Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão Ao Encontro de Uma Nova Era - Racionalismo Cristão
padeiros, agricultores e de toda essa ordem inumerável de artífices, cada qual fazendo a sua parte no serviço da coletividade; se há dependência, não existe liberdade ampla. A falsa idéia da liberdade, faz com que o ser se coloque um pouco à parte do conjunto humano; essa idéia desenvolve uma percentagem de egoísmo, uma certa superioridade que não pode existir. A simplicidade deve ser adotada como lema. De preferência, estimule-se a simpatia por aqueles que possuem dose menor na parcela de liberdade, por estarem suportando uma carga mais pesada. Embora seja contida a liberdade nos limites de uma parcela, todo esforço deve ser empregado para dilatar esses limites, adquirindo o ser o preparo espiritual que o fará merecedor desse prêmio. O raciocínio leva sempre a reconhecer que a chave do progresso e o segredo do êxito estão na espiritualização. Nenhuma oportunidade deverá ser perdida para alcançar essa conquista. O Racionalismo Cristão foi trazido à Terra com a finalidade de oferecer esse ensejo àqueles que o desejarem e tiverem o espírito amadurecido para participar dessa oportunidade. Quanto mais se aproxima o indivíduo do estado de perfeição, que é a sua meta, tanto mais consciente vai se tomando do verdadeiro sentido da vida, e menos capaz se revela de cometer um ato fora da lei que não esteja sob seu completo controle, sem levar em nenhuma conta o princípio da liberdade. O ser humano possui a liberdade identicamente ao livre arbítrio, para aprender a não fazer uso dela fora de limitadas condições, e essa aprendizagem é obra de milênios. Por isso, o conceito de liberdade relativa ou absoluta precisa estar sempre presente nas mentes humanas, para que nunca se excedam as pessoas na satisfação dos seus desejos. 70
17. As Afinidades A afinidade entre as pessoas decorre da igualdade de sentimentos, de idêntica forma de pensar e raciocinar. São criaturas que tiveram longo curso de experiências semelhantes, por via das quais chegaram a conclusões mais ou menos idênticas. Elas dão-se bem umas com as outras, estimam-se mutuamente e têm prazer em encontrarem-se e ficarem juntas. O ideal seria que marido, mulher e filhos tivessem afinidade plena, para que o entendimento entre eles fosse completo, sem discrepância, irrestrito. Essa ventura pode ser desfrutada em Planos Superiores. No entanto, neste laboratório terreno, as condições são outras, e marido, mulher e filhos têm de se conformar com as diferenças de gênio, de temperamento, de gosto e de ideais, que imperam no seio da família. O Racionalismo Cristão assegura ser a família constituída de seres oriundos de planos diversos de evolução, justamente para que sejam exercitadas a tolerância, a necessidade de saber ceder ou não ceder, quando for o caso, a cooperação com índoles desiguais, a obrigação de se ajustarem para uma vida em comum e unida. Muito se tem de aprender com essa disparidade sentimental em que cada um está sempre pronto para puxar na direção oposta. O ideal é haver uma força de contenção para pôr o grupo em equilíbrio, e todos precisam colaborar para que essa força não desapareça. O que fortalece tal força, é a conduta dos pais, a capacidade de compreensão posta em relevo, a oportunidade de se oferecerem conselhos e exemplos para o cultivo da espiritualidade. Por esse meio, as diferenças tendem a desaparecer, porque imperando o bom-senso, o critério, a boa-vontade, a autoridade e o amor, as almas acabam por entender-se, reconhecendo onde está a razão, aceitando-a e, com isso, promovendo o estabelecimento de uma afinidade que tenderá a desenvolver-se. A afinidade dos seres, de uns para os outros, será completa em graus superiores da jornada eterna, e já se podem considerar felizes os que a sentirem na Terra, embora com as suas limitações. A afinidade e a amizade andam sempre juntas, e se esta é um dom espiritual em cultivo, aquela também não deixa de o ser. Daí a sabedoria superior que orienta a constituição do lar na base dessa verificada carência de afinidade, para que ali se estabeleçam correntes afins, através do afeto, 71
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A afinida<strong>de</strong> entre as pessoas <strong>de</strong>corre da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentimentos, <strong>de</strong><br />
idêntica forma <strong>de</strong> pensar e raciocinar. São criaturas que tiveram longo<br />
curso <strong>de</strong> experiências semelhantes, por via das quais chegaram a<br />
conclusões mais ou menos idênticas.<br />
Elas dão-se bem umas com as outras, estimam-se mutuamente e têm<br />
prazer em encontrarem-se e ficarem juntas.<br />
O i<strong>de</strong>al seria que marido, mulher e filhos tivessem afinida<strong>de</strong> plena,<br />
para que o entendimento entre eles fosse completo, sem discrepância,<br />
irrestrito. Essa ventura po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sfrutada em Planos Superiores.<br />
No entanto, neste laboratório terreno, as condições são outras, e<br />
marido, mulher e filhos têm <strong>de</strong> se conformar com as diferenças <strong>de</strong> gênio,<br />
<strong>de</strong> temperamento, <strong>de</strong> gosto e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais, que imperam no seio da família.<br />
O <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> assegura ser a família constituída <strong>de</strong> seres<br />
oriundos <strong>de</strong> planos diversos <strong>de</strong> evolução, justamente para que sejam<br />
exercitadas a tolerância, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saber ce<strong>de</strong>r ou não ce<strong>de</strong>r,<br />
quando for o caso, a cooperação com índoles <strong>de</strong>siguais, a obrigação <strong>de</strong> se<br />
ajustarem para uma vida em comum e unida.<br />
Muito se tem <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com essa disparida<strong>de</strong> sentimental em que<br />
cada um está sempre pronto para puxar na direção oposta. O i<strong>de</strong>al é haver<br />
uma força <strong>de</strong> contenção para pôr o grupo em equilíbrio, e todos precisam<br />
colaborar para que essa força não <strong>de</strong>sapareça.<br />
O que fortalece tal força, é a conduta dos pais, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
compreensão posta em relevo, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se oferecerem conselhos<br />
e exemplos para o cultivo da espiritualida<strong>de</strong>.<br />
Por esse meio, as diferenças ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>saparecer, porque<br />
imperando o bom-senso, o critério, a boa-vonta<strong>de</strong>, a autorida<strong>de</strong> e o amor,<br />
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aceitando-a e, com isso, promovendo o estabelecimento <strong>de</strong> uma afinida<strong>de</strong><br />
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A afinida<strong>de</strong> dos seres, <strong>de</strong> uns para os outros, será completa em graus<br />
superiores da jornada eterna, e já se po<strong>de</strong>m consi<strong>de</strong>rar felizes os que a<br />
sentirem na Terra, embora com as suas limitações.<br />
A afinida<strong>de</strong> e a amiza<strong>de</strong> andam sempre juntas, e se esta é um dom<br />
espiritual em cultivo, aquela também não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> o ser. Daí a sabedoria<br />
superior que orienta a constituição do lar na base <strong>de</strong>ssa verificada carência<br />
<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>, para que ali se estabeleçam correntes afins, através do afeto,<br />
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