Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
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da dedicação, do reconhecimento, da proteção e do auxilio, com o que muito se conseguirá no sentido do fortalecimento da afinidade. Como se vê, a afinidade tem a sua participação na conquista da felicidade, uma vez que os que se estimam e se sentem unidos por sentimentos afins, experimentam uma dose de felicidade quando se aproximam, e juntos podem conviver. Como todos aspiram a felicidade, não se deverão descurar dos seus fatores, dentre os quais a afinidade é um dos mais importantes. Assim, cumpre a cada um velar pelos seus interesses legítimos e, com sabedoria, tirar proveito dos ensinos que os podem levar a realizar os seus superiores intentos. No esforço para firmar os laços da afinidade, está um dos mais hábeis roteiros para processar-se o desenvolvimento de atributos espirituais que concorram, não só para a felicidade, conforme foi acentuado, como ainda para se alcançarem outros poderes dominantes do espírito, que manifestam a sua virtude no desenrolar de atividades socorristas, no mundo das relações humanas e no plano dos ideais espiritualistas. Fora do campo da espiritualidade também se encontra afinidade entre pessoas que alimentam os mesmos vícios, erros e inclinações: “diz-me com quem andas, e te direi quem és" - eis uma afirmativa popular criada para denunciar os prevaricadores de todas as espécies, quando querem passar por aquilo que não são. Este gênero de afinidade é um reflexo, no plano inferior, do que existe no superior. A afinidade vai se apurando à medida que a evolução se processa até atingir o ponto que é comum a todas as criaturas. A verdade, o poder e o saber se unificam. Por isso a afinidade torna-se comum quando a alma alcança o estado de pureza e perfeição. E para lá que todos caminham. 72
18. Os Deveres Os espíritos encarnados aqui se encontram investidos de deveres intransferíveis; cada qual tem o seu, com o fim de servir-lhe de depuração para a alma. Na maioria das vezes não são os deveres agradáveis de cumprir, podem ser sumamente pesados, difíceis, estafantes, que exijam uma dose forte de sacrifício, de renúncia e de resignação. Compenetre-se, porém, a criatura de que eles não foram traçados para agradar, mas para amoldar o ser a determinadas injunções da vida, para lapidar o caráter, para desenvolver o senso da responsabilidade, para ensinar a dirigir, a lidar com o próximo de temperamento desigual, para fazer trabalhar o raciocínio, para aceitar a vida com ela é, e para cada um saber tirar do dever imposto a lição que ele encerra. Pode-se considerar a humanidade dividida, economicamente, em três classes, a pobre, a média ou remediada, e a rica. Na classe pobre, impera, quase sempre, o trabalho manual ou braçal, mais ou menos rude, que exige energia física, renúncia de conforto e severo controle da economia privada. Os deveres que se impõem a esta classe, perfeitamente definidos, como nas demais, asseguram a especialização dos ofícios, na sua grande variedade, habilitam os seres a praticar o socorro mútuo, pela ação direta, tornando-se responsáveis pelo suprimento das utilidades, inclusive os produtos alimentícios, ao consumo comum, e entre os consumidores se incluem todas as classes: pobre, média e rica. A classe pobre suporta, em regra geral, o rigor da carência, às vezes com estoicismo, outras com exemplos de resignação. Poucos são os infelizes que se revoltam com a natureza humilde dos deveres, e procuram, em vão, sacudir o jugo das limitações a que estão sujeitos. Evidentemente é uma classe indispensável à vida, tanto quanto as outras, e por essa indispensabilidade, forçoso se toma que os seus representantes tenham paciência nos seus postos, pois se neles bem cumprirem os seus deveres, na volta à Terra terão oportunidades muito melhores. O fato importante a registrar são as proveitosas lições recebidas nessa classe. Assim, os que nela trabalham, estão empregando muito bem o seu tempo e preparando-se para novos empreendimentos futuros. Nem todos os seus componentes são pessoas que se estão iniciando na vida espiritual; muitos são espíritos que já fizeram as suas incursões pelas outras classes, 73
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18. Os Deveres<br />
Os espíritos encarnados aqui se encontram investidos <strong>de</strong> <strong>de</strong>veres<br />
intransferíveis; cada qual tem o seu, com o fim <strong>de</strong> servir-lhe <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração<br />
para a alma. Na maioria das vezes não são os <strong>de</strong>veres agradáveis <strong>de</strong><br />
cumprir, po<strong>de</strong>m ser sumamente pesados, difíceis, estafantes, que exijam<br />
uma dose forte <strong>de</strong> sacrifício, <strong>de</strong> renúncia e <strong>de</strong> resignação.<br />
Compenetre-se, porém, a criatura <strong>de</strong> que eles não foram traçados<br />
para agradar, mas para amoldar o ser a <strong>de</strong>terminadas injunções da vida,<br />
para lapidar o caráter, para <strong>de</strong>senvolver o senso da responsabilida<strong>de</strong>, para<br />
ensinar a dirigir, a lidar com o próximo <strong>de</strong> temperamento <strong>de</strong>sigual, para<br />
fazer trabalhar o raciocínio, para aceitar a vida com ela é, e para cada um<br />
saber tirar do <strong>de</strong>ver imposto a lição que ele encerra.<br />
Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar a humanida<strong>de</strong> dividida, economicamente, em três<br />
classes, a pobre, a média ou remediada, e a rica.<br />
Na classe pobre, impera, quase sempre, o trabalho manual ou braçal,<br />
mais ou menos ru<strong>de</strong>, que exige energia física, renúncia <strong>de</strong> conforto e<br />
severo controle da economia privada. Os <strong>de</strong>veres que se impõem a esta<br />
classe, perfeitamente <strong>de</strong>finidos, como nas <strong>de</strong>mais, asseguram a<br />
especialização dos ofícios, na sua gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>, habilitam os seres a<br />
praticar o socorro mútuo, pela ação direta, tornando-se responsáveis pelo<br />
suprimento das utilida<strong>de</strong>s, inclusive os produtos alimentícios, ao consumo<br />
comum, e entre os consumidores se incluem todas as classes: pobre, média<br />
e rica.<br />
A classe pobre suporta, em regra geral, o rigor da carência, às vezes<br />
com estoicismo, outras com exemplos <strong>de</strong> resignação. Poucos são os<br />
infelizes que se revoltam com a natureza humil<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>veres, e procuram,<br />
em vão, sacudir o jugo das limitações a que estão sujeitos.<br />
Evi<strong>de</strong>ntemente é uma classe indispensável à vida, tanto quanto as<br />
outras, e por essa indispensabilida<strong>de</strong>, forçoso se toma que os seus<br />
representantes tenham paciência nos seus postos, pois se neles bem<br />
cumprirem os seus <strong>de</strong>veres, na volta à Terra terão oportunida<strong>de</strong>s muito<br />
melhores.<br />
O fato importante a registrar são as proveitosas lições recebidas nessa<br />
classe. Assim, os que nela trabalham, estão empregando muito bem o seu<br />
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os seus componentes são pessoas que se estão iniciando na vida espiritual;<br />
muitos são espíritos que já fizeram as suas incursões pelas outras classes,<br />
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