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Geografia <strong>de</strong> Lisboa | SGL-AC-131<br />
Enquanto marcos do domínio<br />
português, os padrões eram<br />
monumentos <strong>de</strong> pedra levados <strong>de</strong><br />
<strong>Portugal</strong> e erigidos por navegadores<br />
para assinalar as terras que tinham<br />
acabado <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir, sendo também<br />
incluídos em mapas. Este padrão terá<br />
sido erigido por Diogo Cão quando<br />
explorava a costa angolana, no cabo<br />
<strong>de</strong> Santa Maria, a 28 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1483,<br />
no dia <strong>de</strong> Santo Agostinho, sendo um<br />
testemunho das pretensões portuguesas<br />
sobre África, que mais tar<strong>de</strong> dariam<br />
origem a controvérsias com Espanha,<br />
à bula papal <strong>de</strong> 1493 e ao Tratado <strong>de</strong><br />
Tor<strong>de</strong>silhas <strong>de</strong> 1494.<br />
No topo <strong>de</strong>ste padrão – que era<br />
sobrepujado por uma cruz <strong>de</strong><br />
pedra – encontram-se as armas reais<br />
portuguesas e uma inscrição em latim<br />
e em português nas restantes faces.<br />
Retirado do seu local original em 1892<br />
por or<strong>de</strong>m do governador-geral <strong>de</strong><br />
Angola, o padrão foi trazido para Lisboa<br />
a bordo do Angola.<br />
01 02<br />
DESCOBERTA DA ÍNDIA<br />
Oficina <strong>de</strong> Tournai, Bélgica,<br />
início do século XVI<br />
Seda e lã<br />
400 x 760 cm<br />
Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos, 3721, em <strong>de</strong>pósito<br />
no Museu Nacional <strong>de</strong> Arte Antiga, Lisboa<br />
Integrando um grupo <strong>de</strong> tapeçarias<br />
<strong>de</strong>signadas «à maneira <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> e da<br />
Índia» encomendadas por D. Manuel I,<br />
este exemplar po<strong>de</strong>rá representar a<br />
chegada <strong>de</strong> Vasco da Gama a Calecute,<br />
ou a Cochim, e o encontro com um dos<br />
reis locais. À esquerda, Vasco da Gama<br />
entrega uma carta <strong>de</strong> D. Manuel a um<br />
governante indiano seguido do seu<br />
séquito. À direita, diversas figuras vão<br />
chegando à praia para ver os estrangeiros<br />
que carregam as naus (provavelmente<br />
São Gabriel, São Rafael e Bérrio) com aves e<br />
animais exóticos, entre eles um unicórnio.<br />
Refira-se ainda a inscrição «INDAS NOVAE»<br />
(Nova Índia) no portal entre as duas torres,<br />
à esquerda.<br />
Rapidamente conhecidas na Europa,<br />
e encomendadas igualmente por outros<br />
monarcas, este género <strong>de</strong> tapeçarias<br />
<strong>de</strong>pressa entrou na categoria <strong>de</strong> «Exotica».<br />
Perdido o seu significado inicial <strong>de</strong><br />
registo glorioso das viagens portuguesas,<br />
tornaram-se um repositório <strong>de</strong> imagens<br />
das terras e das gentes <strong>de</strong>sconhecidas.<br />
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