Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
Ninguém pode avaliar quantos desastres ocorrem motivados pela negligência; quantos valores se perdem, quantas vidas são prematuramente ceifadas, quantos desvios morais na educação da mocidade, quantos desmoronamentos de lares, quanta infelicidade, miséria e sofrimento! Por aí se vê que o elemento ruinoso que pode ser o negligente, considerado, até, quando responsável por uma calamidade, como um verdadeiro flagelo! Todos devem estar atentos, para que o germe da negligência não encontre guarida em nenhuma alma bem formada, conhecendo e reconhecendo a sua nefasta presença. O dinheiro, a vida folgada, o excesso de conforto, são, muitas vezes, os fatores responsáveis pela intromissão sorrateira desse vírus altamente pernicioso. Todos precisam andar vigilantes, auscultando as ansiedades da própria alma para verificar como se estão expandindo os sentimentos, as tendências e as predisposições. De nada vale conquistar o indivíduo valiosas dádivas terrenas, para perder, com elas, a preciosa encarnação, ou parte dela. É necessário que todos se convençam de que a vida não deve ser encarada, no espaço estreito de uma encarnação, mas com a amplitude que abrange não só as outras encarnações, como o período intermediário entre elas, em que a criatura, no Plano Astral, presta o seu concurso maior ou menor ao Universo, consoante o cabedal componente do seu acervo espiritual. Tudo deve fazer de maneira que, para uma inevitável pobreza desse acervo, não constem as máculas da negligência. Com grande sabedoria ficam as vidas anteriores encobertas pelo véu do esquecimento, para que ninguém se torture com as lembranças de passagens angustiosas, e também para que os inimigos de outrora possam tomar-se amigos de hoje. Pelas boas e más qualidades de cada um, pelas experiências por que cada qual está passando, por outras observações, assim como pelo grau de negligência revelado, pode-se deduzir, aproximadamente, o que teria sido possível esperar de cada um na última passagem pela Terra. Aqueles que nesta vida são inimigos figadais entre si, terão de voltar à Terra, futuramente, em condições tais, que venham a tornar-se bons companheiros e amigos. Assim também o negligente que deixou de prestar os serviços que lhe cabiam no meio em que viveu, terá de voltar para cumprir o que se eximiu de fazer na encarnação anterior. O negligente provoca, com o seu descaso e descuido no trabalho, um estado de 96
animosidade que o prejudica, pelos atritos que provoca. O negligente amarra-se, por débitos morais, a várias pessoas, a quem precisa, depois, em outras vidas, fazer reparações, em encontros obrigatórios. Todos os seres fazem parte de uma grande rede, em cujos; nós cada um se encontra, sempre ligado a outros por deveres, por sentimentos afins, por correlações funcionais, por idealismo, por comunhão de pensamentos, por laços de afeto, por natureza emotiva, por formação moral. O negligente não pode viver no meio de seus iguais porque, mergulhados na inércia, todos soçobrariam. Por isso, precisa viver no meio dos ativos, dos poderosos, dos enérgicos, para se recuperar. Cabe a estes suportar a carga, remodelando-a, transformando-a, atidos a uma espinhosa missão cristã. 97
- Page 47 and 48: 9. O Que É Sagrado O Racionalismo
- Page 49 and 50: 10. A Força de Vontade Não há se
- Page 51 and 52: O indivíduo que desenvolve a forç
- Page 53 and 54: 11. Esferas de Ação O espírito,
- Page 55 and 56: Todos os espíritos encarnam para p
- Page 57 and 58: de que é um ser ativo ao serviço
- Page 59 and 60: em sua alma, em potencial, e a sua
- Page 61 and 62: abandonar as crendices anestesiante
- Page 63 and 64: O espiritualista nada deve procurar
- Page 65 and 66: Para saber-se se o indivíduo ainda
- Page 67 and 68: As almas hoje renunciadas obtiveram
- Page 69 and 70: Os espíritos do Astral Superior ob
- Page 71 and 72: maior estabilidade. Sem exceção,
- Page 73 and 74: 17. As Afinidades A afinidade entre
- Page 75 and 76: 18. Os Deveres Os espíritos encarn
- Page 77 and 78: sua grande e falsa oportunidade. En
- Page 79 and 80: Numa fábrica, numa usina, num escr
- Page 81 and 82: mundanas, refletidas pela inalaçã
- Page 83 and 84: O esforço que deve ser empregado p
- Page 85 and 86: em que a estrutura individual adqui
- Page 87 and 88: A hierarquia faz parte da vida no U
- Page 89 and 90: Os que andam por aí levando a vida
- Page 91 and 92: facilidades de comunicação entre
- Page 93 and 94: pastoreadas, consentindo que contin
- Page 95 and 96: exasperarem por nenhum motivo, esta
- Page 97: O negligente continua negligente, e
- Page 101 and 102: desequilíbrio mental dos seres, é
- Page 103 and 104: Deus fez o mundo em seis dias e des
- Page 105 and 106: e melhor compreensão para os acont
- Page 107 and 108: 27. Os Milagres A crença popular a
- Page 109 and 110: 28. Rezas e Orações As irradiaç
- Page 111 and 112: esta disciplina, não a podem prati
- Page 113 and 114: 30. Resenhas I - Concentração Nen
- Page 115 and 116: apoio senão numa idéia negativa,
- Page 117 and 118: É fundamental que os descuidos sej
- Page 119 and 120: 32. A Infidelidade Grave débito é
- Page 121 and 122: Convém meditar sobre este assunto.
