Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão

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mas que tiveram de voltar a ela pelo mau uso feito do livre arbítrio. Para estes, a adaptação ao meio já é mais penosa. Com respeito à classe média, vale dizer que os seus integrantes sustentam também as suas fases delicadas. Precisam, muitas vezes, participar da vida em meio abastado, com a obrigação de exercer misteres próprios da gente pobre. Os recursos são quase sempre escassos, em face do preço das aparências. As donas de casa são as mais sacrificadas em seu meio, pois os afazeres domésticos, na realidade, as obrigam, por serem almas mais polidas do que as da classe anterior, a uma abnegação excepcional, para agüentarem a rudeza do labor. Dispondo, comumente, de corpos físicos mais delicados, comparativamente, têm de suportar uma carga de serviço que pode parecer superior às forças em reserva. Neste ambiente dão-se muitos desastres morais, pela falta de compreensão e espiritualidade. Vencem aquelas criaturas que trouxeram valioso acervo de lutas anteriores e possuem a alma curtida pelas experiências passadas, muitas vezes repetidas. A vida nesta classe oferece perigos maiores do que na primeira enunciada, por ser onde se marca passo, até por centenas de encarnações. Aí se encontra o maior número de pessoas revoltadas, inconformadas e desajustadas. As folganças na vida da classe rica são objeto de aspiração dessa classe que, não estando espiritualmente preparada para compreender a realidade dos fatos, exaspera-se, comete desatinos e perturba-se. No entanto, muitos há que compreendem a situação pelo aspecto da vida espiritual, e seguem os seus caminhos, serenamente, na certeza de darem por bem aproveitado o tempo aplicado nos deveres que lhes tocam. Na classe dos ricos se encontram aqueles que, em maior proporção, estão acumulando débitos. Andam pelo terreno das futilidades. Pagam a servidores para não trabalhar. O dinheiro cobre todas as necessidades. Os deveres ficam para os outros. O ambiente de luxúria é o que predomina. Gastos supérfluos são feitos a todo momento. O desperdício é hábito rotineiro. A desgraça alheia fica muito distante. Exercitam a falsa caridade e os atos chamados piedosos se misturam com as pompas sociais. A vaidade, o orgulho, a presunção, a ostentação de grandezas, a arrogância, o enfatuamento, são, ordinariamente, os alimentos viciosos do espírito. A maioria deles, na volta à Terra, irá para a classe dos pobres. O dinheiro é o veículo mais apropriado para o indivíduo pôr à mostra uma série de defeitos morais; com dinheiro farto, ele dificilmente se contém; dá expansão franca e plena aos seus instintos, às suas ânsias insatisfeitas, à 74

sua grande e falsa oportunidade. Então farta-se de semear o joio, sem se preocupar com a colheita. Nem todos, porém, se perderam nesse caminho ilusório, visto que pela sensibilidade espiritualista, têm consciência da Vida e procedem como criaturas seguras da sua posição. Muitos outros penetram nessa classe provindos das outras duas por processos ilegítimos baseados na usurpação, no assalto, na especulação desonesta. Estes são autênticas vítimas de si mesmos, cabendo-lhes devolver em dobro tudo quanto subtraíram dolosamente do seu semelhante. Os cavilosos, os ludibriadores, os mistificadores são dos que muito perdem nesta vida e serão, por largo tempo, perseguidos pelo reflexo das suas más ações. Terão de suportar o retomo impiedoso de suas tramas criminosas. A lei da causa e efeito não falha e não tem sensibilidade, por ser simplesmente lei. Na classe dos ricos estão os poderosos, os que exorbitam da sua autoridade e posição, os que mandam com o dinheiro na mão. Querem ver a sua vontade satisfeita, e não falta quem se sirva a prestar os seus serviços, por interesse, a elementos voluntariosos, déspotas e desalmados. É, por isso, uma classe muito carregada de débitos, que começarão a ser cobrados, sem tardança, quando não antes, da encarnação seguinte em diante. Não há quem nasça sem deveres a cumprir. Todos os têm, e ai de quem se descurar deles! Na classe pobre, enquanto o chefe da família busca, no trabalho, a manutenção dos seus, a esposa e companheira lava e passa, cozinha e arruma, costura e limpa, mantendo o lar em ordem, sadio e alegre. Na classe média, a dona da casa, embora mais aliviada dos serviços pesados, tem as mesmas obrigações e deveres, mais se esmerando na educação dos filhos. Na classe rica, tem a dona da casa a liderança de todos os serviços, controlando e dirigindo os afazeres dos serventes, mantendo bem conservados os pertences, zelando pela economia dos gastos, pela boa aplicação dos recursos, pela alimentação adequada e sobretudo pela mais completa educação e instrução dos filhos. Essa tarefa das mães ricas é de grande responsabilidade, pois não lhes faltam os meios, que as das outras classes não têm, para preparar os homens e mulheres de amanhã, para quem passam os cargos ou as posições de maior relevo. 75

