Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
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Assim também na vida espiritual todas as almas têm se<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber,<br />
<strong>de</strong> conhecer a Verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> encontrar a felicida<strong>de</strong>, e ao invés <strong>de</strong><br />
interromper a marcha à espera <strong>de</strong> que caiam do céu os objetos dos seus<br />
anseios, seguem a sua jornada, valorosamente, na certeza <strong>de</strong> que indo pela<br />
senda da honra e do <strong>de</strong>ver, sob a tocha da espiritualida<strong>de</strong>, hão <strong>de</strong> encontrar<br />
o que aspiram, e regozijar-se da sua conquista.<br />
O objetivo da vida não é estar a criatura a passar pelas mais duras<br />
provas da dor. A Vida tem um fim superior e edificante, ao qual todos<br />
<strong>de</strong>vem procurar atingir o mais <strong>de</strong>pressa possível. E <strong>de</strong>pressa, quer dizer<br />
não fazer em <strong>de</strong>z mil anos, por hipótese, o que po<strong>de</strong>rá fazer apenas em mil.<br />
Trata-se <strong>de</strong> economizar nove mil anos <strong>de</strong> vidas torturadas.<br />
O caminho está assegurado para aqueles que <strong>de</strong>sejarem seguí-lo.<br />
Depen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um querer livrar-se <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong> entorpecida pelas<br />
seduções mundanas. A verda<strong>de</strong>ira vida é espiritual, visto que todos são<br />
espíritos, embora encarnados, enquanto que a matéria é ilusória,<br />
passageira, <strong>de</strong> duração relativamente efêmera e <strong>de</strong> valor secundário.<br />
Saiba-se diferençar a vida espiritual da material, e tenha-se por certo que o<br />
fiel cumprimento dos <strong>de</strong>veres terrenos repercute no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
espiritual.<br />
O ser, na sua formação espiritual, está fadado a usufruir <strong>de</strong> todas as<br />
satisfações e alegrias da vida, num estado vibratório <strong>de</strong> tal modo<br />
superiorizado, que nenhuma vibração inferior, como a <strong>de</strong> tristeza, <strong>de</strong><br />
amargura, <strong>de</strong> sofrimento, <strong>de</strong> angústia, <strong>de</strong> preocupação, <strong>de</strong> dúvida e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sespero o po<strong>de</strong> atingir, por falta absoluta <strong>de</strong> sincronização.<br />
Esse é o estado que todos precisam alcançar, e só assim se po<strong>de</strong><br />
compreen<strong>de</strong>r a vida no seu aspecto eterno. Os seres, no mundo Terra, estão<br />
sendo polidos, limados, brunidos, amoldados, plasmados, para tomarem a<br />
forma perfeita que lhes compete e a que têm direito. Essas operações<br />
doem, sentindo-se o indivíduo, figurativamente, ralado, moído, cinzelado,<br />
comprimido, para que o fim possa ser consumado.<br />
O que importa é que não sejam criadas dificulda<strong>de</strong>s a essas;<br />
operações, furtando-se a criatura a submeter-se a elas; evitem-nas, no<br />
entanto, <strong>de</strong> maneira simples, fazendo bom uso do livre arbítrio, dando<br />
ouvidos à voz da consciência ao cumprir os seus <strong>de</strong>veres, ao <strong>de</strong>sejar<br />
encontrar a Verda<strong>de</strong>, com sincerida<strong>de</strong>, sem prevenções <strong>de</strong>scabidas, sem<br />
pirronismo doentio, sem querer sustentar falsas posições e falsos<br />
pontos-<strong>de</strong>-vista, só para alimentar vaida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r interesses subalternos,<br />
entregar-se a crendices rendosas e saturar-se <strong>de</strong> enganosas visões<br />
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