- Page 123 and 124: Mas o sexo e a luxúria, estas duas
- Page 125 and 126: que merecem, a vida a que fizeram j
- Page 127 and 128: uinoso, destrutivo, que importa num
- Page 129 and 130: 34. Critérios I - Louvores No Raci
- Page 131 and 132: de um dos expoentes máximos da esp
- Page 133 and 134: 35. Sorte e Azar Sorte e azar são
- Page 135 and 136: Os que se voltam para a espirituali
- Page 137 and 138: 36. O Destino Quando o indivíduo p
- Page 139 and 140: Assim, os que crêem no destino, co
- Page 141 and 142: 37. Humanidade e Humanismo Há um f
- Page 143 and 144: permitir que milhões de espíritos
- Page 145 and 146: entendimento, trabalhado, por sécu
- Page 147 and 148: cristão ou de humanidade, e revela
Ninguém po<strong>de</strong> avaliar quantos <strong>de</strong>sastres ocorrem motivados pela<br />
negligência; quantos valores se per<strong>de</strong>m, quantas vidas são prematuramente<br />
ceifadas, quantos <strong>de</strong>svios morais na educação da mocida<strong>de</strong>, quantos<br />
<strong>de</strong>smoronamentos <strong>de</strong> lares, quanta infelicida<strong>de</strong>, miséria e sofrimento!<br />
Por aí se vê que o elemento ruinoso que po<strong>de</strong> ser o negligente,<br />
consi<strong>de</strong>rado, até, quando responsável por uma calamida<strong>de</strong>, como um<br />
verda<strong>de</strong>iro flagelo!<br />
Todos <strong>de</strong>vem estar atentos, para que o germe da negligência não<br />
encontre guarida em nenhuma alma bem formada, conhecendo e<br />
reconhecendo a sua nefasta presença. O dinheiro, a vida folgada, o excesso<br />
<strong>de</strong> conforto, são, muitas vezes, os fatores responsáveis pela intromissão<br />
sorrateira <strong>de</strong>sse vírus altamente pernicioso.<br />
Todos precisam andar vigilantes, auscultando as ansieda<strong>de</strong>s da<br />
própria alma para verificar como se estão expandindo os sentimentos, as<br />
tendências e as predisposições. De nada vale conquistar o indivíduo<br />
valiosas dádivas terrenas, para per<strong>de</strong>r, com elas, a preciosa encarnação, ou<br />
parte <strong>de</strong>la.<br />
É necessário que todos se convençam <strong>de</strong> que a vida não <strong>de</strong>ve ser<br />
encarada, no espaço estreito <strong>de</strong> uma encarnação, mas com a amplitu<strong>de</strong> que<br />
abrange não só as outras encarnações, como o período intermediário entre<br />
elas, em que a criatura, no Plano Astral, presta o seu concurso maior ou<br />
menor ao Universo, consoante o cabedal componente do seu acervo<br />
espiritual. Tudo <strong>de</strong>ve fazer <strong>de</strong> maneira que, para uma inevitável pobreza<br />
<strong>de</strong>sse acervo, não constem as máculas da negligência.<br />
Com gran<strong>de</strong> sabedoria ficam as vidas anteriores encobertas pelo véu<br />
do esquecimento, para que ninguém se torture com as lembranças <strong>de</strong><br />
passagens angustiosas, e também para que os inimigos <strong>de</strong> outrora possam<br />
tomar-se amigos <strong>de</strong> hoje. Pelas boas e más qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada um, pelas<br />
experiências por que cada qual está passando, por outras observações,<br />
assim como pelo grau <strong>de</strong> negligência revelado, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>duzir,<br />
aproximadamente, o que teria sido possível esperar <strong>de</strong> cada um na última<br />
passagem pela Terra.<br />
Aqueles que nesta vida são inimigos figadais entre si, terão <strong>de</strong> voltar<br />
à Terra, futuramente, em condições tais, que venham a tornar-se bons<br />
companheiros e amigos. Assim também o negligente que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> prestar<br />
os serviços que lhe cabiam no meio em que viveu, terá <strong>de</strong> voltar para<br />
cumprir o que se eximiu <strong>de</strong> fazer na encarnação anterior. O negligente<br />
provoca, com o seu <strong>de</strong>scaso e <strong>de</strong>scuido no trabalho, um estado <strong>de</strong><br />
96