mas que tiveram <strong>de</strong> voltar a ela pelo mau uso feito do livre arbítrio. Para<br />

estes, a adaptação ao meio já é mais penosa.<br />

Com respeito à classe média, vale dizer que os seus integrantes<br />

sustentam também as suas fases <strong>de</strong>licadas. Precisam, muitas vezes,<br />

participar da vida em meio abastado, com a obrigação <strong>de</strong> exercer misteres<br />

próprios da gente pobre. Os recursos são quase sempre escassos, em face<br />

do preço das aparências. As donas <strong>de</strong> casa são as mais sacrificadas em seu<br />

meio, pois os afazeres domésticos, na realida<strong>de</strong>, as obrigam, por serem<br />

almas mais polidas do que as da classe anterior, a uma abnegação<br />

excepcional, para agüentarem a ru<strong>de</strong>za do labor.<br />

Dispondo, comumente, <strong>de</strong> corpos físicos mais <strong>de</strong>licados,<br />

comparativamente, têm <strong>de</strong> suportar uma carga <strong>de</strong> serviço que po<strong>de</strong> parecer<br />

superior às forças em reserva. Neste ambiente dão-se muitos <strong>de</strong>sastres<br />

morais, pela falta <strong>de</strong> compreensão e espiritualida<strong>de</strong>. Vencem aquelas<br />

criaturas que trouxeram valioso acervo <strong>de</strong> lutas anteriores e possuem a<br />

alma curtida pelas experiências passadas, muitas vezes repetidas.<br />

A vida nesta classe oferece perigos maiores do que na primeira<br />

enunciada, por ser on<strong>de</strong> se marca passo, até por centenas <strong>de</strong> encarnações.<br />

Aí se encontra o maior número <strong>de</strong> pessoas revoltadas, inconformadas e<br />

<strong>de</strong>sajustadas. As folganças na vida da classe rica são objeto <strong>de</strong> aspiração<br />

<strong>de</strong>ssa classe que, não estando espiritualmente preparada para compreen<strong>de</strong>r<br />

a realida<strong>de</strong> dos fatos, exaspera-se, comete <strong>de</strong>satinos e perturba-se. No<br />

entanto, muitos há que compreen<strong>de</strong>m a situação pelo aspecto da vida<br />

espiritual, e seguem os seus caminhos, serenamente, na certeza <strong>de</strong> darem<br />

por bem aproveitado o tempo aplicado nos <strong>de</strong>veres que lhes tocam.<br />

Na classe dos ricos se encontram aqueles que, em maior proporção,<br />

estão acumulando débitos. Andam pelo terreno das futilida<strong>de</strong>s. Pagam a<br />

servidores para não trabalhar. O dinheiro cobre todas as necessida<strong>de</strong>s. Os<br />

<strong>de</strong>veres ficam para os outros. O ambiente <strong>de</strong> luxúria é o que predomina.<br />

Gastos supérfluos são feitos a todo momento. O <strong>de</strong>sperdício é hábito<br />

rotineiro. A <strong>de</strong>sgraça alheia fica muito distante. Exercitam a falsa carida<strong>de</strong><br />

e os atos chamados piedosos se misturam com as pompas sociais.<br />

A vaida<strong>de</strong>, o orgulho, a presunção, a ostentação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>zas, a<br />

arrogância, o enfatuamento, são, ordinariamente, os alimentos viciosos do<br />

espírito. A maioria <strong>de</strong>les, na volta à Terra, irá para a classe dos pobres. O<br />

dinheiro é o veículo mais apropriado para o indivíduo pôr à mostra uma<br />

série <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos morais; com dinheiro farto, ele dificilmente se contém; dá<br />

expansão franca e plena aos seus instintos, às suas ânsias insatisfeitas, à<br />

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