18.04.2013 Views

GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal

GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal

GUIA BREVE EXPOSIÇÃO - Turismo de Portugal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EUROPA l ANIMAIS E PLANTAS EXÓTICAS<br />

28<br />

BANCO COM AS ARMAS<br />

DE MAXIMILIANO II<br />

Viena, Áustria, 1554<br />

Osso <strong>de</strong> elefante<br />

82 x 90 x 55 cm<br />

Stift Kremsmünster, Kunstsammlungen<br />

Quatro imponentes ossos são o que<br />

resta <strong>de</strong> um elefante asiático que<br />

D. João III ofereceu ao arquiduque<br />

austríaco Maximiliano (1527-1576),<br />

futuro imperador Maximiliano II.<br />

Ao recomendar que o animal fosse<br />

apelidado <strong>de</strong> Solimão, tornando-o assim<br />

seu escravo, a oferta do rei <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong><br />

adquiria uma ressonância internacional,<br />

como sinal <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento – em<br />

nome <strong>de</strong> toda a Europa e dos seus<br />

domínios – aos Habsburgos, por<br />

repelirem os «infiéis» piratas turcos sob<br />

o comando <strong>de</strong> Solimão, o Magnífico, às<br />

portas <strong>de</strong> Viena, em 1529. O animal foi<br />

levado <strong>de</strong> Madrid até Viena em cujos<br />

subúrbios morreu um ano <strong>de</strong>pois.<br />

A história <strong>de</strong>ste curioso banco está<br />

ilustrada e inscrita no seu próprio<br />

assento, uma omoplata <strong>de</strong> elefante.<br />

Numa das pernas do banco figuram<br />

os brasões <strong>de</strong> armas da Áustria e <strong>de</strong><br />

Espanha, símbolo da aliança matrimonial<br />

do sacro imperador romano com Maria,<br />

sua prima e filha <strong>de</strong> Carlos V, e numa<br />

outra surge o brasão <strong>de</strong> Maximiliano,<br />

ro<strong>de</strong>ado pelo colar da Or<strong>de</strong>m do Tosão<br />

<strong>de</strong> Ouro.<br />

23 24<br />

KRIS E BAINHA<br />

Goa ou Malaca (?), século XVI<br />

Aço, ma<strong>de</strong>ira lacada, ouro, rubis, safiras,<br />

chifre <strong>de</strong> rinoceronte<br />

49,5 x 12,5 x 2,6 cm<br />

Schatzkammer <strong>de</strong>s Deutschen Or<strong>de</strong>ns, Viena<br />

| DO 175<br />

Este kris <strong>de</strong>corado com rubis e safiras<br />

surge registado pela primeira vez em<br />

1619 entre os bens do arquiduque<br />

Maximiliano III (1558-1618). As primeiras<br />

referências europeias a estes punhais<br />

parecem encontrar-se no inventário do<br />

guarda-roupa <strong>de</strong> D. Manuel I (1522).<br />

A sua história inicial ainda permanece<br />

obscura, mas o kris encontrava-se<br />

completamente <strong>de</strong>senvolvido no século<br />

XIII ou seguinte, talvez relacionado com<br />

o culto xivaísta Bhairava. O viajante<br />

português Tomé Pires refere na Suma<br />

Oriental (1512 e 1515) que «todos os<br />

homens em Java, sejam eles ricos ou<br />

pobres, têm <strong>de</strong> ter um kris em sua casa,<br />

e uma lança e um escudo [...] E nenhum<br />

homem entre os doze e os oitenta anos<br />

po<strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa sem um kris no seu<br />

cinto». A partir <strong>de</strong> então, os viajantes<br />

ficariam fascinados com estas armas<br />

mortíferas frequentemente revestidas<br />

com arsénico, incorporadas <strong>de</strong> um<br />

po<strong>de</strong>r sobrenatural e conce<strong>de</strong>ndo um<br />

elevado estatuto ao seu possuidor.<br />

EUROPA l ETNOGRÁFICA<br />

29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!